A POBREZA DA MÚSICA ATUAL, TANTO NAS LETRAS QUANTO NAS MELODIAS

É incontestável a pobreza que se verifica nas letras e melodias das músicas (?) atuais, que insistem em tocar nas rádios e televisões do Brasil, atormentando os ouvidos dos cidadãos mais sensíveis à musicalidade e à poesia de qualidade.

Não obstante o merchandising (a grana que se gasta para se difundir e tentar valorizar o que não tem valor), a verdade é que, a cada momento, a mídia, principalmente a televisiva, tenta, não se sabe o real motivo (ou se sabe), impingir aos telespectadores, ouvidos abaixo e visões adentro, essas pseudo-obras-culturais sem qualidade alguma.

Veja-se, recentemente, o caso da música (?) "Ai se eu te pego" - que, após o sucesso (?) que alcançou, apareceu um monte de compositores se dizendo "pais da criança" - interpretada (?) por Michel Teló (nada contra o cantor), que chegou aos olhos e ouvidos do mundo inteiro, devido à rede mundial de computadores.

Não só o referido cantor (?) gravou a dita música (?) em vários idiomas, como também, incrivelmente, foi convidado a fazer vários shows em países da Europa, que, em tese, têm bom gosto em relação ao tema.

A conclusão que se chega é de que, ou as pessoas estão perdendo o gosto pelo que é bom, em termos de música e letra, ou realmente não conseguem discernir sobre o que é bom ou ruím nesse aspécto, ou ainda estão se deixando levar pela "moda", o que é pior, pois demonstra a total indiferença sobre o que é poesia e música.

Sabemos todos que gosto não se discute, mas convenhamos: um País que já produziu compositores como Noel Rosa, Ismael Silva, Dolores Duran, Antonio Maria, Braguinha, Lupicínio Rodrigues, Pixinguinha, Jair Amorim e Evaldo Gouveia, Tom Jobim e Vinícius de Morais, Edu Lobo, Toquinho, Roberto Carlos e Erasmo, Caetano Veloso, Gilberto Gil, Milton Nascimento, João Bosco, Belchior e tantos outros, não pode se dar ao luxo de reconhecer o pandemônio que se transformou a "música popular brasileira" de hoje, com raras exceções, é claro.

Vamos ouvir e ver o que realmente é bom, até porque o que é bom permanece, fica. O que ruím é efêmero!

Selucreh
Enviado por Selucreh em 01/07/2012
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