DESENHANDO AS MINHAS MANDALAS...JUNG E OS SEUS SÍMBOLOS...💨💥💕💥💨

MINHAS MANDALAS...💭💤💬💤

Começo a desenhar,

Sem preocupação

Com os traços,

Com as formas,

Com a nitidez,

Com os contornos...

Aos poucos,

A minha mente se aquieta.

Desenho em círculos

Tudo volta,

Retorna,

Tudo se fecha

Em si mesmo.

Lentamente,

Traços outros pontos.

Minha mente se expande

Nesse emaranhado

De emoções,

Saio da circularidade.

Sigo a minha intuição,

Meus sentidos se abrem...

Estou receptiva

Para novos contornos

Linhas e formas.

As "minhas mandalas"

Agoras se movem,

Se harmonizam,

E se encontram

Comigo mesma

Na minha totalidade,

No meu próprio SELF...

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Jung foi quem melhor estudou e se debruçou sob o conceito de "Mandala" que em sânscrito significa círculo.

Elas podem ser desenhadas livremente, de várias formas, tamanhos, desenhos, figuras humanas, elementos da natureza, sendo que na maioria das vezes elas são circulares.

As mandalas compõem um conjunto de padrões abstratos e, segundo Jung, ao desenhar ou mesmo pintar uma mandala, as pessoas conseguem expressar vontades inconscientes em seus círculos ou em suas formas.

Jung traz as mandalas como uma representação simbólica do nosso psiquismo; ele observou que ao contemplarmos os desenhos podemos entrar em um estado meditativo profundo, nos apaziguamos, podendo acessar dessa forma algumas camadas do nosso inconsciente que até então estavam adormecidos

Em sua concepção, ao desenhar uma mandala e obter formatos de estrelas, sóis, animais, insetos, castelos e cidades, apesar de aparentemente serem produzidos por acaso, estes desenhos refletem uma camada mais profunda, algo que não está ocorrendo de forma óbvia no pensamento consciente do indivíduo.

Segundo Jung há uma variedade infinita de mandalas; elas podem aparecer nos sonhos, na nossa imaginação ativa, praticando a meditação, enfim essas imagens surgem quando estamos receptivos para enxergá-las.

Jung nos diz que as mandalas se originam do nosso inconsciente coletivo, assim há um padrão comum a todas elas, pois são compartilhadas por toda a humanidade.

Jung acredita na existência de um centro, como se ele estivesse alojado no interior da nossa alma, por isso no seu modelo de psiquismo há um círculo central, um ponto onde ocorre a sobreposição de diversos círculos, ali se alojaria o nosso inconsciente coletivo.

No segundo círculo temos acesso ao nosso inconsciente pessoal onde acessamos as nossas experiências de vida.

E no terceiro círculo onde temos a borda aloja a nossa parte consciente, aquilo que conhecemos de nós mesmos.

Os desenhos circulares podem simbolizar a ideia de que tudo na vida está interligado, a vida em si mesma não teria um fim, há um propósito maior de estarmos aqui neste plano; assim como a natureza é perfeita e cíclica, os acontecimentos também são; os vários pontos estão todos interconectados.

Interessante que Jung observou na sua prática clínica com seus pacientes psiquiátricos, que as mandalas por trazerem este estado meditativo e contemplativo pode trazer de volta a "ordem psíquica" ou restabelecê-la quando necessário.

Assim observando os pacientes esquizofrênicos, os símbolos das mandalas apareciam com frequência e surgiam espontaneamente quando a psiquê estava em um processo de reintegração, em seguida a momentos de desequilíbrio.

Os momentos de desorientação psíquica são citados por ele como "fatores compensadores de ordem".

Assim, ao contemplar, desenhar ou colorir uma mandala , isso já pode nos trazer uma sensação de ordem, de equilíbrio, ajuda assim no nosso bem estar, tanto físico e emocional.

Jung conclui assim que a mandala é um arquétipo da ordem, da integração e da plenitude psíquica, surgindo como esforço natural de auto-cura.

As atividades lúdicas envolvendo as mandalas são inúmeras, muito utilizada na ARTETERAPIA , atividades criativas como pintura, desenhos, artesanato, modelagem, dinâmicas de grupo, danças circulares, atividades escolares, etc...

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As mandalas no Budismo Tibetano se inciaram pelos praticantes da meditação em um ambiente espiritualmente muito criativo. São símbolos muito valorizados que de tão antigas remontam ao período paleolítico.

No Budismo Tibetano as mandalas contêm símbolos de elementos opostos; são agrupadas em torno de um núcleo projetando tanto o nosso mundo interno e o externo da nossa psiquê; assim elas vão muito além das imagens, do conteúdo estético, passam a ser símbolos religiosos e filosóficos.

No Budismo Tântrico, os discípulos recebem instruções específicas sobre como visualizar a mandala que retrata as divindades pacíficas e as forças em choque da existência, os impulsos e as paixões primitivas que estão nas profundezas da nossa psiquê; assim abrange a fragmentação, desintegração e reintegração psíquica, percorre os caminhos da dualidade até chegar a nossa consciência pura.

Conceitos extraídos dos Livros :

A PSICOLOGIA DE JUNG E O BUDISMO

TIBETANO

AUTORA: RADMILA MOACANIN,

CAP. " A MANDALA"

A PSICOLOGIA APLICADA DE CARL

GUSTAV JUNG, CAP 5.

O USO DAS MANDALAS PARA A CURA,

Veja um artigo que fala da ARTETERAPIA

JUNGUIANA e várias fotos de mandalas.

https://images.app.goo.gl/FXhMUUr79eR5XHZT6

Veja um vídeo que traz

DANÇAS CIRCULARES.

https://youtu.be/Zxk5yd-gpYM?

si=AeDpzl6O_kVxnLqT

Lélia Angélica
Enviado por Lélia Angélica em 23/10/2024
Reeditado em 24/10/2024
Código do texto: T8179986
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