CONTAR HISTÓRIAS - A ARTE DA INVENÇÃO

Todos nós somos, incondicionalmente, narradores. Deste crianças fomos incentivados a contar fatos relacionados ao nosso cotidiano, à nossa vida. Todavia, a maioria das pessoas se sente melhor se comunicando fazendo uso da oralidade da língua. Isto porque nesta dispomos de recursos facilitadores, inexistentes na escrita.

Quando falamos, fazemos uso de uma série de artifícios, dentre eles, os gestos e até a entonação da voz. Aos que se dedicam à outra vertente, a escrita, poucos recursos estão à disposição. Neste caso podemos contar apenas com suas nuances e de uma quase infinita lista de vocábulos.

Entretanto, com frequência com este último recurso, pouco podemos contar, uma vez que o grande público, por motivos diversos, nos últimos anos tem se afastado do padrão culto da língua. Então vão muitos autores, como fazem infelizmente os jornais e revistas, “nivelando por baixo”.

Contudo, isto não impede que um verdadeiro batalhão de escritores continue criando mundos, descrevendo situações e inventado personagens. É que para nós narradores, escrever é algo tão fantástico quanto o ato de ler.

O fato é que ao contarmos uma história, nos sentimos senhores de tudo, donos do destino, da vida daquela gente à qual damos vida. Gente a quem permitimos acertar, errar, perdoar; e acima de tudo, amar...