O HOMEM CULTO, O BARQUEIRO E A LIÇÃO DE VIDA.
agosto 26, 2024
O HOMEM CULTO, O BARQUEIRO E A MORTE.
Imaginemos! Somos um contingente de mais ou menos um pouco mais de oito milhões de habitantes nesse planeta. E cada um de nós possui peculiaridades, manias, etc... e tal. E conviver com isso, convenhamos, é uma tremenda barra.
Também convivemos com um exercício quase crônico de buscar atrair a brasa para a própria sardinha. Imaginemos , outra vez! É uma confusão danada! Mas, ao final, conseguimos, pelo menos a maioria, sairmos ileso disso. Ainda bem!
E dentro desse mesmo exercício, é comum manifestar superioridade ao outro. Sejá lá de que modo for. E, neste caso específico, nas profissões é onde se vê tais acintes. Um se acha mais que o outro. Como se o mundo não precisasse de cada um de nós, de forma até igualitária.
Mas o humano é assim mesmo. Vive se achando. E não se pode fazer nada nessas circunstâncias. Faz lembrar um histórinha que conta um episódio de um homem muito importante, que precisou atravessar um rio caudaloso e volumoso, um certo dia.
Chegou em sua margem, num pequeno cais, contratando um barqueiro. Um homem simples, de poucos predicados. E ao conversar com o homem, fez questão de se mostrar. Indagou coisas a ele que não possuía conhecimento do indagado. E aquele se manteve sereno, sem contestar nada.
E assim, iniciou-se a travessia com o barco, o homem e o barqueiro apenas. E já se aproximando do meio do rio, onde suas águas faziam o barco parecer virar, o barqueiro observou o homem todo nervoso, tremendo de medo.
Foi aí que o barqueiro cresceu. Disse-lhe que como esse homem era tão importante, saberia resolver-se com o bote virando no meio da corrente. E foi com surpresa que o homem lhe disse não saber nadar. O que, nesta ocasião, seria o único conhecimento básico a dominar.
Oras, disse-lhe o barqueiro, como é que pode uma pessoa possuir bagagem extensa, mas num momento de emergência não saber do principal? E disse-lhe, após a virada do barco no meio do rio, que sentia muito, mas que, lastimavelmente, não poderia fazer nada por ele. E o tal homem morreu afogado.
*Em tempo: esta fábula não é de autoria desse autor que a escreve. Foi colhida de um livro muito antigo que possui.