O PODER DA MÚSICA
Morava no sítio, trinta quilômetros da cidadezinha de Bom Jardim da Serra SC, onde se localiza a Serra do Rio do Rastro. Tinha uns dois anos de idade, não me foi contado, mas tenho na lembrança, um disquinho azul do Topo Gigio, um ratinho que cantava pra caramba junto com o ator Roberto Petráglia. Ali ficava eu escutando as músicas do disquinho, na vitrola à pilha da Madrinha Marlene, prima e Professora da Escolinha da Serraria que meu pai gerenciava naquela localidade, no ano de 1970.
Mudei de cidade, mas não o gosto pela música, vim para uma cidade do Alto Vale do Itajaí, aliás onde nasce esse rio, chamada Alfredo Wagner SC, conhecida por Barracão, pois era parada de tropeiros e viajantes. Isso fomentou a veia artística dos moradores, vindo à calhar com meu gosto musical.
Assim a música entrou na minha vida. Canções de roda, música italiana, ensinada pela prima Ilda,na Igreja , no Colégio e como todo cantor que se preza, rolavam grandes audições no banheiro.
Nos anos 80, minha adolescência, Michel Jackson, Titãs, Legião Urbana,Páralamas do Sucesso, Fagner, Zé Ramalho, Raul Seixas, Lulu Santos, Cazuza entre muitos outros, verdadeiros ícones da música, moldaram o meu gosto eclético.
Começou minha juventude. A primeira música que aprendi a letra inteira de ouvido foi: "Não Deixe o Samba Morrer" da Alcione. Num dia de sábado, alguns jovens da turma mais velha, batiam acordes de violão num barzinho da cidade onde moro até hoje, isso em 1982, era Estrelas do Osvaldo Montenegro, eu sabia a letra inteira, comecei a cantar na mesa ao lado, já me chamaram, então entrei na Turma da Praça, dos rapazes que faziam a festa na região, Zezé, Zé Luiz, Padilha, Zequinha. O Marcos Andersen tem a letra desta música escrita por mim num guardanapo até hoje.
Comecei a cantar com o Celso, excelente musicista, violão, cavaquinho, acordeom. Desde a época meu irmão de coração. Tocamos em todos os lugares, serenatas, churrascos de fim de semana, inauguração de barzinho, até na Zona de Meretrício, tudo com um cachê duvidoso. Tocávamos em troca da bebida que consumimos, alguns proprietários as vezes levavam um “preju” devido nossa disposição pra música e muito mais pela bebida,rsss.
Com esta atividade, de tocar por barzinhos e festinhas, a gente foi fazendo amigos, pessoas que entraram em minha vida e não saíram mais. Tenho muito orgulho que aos 43 anos, os meninos da Juventude que mantém a tradição aqui em nossa cidadezinha e também nos arredores, quando estou presente e eles começam a tocar, sou chamado e ainda mando um Rock dos Titãs ou um Pagode do Raça Negra. Fico com o ego nas alturas. Hoje canto de Rock a Gospel..gosto de tudo que toca a sensibilidade e transforma uma certa inércia em momentos de discontração e prazer.
Resolvi contar estes fatos, para dizer da minha admiração pela música, pelas artes, pela manifestação cultural das pessoas e dos povos, Linguagem Universal, que modifica a vida das pessoas, inclui na sociedade, tira da marginalidade, dá oportunidades.
Assim trago meu depoimento, não me acho um homem que sabe muito, ou um artista, mas tenho consciência que sou privilegiado, pois tenho fome de conhecimento e amigos fiéis.
Tenho outro objetivo com esse texto, homenagear a todos nós, pessoas sensíveis e autênticas, que acreditam "que tudo pode dar certo no final. Se não deu certo ainda, é porque não chegou o final". (Fernando Sabino)
“Carinho, sorriso, música não precisam de legenda para
tocar nosso coração".
Morava no sítio, trinta quilômetros da cidadezinha de Bom Jardim da Serra SC, onde se localiza a Serra do Rio do Rastro. Tinha uns dois anos de idade, não me foi contado, mas tenho na lembrança, um disquinho azul do Topo Gigio, um ratinho que cantava pra caramba junto com o ator Roberto Petráglia. Ali ficava eu escutando as músicas do disquinho, na vitrola à pilha da Madrinha Marlene, prima e Professora da Escolinha da Serraria que meu pai gerenciava naquela localidade, no ano de 1970.
Mudei de cidade, mas não o gosto pela música, vim para uma cidade do Alto Vale do Itajaí, aliás onde nasce esse rio, chamada Alfredo Wagner SC, conhecida por Barracão, pois era parada de tropeiros e viajantes. Isso fomentou a veia artística dos moradores, vindo à calhar com meu gosto musical.
Assim a música entrou na minha vida. Canções de roda, música italiana, ensinada pela prima Ilda,na Igreja , no Colégio e como todo cantor que se preza, rolavam grandes audições no banheiro.
Nos anos 80, minha adolescência, Michel Jackson, Titãs, Legião Urbana,Páralamas do Sucesso, Fagner, Zé Ramalho, Raul Seixas, Lulu Santos, Cazuza entre muitos outros, verdadeiros ícones da música, moldaram o meu gosto eclético.
Começou minha juventude. A primeira música que aprendi a letra inteira de ouvido foi: "Não Deixe o Samba Morrer" da Alcione. Num dia de sábado, alguns jovens da turma mais velha, batiam acordes de violão num barzinho da cidade onde moro até hoje, isso em 1982, era Estrelas do Osvaldo Montenegro, eu sabia a letra inteira, comecei a cantar na mesa ao lado, já me chamaram, então entrei na Turma da Praça, dos rapazes que faziam a festa na região, Zezé, Zé Luiz, Padilha, Zequinha. O Marcos Andersen tem a letra desta música escrita por mim num guardanapo até hoje.
Comecei a cantar com o Celso, excelente musicista, violão, cavaquinho, acordeom. Desde a época meu irmão de coração. Tocamos em todos os lugares, serenatas, churrascos de fim de semana, inauguração de barzinho, até na Zona de Meretrício, tudo com um cachê duvidoso. Tocávamos em troca da bebida que consumimos, alguns proprietários as vezes levavam um “preju” devido nossa disposição pra música e muito mais pela bebida,rsss.
Com esta atividade, de tocar por barzinhos e festinhas, a gente foi fazendo amigos, pessoas que entraram em minha vida e não saíram mais. Tenho muito orgulho que aos 43 anos, os meninos da Juventude que mantém a tradição aqui em nossa cidadezinha e também nos arredores, quando estou presente e eles começam a tocar, sou chamado e ainda mando um Rock dos Titãs ou um Pagode do Raça Negra. Fico com o ego nas alturas. Hoje canto de Rock a Gospel..gosto de tudo que toca a sensibilidade e transforma uma certa inércia em momentos de discontração e prazer.
Resolvi contar estes fatos, para dizer da minha admiração pela música, pelas artes, pela manifestação cultural das pessoas e dos povos, Linguagem Universal, que modifica a vida das pessoas, inclui na sociedade, tira da marginalidade, dá oportunidades.
Assim trago meu depoimento, não me acho um homem que sabe muito, ou um artista, mas tenho consciência que sou privilegiado, pois tenho fome de conhecimento e amigos fiéis.
Tenho outro objetivo com esse texto, homenagear a todos nós, pessoas sensíveis e autênticas, que acreditam "que tudo pode dar certo no final. Se não deu certo ainda, é porque não chegou o final". (Fernando Sabino)
“Carinho, sorriso, música não precisam de legenda para
tocar nosso coração".