Mallu Magalhães e banda
Sempre procuro manter-me atualizado do que ocorre, em todos os aspectos. No plano cultural mais ainda. Por isso, quando parece valer a pena, dou uma olhada no que vai surgindo. Se me chama a atenção, busco analisar um pouco mais. Creio que todos nós agimos assim, não é mesmo?
Como já sei do que não gosto, há o que não me mais chame a atenção. Por saber de onde advém e que de determinado movimento ou ritmo musical, por exemplo, nada de construtivo, no meu entender, tenha dali surgido desde o seu aparecimento, sempre que me aparecem à frente da visão desvio o olhar e o pensamento. Troco a sintonia, o canal, viro a página...
Sigo apenas curtindo o que me agrada e buscando conhecer o novo. Respeitando, obviamente, o gosto dos outros. Afinal, não sou eu quem diz, gosto não se discute.
O que procuro: no ritmo, melodia. Som. Na letra, que fale algo. Nada que se seja agressivo ou o já cansativo “duplo sentido”. Nada de apelo barato e simplório. Apelo, apenas, às consciências.
No sábado fomos acompanhar o filho mais velho, adolescente, ao show da jovem cantora Mallu Magalhães. Conhecia, de início, superficialmente, o seu repertório. Fui conferir.
Surpreendi-me positivamente. Nas melodias, há um estilo. Uma mescla de ritmos, que na verdade criam um estilo. Algo muito interessante. Advindo de um grupo de jovens que saíram do lugar-comum.
Nas letras, mensagens. Ditas com simplicidade e a ingenuidade que tão bem sabem os jovens apresentar. Nada de bobagens, que muitos compositores de mais de 30 anos de idade não se cansam de disseminar país afora. Aqueles que me levam a trocar o canal, a sintonia. Ou virar a página.
Saí do teatro com a agradável impressão de que valeria a pena seguir analisando um pouco mais o trabalho daquele pessoal. Mallu Magalhães e sua banda deram-me a impressão de que têm algo a acrescentar. Estão distantes da maioria que se consagrou por aí. Tomara que consigam...