Crítica ao cd Born This Way – Lady GaGa
No geral, o cd ficou bom, com uns excessos desnecessários, mas em conjunto ,fica muito interessante. Com certeza é um pouco forte aos ouvidos se ficar em volume alto, com muitos instrumentos e em poucas, a união ficou harmônica o bastante. Daria entre 7 e 8 valendo 10. Ainda lembra um pouco algo que já ouvimos e ficou eletrônico demais em certos trechos. Contudo é forte, glorioso, imponente e com uma mensagem muito interessante, boas metáforas e com o jeito pop de Gaga, sendo que ela tornou ele mais pop dos que os outros por se tornar audível á um bom contingente de pessoas e ainda assim guarda boas críticas ao estilo Warhol.
Marry The night: o começo é bem calmo, o que não condiz com o resto da música num geral, por ela ser mais agitada, mas a evolução de notas ficou muito boa e esse mix de calmo com dance ficou interessante. E o refrão ficou muito bem elaborado enquanto eletrônica. A letra é interessante e cheia de metáforas com uma mensagem de segurança para seguir em frente.
Born This Way: ritmo interessante com uma bom violino ao fundo dando uma harmonia interessante. Os sons foram bem elaborados e há um som de aclamação, como se fosse até uma manifesto mesmo (não é a toa que o clipe teve seu próprio manifesto). A voz dela ficou bem verdadeira, o que dá mais realismo e credibilidade à mensagem importante de “ame a si mesmo, não importa o que você é”.
Goverment Hooker: tem um começo barroco, com aquela voz peculiar e até um pouco clerical. Depois fica bem eletrônica, o que dá outro ritmo e idéia à música. Ela tem até um jeito meio maldosa, e é interessante a idéia da crítica ao JFK e à Marilyn Monroe, a colocando como prostituta do governo. Obviamente isso é uma crítica maior, que eu ainda não consegui identificar. A voz dela ficou mais eletrônica para dar mais atenção à loucura da mensagem.
Americano: ao som mexicano, a letra deságua toda uma história de preconceito aos estrangeiros, em especial aos latino-americanos que vão ilegalmente aos Estados Unidos. Com certeza ela tem uma tristeza ao fundo, mesmo sendo animada e tendo um ritmo eletrônico. Mais uma vez, a voz dela está mais verdadeira, devido justamente à não necessidade de ser forte e computadorizada.
Hair: música bem pop, como um ritmo bem legal e até mesmo, bem grudento. Boa mensagem, focando na falta de liberdade que os filhos tem em casa e como os pais definem o futuro e o estilo deles. a metáfora com o cabelo é significante por dois motivos, por ser uma parte do corpo extremamente mutável e pode ser como quiserem, e por outro lado, quem canta é justamente uma cantora que sempre muda o cabelo (por perucas, é claro).
Schiße: muito eletrônica, um ritmo bem harmônico com uma mensagem de libertação da mulher de um homem. Uma música basicamente normal.
Bloody Mary: muito antiga essa não é? Ah não, ela é nova... achei que fosse realmente do Barroco, pois você sente uma luz ao fim do túnel, a música liga ascende essa luz com muita força e com um refrão incrível. Os instrumentos foram extremamente bem utilizados e ao fundo um “padre” ecoando “Gaga”. Essa música é um complemento de Judas, especialmente do clipe, em que ela se refere à Maria Madalena e aos pecados, tirando o preconceito e sem crucificar, sem apedrejar e nem nada.
Black Jesus - Amen Fashion: a música tem um estilo de “andando por Nova York, e descobrindo todo um novo mundo, um universo diferente que ninguém conhece, um Jesus negro e vamos dizer amém à moda pro ela existir, porque tudo é assim por causa dela”. Com certeza música não supera nenhuma expectativa em relação a nada.
Bad kid: trata de todos aqueles estranhos da escola que todos julgam e têm preconceito, mas o eu-lírico diz que o que importa não é ser a aparência, mas sim se a pessoa é boa ou não. A música te ma forma dos anos 80, a voz de uma jovem, e o ritmo muito chiclete, com um sintetizador que marca bastante a melodia, sendo que é mais um rock do que uma música pop propriamente dita, a tornando mais pop e legal.
Highway Unicorn (Road 2 Love): com um início bem chamativo e interlocutivo. Começa bem aberta e gloriosa, depois vem uma seqüência mais intensa, forte e brava como se fosse uma corrida e de repente, se abre uma luz na estrada com um refrão mais animado e mais acolhedor. A voz dela muda drasticamente de um para o outro, mostrando justamente uma luta e uma salvação. Os instrumentos forma bem utilizados, co um órgão mais ao fim que fica muito interessante.
Heavy Mental Lover: a música é um pouco bêbada e interessante, ela cria a imagem rock das noites de New York, com muita bebida e loucura, com um amor louco e psicótico, forte e intenso, assim com a música.
Eletric Chapel: mais rock e intensa, e ao mesmo tempo, um pouco mais clama e tranqüila, tirando que tem uma força com o piano, com um jeito elétrico e forte com guitarras. Lembrando que esse nome aparece no clipe de Judas, e a letra mostra que ela fala com ele, dizendo para ele a encontrar lá, no bar e que o amor deles é obscuro e pode se tornar forte e maravilhoso.
The Queen: mais sem graça que as outras, sem muita força, lembra mais uma vez uma música dos anos oitenta e é harmônica, sem excessos e tem um refrão animador.
Yoü & I: mais rock, calma, interessante, com uma voz bem melodiosa, uma guitarra bem marcada e legal, um piano harmonioso e gostoso de se ouvir. É um rock que vai se tornando um pouco country e depois volta a algo mais calmo e com aquelas palmas ao fundo que dão um bom toque à melodia. Única música verdadeiramente calma do cd e um pouco irritante depois que se ouve muito.
The Edge of Glory: boa música para se fechar o cd, mais tranquila no começo e que promete agitar mais, depois entra a batida eletrônica. A voz ficou mais estável e muito boa, com um refrão bem potente e grudento. Diferente do que estamos acostumados e ao mesmo tempo, com um jeito que “eu já ouvi”. Após o refrão tem um teclado muito bem utilizado com um bom ritmo e ao fim, um instrumento metálico (que me parece um saxofone ou um trompete, algo nesse meio), muito bom e um pouco soul e blues. Depois volta a batida eletrônica e fica muito gostoso e bem harmônico, com certeza uma união inusitada e bem elaborada.
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