O Esquecido e os esquecimentos

O momento requer uma boa reflexão acerca da figura paterna, que assume o papel de esquecido dos seus próprios familiares e seus correlatos numa estreita ligação com a família paterna que está longe.

Esquecer faz parte de uma boa existência com recheios de polifonia, tudo é bem musical até mesmo o esquecimento. Talvez você leitor nunca esqueceu algo importante , ás vezes me pergunto com extremo cuidado como lidar com as desventuras do esquecimento?

Sinuosamente este belo ensaio dialoga com o artigo ‘ Patrick Modiano: o esquecido e os esquecimentos ‘ do escritor Kelvin Falcão Klein do blog do IMS, usualmente troquei a ideia original de um prêmio Nobel com a figura paterna.

Quando ele assim se lembra de algum fato ou evento no tempo presente se constrói uma linha contínua vinculando aquele momento criando assim um forma de elo da própria existência e dos riscos exatos da polifonia da vida.

Usualmente a figura paterna cria uma boa lógica existencial ao contabilizar esses fatos bem delineados como se fossem assim belos retratos expostos em fila. Tal criação surge como um olhar bem delicado de verdade sobre os fatos bem comuns.

E Patrick Modiano e meu pai são pessoas bem diferentes em seu passado , minuciosamente o primeiro relata sua memória mediante suas esparsas no passado e o segundo sempre se baseia em suas memórias advindas na Ditadura, bem recortadas numa tabulação.

Cabalmente meu pai Ademir trabalha em sua memória contra esse tal esquecimento normal que as grandes famílias possuem em sua estrutura hierárquica.

Inicialmente tudo pode ser construído em muitos detalhes semelhante a um mosaico bem cuidado, sua memória surge como um bom desenho que recebeu um enquadramento sólido e sombrio.

Diante dos fatos cotidianos em uma boa construção ou bem sombrio num longo processo sofrível pode identificar uma boa mentalidade ou deve ser um sentido.

O repercutir da linhas existentes e potentes da lembrança é como o vai e vem das ondas em questão, um longo desenho de um belo estuque criado mediante, a formação necessária e conflituosa.

E assim a vida dispõe de uma enorme polifonia musical construída nessa mediante a necessidade de existir e devir em um enorme construto musical embasado.

O pai apenas recria aquilo que lhe vale um tostão em um processo de criação bem delineado com as devidas doses de bom-humor e nas formações afetivas.

Sinuosamente o poço do passado manniano tende a aparecer com certo número de vezes em suas lembranças, algo me diz que a lembrança pode traduzir tudo que é possível, nisso Banksy tem razão.

E entre ouvir e narrar adequadamente prefiro sempre narrar como condição de uma existência potencializada por obras de Arte que celebrem a vida e suas polifonias.

Sinuosamente meu pai nunca entrou em escolinha ou algo do tipo, bem que conhece a história do futebol de várzea, em especial dos pequenos clubes no Rio de Janeiro.

Quando Knausgard escreve uma verdadeira epopeia da banalidade, um romance que parte da matéria biográfica do próprio escritor e espalha sua narrativa por 3,5 mil páginas em que nada de muito maior acontece a não ser as fraquezas e incertezas de um homem comum e brutalmente honesto no striptease de seus defeitos.

Usualmente essa escrita tange o aspecto nominalmente confessional, e em nossa exposição o pai alcança um lugar especial conforme as muitas lembranças ou pensamentos sobre da polifonia da vida.

Essencialmente na construção simbólica do museu imaginário a percepção traduzida em dúvidas e incertezas existenciais que permanecem no mundo das lembranças. O museu imaginário pronto começa uma exposição de abertura com as peças extraordinárias.

Categoricamente o ensaísta recorre também a um conjunto ínfimo de lembranças que insistem em retornar em busca de acenar verdades estilhaçadas ao vento, tal ensaísta como um rouxinol feliz canta sua doce canção.

Inicialmente o escritor norueguês insiste em revelar todos os detalhes da vida cotidiana em sua exaltada série ‘ Minha Luta ‘. Mesmo assim. Contar a intimidade de sua família não pegou bem. No entanto, como todo livro polêmico, a obra virou best-seller na Noruega. Knausgard não assistiu a essa reação toda. Enquanto escrevia, não leu as resenhas, não viu televisão. “Estava tentando me proteger “.

Monumentalmente o pai Ademir também tentou ser no mínimo a esquecida numa esquema chamado álbum de retratos onde ela não poderia estar.

Essencialmente na construção simbólica do museu imaginário a percepção traduzida em dúvidas e incertezas existenciais que permanecem no mundo das lembranças. O museu imaginário pronto começa uma exposição de abertura com as peças extraordinárias.

Naturalmente ele ressalta sempre nesse rememorar que por razões de trabalho, o pai Ademir foi morar sua família e por alguns razões que ele como um narrador não a representa , ele muda a performance da atuação, altera partes importantes de sua narrativa.

Temerariamente a voz narrativa tende a recriar um tipo de ambiente comum e natural , a figura ilustre da casa da família materna. O pai Ademir certa forma opta por ficar com os parentes , uma opção estranha ou bem aventurada infelicidade.

O canto possui uma sonoridade digna de uma Quinta Sinfonia de Beethoven segue uma sonora existência sem parecer uma polifonia concretista ou um uma pintura impressionista realizada por Van Gogh em sua estada na França.

Sinuosamente ele assume o papel de narrador ao recontar sua boa existência em uma vida mais ou menos longa e atenta de sua própria vida.

JPensador
Enviado por JPensador em 14/12/2024
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