Kuriosidade do karaokê
Ainda não se escreveu tudo a respeito dessa atividade artística. Não se sabe quantos a praticam – só se sabe que são milhares – nem o montante do dinheiro envolvido. Quem canta seus males espanta, diz o sábio provérbio. Mas não é só isso. Ponha vaidade nisso. Nos concursos, desfiles de modas é praxe. Cada cantora querendo mostrar ser a mais fascinante, aquela de deixar as outras mortas de inveja. Aposto que nenhuma aceita calçar a sandália da humildade, nesse meio. Ganhar um troféu é a coroação de muitos anos de atividade, muitos exercícios, muitas aulas com professores especializados.
Não sou aficionado. Canto somente nas festinhas. Para não fazer feio, tomo algumas aulas com a professora Mary Hassunuma, de Bauru. Outro dia, querendo iniciar uma música nova, disse-lhe que não iria conseguir cantá-la. O karaokê – o acompanhamento musical – além de ser diferente da parte cantada, só tinha acompanhamento, sem a linha melódica. Para quem não tem o ouvido apurado, como eu , é difícil saber onde se deve começar a cantar. Disse-me não ser tão difícil, assim. E enfatizou que aquela com a linha melódica só parece ser mais fácil. É onde muitos caem. Por que é fácil para o jurado saber ser o cantor atravessa ou não. Por isso, essas músicas são chamadas de DEDO DURO( delator, acusador). Era a primeira vez que ouvia essa palavra ligada à música. Mas cabe como uma luva. Desde 1970 há dedurar, segundo Houaiss.
Assim ,estou tentando cantar só com acompanhamento. Vamos ver o que vai dar.
A gente se encontra por aí.