Reconceituando Letra e Música

Dificilmente podemos afirmar que existe música ruim. A música em si, mesmo por meio de manipulações complexas, é matemática perfeita. Pode sim, haver por aí, certas melodias não tanto agradáveis. Música é simplesmente arte pura e ciência combinando sons de maneira sutil e deleitável ao ouvido.

O que vêm acontecendo no mercado fono e áudio-visual, são injeções de letras ruins sem ter muitas vezes, um verdadeiro compositor bom. Hoje em dia o que a gente ver comercialmente, é só modismo com efeito relâmpago e adicionado de dancinhas. Certa camada social consumidora fica com a sanidade adulterada. Nem sempre há curtição com a composição poética, quando têm, mas sim, com os embalos da “zuada”, aquela barulheira de som muito alto e irritante quando em público.

O enfraquecimento cultural acaba aceitando porcarias lançadas por uma mídia que só visa lucrar e ainda colocam rótulo de “sucesso”. É tremenda alienação. Portanto, letra ruim nem precisa daquela crítica popular feita contra ou favorável. Letra de mau gosto, sem sentido ou com múltiplos e péssimos sentidos, por si só se destrói e nem há necessidade de comentários. Quando a letra é boa e digna de reconhecimento e aplausos, torna-se eternamente lembrada e tocada sem haver enjoo.