Após a morte
Sociedade angelical
O livro de Gênesis, que significa “começo”, registra a criação do Universo, o caos da sociedade angelical, a queda de nossos primeiros pais, a entrada do pecado, dentre outros registros.
Em Gênesis 1.1 vemos a formação do Universo pelo poder da palavra emitida pelo Criador, o que reflete a labuta de um Deus, cheio de amor, em sua obra para montá-lo durante um período de tempo desconhecido pela capacidade mental humana, de acordo com o registro textual: “No Princípio criou Deus os céus e a terra”, ou seja, a criação de todos os elementos que formam o Universo maravilhoso.
O interessante no registro bíblico, é que, enquanto no verso 1 consta a criação do Universo, no verso 2 vem o registro de que a Terra, um dos elementos da Criação, encontrava-se “sem forma e vazia”, indicando que algo bastante estranho ocorreu durante esse percurso de tempo.
O espaço vazio entre os versos 1 e 2 são o Nó Górdio que tem deixado teólogos e estudiosos de vários matizes a questionarem. Teólogos entendem que esse vazio é o resultado de que a Terra somente existia na mente do Criador, ou seja, o projeto havia sido montado, mas sua execução viria posteriormente.
Os textos sagrados têm a finalidade de mostrar, ao ser humano, o caminho que o leva a ter novamente comunhão com seu Criador. Em rápidas pinceladas, a Bíblia Sagrada faz referência a um ser criado e colocado num Éden, em ambiente terreno, como administrador de uma sociedade angelical.
No livro que escreveu, o profeta Ezequiel usa a figura do Rei de Tiro para revelar as extraordinárias qualidades desse administrador. Também, o profeta Isaías usa a figura do Rei de Babilônia para se referir a esse fenomenal superintendente angelical, conforme Isaías 14.12-19 e Ezequiel 28.11-19.
É que esse Administrador havia sido dotado, por seu Criador, de elevado grau de sabedoria, beleza e capacidade administrativa para gerir negócios, e assim elevou seu reino a uma enorme prosperidade material. De maneira que, devido à sua enorme sabedoria e capacidade administrativa, edificou uma sociedade próspera em ouro e em minerais valiosos.
Entretanto, a riqueza material do reino que administrou elevou tanto seu coração, que esse Administrador angelical chegou ao cúmulo de externar seu ambicioso plano de usurpação: “Eu sou um deus, na cadeira dos deuses me assento...”, cita o profeta Ezequiel 28.2.
Nesse seu desejo incontido e profano, tentou dar um Golpe de Estado no Criador, e foi assim que começou sua queda e desgraça, e esta perdura por gerações, até o dia em que será lançado em um local onde o bicho nunca morrerá e o fogo nunca se apagará, informa o profeta Isaías 66.24.
O projeta Ezequiel refere-se a esse Administrador como aquele que liderou a civilização angelical com perfeição, “desde o dia em que foi criado”, até o dia em que, nele, “se achou iniquidade”, cita Ezequiel 28.15. Sua ambição por poder levou o planeta Terra a sofrer terríveis mudanças físicas.
Essa pequenina pincelada se presta para externar o quadro de juízos severos que foram enviados como punição, por seus crimes, por poder e por ambição. Com os juízos, o Éden Angelical foi destruído, e os elementos físicos, do Planeta, foram arrasados; daí a expressão: “sem forma e vazia”.
Também, o profeta Isaías se refere ao Querubim Ungido em seu ambicioso desejo de ser o próprio Criador do Universo maravilhoso, registra Isaías 3.14: “e serei semelhante ao Altíssimo”. Ainda, é citada sua perniciosa estratégia de levar seu plano de rebelião à esfera cósmica: “subirei acima das alturas”, diz o profeta.
Os juízos que arrasaram a sociedade angelical arruinaram o ambiente terreno. Tempos depois, o Criador restaurou o planeta Terra, e fez dele um Jardim do Éden, sobre o qual colocou o casal Adão e Eva, como administradores. Aqui tem início a Sociedade Humana.
Uma vez fracassada a tentativa de Golpe de Estado para desbancar o Criador, o então Administrador angelical deixou de ser Querubim Ungido para se tornar Satanás, o mesmo que Adversário, Diabo, Anjo Decaído, Tição Fumegante, dentre outros títulos.
E ao abraçar a prática de cultivar augúrios vaticinadores, o Adversário planejou tomar, do primeiro casal de humanos, o direito de administrar o planeta que havia sido restaurado.
Sabedor de que o elemento feminino era a parte mais fraca da administração, enquanto Adão cuidava de suas atividades, o Adversário, de forma secreta, incorporado em uma víbora faladora, se manifestou a Eva, o que certamente deve ter causado admiração a essa gestora. Dotado de uma lábia diabólica, induziu o elemento feminino a duvidar de seu Criador, como também, levou a mulher a entender que ela poderia ser tão perfeita, obedecendo a seus conselhos, que não mais iria depender Daquele que a criou, de acordo com Gênesis 3.1-7.
Enfim, no Éden Adâmico, Satanás, ao assumir a figura de Venerável Mestre, iniciou Eva em uma sociedade secreta, e Eva iniciou Adão, e assim inaugurou a Primeira Loja da Maçonaria, em ambiente terreno. Aqui começa a queda e desgraça da humanidade, com a implantação da filosofia ocultista entre humanos, e esse vírus letal se espalhou por todos os grotões do ambiente terreno.
A Maçonaria é um sistema religioso ocultista que tem a função de levar seu iniciado a entender que, seguindo a seus ritos, pode se tornar um ser tão perfeito, quão perfeito é o Eterno. E, nessa filosofia luciferiana, desvia a Criatura de seu Criador.
E na larga passada do engano para confundir as massas, o escritor maçônico, Eleutério Nicolau da Conceição, cita que, na obra literária, “As Constituições”, o reverendo presbiteriano, James Anderson, aquele que reformou o Estatuto original da sociedade secreta, A Força Misteriosa, registrou que o Eterno ensinou a “Maçonaria a Adão”, no Jardim do Éden. E não é por acaso que esse reverendo morreu em pleno estado de loucura mental.
Banido da presença do Eterno, Satanás, para se vingar de seu Criador, instalou a Loja do Éden, no firme propósito de levar a sociedade humana à perdição eterna, julgando que, assim procedendo, afeta ao Senhor Deus de Israel.
O livro de Gênesis é prova textual da implantação da Maçonaria (A Viúva) no Jardim do Éden. E a função de Satanás tem sido a de levar o ser humano a entender que é um ser perfeito; e, por ser perfeito, não deve depender de seu Criador, pois, pode se tornar seu próprio deus.
A intervenção maliciosa do Adversário gerou grandes pesadelos ao ser humano: primeiro, induziu a Criatura a ser igual a seu Criador; segundo, gerou derramamento de sangue; terceiro, introduziu a cultura da desobediência; quarto, iniciou humanos na Maçonaria; quinto, destruiu a inocência do ser criado; sexto, tornou-se o pai da rebelião; sétimo, espalhou a semente do engano e da mentira entre humanos decaídos.
E ao se sentirem nus, o casal confeccionou um avental vegetal para cobrir suas vergonhas, ante a presença majestosa do Eterno, que os visitou na viragem do dia. A Maçonaria tomou para si uma réplica do Avental da Rebelião, e assim cobre a vergonha de seus afiliados, e isso constitui prova textual de seu relacionamento com o Tição Fumegante, aquele que implantou o ato criminoso no Éden.
E esse sistema ocultista irá perdurar até o dia em que o Eterno irá retornar para tomar posse do planeta que vem sendo paulatinamente esbulhado pelo Anjo Negro.
O Avental, que faz parte da indumentária de todo misterioso, é confeccionado em pelica de couro, na tonalidade branca, lisa, e em uma apresentação pública somente pode ser usado quando em eventos maçônicos, tais como, funerais de iniciados e lançamento de pedra fundamental de uma edificação civil da comunidade.
No Éden Terreno, o Eterno ministrou a Adão e Eva a lição de que, sem derramamento de sangue, o pecado não pode ser coberto pelo uso de um avental; este, segundo o escritor estadunidense William Schnoebelen, é tido como “símbolo do sacerdócio de Lúcifer”.
Ainda, além da Maçonaria, a Serpente implantou, também, a corrente religiosa de práticas ocultistas, na qual atuou como Pai de Santo, Eva como Filha de Santo e Adão como ogã.
Então, o vazio que aparece entre os versículos 1 e 2 do texto sagrado foi resultado do caos em que o planeta Terra foi assolado por juízos desferidos como julgamento para uma sociedade rebelada, daí se apresentar “sem forma e vazia”; um segundo caos se processou mais de um milênio depois, quando uma sociedade pecaminosa foi destruída pelos juízos de um Dilúvio, em que as águas cobriram a parte seca da Terra, matando a todos os humanos, com exceção de Noé, esposa, seus três filhos e suas três noras, conforme consta em Gênesis 6 a 9; um terceiro caos ocorreu nos dias do patriarca Abraão, quando o próspero verde Vale de Sidim, que abrigava os vilarejos de Sodoma, Gomorra, Admá, Zoar e Zeboim, cuja população vivia afundada em relação sexual anal, foi sacudido por terríveis juízos, implodindo a região que, até hoje, encontra-se coberta pelas águas do Mar Morto, registra Gênesis 18.17-33 e 19.1-28; e um quarto caos ocorrerá por ocasião da Grande Tribulação, evento escatológico que terá início logo após o Arrebatamento a ser comandado por Jesus de Nazaré, que virá até às nuvens para Resgatar o seu povo. Esse caos terá a duração de sete anos, e corresponderá à última das Setenta Semana de Anos enunciadas pelo profeta Daniel 9.21-27.
Os dias da Criação
Tão logo após o caos gerado pelo Querubim Ungido, o ambiente terreno foi restaurado para ser habitado pelo primeiro casal de humanos. Esse mesmo processo restaurador, também, ocorrerá após o caos que o planeta Terra passará durante o período da Grande Tribulação, isso, para que tenha início o Milênio, este, um evento escatológico a ser comandado por Jesus de Nazaré, e cujo tempo de duração será de mil anos, conforme Apocalipse 20.1-6.
No primeiro dia após o caos angelical, Deus, o Eterno, determinou que houvesse luz, e assim fez separação entre a luz e as trevas, chamando de “dia” a parte clara, e de “noite” a parte escura, ou trevas. O verso 5 registra que “a tarde e a manhã” deram origem ao primeiro dia da restauração, conforme versos 3 a 5.
A uma só palavra do Criador, houve a separação das águas que estavam abaixo das que estavam acima da expansão, o mesmo que céus, e assim foi “a tarde e a manhã” do segundo dia, de acordo com versos 6 a 8.
A uma sua ordem, as águas se ajuntaram debaixo dos céus, ou firmamento, em um determinado lugar para formarem “a porção seca”. Essa porção seca foi chamada “Terra”, e ao ajuntamento das águas ficou conhecido como “Mares”. Então, devido ao caos gerado pelo Querubim Ungido, o planeta Terra ficou totalmente envolto pelas águas, daí a expressão “sem forma e vazia”. Com a porção seca em evidência, a uma ordem do Criador, a Terra começou a produzir erva verde gerando sementes segundo a sua espécie, como árvores frutíferas produzindo sementes segundo a sua espécie. E assim ocorreu “a tarde e a manhã” do dia terceiro, segundo os versos 9 a 13.
O Eterno ordenou que houvesse astros no firmamento, e logo surgiu o Sol para iluminar o dia e a Lua e estrelas para iluminarem a noite, elementos que se prestaram, também, para servirem como sinais, como tempos para sinalizarem dias e anos. E assim ocorreu “a tarde e a manhã” do dia quarto, cujo registro consta nos versos 14 a 19.
Com o ambiente terreno garantindo farto suprimento alimentar, água em abundância e luminosidade sem par, o Eterno criou os peixes e as aves, cada, segundo a sua espécie, concedendo-lhes o direito de se multiplicarem, e assim se processou “a tarde e a manhã” do dia quinto, basta se ater aos versos 20 a 23.
A uma sua ordem surgiram os animais domésticos, répteis e animais selvagens, segundo a espécie de cada. Nesse mesmo dia, foi criado o ser humano, macho e fêmea, formado segundo a imagem de seu Criador. Ao ser humano foi-lhe delegado dominar sobre os peixes, as aves e sobre todos os seres criados. Além de abençoar o casal, este recebeu autorização para se multiplicar, povoar o planeta e se alimentar de ervas e frutos das árvores.
A autorização para uma alimentação do reino vegetal, veio para que sangue algum fosse derramado sobre a Terra, a fim de que o planeta não perdesse seu vigor produtivo. E assim ocorreu “a tarde e a manhã” do sexto dia, de acordo com os versos 24 a 31.
No relato do livro de Gênesis, o Senhor Deus é apresentado criando todas as coisas, do nada, por meio do poder de sua palavra. E o ser humano, por ser colocado como gestor do planeta, apesar de ser incapaz de alcançar “a criatividade que é peculiar a Deus”, foi-lhe dada a capacidade de tornar a sociedade melhor ou pior, ao ser dotado de livre arbítrio.
Enquanto aos animais irracionais foi-lhes delegada a capacidade de se procriarem, ao ser humano foi-lhe dado o direito de administrar tudo o quanto foi criado. Do ser humano, o Deus Eterno requer confiança e companhia, ou seja, quer ser seu amigo de todos os dias.
Até o Dilúvio, que ocorreu mais de um milênio depois, humanos e animais irracionais receberam autorização para não se alimentarem de carne; e somente após esse evento de juízos, é que veio essa autorização divina, mas, todo sangue derramado seria cobrado daquele que o fizesse. E o Eterno fez registrar que, no futuro, o morticínio será para sempre banido, cita o profeta Isaías 11.6-9, ministro de estado do rei judeu Uzias.
Então, após criar o Universo, o Senhor Deus descansou de sua obra, conforme Gênesis 2.1-4a. O interessante é que no sétimo dia não aparece a expressão “e foi a tarde e a manhã o dia sétimo”. E não aparece pelo fato de que esse dia nunca teve fim, registrou o autor do livro de Hebreus 4.1-7. É, nunca teve fim. E nunca teve, porque, ao descansar das obras que havia criado, continua ativo para restaurar tudo o quanto vem sendo esbulhado pela Serpente do Éden, e assim se processará até o dia do Juízo Final, quando então terá início a Eternidade, basta se ater a Apocalipse 20.11-15.
Surgiu a morte
Após separar as camadas de águas para aparecer a parte seca da Terra e de criar a flora e a fauna, o Criador fez surgir o vapor de água, e assim o elemento verde passou a produzir alimento em abundância. Aí, plantou um jardim e, nele, colocou o casal de humanos para administrá-lo. A produção agrícola se prestaria como alimento para humanos e animais. Em meio a esse esplendor natural, o casal foi divinamente orientado a que não se alimentasse “da árvore do conhecimento do bem e do mal”, pois, no dia em que o fizesse, certamente morreria. Aí vem a Serpente e induz a varoa a tomar de seu fruto para se alimentar, pois, segundo o Rito ministrado por esse Venerável Mestre, no dia em que se alimentasse desse fruto, proibido, seus olhos se abririam para a iluminação, ela seria tão perfeita quanto Deus o é, e que, assim procedendo, não mais precisaria de seu Criador; seria uma deusa cheia de conhecimento. A varoa tomou do fruto, o comeu, como o deu a seu companheiro, e assim se venderam ao Anjo Decaído, que se tornou o administrador do planeta Terra, conforme Gênesis 2.16-17 e 3.4-5.
Localizada na região da Mesopotâmia, o Éden, o mesmo que “jardim”, era abastecido pelo Rio Pisom, Giom, Tigre e Eufrates. Desses quatro cursos de água, hoje, somente o Tigre e o Eufrates são conhecidos.
Quanto à Árvore da Vida, esta é uma referência à vida eterna que o ser humano herdaria, caso nossos primeiros pais não desobedecessem à determinação divina. Então, para que não viessem a tomar do fruto da árvore que lhes daria vida eterna, foram expulsos do Jardim do Éden, basta se ater a Gênesis 3.22.
Sentindo que o varão Adão se sentia sozinho em meio a um paraíso fabuloso, o Senhor Deus, do corpo do varão formou a varoa Eva. Assim, o varão deixaria a casa de seus pais para se unir a uma varoa, e passariam a formar uma só carne, registro que se encontra em Gênesis 2.18-25.
A tentação queda e desgraça do casal teve início quando a varoa se encontrava sozinha. Eva ficou encantada em ver uma serpente falante que a atraiu para um papo descontraído. A varoa foi induzida a que, obedecendo à sua lábia, se tornaria uma deusa iluminada, ou seja, iria encontrar o seu Nirvana, o degrau que a Maçonaria o chama de elevado grau de perfeição. Ao dialogar com a Serpente Incorporada, a varoa caiu “do cavalo com sela, estribo, esporas, bridge e tudo”.
E a exemplo da Serpente do Éden, a Maçonaria, nessa mesma pegada diabólica, induz seus iniciados, obedecendo a seus Ritos, alcançarem um elevado estágio de perfeição, isto é, serão deuses.
Após ser levada ao erro da desobediência e levar seu companheiro ao mesmo erro fatal, nossos primeiros pais, ao sentirem o enorme peso do pecado desabar sobre seus ombros, perderam o estado de inocência que os envolviam, se viram nus, como tomaram folhas vegetais para taparem suas vergonhas com aventais que confeccionaram, ver o texto bíblico em Gênesis 3.1-7. E uma réplica disso faz a Maçonaria a seus iniciados, com o uso de aventais para cobrirem a nudez espiritual que os envolvem.
No palco do Jardim do Éden a Serpente Endiabrada, ao tomar das mãos do primeiro casal de humanos o direito de ser o novo administrador do planeta Terra, introduziu a corrente religiosa da Maçonaria e do Espiritismo, pois, são sistemas religiosos. Essas duas ordens religiosas, de cunho ocultista, navegam em águas turvas de práticas místicas, e o fazem para desviar o ser humano do convívio com seu Criador, o Senhor Deus o Todo-Poderoso.
Ao desobedecerem à ordem divina, o casal de humanos se deparou com o pecado, e este abriu seus olhos para o lado amargo da existência humana, conforme Gênesis 3.1-7.
Na viragem da tarde, quando diariamente se apresentava para dialogar com o Varão e a Varoa, ao ouvirem os passos de seu Senhor, e ao mesmo tempo em que se viram nus, envergonhados, esconderam-se detrás de árvores. E não é por acaso que o ser humano, as se ver em apuros, tenta se esconder, devido ao peso do pecado, ou seja, da culpa de haver errado. O pecado interrompeu a visita do Criador ao casal de humanos, como foi a causa do primeiro derramamento de sangue sobre o solo.
Pois, o Criador teve que abater animais para extrair o couro que confeccionou vestes, e elas se prestaram para cobrir a nudez do casal de humanos. Devido ao pecado, o mesmo que desobediência, surgiu a primeira indústria de tecidos, como o primeiro Tribunal de Justiça. Sim, um tribunal que não vende sentença alguma.
Após confessar que havia navegado nas águas da vaidade, Eva acusou a Serpente do Éden de lhe haver enganado, e Adão confessou que sua companheira o enganou, Deus, o Juiz Supremo, lavrou a sentença que os expulsou dos Jardim do Éden. Agora, teriam que trabalhar para sobreviver. Então, passaram a trabalhar para terem o pão de cada dia em meio a um ambiente, agora, de clima alterado, de ervas daninhas, e de solo sem os nutrientes de outrora. No bojo da sentença condenatória, para ter filhos, a varoa passaria a sentir dores de parto, como fruto do pecado que praticaram.
Ao ser testado e fracassado, o casal perdeu a condição de viver eternamente sendo assistido por seu Criador, em suas necessidades de subsistência. E por amor ao ser humano formado à sua imagem, é que o Deus o Todo-Poderoso, ao se despir de sua glória celestial, nasceu de uma virgem, viveu entre humanos, se deixou ser pendurado num madeiro e, ao ressuscitar dentre os mortos, abriu os portais da eternidade para todo aquele que o aceitar como seu único Senhor e Salvador. Assim, deu uma segunda e última oportunidade de vida eterna à Criatura.
O pecado, ou desobediência, foi a moeda sem lastro que a Astuta Serpente, o mesmo que Diabo, usou para tomar das mãos de Adão o direito de administrar o planeta Terra, e aí está sua obra: fome, peste, desgraça, incesto, pornografia, adultério, prostituição, sodomia, pedofilia, roubo, guerras, morte física, mental e espiritual, dentre todo um rosário de perversidades, o legado do Diabo.
Mundo dos Mortos
A morte foi introduzida como moeda pela desobediência à ordem divina, e esta passou a todos os humanos. Daí a questão a respeito daquele que parte confiante na obra triunfante do Calvário, daquele que parte sem reconhecer a Jesus Cristo como Senhor e Salvador, como daquele que deseja saber se, na Eternidade, “seremos ou não reconhecidos”, de acordo com Provérbios 4.18 e Mateus 17.1-5; 28.1-9, 16-20.
Como a morte tornou-se o Nó Górdio da sociedade humana, os sacerdotes do Egito antigo costumavam embalsamar o corpo de seus mortos, os mais ilustres, com ervas aromáticas importadas da região de Gileade, na firme esperança de que, tempos depois, o defunto iria ressuscitar da tumba úmida.
Tanto gregos como romanos, ante o espectro da vida após a morte, costumavam invocar o poder dos deuses, criados pela mente humana, em prol de “almas desencarnadas” que partiam para a eternidade. Conforme a teologia grega, o deus Hades, administrador do Mundo dos Mortos, lhes concederia descanso eterno, o mesmo que vida eterna. A porta de acesso desse paraíso era guardada por Cérbero, um cão de três cabeças que se postava ao lado dela para impedir a entrada de algum aventureiro.
Nos dias do Império Japonês, guerreiros samurais, kaitens, kamikazes e banzais praticavam o hara-kiri na firme convicção de que a morte, de forma honrosa, garantia-lhes o pleno direito de, como deuses, viveriam no Santuário Yasikuni, em Tóquio, e assim continuarem lutando pela pátria no Mundo dos Mortos.
Só que esse descanso eterno não é concedido por ser humano algum, nem por espíritos enganadores, mas somente por Jesus de Nazaré, aquele que triunfou no madeiro, pois, é o único Senhor do Céu, da Terra, do Mundo dos Mortos, e do Inferno, basta se ater ao conteúdo de João 5.28-29.
O Mundo dos Mortos, o mesmo que Sheol (do hebraico) e Hades (do grego), é um lugar específico existente no seio do planeta Terra, dividido em três grupos distintos, incomunicáveis, para onde se dirigia o Espírito de cada ser humano que faleceu na firme esperança do Messias que viria, o Espírito de cada humano que faleceu sem essa esperança, e o Espírito de alguns anjos seguidores da Serpente do Éden.
Abel, o filho do casal Adão e Eva, foi o primeiro humano a morrer, ao ser assassinado por seu irmão Caim, basta ver o registro em Gênesis 4.8. Então, desde Abel até o dia em que o Senhor Jesus Cristo ressuscitou dentre os mortos, cerca de quatro milênios depois, o Espírito de todo ser humano que partiu, na firme convicção de que o Messias veio ao mundo do ser humano para esmagar a cabeça da Serpente do Éden, o mesmo que Satanás, seguia para o Paraíso Terrestre.
E o Espírito de humanos, desse período, que morreram sem atentar para essa esperança, encontram-se aprisionados no Inferno Provisório, de acordo com Lucas 16.19-31. Quanto ao Espírito de cada anjo que participou da rebelião contra seu Criador, foi lançado no Poço do Abismo, conforme Apocalipse 9.1-2.
No Paraíso Terrestre ficava o Espírito de todo humano que partiu na esperança do Messias que viria; no Inferno Provisório permanece o Espírito de todo humano que faleceu sem essa esperança; e no Poço do Abismo permanece o Espírito de alguns anjos rebelados.
Em Lucas 23.33-34, está registrado que o Espírito do judeu sicário que se arrependeu de seu passado bandoleiro, após partir, seguiu para o Paraíso Terrestre. E o Espírito de Lázaro, conforme Lucas 16.19-31, encontrava-se no Paraíso Terrestre, quando avistado pelo Espírito do judeu postado no Inferno Provisório. Estando nesse lugar horrível, clamava para que alguém, reencarnado, levasse a mensagem de vida eterna a seus familiares, para que estes, ao falecerem, o Espirito de cada não fosse para esse lugar. Esse personagem que vivia apenas, para o dia a dia, acreditava na reencarnação, uma prática abominável, pois, ao ser humano está ordenado morrer uma só vez, de acordo com o texto sagrado de Hebreus 9.27 e Levítico 20.27.
Do Paraíso Terrestre, o Espírito da moabita Rute, a bisavô do rei judeu Davi, filho de Jessé, avistou o Espírito de sua conterrânea Orfa no Inferno Provisório; o Espírito de Jacó, no Paraíso Terrestre, avistou o Espírito de seu irmão Esaú no Inferno Provisório; o Espírito de Moisés, filho de Anrão, no Paraíso Terrestre, avistou o Espírito de Ramessés II, faraó egípcio, no Inferno Provisório; e o Espírito de Lázaro, no Paraíso Terrestre, avistou o Espírito do religioso que acreditava na reencarnação, aprisionado no Inferno Provisório.
Na Primeira Epístola do apóstolo Pedro 3.18-20, o pescador natural de Betsaida, um vilarejo da Galileia, registrou que os três dias entre a crucificação e a ressurreição, o Senhor Jesus Cristo esteve no interior do Globo Terrestre, oportunidade em que anunciou a Espíritos humanos aprisionados no Inferno Provisório, como a Espíritos de anjos rebelados, presos no Poço do Abismo, sua majestosa vitória sobre a Morte, sobre o Pecado, sobre o Inferno e sobre o Diabo. Não esteve ali para evangelizar, mas, para confirmar a sentença divina proferida anteriormente, e que está contida em I Pedro 4.6 e II Pedro 2.4.
E ao ressuscitar dentre os mortos, o Cordeiro de Deus, Jesus de Nazaré, tomou das mãos do Diabo, que anteriormente, com uma mentira, havia tomado das mãos de a Adão, o direito de administrar o planeta Terra. Com a vitória assegurada, ao ascender ao Céu, tomou consigo o Espírito de cada personagem que se encontrava no Paraíso Terrestre ou “Seio de Abraão”, e o levou para o Paraíso Celeste ou “Presença de Deus”, onde o Espírito de cada um permanece aguardando o momento do Arrebatamento, quando um corpo, semelhante ao de Cristo transfigurado, será acoplado ao Espírito, de acordo com Efésios 4.8; I Coríntios 15.51-58; I Tessalonicenses 4.13-18; Apocalipse 21.1-4.
Após o Juízo Final, o Espírito de humanos no Inferno Provisório, como de seres angelicais do Poço do Abismo, serão lançados em um lugar em que o fogo nunca se apagará e o bicho nunca morrerá. E assim o Eterno descansará de sua obra de redenção do ser humano criado a sua imagem, registra Apocalipse 20.11-15.
Terceiro Céu
O apóstolo Paulo de Tarso chama o Paraíso Celeste de terceiro céu, conforme II Coríntios 12.1-4. O primeiro céu é o vasto espaço que o olho humano pode contemplar, as aves voam e as raposas constroem seus covis, diz Mateus 8.20; o segundo céu é o espaço constituído pela amplitude celeste, contemplado somente com a utilização de aparelhos telescópicos, registra Salmos 19.1; e o terceiro céu é o local ocupado pela soberania divina, e é para lá que o Espírito do remido segue, de acordo com Apocalipse 14.13.
Na morte física o Corpo morre tão somente uma vez, enquanto o Espírito do ser humano se dirige ao Paraíso Celeste ou para o Inferno Provisório, de acordo com Hebreus 9.27; na morte da Alma, o ser humano permanece morto em seus delitos e pecados, diz Efésios 2.1; e na morte do Espírito, está sinalizado que essa pessoa se encontra morta eternamente, ou seja, já está condenada à perdição eterna, porquanto não se arrependeu de sua vida pecaminosa, confirma Tiago 1.15; Romanos 3.23; I João 3.8.
Bem diferente dos animais irracionais, que somente têm Corpo e Alma (instinto), o ser humano é constituído de Corpo, Alma e Espírito; sendo que a Alma carrega o Corpo, enquanto o Espírito carrega a Alma. Quando da morte do Corpo, o Espírito do ser humano permanece plenamente consciente de tudo o quanto praticou, diz Lucas 16.22-24.
E quando o Corpo de humanos mortos, desde Adão até esse exato momento, e de humanos vivos lavados no sangue de Cristo vertido no madeiro, ambos, forem Arrebatados, nessa ocasião, um Corpo esplendoroso, semelhante ao corpo de Jesus Cristo transfigurado, será acoplado a seu Espírito, para o encontro com seu Senhor, nos ares. Cristo virá resgatar o seu povo para que, para sempre, esteja consigo, assim como o fez Moisés, ao resgatar o seu povo que vivia escravizado no Egito do faraó Ramessés II, no passado distante, conforme Romanos 8.18-23; Filipenses 3.20-21; I Tessalonicenses 4.13-18; I João 3.1-2; Mateus 17.1-2.
Para o teólogo Lews Sperry Chafer, no momento da morte física, o humano remido recebe um corpo intermediário, e Marinho Lutero entendia que o justo falecido dorme o sono da morte, até que seu Senhor bata na porta do sepulcro, ou seja, no dia do Arrebatamento. Contrário ao entendimento de Lutero de que o justo falecido dorme “o sono sem consciência”, o reformador João Calvino era de pensamento que o justo morto ouve, vê, percebe e goza “de um descanso tranquilo em estado consciente de existência”, de acordo com Eclesiastes 12.7.
Em Lucas 16.2 Lázaro encontrava-se em estado de gozo divino, e em Mateus 22.32 o Senhor Jesus de Nazaré encontrava-se ensinando ao populacho a respeito da ressurreição dos remidos, ao afirmar-lhes que os patriarcas, apesar de haverem falecidos há mais de um milênio, permaneciam vivos, “uma vez que a morte não pode interromper a existência consciente”.
Conforme a teologia maometana, a vida além túmulo encontra-se firmada numa existência de “sensualidade reinante no Jardim de Alá”, em que o adorador será coroado com algumas dezenas de belas donzelas de “grandes olhos” e se deleitará com vinho corrente tão fenomenal, que não lhe causará dores de cabeça nem o deixará sem sentidos.
Os gregos antigos acreditavam na imortalidade da alma, porém, não criam na ressureição do corpo do defunto. E quando no início do verão o povo judeu da antiguidade saía ao campo para colher as primeiras espigas de trigo amadurecido, o registro bíblico constitui uma tipologia que apontava para a futura vinda do Messias, o Senhor Jesus Cristo, aquele que “foi feito as primícias dos que dormem”, conforme I Coríntios 15.13,20,23; Deuteronômio 26.2.
E quando Jesus Cristo ressuscitou no domingo, o primeiro dia da semana, estabeleceu uma nova origem, ao fazer que tudo o que era antigo se tornasse novo, de acordo com II Coríntios 5.17. A tipologia contida em Levítico 23.10-11 indica que Cristo iria ressuscitar exatamente no primeiro dia da semana, uma vez que o molho das primícias da colheita deveria ser apresentado no dia seguinte ao sábado judaico.
Então, ao ressuscitar no domingo, foi dado início a uma nova semana. E em I Coríntios 15.20,23, o apóstolo dos gentios, Paulo de Tarso, apresenta o Senhor Jesus como “o molho das primícias” da ressurreição, o qual era, primeiramente, apresentado ao Criador.
Jesus foi ao Hades
O Senhor Jesus de Nazaré foi ao Hades, não para alcançar a redenção do ser humano, mas, para não somente anunciar a Espíritos ali encarcerados sua vitória sobre a morte, como resgatar os redimidos que se encontravam no Paraíso Terrestre, cita o texto de Efésios 4.8-11; II Coríntios 12.1-4.
Antigos religiosos judeus criam que a Alma de um ser humano levava cerca de quatro dias de uma caminhada para chegar até o Sheol, o mesmo que Hades, Mundo dos Mortos, local provido de três divisões, e o Espírito de cada humano ou anjo, ali depositado, estava plenamente consciente de seus atos passados. Enquanto o lugar dos justos era de gozo e felicidade, o lugar de humanos ímpios e de anjos rebelados continua sendo de dores e sofrimentos.
A um simples pedido do sicário arrependido, pendurado a seu lado, o Senhor Jesus o perdoou e lhe disse: “Hoje estarás comigo no Paraíso”, de acordo com Lucas 23.43.
Ao descer ao Hades para resgatar e levar consigo os justos que ali se encontravam, foram ressuscitados “para que se cumprisse o tipo prefigurado” que ocorre na Festa das Primícias, exatamente uma mensagem profética a respeito da ressurreição Daquele que se deixou imolar no Calvário, de acordo com Levítico 23.9-11 e I Coríntios 15.20,23.
Como todo guerreiro vencedor do passado, regressava levando consigo as provas evidenciais de suas conquistas, o Senhor Jesus Cristo, também, ao retornar ao Céu, levou consigo a prova de sua conquista de vencedor sobre a morte. Enfim, agora, o local de pleno gozo do cristão encontra-se em ambiente celestial, e não mais no interior do Globo Terrestre.
Em Apocalipse 6.9-10, os fiéis que serão mortos pela besta que comandará o império único planetário, por ocasião dos sete anos de duração da Grande Tribulação que atingirá todas as nações atuais, e que em breve se fará real, o Espírito de cada mártir desse período histórico será levado “debaixo do altar” do ambiente celestial, onde aguardará o dia da ressurreição, registra Apocalipse 20.4.
O Espírito de humanos ímpios e de anjos rebelados continua aprisionado no Hades, até a conclusão do Juízo Final, quando serão transferidos a um lugar específico de sofrimento que durará para todo o sempre.
Toque final
Segundo a Bíblia Sagrada, tanto os seres humanos quanto os seres angelicais, foram criados pelo Deus o Todo-Poderoso. E assim como a Serpente do Éden enganou a Eva, continua induzindo humanos a entenderem que o Criador não existe. Para arraigar da mente do ser humano a ideia da existência de um ser Criador, um grupo de judeus czaristas, por volta de 1890, editaram a obra literária “Os Protocolos dos Sábios de Sião”, na qual estampam a ideia de Liberdade, Igualdade, Fraternidade, Darwinismo, Marxismo e Nietzchismo, as quais fascinam o pensamento de humanos, não sabendo esses iluminados que trilham o mesmo caminho do Éden Adâmico:
“Fomos nós os primeiros que... lançamos ao povo [gentio] as palavras ‘Liberdade, Igualdade, Fraternidade’... Homens que se julgam inteligentes não souberam desvendar o sentido oculto dessas palavras, não viram que se contradizem, não repararam que não há igualdade na natureza, que nela não pode haver liberdade, que a própria natureza estabeleceu a desigualdade dos espíritos, dos caracteres e das inteligências, tão fortemente submetidos às suas leis”.
“Não julgueis nossas afirmações sem base; reparai no êxito que soubemos criar para o Darwismo, o Marxismo, o Nietzchismo. Pelo menos para nós, a influência deletéria dessas tendências deve ser evidente.
“Lembrai-vos da revolução francesa, a que demos o nome de “grande”, os segredos de sua preparação nos são bem conhecidos, por que ele foi totalmente a obra de nossas mãos.”
A Maçonaria, sociedade secreta criada pelo rei judeu, Herodes Agripa I, no dia 24 de junho do ano 43, com o nome Força Misteriosa, também é uma outra pedra de toque que posteriormente teve seu Estatuto reformado, no dia 24 de junho de 1717, com o nome Franco-maçonaria, é outra “serpente falante” que vem induzindo o ser humano ao mesmo processo de desobediência.
Enfim, a Serpente do Éden continua viva e ativa, e assim permanecerá até receber o “Cartão Vermelho”, o mesmo que Adão e Eva levaram “no apagar das luzes”.
Mensagem dita antes da morte
O ser humano, geralmente, se prepara para tudo o quanto se relaciona com sua existência terrena, mas se esquece de ter um bom relacionamento com seu Criador, e assim chega ao ponto de até negar sua existência. E nessa fantasia inconsequente, gasta seus anos de vida, até que, inesperadamente, a morte aparece para levá-lo a seu verdadeiro lar.
Assim viveram muitos ícones do passado, os quais se destacaram em diversos segmentos da sociedade. Eles tiveram tempo para tudo, menos, para examinar e balizar suas vidas pelo conteúdo do Livro Sagrado. Muitos artigos relacionaram o pensamento de ilustres pensadores do passado. Todavia, no momento da partida terrena, se apequenaram.
David Hume
O ateu David Hume (1771-1776), filósofo escocês de Edimburgo. Ele se tornou famoso “pelo seu empirismo radical e ceticismo filosófico.” E ao contemplar a chegada da morte, para buscá-lo, apavorado, bradou: “Estou em chamas.”
César Borgia
O estadista César Borgia (1475-1507), um dos homens mais perversos de sua época, duque de Valentino e filho do papa Alexandre VI, próximo de sua partida terrena, declarou: “Tomei providências para tudo no decorrer de minha vida, somente não para a morte, e agora tenho que morrer completamente despreparado.”
Carlos IX
O monarca francês, Carlos IX (1550-1574), ante a morte que se aproximava, exclamou: “Estou perdido, reconheço-o claramente.”
Thomas Scott
O famoso irlandês, Thomas Scott (1746-1824), antigo presidente da Câmara Alta britânica, enfatizou, antes de sua partida: “Até este momento, pensei que não havia nem Deus, nem inferno. Agora sei e sinto que ambos existem e estou entregue à destruição pelo justo juízo do Todo-Poderoso.”
Gregoty Sinowyew
O judeu-russo, Gregory Sinowyew, presidente da Internacional Comunista, fuzilado por ordem do comunista ditador soviético, Joseph Stálin, apavorado com o pós-morte, disse: “Ouve Israel, o Senhor nosso Deus é o único Deus.”
Genrikh Yagoda
O judeu-russo de filosofia comunista Genrikh Yagoda (1891-1938), chefe de polícia secreta russa NKVD, exterminou milhões de ucranianos em trabalhos forçados, entre 1932-1933, porém, antes de morrer, declarou: “Deve existir um Deus. Ele me castiga pelos meus pecados.”
Emilian Mikhailovitch Yaroslawski
Nascido com o nome Minei Israilevitch Gubelman (1878-1943), esse judeu-russo foi um revolucionário, político, jornalista e historiador. Ele se tornou famoso por seu ativismo ateísta. Foi editor do jornal satírico ateu Bezbojnik, líder da Liga dos Ateus Militantes, dirigente do Comitê Antireligioso do Comitê do Partido Comunista da União Soviética.
Contudo, ao se aproximar a morte terrena, o ateu judeu-russo, exclamou: “Por favor, queimem todos os meus livros. Vejam o Santo! Ele já espera por mim. Ele está aqui.”
Henrique VII
Tão somente antes de sua partida terena, é que Henrique VII (1457-1509), rei da Inglaterra, viu a realidade dos fatos: “Bem, agora tudo se foi, o reino, o corpo e a alma.”
Thomas Hobbes
O famoso filósofo iluminista britânico, Thomas Hobbes (1588-1679), no momento da morte, ao contemplar a vazia vida além-túmulo, declarou: “Estou diante de um terrível salto nas trevas.”
Charles Talleyrand
Charles-Maurice de Talleyrand-Périgord (1754-1838), Ministro dos Negócios Estrangeiros e Primeiro Ministro da França na gestão do monarca Luís XVIII. Perto de sua partida terrena, declarou: “Sofro os tormentos dos perdidos.”
Friedrich Nietzsche
Friedrich Wilhelm Nietzsche (1844-1900), nascido em Rocken Bei Lutsen, na Alemanha, foi criado em uma família de avô pastor e pais luteranos. Porém, de atitude rebelde, tornou-se um dos maiores apóstatas do Século Dezenove. Aos 15 anos de idade, o jovem órfão entrou para a escola em Pforta, onde conheceu a obra romântica do francês e escritor boêmio Byron. Com apenas 24 anos foi nomeado professor de filosofia clássica na Universidade de Basileia, na Suíça, e na de Leipzig, na Alemanha. Aos 27 anos abraçou a Teoria da Evolução do britânico Charles Darwin.
Encharcado com os loiros da ciência, da razão e da lógica, o luterano apóstata refutou os princípios da teologia judaico-cristã, e passou a arrasar quarteirões com a mensagem de que o Eterno não existe. Em um livro que escreveu, Nietzsche declarou que padres e pastores deviam ser presos e torturados, porque destroem o homem-livre, com os conceitos éticos do Cristianismo.
Como em sua concepção o Criador não existia, o jovem intelectual defendia a tese de que, em lugar do Eterno devia existir uma versão do homem evoluído, ao qual o chamou de “Super-homem”; e para provar, ao mundo, que os conceitos do Cristianismo são prejudiciais à raça humana, a divindade nefasta passou a viver de forma dissoluta, em meio aos prazeres que o mundo oferece.
Pouco tempo depois, o intelectual contraiu sífilis e, internado em uma casa de saúde, recorreu ao ópio e ao haxixe para ter alívio físico. Nessa ocasião, sua irmã Elizabeth Foster, viúva de um antissemita, aproveitou-se da enfermidade de seu irmão para ganhar, na Justiça, os direitos autorais de seus muitos escritos.
O porta-voz do liberalismo amplo e irrestrito colheu, na carne, a loucura que semeou, ao morrer solitário, sifilítico, louco, roubado por sua irmã sanguínea, colocado em um manicômio, e abandonado pela elite dominante que, anteriormente, o aplaudia. Elizabeth usou os princípios do Super-homem de Nietzsche para alimentar o fascismo de Mussolini e o arianismo de Hitler. Antes de morrer, Nietzsche enfatizou: “Se realmente existe um Deus vivo, sou o mais miserável dos homens.”
Em seu anseio por vida plena, o luterano apóstata que se tornou “o grande filósofo do ateísmo”, aos 16 anos, escrevendo a um seu amigo a respeito da pessoa de Jesus Cristo, declarou: “Eu sei que, se não O encontrar, não terei respostas para minha vida.”
E perto de sua partida terrena emitiu seu lamento de desespero: “O mundo, uma porta para desertos mil, mudos e frios. Quem perdeu o que eu perdi, não sossega, em lugar algum. Aqui estou, pálido, condenado a peregrinar no inverno, como a fumaça que sempre procura céus mais frios. Ai daquele que não tem lar!”
Soldado que tombou
De acordo com uma carta encontrada em um dos bolsos de um soldado que tombou no campo de batalha no norte da África, em 1944, continha o seguinte teor:
“Veja, ó Deus, nunca falei contigo, mas agora quero saudar-te. Sabes, ó Deus, que eles me disseram que tu não existias e eu, como louco, acreditei nisso. De dentro de um buraco causado por uma bomba, olhei ontem à noite para o teu céu e ali reconheci que eles me ensinaram a mentira.
“Se antes eu tivesse tomado tempo para olhar as coisas que tu criaste, eu teria percebido que eles estavam errados... É incrível que precisei chegar neste lugar de inferno para achar tempo para contemplar a tua face. Agora... estou alegre... hoje eu te achei.
“Sei que a hora de ir ao combate chegará logo, mas não estou com medo, pois agora sei que estás comigo. Ah, como desejaria ter te conhecido durante todos os anos passados... desde que me encontrei contigo, não tenho mais medo de morrer.”
O ser humano não nasceu na areia quente, não é obra da evolução das espécies, não é obra de reencarnação de espíritos, não é nenhum deus como ensina a Maçonaria, não, não é. É criação divina, quer alguém creia ou não. A vitória do Senhor Jesus foi anunciada, até, no Hades. E você, aonde passarás a Eternidade?
pr. Raimundo Nonato Freitas de Cerqueira
Florianópolis, Santa Catarina, 19 de março de 2024