O ícone do Grunge*
Cinco anos depois de sua morte, roqueiro do extinto Nirvana ainda é venerado como ídolo do punk rock
Há quem acredite que Kurt Cobain não morreu. Fãs se perguntam se o vocalista e guitarrista do extinto Nirvana foi para o céu ou para outro lugar. Existe um site na Internet que prega a possibilidade de o espírito de Cobain estar entre nós. Em abril deste ano, completaram-se cinco anos que Kurt Cobain foi encontrado morto com um tiro na cabeça, nos fundos de sua casa em Seattle, nos Estados Unidos.
O Nirvana começou em 1987, conseguiu uma gravadora quando venceu um festival de bandas alternativas. O primeiro álbum foi o Bleach. A banda só estourou em 1991, quando foi lançado Nevermind. Todas as músicas eram compostas por Cobain, entre elas a eterna "Smells Like Teen Spirit". Quando passou pelo Brasil, o trio americano tocou um repertório do tipo garagem que não agradou tanto a quem foi ao show. Esperava-se que eles tocassem as músicas que estavam na boca da galera. Com muito sucesso na bagagem e milionários, os pais do grunge pareciam já estar fartos de shows, entrevistas e clipes, quebrando os instrumentos no palco.
Kurt Cobain se tornou um ícone - exatamente o que não queria - e, entediado, entrou em mais uma crise de depressão. No documentário Kurt Courtney, lançado neste ano, é colocada a tese de que Courtney Love, viúva de Cobain, teria planejado a morte do marido. Do casamento dos dois nasceu Francis Cean Cobain, quase tirada da guarda da mãe, considerada desequilibrada. Nesse documentário, o pai de Courtney afirma que ela tinha um caso com Billie Corgan, líder do Smashing Pumpkins, quando ainda era casada. Bem, verdades, mentiras ou teses, Kurt Cobain foi desta para melhor. Quem sabe?
Desfeito o grupo, o baixista Chris Novaselic saiu em busca de causas nobres, como ajudar mulheres estupradas. O baterista David Grohl se dedica à sua banda, Foo Fighters, que está com trabalho e guitarrista novos. O Nirvana foi um fenômeno que marcou o renascimento do punk rock, influenciou novas bandas e não vai ser esquecido tão cedo.
*esse texto foi publicado na revista época quando eu tinha 14 anos! http://epoca.globo.com/especiais/jovem/cult3.htm