A FESTA E DA VIOLA

INEZITA BARROSO 60 ANOS DE CARREIRA

“Puxa, às vezes falo: Nossa, quanto tempo, mas me sinto muito bem completando 60 anos de carreira. Quero ir para frente, conseguir coisas novas. Pretendo ainda colocar a viola no auge”, diz a intérprete, violonista e violeira Ignez Magdalena Aranha de Lima, ou Inezita Barroso. Com 86 anos de vida, ela é uma das maiores defensoras da música caipira, gênero tema de seu programa, “Viola, Minha Viola”, no ar desde 1980 na TV Cultura (aos sábados, às 20 horas).

“A palavra caipira era como um palavrão, por isso criaram a expressão sertanejo. Minha missão sempre foi tirar esse preconceito”, afirma. Sua obra, que inclui mais de 90 discos, acaba de ser revisitada na recém-lançada caixa “O Brasil de Inezita Barroso – O Folclore Explosivo, o Sertanejo Autêntico e as Pérolas Regionais”.

Nascida e criada na capital paulista, ela se apaixonou pelos ritmos regionais em viagens pelo interior. “Sou uma paulistana caipira”. Inezita conta que, quando começou a tocar viola, aos sete anos, fazia isso escondida. “Passava férias onde os meus tios tinham fazenda. Toda tarde, tinha uma roda de viola, mas nessa época menina não podia tocar. Eu pulava a janela para poder ir”, lembra ela.

Entre os projetos, a produção de um álbum de música regional. “Vem muita gente boa no Viola, quero levá-los para o estúdio para gravar com uma orquestra e deixar isso documentado”.

O cantor Sérgio Reis, amigo e parceiro de longa data , conta que não sabe ao certo quantas vezes já esteve no programa. “Perdi as contas, mas foram mais de 40”, diz. O cantor gostaria de ir mais vezes à atração. “Só não vou mais porque a minha agenda é complicada. É muito importante, já não temos mais programas assim. São mais de 30 anos ininterruptos mantendo a tradição da viola. E a Inezita não aceita duplas da geração do sertanejo universitário, isso para ela não é sertanejo”. Inezita concorda: “Respeito, é um gênero novo, se o povo aceita... Mas tem de ver se vai durar, né? A música da Paula Fernandes, por exemplo, é boa para um tipo de público, mas não levaria ao meu programa”. Para Reis, um dos motivos para que o “Viola’’ continue no ar é o carisma de Inezita.

PARABENIZO ESSA GRANDE FOLCLORISTA E DIVULGADORA DA MUSICA SERTANEJA PELOS SEUS 86 ANOS DE IDADE E 60 DE CARREIRA EM NOME DA VIOLEIRADA DE BH.

RECORTE DO JORNAL HOJE EM DIA 29 12 2011.

Pacomolina
Enviado por Pacomolina em 29/12/2011
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