FABRÍCIO RAMOS COM EXCLUSIVIDADE PARA O TRIBUNA ESCRITA

Tribuna Escrita - Quem é Fabrício Ramos?

Fabrício Ramos – Fabrício Ramos é um pernambucano da cidade de Triunfo que aos 8 anos mudou-se pra Recife e lá teve um contato mais profundo com o mar, com a dita “música urbana” e também com todas as malícias, mistérios e surpresas da cidade grande. Acredito que sou um porta voz do povo que usa a música como a sua principal arma...sou amor, sou política, sonhos e muitas realidades, sou o desconhecido e também , muitas vezes, o que pode te surpreender.

TE - Como você define o seu trabalho musical?

FR – Meu trabalho musical é, como sempre digo, uma mistura de ritmos. Cresci ouvindo frevo, forró e MPB ,Gonzagão, Jackson do Pandeiro,Clara Nunes, Reginaldo Rossi, Zé Ramalho, Alceu Valença, Elba Ramalho, ícones da música brasileira que eu sempre ouvia e ouço ainda hoje. Quando mudei pra Recife, passei a ouvir Blues,Jazz, Rock. Isso tudo me fez ter uma escola muito forte musicalmente...desde a Orquestra Isaías Lima lá em Triunfo até os tambores do maracatu de Naná Vasconcelos, em Recife. É difícil definir o meu trabalho por isso achei um termo legal que é Música Pensante Brasileira.

TE - Qual o show que você fez que teve um significado especial para a sua vida?

FR – É difícil responder isso porque todos os shows que faço, independentemente do local, têm um significado especial. Acredito que o show de Hamamatsu, no Japão, pode ter tido um significado maior por se tratar de um país totalmente diferente e de ter pessoas cantando minhas músicas no show...Talvez o primeiro show que fiz em Triunfo também, assim como o festival Vozes da Cidade quando todo teatro Cacilda Becker me aplaudiu de pé em São Bernardo do Campo. Acho que cada show tem um significado especial .

TE - Como é fazer História?

FR – Essa pergunta acaba tendo um duplo sentido. Sou estudante de História numa tradicional faculdade em São Paulo e é um sonho sendo realizado. Sempre gostei e está sendo ótimo poder viver este sonho e conhecer mais do meu país e do mundo também, sem falar no contato diário com profissionais competentíssimos que acabam transmitindo um conhecimento maravilhoso e desta forma acabo por descobrir mundos paralelos ao que somos acostumados e obrigados a viver diariamente. Por outro lado a pergunta também acaba tendo uma conotação de “Fazer História” , não sei se foi essa sua intenção mas vamos lá; todos fazemos história de alguma forma, o seu blog faz história publicando notícias, entrevistas etc, o ator faz história atuando e imortalizando um personagem e eu faço história através da minha música que nada mais é do que um elo de ligação entre os sentimentos implícitos e o microfone que é a grande arma, onde posso tornar explícita a minha eterna luta.

TE - Neste turbilhão de atividades e emoções como fica o AMOR?

FR – Sempre fui um cara que viveu o amor de alguma forma...seja com a família, amigos, amor ao trabalho ou em relacionamentos que tive. Acredito que esse turbilhão de atividades não atrapalha, ele só me dá mais vontade de estar bem e de fazer o bem. Amar é algo muito difícil. Hoje em dia a palavra amor não é mais usada em momentos especiais ou até mesmo dependendo do momento nem precisaria ser usada porque amor não precisa ser transformado em verbos, amor precisa ser praticado e hoje em dia a palavra e o próprio significado de amor pra algumas pessoas estão banalizados. Vivo um momento ótimo da minha vida em todos os sentidos, inclusive no amor.

TE - Em poucas palavras como foi o impacto de Raul Seixas em sua vida?

FR – O impacto de Raul causou uma “metamorfose ambulante” na minha vida.

TE - Qual o projeto musical que você está trabalhando agora?

FR – Estou na fase de captação de recursos, pra ser mais claro, buscando patrocínio para o meu segundo cd de estúdio, pois tenho mais de 70 músicas prontas e acredito que estou no momento certo pra gravá-las, mais amadurecido e com muitas idéias na cabeça. Tenho também um projeto de literatura de cordel que quero lançar até o final do ano e um livro de poesias que estou trabalhando com mais calma e sem data para lançamento.

TE - O que representa Edinho Gadelha hoje em sua vida musical?

FR – Eu sempre trabalhei com músicos de muita competência musical e profissional, desde a banda de apoio para a gravação do meu primeiro cd de estúdio lá em Recife, em 2004. Aqui em São Paulo não poderia ser diferente, Edinho Gadelha veio somar, pois é um excelente guitarrista e violeiro, além de compositor também. Ele representa a minha luta de sempre ter bons músicos comigo no palco.

TE - Qual é a sua avaliação desta entrevista via e-mail em uma escala de 0 a 100?

FR – com certeza 100

TE - Escreva as suas considerações finais, desde já agradeço à você por esta entrevista via e-mail. O meu muito obrigado!

FR – Bom, em primeiro lugar, quero agradecer muito o espaço que o blog “Tribuna Escrita” tem me dado sempre. Manoel Hélio, lhe agradeço de coração, mais uma vez, pela força, carinho e respeito que você tem comigo e com o meu trabalho. Quero agradecer também aos blogueiros que sempre postam minhas entrevistas ampliando ainda mais a divulgação do meu som, das minhas mensagens e da minha luta como artista independente na grande “teia” virtual. Gostaria de deixar o meu site para que os leitores possam acompanhar minha agenda, ver as fotos e um monte de coisa legal que tem lá, o site é www.fabricioramos.com . Vida longa ao “Tribuna Escrita” , um forte abraço e muita Paz a todos vocês. Obrigado!