Concurso Nacional de Resenha realizado pela Artista plástica/escritora Elaine dos Santos de Araújo - Elaine Sohelo: Livro "UMA VIDA DE PRAZERES"
ESCRITOR CLÉRIO JOSÉ BORGES É O VENCEDOR EM PRIMEIRO LUGAR DO CONCURSO NACIONAL DE RESENHA
O Primeiro Concurso Nacional de Resenha realizado pela Artista plástica/escritora Elaine dos Santos de Araújo - Elaine Sohelo, financiado pela Lei de Incentivo Financeiro à Cultura João Bananeira e apoiado pela Academia Cariaciquense de letras – ACL. A resenha foi sobre o livro "UMA VIDA DE PRAZERES" de autoria da Artista plástica/escritora Elaine dos Santos de Araújo - Elaine Sohelo.
A Escritora residente em Cariacica, ES, Elaine Sohelo divulgou no mês de Outubro de 2023, o Resultado do Primeiro Concurso Nacional de Resenha, realizado tendo como base o seu Livro "Uma Vida de Prazeres" um romance de 67 páginas publicado no segundo Semestre de 2023. O Concurso foi organizado pela Artista plástica/escritora Elaine dos Santos de Araújo - Elaine Sohelo e o Concurso e o Livro foi financiado pela Lei de Incentivo Financeiro à Cultura João Bananeira, da Cidade de Cariacica, ES e, apoiado pela Academia Cariaciquense de letras – ACL. "Uma Vida de Prazeres" fala da saga amorosa e profissional de Telma. O livro foi ferramenta para a organização e promoção do Primeiro Concurso Nacional de Resenha e sua culminância com revelação do ganhador foi realizada na sexta feira, dia 06 de Outubro de 2023, data em que era realizada no Shopping Moxuara em Campo Grande, Cariacica, ES, na varanda anexa à praça de alimentação, piso L3, a Feira Literária de Cariacica em promoção da ACL, Academia Cariaciquense de Letras. O projeto, com Concurso e publicação do Livro foi inscrito e aprovado no edital VII/2022 da Lei de Incentivo financeiro à cultura João Bananeira.
Como os classificados (Vencedores do Concurso de Resenha) não puderam comparecer na data marcada, foi marcada uma nova data de premiação, no dia 28 de Outubro de 2023, no evento Sábado Cult, um Sarau Poético que visa a divulgação e a valorização do Artistas Capixaba, promovido pela ACLAPTCTC, Academia Capixaba de Letras e Artes de Poetas Trovadores todo o último sábado de cada mês.
VENCEDORES DO CONCURSO DE RESENHA - Segundo Elaine vários trabalhos foram recebidos de diversas Cidades Brasileiras e ao final foram divulgados os Vencedores do Concurso:
Nome dos ganhadores:
Clério José Borges - 1º Lugar - Serra ES.
Ana Sâncio - 2° lugar Vila Velha
Zuilton Ferreira - 3° lugar Vitória
Elias Pescador - 4° lugar São Paulo
Marcos Anselmo - 5° lugar Cariacica
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TEXTO VENCEDOR DE AUTORIA DE CLÉRIO JOSÉ BORGES - TEXTO COMPLETO
CLASSIFICADO EM 1º LUGAR
CONCURSO DE RESENHA - O VENCEDOR EM PRIMEIRO LUGAR GANHOU UM PREMIO EM DINHEIRO DE R$ 700,00 (SETECENTOS REAIS) E MAIS 50 EXEMPLARES DO LIVRO. - CLÉRIO JOSÉ BORGES RECEBEU A PREMIAÇÃO no dia 28 de Outubro de 2023, no evento Sábado Cult, um Sarau Poético que visa a divulgação e a valorização do Artistas Capixaba, promovido pela ACLAPTCTC.
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TEXTO DA RESENHA - TEXTO VENCEDOR DE AUTORIA DE CLÉRIO JOSÉ BORGES - TEXTO COMPLETO
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RESENHA: UMA VIDA DE PRAZERES, DE ELAINE SOHELO
PANORAMA INICIAL:
Uma vida de Prazeres foi uma grata surpresa. Uma história que fala de objetivos, sonhos e escolhas. Leva o leitor a uma reflexão sobre a sua própria vida. Será a sua vida sem graça e sem nenhuma perspectiva de mudança e de amor ou uma vida libertadora e corajosa envolta em felicidade e prazeres. Uma vida sem Prazeres ou uma Vida de Prazeres?
Confesso que comecei a leitura sem grandes expectativas – antes de ler o livro, tudo que sabia sobre ele é que a protagonista era uma mulher de meia idade que embora com marido e filhos se encontrava em meio a uma rotina enfadonha e desafiadora. Uma mulher que embora cercada de esposo e filhos vivia insatisfeita com a vida e, sempre em busca de um amor e de uma vida feliz e plena. Mas quando você ao final espera um desfecho dentro de uma normalidade concebível, a autora consegue nos surpreender com um desfecho inesperado, que transforma completamente a nossa perspectiva sobre a história. Quando se espera o amor, a paixão, a volúpia do prazer, surge uma casa de repouso e uma nova personagem Lucíola, a Serra da Mantiqueira e uma clínica de luxo, paga por Oscar para dar a Telma o maior conforto possível.
Uma certeza de que nem todos os finais de livros são previsíveis e que existem livros que possuem finais surpreendentes e inesperados e que são considerados obras-primas da literatura. A presente obra nos leva a entender que entre a realidade e o sonho, que entre as ideias e crenças podemos ser influenciados entre o que é ilusão e o que é realidade. De repente, a personagem que o leitor esperava prestes a ter uma vida de alegria e felicidade, totalmente envolvida em orgasmos no pico da excitação sexual, é levada a uma casa de repouso, numa realidade de sofrimento que nos leva a uma reflexão sobre as certezas que as pessoas possuem e a percepção que elas tem da realidade vivida.
O mais incrível nesse livro é sua narrativa. A descrição do cenário e as situações descritivas são envolventes e apaixonantes, próprias de uma autora com sensibilidade poética e que procura cativar o leitor para uma leitura agradável e numa busca de um entendimento da concepção da meia-idade, conceito que expressa um momento de vida mais específico do ser humano dentro do intervalo chamado idade adulta, inserido no processo de envelhecimento humano onde evidenciamos uma tendência à homogeneização de comportamentos, condições e necessidades das pessoas adultas, ou entendimentos mais simplistas, demarcando este momento da meia-idade, considerando a necessidade de superação numa forma envolvente e apaixonante.
ESTRUTURA DA OBRA E CONTEÚDO:
Um relato de uma vida solitária quando o marido, Oscar pela manhã é o primeiro a aparecer e, apressado mal senta, come e sai sem dizer sequer um bom dia. Em seguida o casal de filhos, Ester e Anderson se alimentam e saem tal e qual o pai. A autora descreve a personagem como a única que permanece com a mesma rotina diária de solidão. Os planos e os sonhos numa parceria profissional que os levaram à prosperidade acabaram contribuindo para o afastamento, para a solidão.
Na descrição do item III existe uma narrativa de um casamento sem a menor graça bem distante do sonho da personagem numa Igreja com tapete vermelho com orquestra de violinos, solo de tenor e muitas flores. Percebe-se a cumplicidade da personagem e a oscilação entre os planos dos sonhos e a realidade, da representação e da presença e, observamos como a personagem se comporta num contexto em que prolifera a utilização da rotina e a execução de ações como novas propostas de interações prazerosas da vida.
A personagem e o marido são descritos como dois profissionais infalíveis juntos num casamento perfeito, mas com enfadonha rotina e amor fisiológico roteirizado e decorado. E o amor? E o sonho de um grande amor? O lado feminino negligenciado e abandonado? Tal conduta é tipificada pelos médicos especialistas como um transtorno de personalidade borderline, caracterizado por um padrão generalizado de instabilidade e instabilidade na autoimagem, todavia percebe-se que a autora deixa claro desde o início de sua descrição textual que a personagem se sente contrariada e magoada pela sua existência apática e sem novas motivações, levando-a iniciar uma mudança em sua vida com planos mirabolantes de aproximação que acabam se tornando infrutíferos, ações claramente insuficiente para suas novas ambições, mergulhando numa escala nova, sincrônica, de teorias de que cabia a personagem envolver-se em tentativas de aproximação com seus familiares moldados em blocos antagonistas embuçados e identificados com a rotina e a materialidade de suas existências, com um marido ríspido, frio e distante.
Já no item VI percebe-se que a personagem principal resolve sair da monotonia de sua vida simplesmente normal, buscando uma forma de escapar da realidade sem graça para uma nova realidade de sonhos e de amor e prazer. O Divórcio acontece e uma aproximação dos filhos é realizada, consumada numa viagem alegre e feliz, numa interação e química própria de uma família. Concluída a aproximação da viagem a realidade e por uma decisão em busca de uma nova realidade e de total independência numa moradia nova e em ações próprias e solitárias, mas libertadoras.
Surge então Eduardo com seus 1,85 de altura, cabelos castanhos claros, lisos e compridos até os ombros pele bronzeada e um sorriso estonteante, vestido de jeans, tênis e camiseta. As ações acontecem e surge o marido e sócio do Eduardo e uma viagem e o descobrimento de uma nova realizada social numa Comunidade Filhos da Vida, com danças em grupo, em pares e cantos das velhas cantigas de roda e muitas piadas e divertimento. A autora mostra de forma simples e com nuances de bem definidos o interesse da personagem Telma pelo guia do local, o Artur e o leitor fica apreensivo e na esperança de que aquela vida de prazer sonhada por Telma seja logo concretizada.
Enfim, chega o momento do primeiro relacionamento, com a ousadia de Telma em se dirigir até o encontro do Artur, até a troca mais íntima de olhares, carícias, sorrisos e beijos e a preocupação no dia seguinte de sair daquele alojamento sem que as demais pessoas a observassem no que é lembrada de que naquele Comunidade não cabia a ninguém julgamentos. A personagem já é outra pessoa. Confiante, atravessa o pátio com a cabeça erguida, cabelo esvoaçante e sorrindo. A trama se desenvolve com o fim da viagem e uma vida com a personagem vivendo novos passeios e novas amizades e a definição de que Telma não procurava estar com alguém pois o que ela procurava era viver intensamente não era necessariamente ter ou estar com alguém.
A trama continua com a personagem principal Telma conhecendo Rubens e revendo um antigo amigo dos tempos de escola, Cleiton. Mas é com Rubens que ela consegue uma vivência mais próxima, inclusive com o conhecimento sobre aromas de café, inclusive o Café Koma, um café cultivado no Havaí, numa região com solo vulcânico que confere a ele características especiais, na boca é aveludado e traz um sabor de frutas e que a leva a uma definição própria de sua atual vivência: Uma Telma antes do divórcio, forte, decidida, que trabalhava arduamente, que se adaptava a qualquer situação para obter resultado, estressada e com picos de irritação e outra Telma, pós-divórcio, especial, nativa, ativa, doce, incisiva. Uma atitude libertadora que a leva a uma iniciativa a levar Rubens até o seu próprio cantinho numa atitude libertadora e corajosa.
O romance continua com o ex-marido Oscar fazendo-a retornar ao trabalho para uma Campanha publicitária especial e o surgimento de um romance com um Diretor da empresa contratante dos serviços da empresa de Telma e Oscar. Com o tempo acaba revendo Jonathan um amor da infância e, “um amor puro, que estava inerte, mas não morto e ele influenciava a nova convivência. Quando os olhares se cruzam, os corações conversam, os sorrisos se abrem e o desejo aflora.”
SINOPSE INTRÍNSECA:
A narrativa é de puro conflito familiar e falta de prazer e amor. Uma ação onde todos os outros conflitos – seja o romance, o drama familiar, até mesmo a certeza de que os atos devem ser sem julgamentos e sem cobranças – são tão equilibrados que em nenhum momento a trama perde sua característica principal: ser uma aventura a mostrar o drama da insatisfação, da falta de amor e da falta de desejos e prazeres. Não nego que a escrita da autora Eliane Sohelo conta com vários clichês literários, entretanto todos eles são esquecidos pelas surpresas que seu livro reserva.
ANÁLISE CRÍTICA E OPINIÃO:
Inicialmente os personagens ao redor do qual a trama se desenvolve são previsíveis. A esposa, o marido e um casal de filhos. Quatro pessoas com suas vivências, seus segredos, relações normais e um nítido clima de que ninguém ali estava muito a adicionar nada de novo, nada de inusitado em suas vidas. Cada um com suas questões mal resolvidas e o casal vivenciando um momento tenso de distanciamento na relação. Uma personagem principal, a Telma forte, decidida, que trabalhava arduamente, que se adaptava a qualquer situação para obter resultado, estressada e com picos de irritação, sem nenhum prazer.
Telma forte, decidida, que trabalhava arduamente, que se adaptava a qualquer situação para obter resultado, estressada e com picos de irritação, oscilando numa vida de representação, transitando entre diversos registros de insatisfação e de método de trabalho, de performer e de procedimentos comuns, levando-a a tentar recriar sua metodologia de trabalho. Em seu trabalho literário a autora nos leva a passeios e viagens, com romances inusitados numa ambientação em que parece se sentir bem à vontade para desenvolver suas histórias: um especialista em café é inserido na trama para mostrar a personificação do envolvimento afetivo, culminando por lembranças de um amor do passado que, sim, direi com certeza, é preciso ter lido a obra para entendermos bem tudo pelo que a personagem Telma passou e enfrentou. O fato é que a personagem que inicialmente sofre uma insegurança, mas ao se definir pela liberdade, começa a se encontrar consigo e encarar de frente alguns de seus medos, numa relação amorosa com seus namorados ao logo de todo o romance que a leva melhorar muito em vista das constantes dúvidas que ela demonstrou ao longo do início da trama.
A narrativa da autora pode-se dizer é viciante e a obra flui rapidamente. Para vocês terem ideia, eu li em dois dias. Mas não esperem nada muito fora do básico pois a autora se prende muito ao jeitão de jovem bem-comportada. Sem cenas eróticas e sem descrições picantes como no momento em que Telma atravessa toda uma área do acampamento e de repente se coloca dentro do quarto, do local onde dorme aquele que lhe despertou a ânsia de realização como mulher e de prazer, numa criação e transformação de uma pessoa pacata e aparentemente tímida numa mulher altiva e segura de seus atos. No meu entender deveria haver mais volúpia, um intenso prazer sensorial, especialmente o prazer físico associado ao contato sexual entre Artur e Telma. Mas aqui a autora pelo que percebi e, deve ter suas razões, navega bem nessa aparente zona de conforto.
A AUTORA:
Natural de São Paulo, a Escritora e Ceramista, Acadêmica da Academia de Letras da Cidade de Cariacica veio para o Espírito Santo na década de 90 do século passado, residindo atualmente no bairro Itapemirim. Graduada em Artes Plásticas pela Universidade Federal do Espírito Santo (UFES), foi se encantando com temas da cultura popular. Agora se apresenta como Escritora com este trabalho, uma Vida de Prazeres. Elaine se mostra uma autora que não ousa tanto, preferindo seguir uma cartilha mais tranquila, onde o pequeno e simples suspense do final e o desfecho são satisfatórios. Cumprem seu papel dentro de um thriller correto e sem muitas pretensões. O trabalho e ótimo e proporciona boas horas de leitura. Foquem na boa história que instiga o nosso lado investigador e nos bons dramas pessoais que são apresentados. De modo geral, amei a narrativa da autora e os conflitos familiares apresentados e a força dos sentimentos que essa leitura me causou: solidão, esperança, medo, inseguranças, frustrações, cobranças, paixão e curiosidade. É uma leitura envolvente, fácil de ler, romântica e reflexiva na medida certa. Minha única ressalva é sobre o final. Achei a grande revelação de tirar o brilho do toque de realidade que permeia a história. Contudo, mesmo com essa ressalva, enfatizo que adorei a leitura!
Clério José Borges de Sant Anna
Poeta Trovador, Escritor e Historiador Capixaba.
Presidente da ACLAPTCTC, Academia Capixaba de Letras e Artes de Poetas Trovadores.
E-MAIL: clerioborges2013@gmail.com
https://clerioborges.com.br
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FIM DO TEXTO DA RESENHA -
IM DO TEXTO VENCEDOR DE AUTORIA DE CLÉRIO JOSÉ BORGES - TEXTO COMPLETO
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BIOGRAFIA RESUMIDA:
Escritor, Historiador, Poeta e Trovador Capixaba, o Comendador Clério José Borges de Sant Anna, nasceu no dia 15 de setembro de 1950, no bairro de Aribiri, na antiga Rua São José, atual Ramiro Leal Reis, ao lado do Campo de Futebol do time do Santos Futebol Clube, no Município de Vila Velha, Estado do Espírito Santo. Filho do Estivador Manoel Cândido de Sant Anna e da Costureira Lyra Borges de Sant Anna. Ainda bebê, perde o pai vítima de infarto fulminante ocorrido pela madrugada e, é criado pela mãe viúva, sem qualquer orientação paterna. Fez os seus estudos iniciais no Colégio Nossa Senhora da Penha, dos Irmãos Maristas em Vila Velha, tendo posteriormente se formado como Técnico em Contabilidade no Ginásio Espírito Santo, de João de Almeida e Silva, que funcionava no período noturno no Colégio Vasco Coutinho, de Vila Velha, ES. Quando estudava no Colégio dos Irmãos Maristas foi Diretor de Jornalismo e redator do jornal "O Pioneiro", do Grêmio Estudantil Nossa Senhora da Penha.
Ainda no Colégio dos Irmãos Maristas, incentivado pelo Professor de Literatura, Rômulo Lopes de Faria passou a escrever contos infantis, que foram publicados, de 1966 a 1968, no Jornal A GAZETINHA, suplemento Infantil do Jornal A GAZETA, de Vitória, ES, que era dirigido na ocasião pela Jornalista Glecy Coutinho. Em 1967, fundou o "Jornal de Vila Velha" que publicou seis edições de mil exemplares cada. Clério José Borges e Emanuel Barcellos eram os Diretores e Zedânove Tavares Sucupira, o Chefe de Reportagem do Jornal de circulação mensal e, que era impresso numa Gráfica em Cachoeiro de Itapemirim, cidade distante de Vila Velha, sede do Jornal, cerca de 132 quilômetros.
O Jornal "A Tribuna", sempre foi um dos mais conceituados Jornais do Estado do Espírito Santo, disputando a preferência popular com o Jornal A Gazeta. Indicado por um parente, Acquiles Antonaccio, Clério trabalhou no Jornal A Tribuna. Começou como Jornalista Iniciante, ou seja, estagiário que era chamado na época de Foca. Trabalhou de janeiro a março de 1969 e, em seguida foi admitido com Carteira Profissional assinada tendo exercido as funções de Repórter, Redator e Chefe de Reportagem, até 1972. Assim no Jornal A Tribuna foi estagiário, (Foca ou Jornalista iniciante) e exerceu posteriormente as funções de Repórter, Redator e Chefe de Reportagem, tendo trabalhado com os profissionais Marien Calixte, Plínio Marchini, Rubinho Gomes, Paulo Bonates, Sérgio Egito, Nelson Serra e Gurgel, Paulo Maia, José Joaquim Nunes, Pedro Maia, o Motorista Astronauta e os falecidos Vinicius Paulo Seixas e Cláudio Bueno Rocha.
Foi Jornalista Correspondente da revista de notícias da televisão, “Intervalo”, tendo publicado entre outras, uma série de reportagens sobre o caso do cantor Tony Tornado que se atirou do palco em cima da plateia, no I Festival de Verão de Guarapari, (Festival de Verão de Guarapari, o Guaraparistock, como a versão brasileira de Woodstock, nos dias 11,12, 13 e 14 de fevereiro de 1971), causando lesões numa jovem que assistia ao show. Antônio Viana Gomes, mais conhecido como Tony Tornado resolveu voar (stage diving) sobre a plateia quando encerrava a apresentação com seu sucesso BR3, que havia vencido o Festival de Música na Rede Globo de Televisão. Ele caiu sobre a espectadora, Maria da Graça Capôs, que por pouco não ficou paraplégica, mas acabou curada depois que Tornado, com apoio do apresentador de TV, Silvio Santos custeou seu tratamento médico.
Clério José Borges posteriormente trabalhou no jornal "O Diário", como redator e chefe de reportagem, trabalhando com profissionais da qualidade de José Barreto de Mendonça, Rogério Medeiros e Pedro Maia. Nos anos de 1980 e 1981, manteve uma coluna de Trovas no Jornal Correio Popular, de Cariacica, ES. O Jornal circulava semanalmente e era dirigido pelo Jornalista Cleilton Gomes. Nos anos seguintes publicou artigos sobre Trovas e Neotrovismo, em diversos Jornais e Revistas do Brasil e nos Jornais A GAZETA e A TRIBUNA de Vitória, ES. Em 1975 fez Concurso Público para o cargo de Escrivão de Polícia, classificando-se em primeiro lugar, ingressando no serviço público do Estado do Espírito Santo no dia 28 de maio de 1975. Atualmente é Funcionário Público Estadual Aposentado no Cargo de Escrivão, tendo trabalhado durante 35 anos, recebendo Elogios e as Medalhas de Bronze, Prata e Ouro da Polícia Civil do Espírito Santo. Aposentou-se pela Portaria N.º 081, de 18 de janeiro de 2011, publicada na página 05 do Diário Oficial do Estado do Espírito Santo do dia 20 de janeiro de 2011, onde consta, "aposentadoria por tempo de contribuição, a partir de 17 de setembro de 2010, (...), computados 37 anos, 02 meses e 19 dias de tempo de contribuição. (...) Processo 01901621".
Casou-se a 17 de fevereiro de 1979 com a comerciária Zenaide Emília Thomes Borges, tendo desta união nascido os filhos Clérigthom Thomes Borges, nascido em 1979 e Cleberson José Thomes Borges, nascido em 1981, mudando-se para o bairro Eurico Salles, no Município da Serra, ES. É morador da SERRA, ES, desde 1979. Clério esteve envolvido em lutas comunitárias desde 22/04/1979 quando foi um dos organizadores do Movimento Comunitário do Bairro Eurico Salles onde reside, tendo sido o primeiro Vice-Presidente e, atuado posteriormente como Vice-Presidente, Diretor de Jornalismo e Secretário Geral. Pertenceu a Pastoral Familiar (preparação de noivos para o casamento) junto com sua esposa Zenaide e a vizinha e amiga, Magnólia Pedrina Sylvestre da Comunidade Católica São Paulo Apóstolo, da Paróquia São José Operário de Carapina, Serra, ES. Serviu na Pastoral Familiar de 19 de março de 2005 até o dia 19 de agosto de 2022. Foi Ministro da Palavra, comentando, ou seja, partilhando a palavra do Evangelho nas celebrações que são realizadas em substituição a Missa, na referida Comunidade Católica São Paulo, Paróquia São José Operário, de 05 de agosto de 2008 até o dia 19 de agosto de 2022. A Igreja Católica possui o laicato, que é presença de pessoas não ordenadas que substituem os Padres em ações dentro da Igreja, dirigindo celebrações, partilhando o evangelho e exercendo algum tipo de serviço engajado nas pastorais e ministérios. A função dos leigos foi ampliada por ocasião do Concílio do Vaticano II (1962-1965), quando os leigos passaram a ter uma atuação mais ativa na Igreja, por causa da falta de padres em muitas comunidades.
Estudou Direito e Pedagogia na UFES, Universidade Federal do Espírito Santo. A Universidade Federal do Espírito Santo foi criada inicialmente mantida e administrada pelo governo do Estado em dia 5 de maio de 1954. Graças a uma iniciativa do Deputado Federal Dirceu Cardoso a Universidade Estadual acabou se transformando numa instituição federal em ato administrativo do presidente Juscelino Kubitschek, em 30 de janeiro de 1961. Por volta de 1967, o governo federal desapropriou um terreno no bairro de Goiabeiras, ao Norte da capital, pertencente ao Victoria Golf & Country Club, que a população conhecia como Fazenda dos Ingleses e as Escolas e Faculdades que estavam dispersas em vários locais foram concentradas em um único local, o Campus de Goiabeiras que nos dias atuais ocupa uma área em torno de 1,5 milhão de metros quadrados.
Clério Borges em 1975 classificou em 11º Lugar no Exame Vestibular de Direito da UFES, onde haviam cerca de 300 inscritos e apenas 80 vagas. Já em 1979, classificou-se em 21º Lugar no Exame Vestibular de Pedagogia. No ano de 1990, Clério José Borges participa como Convidado Especial representando o Estado do Espírito Santo, do 1º Congresso Brasileiro de Poesia e Encontro Latino de Casas de Poetas nos dias 20 a 22 de abril de 1990, na cidade de Nova Prata, interior do Rio Grande do Sul. Clério José Borges proferiu palestra junto com o Escritor Eno Theodoro Wanke (RJ), do Rio de Janeiro; Antônio Juraci Siqueira, do Estado do Pará e, as Artistas da Rede Globo de Televisão, Cláudia Alencar e Aracy Balabanian e o então Governador da Paraíba e Poeta, Ronaldo Cunha Lima. A organização do Congresso foi do Escritor Ademir Antonio Bacca, com o apoio do Poeta Nelson Fachinelli.
Fundou no dia 1º de julho de 1980, o Clube dos Trovadores Capixabas, CTC, que em 18 de novembro de 2017, transformou-se em Academia Capixaba de Letras e Artes de Poetas Trovadores, Instituto Social ACLAPTCTC, presidindo a entidade até a presente data. Como Presidente do CTC e da ACLAPTCTC organizou 20 Seminários Nacionais da Trova de 1981 a 2000 e os Congressos Brasileiros de Poetas Trovadores, de 2001 a 2023, estando previsto para 2024 o XXI Congresso. Promoveu e ajudou na organização de Congressos de Poetas Trovadores em várias Cidades Brasileiras, como Acesita e Timóteo, Minas Gerais, Salvador, na Bahia e, na Ilha de Paquetá bem como, em Magé, no Rio de Janeiro, em São Paulo Capital, na Sociedade Unificadas Augusto Motta, em Bonsucesso no Rio de Janeiro, em Porto Velho, Rondônia com Kléon Maryan e, em Recife e Olinda, Pernambuco, ajudando Alba Tavares Correa. Em 1980/1981 manteve uma coluna de Trovas no Jornal Semanal Correio Popular, de Campo Grande, Cariacica, ES, sob Direção do Jornalista Cleilton Gomes.
Em agosto de 1993, elabora uma carta convocatória do Clube dos Trovadores Capixabas e remete-a para poetas e escritores conhecidos, marcando uma reunião de fundação da Academia de Letras e Artes da Serra. A reunião foi realizada na Câmara Municipal da Serra tendo ao final sido fundada a Academia com Clério como presidente executivo e Dr. Naly da Encarnação Miranda, ex prefeito da Serra em duas ocasiões, sido escolhido Presidente de honra e orador. O ex-vereador e Professor, Carlos Dorsch foi eleito Secretário Geral. Clério Borges foi o idealizador da Academia de Letras e Artes da Serra já que a Carta de Convocação para a Reunião foi assinada por Clério José Borges como Presidente do CTC Clube dos Trovadores Capixabas. Em 06/08/2012 assume novamente a Presidência da ALEAS até 28/08/2014. Em 28/08/2016 assume a Vice-Presidência da ALEAS até 28/08/2018.
Em 1998 publica o Livro "História da Serra", contando a verdadeira história da colonização do município da Serra, com a chegada dos Índios Temiminós do Rio de Janeiro sob o comando do cacique Maracajaguaçu e que, em 1556, se une ao Padre Jesuíta, Braz Lourenço e funda a Aldeia de Nossa Senhora da Conceição, que dá origem a atual cidade da Serra. A 1ª Edição do Livro foi adotada pela Secretaria Municipal de Cultura que adquiriu 500 exemplares e foi eleita em abril de 1999, como o Melhor Livro do ano de 1998, publicado em prosa no Brasil e a cerimônia oficial de premiação foi realizada sob a presidência da Professora e Acadêmica, Maria Aparecida de Mello Calandra, IWA, Presidente da Sociedade de Cultura Latina do Brasil em Mogi das Cruzes, São Paulo. No dia 15 de setembro de 2005 Clério José Borges foi homenageado como historiador do Município da Serra em solenidade realizada na Sala de Reuniões Flodoaldo Borges Miguel, no Plenário da Câmara Municipal da Serra. Na ocasião Clério recebeu uma Placa Especial, Diploma de Honra ao Mérito, Historiador Serrano.
Foi Conselheiro Titular do Conselho Estadual de Cultura do Espírito Santo, de 04/01/1989 a 18/02/1993, onde foi eleito e atuou como Secretário e Vice-presidente do CEC-ES, nas gestões dos Presidentes, Marien Calixte e Sebastião Ribeiro Filho. Após 18/02/1993 e até o ano 2000, passou a pertencer à Câmara de Literatura do referido Conselho, CEC-ES. Foi Conselheiro Titular da Câmara de Literatura do Conselho Municipal de Cultura da Serra, de 24/09/1997 a 20/07/2012, ou seja, 14 anos, 09 meses e vinte dias, tendo sido eleito Vice-Presidente de Plenário por diversas vezes. O Conselho Municipal de Cultura da Serra, CMCS, foi criado pela Lei N.º 1937, de 17 de dezembro de 1996 e Clério José Borges foi nomeado pelo Decreto 9905/97, de 24 de setembro de 1997, para compor o primeiro Conselho, como Conselheiro Titular da Área de Literatura, ficando como suplente o Escritor Valdemir Ribeiro Azeredo. A lei que instituiu o Conselho de Cultura da Serra foi de autoria da então Vereadora Márcia Lamas e foi sancionada pelo Prefeito da Serra da época, João Baptista da Motta. No dia 18 de junho de 1987, Clério José Borges é convidado para falar sobre o novo movimento da Trova no país, denominado Neotrovismo no Programa "Sem Censura" da TV Educativa do Rio de Janeiro. O programa foi exibido para todo o Brasil tendo como apresentadora a Jornalista Lúcia Leme. Junto com Clério participaram como entrevistados os atores de novelas da Rede Globo de Televisão, Carlos Alberto e Caíque Ferreira, entre outros.
Clério José Borges possui o Título de Cidadão Serrano, conferido pela Câmara Municipal da Serra, de acordo com o Decreto Legislativo nº 05, de 14 de dezembro de 1994, ‘‘em reconhecimento aos relevantes serviços prestados ao Município da Serra’’. Diploma em Chapa com Gravação Especial, datado de 26 de dezembro de 1994 e assinado pelo Presidente da Câmara Municipal da Serra, Vereador João Luiz Teixeira Corrêa. A indicação para a Cidadania Serrana, na Câmara Municipal, foi apresentada pela Vereadora do PSB da Serra, Professora Izolina Márcia Lamas da Silva. Clério é ainda Cidadão Cariaciquense, da cidade de Cariacica, ES, tendo recebido o título em solenidade da Câmara Municipal de Cariacica, ES, realizada no dia 14 de julho de 2022, por indicação do ilustre Vereador da Câmara Municipal de Cariacica, Edson Nogueira.
No dia 05/06/2010, na cidade de Itabira, MG recebeu o Troféu Carlos Drummond de Andrade, como o Escritor do ano de 2010. No dia 10/03/2012, Clério recebe o Troféu Pedro Aleixo, em Itabira, MG, como Destaque Cultural de 2012. No dia 07/07/2015 recebeu o título de Comendador e a Comenda de Mérito Legislativo Rubem Braga, da Assembleia Legislativa do Espírito Santo. Pertence as Academias de Letras de Vila Velha, São Mateus, Marataízes, Iúna e Cachoeiro de Itapemirim. Pertence ao Instituto Histórico e Geográfico do ES. Senador da Cultura, pela Sociedade de Cultura Latina, SCL. Correspondente da Academia Cachoeirense de Letras, (ES); da Academia Petropolitana de Letras, da Cidade de Petrópolis, (RJ); da Academia Brasileira da Trova e da Academia de Letras, Ciências e Artes do Amazonas, ALCEAR e outras Academias e Associações Literárias do Brasil.
Exerceu a função de Professor, tendo sido, Professor de "Moral e Cívica", na Escola de 1º Grau "Agenor de Souza Lée", no bairro Divino Espírito Santo, antigo Toca, em Vila Velha, em 1972. Ministrou aulas para sete turmas de 5ª Série de 1º Grau. Foi Professor de "Administração e Controle", no Instituto de Educação "Professor Fernando Duarte Rabelo" – Praia de Santa Helena – Vitória – ES; Professor de "Técnicas Comerciais"; "Administração e Controle" e "Economia e Mercado", no Colégio Comercial Brasil, no bairro de Cobilândia, Vila Velha, ES, com carteira assinada de 01/04/77 a 26/02/80. Professor de "Técnicas Comerciais", na Escola de 1º Grau "Desembargador Ferreira Coelho", no bairro da Glória, Vila Velha, ES e na Escola Municipal de 1º Grau “Juiz Jairo de Mattos Pereira”, de São Torquato – Vitória –ES; Professor de "Português e Literatura", no Instituto Educacional "Rio Doce", de Santo Antônio – Vitória – ES; Professor de "Administração e Controle" e "Economia e Mercado", na Escola de 1º e 2º Graus "Clóvis Borges Miguel", Sede da Serra – ES.
No Dia 10/02/2007, em pleno Carnaval Capixaba, Clério José Borges foi homenageado, no Sambão do Povo, em Vitória, ES, como Historiador pela Escola de Samba, Rosas de Ouro”, do Município da Serra, Espírito Santo, presidida pelo Carnavalesco, Marcos Caran. Clério desfilou como Destaque num Carro alegórico pois o enredo "Serra 450 Anos de Fundação”, foi baseado no Livro HISTÓRIA DA SERRA, de Clério José Borges. No dia 11 de dezembro de 2014, uma entrevista de Clério José Borges ao repórter Mário Bonella, sobre as ruínas da Igreja de São José do Queimado, palco de uma Revolta de Escravos em 1849 foi exibida para todo o Brasil e inclusive para o Exterior através do Jornal Nacional, da Rede Globo de Televisão.
Clério José Borges é ainda autor de mais de 15 Livros, entre eles, as obras literárias: Trovas Capixabas; Trovadores dos Seminários da Trova; Trovadores Brasileiros da Atualidade; O Trovismo Capixaba; Alvor Poético; O Vampiro Lobisomem de Jacaraípe; História da Serra (3 Edições). É autor ainda dos Livros, Serra em Prosa e Versos/Poetas e Escritores da Serra; Origem Capixaba da Trova; Dicionário Regional de Gírias e Jargões; Serra Colonização de uma Cidade; Maracajaguaçu, Braz Lourenço, José de Anchieta e Araribóia” e “A Mulher Heroína do Queimado, Aisha Keto Korowe Detokumbo, Benedita Torreão, Princesa que veio de além-mar”.
O livro de Clério José Borges sobre a mulher heroína do Queimado e que segundo o autor, procura dignificar e honrar a luta da mulher heroína da Revolta dos Negros Escravos do Distrito do Queimado, ocorrida na Grande Vitória, ES, em 1849, de nome Africano, Aisha Keto Korowe Detokumbo que no Brasil transforma-se em Benedita Torreão, a Bastiana do Queimado, princesa que veio do além mar, benzedeira e a médica do povo em 1849, publicado com recursos do FUNCULTURA do Governo do Estado do Espírito Santo teve vários lançamentos. O primeiro foi um pré-lançamento no dia 02 de agosto de 2023, no Auditório do Colégio Marista, da Cidade de Colatina, ES, durante a Sessão Solene de posse dos membros Acadêmicos Fundadores da Academia de Letras e Artes de Colatina.
Nos dias 17, 18 e 19 de agosto de 2023, na Feira Literária de Piúma, na Cidade de Piúma, Sul do Espírito Santo foram realizados lançamentos do mesmo livro de Clério José Borges, “A Mulher Heroína do Queimado, Aisha Keto Korowe Detokumbo, Benedita Torreão, Princesa que veio de além-mar”. No dia 29 de agosto de 2023, uma terça feira, com início às 19 horas, o Livro foi também lançado durante o Projeto Viagem pela Literatura da Biblioteca Pública Municipal Adelpho Poli Monjardim, da Prefeitura Municipal de Vitória, ES, sob a direção da Produtora Cultural, Elizete Caser, onde também foi realizado um Sarau Poético de encerramento do mês do folclore, o mês de agosto, com a participação da ACLAPTCTC. Também foram realizados lançamentos nos dias 26 de agosto, 30 de setembro e 28 de outubro no Sarau Poético Sábado Cult, no Shopping Tiffany Center em Vitória, ES e Lançamento Oficial na Cidade da Serra, ES, no dia 28 de setembro de 2023, na solenidade realizada em comemoração do Dia Municipal da Trova e do Dia Municipal do Historiador da Serra, no Auditório da Câmara Municipal de Vereadores da Cidade de Serra.
CURRICULUM CULTURAL E ARTÍSTICO
1950 – O Historiador, Poeta, Escritor, Trovador, Comendador e Acadêmico Clério José Borges de Sant Anna nasceu no dia 15 de setembro de 1950, no bairro de Aribiri, no Município de Vila Velha, no Estado do Espírito Santo, Brasil. Filho do Estivador Manoel Cândido de Sant Anna e da Costureira Lyra Borges de Sant Anna. Ainda bebê, perde o pai vítima de infarto fulminante ocorrido pela madrugada e, é criado pela mãe viúva, sem qualquer orientação paterna.
Com cinco anos, acompanhando sua mãe, transfere-se para o Rio de Janeiro, onde a mãe passa a costurar em casa de famílias. Os primeiros estudos foram no Rio de Janeiro, num Jardim de Infância localizado em Niterói próximo à casa de parentes onde passaram a residir durante um período de dois anos. A mãe, Dona Lyra, que possuía Curso de Corte e Costura e Bordado, patrocinado pela Empresa Singer. (Isaac Singer obteve a patente da primeira máquina de costura em 1851 e, em 1955, era inaugurada a primeira fábrica de Máquinas de Costuras Singer, em Campinas, pelo então Presidente da República Dr. João Café Filho), saía de Niterói de manhã cedo, atravessava de lancha a baía de Guanabara para trabalhar como Costureira, retornando à noite.
Em 1957 voltam para o bairro de Aribiri em Vila Velha, na Rua São José, hoje denominada rua Ramiro Leal Reis, ao lado do Campo de Futebol dos Santos Futebol Clube. A mãe Lyra Borges de Sant Anna, passa a trabalhar como costureira diarista em casa de Família em Vitória. Na época entre os anos de 1950 a 1960, as famílias mais abastadas (ricas) contratavam costureiras, que diariamente de segunda a sexta feira, confeccionavam as roupas dos integrantes da referida família. As lojas de venda de roupas prontas eram raridades e as peças de roupas prontas eram caras, sendo mais viável manter de segunda a sexta uma costureira para a confecção de roupas sob medida.
Como costureira Lyra Borges de Sant Anna trabalhou durante vários anos na casa da família do político Carlos Fernando Monteiro Lindenberg, homem sensível, político inteligente, que chegou a ser Governador e Senador da República, o que a levou a conseguir com relativa facilidade, uma Bolsa de Estudos para que Clério José Borges estudasse numa das melhores Escolas de Ensino da época, o Colégio Nossa Senhora da Penha, dos Irmãos Maristas, em Vila Velha, ES.
Carlos Fernando Monteiro Lindenberg foi governador do Espírito Santo por dois mandatos (1947 – 1951 e 1959 – 1963), senador da República e um empresário capixaba no ramo da comunicação. Nascido em 1899, em Cachoeiro do Itapemirim, formou-se aos 22 anos de idade em Direito. Marcado por ser uma figura influente na vida pública e política do Estado, deixou um legado também na mídia da região, por ser um dos primeiros donos do jornal A Gazeta, jornal que vigora até hoje e faz parte do conglomerado conhecido como Rede Gazeta de Comunicações.
Residindo ao lado do Campo dos Santos, Clério começa a assistir na década de 60, aos jogos do Campeonato Capixaba de Futebol, do qual participavam as equipes do Rio Branco, Vitória e outros times. O Santos Futebol Clube fundado em 21 de julho de 1921 é conhecido como Santos de Aribiri, mas na verdade o Santos é de Paul. O apelido pegou, pois, o estádio em que mandava suas partidas era no Bairro Aribiri.
O time de Aribiri era o América Futebol Clube, este sim com sede no Bairro Aribiri, muitas vezes confundido com o América F.C de Vitória primeiro Campeão Capixaba de Futebol. O Santos disputou o estadual e a Taça Cidade de Vitória profissionalmente várias vezes, mas em 1963 na Taça Cidade de Vitória veio sua grande glória, o time conquistou o título desta competição, muito tradicional no Espírito Santo durante as décadas de 50 e 70. Uma curiosidade era que o time do Santos chegava de Bonde ao estádio, pois havia uma linha de bonde do bairro de Paul até o bairro de Aribiri.
As partidas de futebol eram transmitidas pelas emissoras de rádio e Clério José Borges sempre ficava próximo aos grandes locutores esportivos da época, um dos quais, Cesar Rizzo, que depois se transferiu para trabalhar nas emissoras de rádio de Minas Gerais e Rio de Janeiro. O comentarista era Antônio de Oliveira Neves, conhecido como Carlota.
Natural de Vitória-ES, Cezar Rizzo iniciou a sua trajetória na Rádio Capixaba, em 1959. Em seus quase 60 anos de carreira como locutor, trabalhou nas seguintes rádios brasileiras: Vitória (ES), Espirito Santo (ES), Itatiaia (MG), Guarani (MG), Tupi (RJ), Poti (RN), Sociedade da Bahia (BA), Vera Cruz (BA), América (RJ), Tupi (SP), Globo (RJ), Jornal do Brasil (RJ), Nacional (RJ), Tropical (RJ), Tamoio (RJ), Brasil (RJ) e Manchete (RJ). Marcante locutor do rádio esportivo brasileiro, Cezar Rizzo morreu no dia 21 de janeiro de 2018, aos 82 anos, em Niterói (RJ), após longa luta contra um câncer no fígado. Em sua carreira, Cezar Rizzo cobriu quatro Copas do Mundo (1982, 1986, 1994 e 1998), uma Olimpíada (Moscou, 1980) e 50 Grandes Prêmios de Fórmula 1.
RÁDIO ESPÍRITO SANTO – HORA DO ÂNGELUS
1960 – Ainda em Aribiri ouvia na Rádio Espírito Santo (PRI-9), o programa “A hora do Ângelus”, de Sólon Borges Marques. Todos os dias, às seis horas da tarde, Vitória e Vila Velha paravam e a sintonia de todos os rádios era a mesma. Com o programa Hora do Ângelus, Sólon Borges, grande locutor da PRI-9, fazia um belo momento de oração com os capixabas. Todas as pessoas paravam para se benzer e para ouvir a Ave Maria. O programa realizava também, mensalmente, um Concurso com várias perguntas e a pessoa tinha um prazo até o fim do programa para responder e, a cada resposta certa acumulava pontos. No final do mês vencia quem tinha mais pontos. Havia uma corrida de cavalos e cada ouvinte telefonava e apostava em um dos cavalos divulgados no programa. E, a cada vitória do cavalo escolhido, o ouvinte acumulava pontos.
Vitorino Rauta tinha um Bar do tipo Mercearia perto da Estação de bonde e lá estava o único telefone público do bairro de Aribiri entre os anos de 1960 a 1964. Clério ouvia as perguntas e corria para o Bar de onde comprava uma ficha telefônica e ligava para a Emissora respondendo às perguntas e, ia acumulando seus pontos. Acabou vencendo um Concurso, recebendo como prêmio uma coleção com 12 livros da Literatura Brasileira e Mundial, entre os quais Iracema de José de Alencar, O Alienista de Machado de Assis e, A Letra Escarlate, livro de Nathaniel Hawthorne.
Iracema é um livro escrito de forma poética. Originalmente é Iracema - Lenda do Ceará. É um romance da literatura romântica brasileira publicado em 1865 e escrito por José de Alencar, fazendo parte da trilogia indianista do autor. Os outros dois romances pertencentes à trilogia são O Guarani e Ubirajara. A "virgem dos lábios de mel" tornou-se símbolo do Ceará, e seu filho, Moacir, nascido de seus amores com o colonizador português Martim, representa o primeiro cearense, fruto da união das duas raças.
Já "A Letra Escarlate" foi publicado nos Estados Unidos em 1850. O livro conta a vida numa rígida comunidade puritana de Boston do século XVII, a jovem Hester Prynne tem uma relação adúltera que termina com o nascimento de uma criança ilegítima. Desonrada e renegada publicamente, ela é obrigada a levar sempre a letra “A” de adúltera, bordada em seu peito.
O Alienista é uma célebre obra literária do escritor brasileiro Machado de Assis. O livro conta a história do Dr. Bacamarte. Um alienista (a designação de psiquiatra na época) convencido de que a infertilidade de sua esposa está diretamente atrelada às condições físicas e mentais do cônjuge. Para provar sua teoria, o alienista cria a Casa Verde, um local para realizar estudos inéditos sobre a mente humana, mas acaba se perdendo na sua própria loucura. Solta todos os internos e conclui ser o único anormal e decide trancar-se sozinho na Casa Verde para o resto de sua vida. A leitura de tais obras, verdadeiros clássicos, leva o jovem Clério a um contato maior com a boa literatura e desperta o interesse pela Poesia e pelo romance.
BONDES ELÉTRICOS DE ARIBIRI
1961 - Para estudar no Colégio Marista em Vila Velha, Clério usava como transporte o Bonde Elétrico da linha Paul a Vila Velha, único meio de transporte rápido e prático da época.
Aribiri é um termo indígena que significa o mesmo que Arabiri, Areberi, ou seja, diminutivo de Árabe, barata pequena, baratinha ou barata d´água. Baratinhas que são encontradas nas pedras que ficam próximas ao mar. O rio Arabiri, depois conhecido como Aribiri deu origem ao nome do bairro.
A região já foi um quilombo de escravos e em 1910 foi transformado em povoado, tendo conhecido o progresso a partir da instalação do bonde em 1912, com a inauguração de uma linha de trem que ligava o centro de Vila Velha até o bairro de Paul, sendo a mais rápida via de acesso para quem queria chegar a Vitória. Duas linhas de bonde foram criadas. Uma denominada Paul/Aribiri e outra Vila Velha/Aribiri. Aribiri era justamente a metade do caminho entre Paul até o centro de Vila Velha.
Em Aribiri ficava a “convertidora”, como era conhecida a Oficina de conserto de bondes que havia na parte detrás da Estação de embarque e desembarque de Passageiros. Para se chegar até Vitória, Capital do Estado, ia-se de bonde até Paul e ali de lancha ou bote chegava-se em Vitória, Capital do Estado. Os bondes estimularam a criação de lanchas que ligavam Paul a Vitória pelo canal da baía de Vitória. As lanchas concorriam com os botes dos catraieiros que faziam a travessia da baía.
ESTRADA RODOVIÁRIA ACABA COM OS BONDES
1961 - Uma estrada foi construída durante o governo de Jones dos Santos Neves com pista simples, sem acostamento e com cerca de 10 quilômetros, ligando Vitória ao centro de Vila Velha. Foi inaugurada a 8 de setembro de 1951, mesma época do 4º Centenário de Vitória. O nome da importante avenida de Vila Velha é em homenagem ao ex governador e ex Senador Carlos Fernando Monteiro Lindenberg.
Dez anos após a construção, em 1961, a rodovia recebeu duplicação, passando a ter nove metros de pista em cada lado e com um sistema de drenagem na época criterioso, considerando ser uma região plana e baixa. Além disso, o transporte coletivo de bondes era um marco na vida da população vilavelhense. E, isso mudou com a inauguração da Rodovia Carlos Lindenberg, já que possibilitou a preferência aos ônibus, uma efetiva alternativa urbana de mobilidade causada pela rodovia.
Essa rodovia sempre teve como função servir de alicerce de sustentação para o sistema viário do município, ou seja, permitir acesso a diversos bairros das regiões continental, central e litorânea de Vila Velha. Depois de asfaltada a rodovia passou a ser o elo de ligação mais rápido que o bonde, fazendo com que os bondes deixassem de circular por volta de 1975/1976.
COPA DO MUNDO DE PELÉ
1958 – 1970. Copa do Mundo de Futebol. Numa destas idas para o Colégio recorda-se que estava dentro do Bonde, quando um Jogador da Seleção Brasileira de Futebol fez um Gol jogando contra o País de Gales na Copa do Mundo de 1958. O Bonde passava numa curva no bairro da Glória, próximo a Fábrica de Chocolates Garoto e o autor do Gol era um Garoto, de 17 anos, chamado Pelé, que depois receberia o título de Rei do Futebol e "Atleta do Século".
Era o dia 19 de junho de 1958 e o Brasil naquele dia venceu a Seleção de Futebol de País de Gales por 1 a 0. O País de Gales é uma das quatro partes do Reino Unido, um país da Europa ocidental. As outras três partes que compõem o Reino Unido são a Inglaterra, a Escócia e a Irlanda do Norte. O povo do País de Gales é o galês, e sua língua específica tem o mesmo nome. Na língua galesa, o nome do País de Gales é Cymru. Sua capital é Cardiff.
A Copa do Mundo de 1958 foi a sexta edição da Copa do Mundo FIFA de Futebol, que ocorreu de 10 de junho até 29 de junho de 1958. O evento foi sediado na Suécia. O Brasil venceu a partida contra o País de Gales (1 a 0). Destaque para Pelé com o único gol da partida. O mundo realmente conheceu Edson Arantes do Nascimento, o Pelé. Nas Quartas de finais, o Brasil enfrentou a forte defesa do País de Gales. Nesta partida Pelé brilhou. Ele aplicou um drible curtíssimo em seu marcador ("chapéu") e girou de primeira para marcar o único gol do jogo.
A partida final foi disputada entre Brasil e Suécia e o Brasil venceu por 5 a 2 e sagrou-se pela primeira vez Campeão do Mundo. A Federação Internacional de Futebol e Associações, mais conhecida pelo acrônimo FIFA, é uma organização sem fins lucrativos internacional que dirige as associações de futsal, futebol de areia ou futebol de praia e futebol, o esporte coletivo mais popular do mundo. Filiada ao Comitê Olímpico Internacional, a FIFA foi fundada em Paris em 21 de maio de 1904 e tem sua sede em Zurique, na Suíça.
Na Copa do Mundo de 1970, o Brasil se sagrou Tricampeão Mundial. A Copa do Mundo de Futebol é uma competição internacional que ocorre a cada quatro anos, com exceção de 1942 e 1946, quando não foi realizado por causa da Segunda Guerra Mundial. Essa competição, criada em 1928 na França, sob a liderança do presidente Jules Rimet, está aberta a todas as federações reconhecidas pela FIFA (Federação Internacional de Futebol Associado). O antigo nome da taça faz referência a Jules Rimet. A primeira edição ocorreu em 1930 no Uruguai, cuja seleção saiu vencedora.
O Brasil, a única seleção a ter jogado em todas as competições, é o maior campeão com cinco títulos. É também o único proprietário permanente da Taça Jules Rimet (posta em jogo em 1930) e ganha em definitivo pelo país que vencesse pela terceira vez o campeonato, o que se deu na competição em 1970, com Pelé, o único jogador tricampeão mundial da história. Em 2020, a seleção brasileira, a Itália e a Alemanha são os países que mais conquistaram a Copa do Mundo de Futebol.
Apesar de já terem sido disputadas 20 Copas do Mundo, apenas oito países de dois continentes tiveram o privilégio de levantar a taça da competição. Em primeiro lugar na lista está o Brasil, com 5 vitórias, que é o único a ter disputado todas edições do torneio. Na cola do Brasil está a Itália e Alemanha, campeãs quatro vezes, seguida de França, Argentina e Uruguai, duas; e Inglaterra e Espanha, que ganharam uma copa cada.
COLÉGIO DOS IRMÃOS MARISTAS DE VILA VELHA
CLÉRIO DESTACA-SE COMO REDATOR CHEFE “O PIONEIRO”
1961 - Estudou o Curso Primário, Ginasial e Curso Científico, no Colégio dos Irmãos Maristas, de formação religiosa Católica. O atual ensino fundamental era denominado de primário e ginásio. Já o atual ensino médio era chamado de científico e posteriormente foi denominado de 2º grau. Clério estudou de 1961 a 1967. Os alunos estudavam Latim e, nas aulas de Religião era obrigatório decorar o Evangelho do Domingo.
Clério José Borges teve como professores, os Irmãos Xisto Iturmende (de origem espanhola); Irmão Pedro Valejo Garrido; Irmão Evaldo Gabriel (Gentil Paganotto); Irmão Claudino (Joseph Claudieni); Irmão Estevão João (Jair Ferreira de Souza); Irmão João Gerlin; Irmão Crispim Edgard (Helvídio Loss). Entre os professores, alguns não eram da Congregação Marista: Artelírio Bolsanello; professora Liese Santos; professor Rômulo Lopes de Faria e professor Clóvis Abreu, pai do Acadêmico e historiador de Vila Velha, Roberto Brochado Abreu.
Em determinada época, um dos professores foi o Audifax de Almeida Cavalcanti, que ministrava aulas de Inglês. Audifax depois foi um dos organizadores do Cursinho Vestibular, implantado no Colégio em 1967, quando era Diretor do Colégio o Irmão Evaldo Gabriel (Gentil Paganotto).
Os Irmãos Maristas são uma congregação religiosa fundada pelo Padre Marcelino Champagnat, na França. Os Maristas chegaram ao Brasil no dia 15 de outubro de 1897. O Ginásio Nossa Senhora da Penha, localizado na Avenida Champagnat, em Vila Velha, foi idealizado no mandato do Prefeito Domício Ferreira Mendes, quando foi articulada, pelos então vereadores Tuffy Nader e professor Ernani Souza, a vinda da Congregação dos Irmãos Maristas para Vila Velha, mediante a cessão do terreno para a construção do Ginásio.
Nas negociações da compra do terreno para a doação aos Irmãos Maristas, representados pela União Brasileira de Educação e Ensino, além da Prefeitura Municipal esteve envolvido o Governo do Estado, cujo Governador na época era Carlos Fernando Monteiro Lindenberg. O terreno denominado Sítio Batalha foi comprado de herdeiros por Trezentos mil cruzeiros (valor bastante expressivo para época) e o negócio foi efetivado sendo a Escritura Pública de Doação Condicional do terreno "Sítio Batalha" para a construção do Ginásio, lavrada no dia 13 de setembro de 1950, no Cartório Beraldo Madeira da Silva, 1º Ofício. Na época o Município de Vila Velha era oficialmente chamado de Município do Espírito Santo.
Inaugurado em 04 de março de 1954, o Colégio Marista começa suas atividades com 61 alunos, distribuídos entre Turmas do Ginásio e as turmas do curso Primário. O Colégio Marista na época era só para estudantes do Sexo Masculino. Anos mais tarde passou a Colégio misto, com a admissão de meninos e meninas com os Cursos: Ginasial e Colegial com o Primário, o Pré e o Jardim de Infância, o Maternal e Pré-vestibular.
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BIOGRAFIA E CURRICULO ATYALIZADO EM 29 DE FEVEREIRO DE 2024 DE CLÉRIO JOSÉ BORGES
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Nome: Clério José Borges de Sant´Anna
End. - Rua dos Pombos, n.º 2 – Eurico Salles
Carapina – Serra – ES.
CEP: 29.160 – 280.
Tel.: (027) 3328 07 53
(27) 9 92 57 82 53
E-MAIL: clerioborges2013@gmail.com;
HOME PAGE: https//clerioborges.com.br
DADOS PESSOAIS
Data de Nascimento: 15 de setembro de 1950.
Naturalidade: Bairro de Aribiri, Município de Vila Velha, Estado do Espírito Santo
Nacionalidade: Brasileiro
Estado Civil: Casado
Nome do Pai: Manoel Cândido de Sant´Anna
Nome da Mãe: Lyra Borges de Sant´Anna
Cônjuge: Zenaide Emília Thomes Borges
Filhos: Clérigthom Thomes Borges - Nascido a 23 de julho de 1979.
Cleberson José Thomes Borges – Nascido a 18 de novembro de 1981.
Netas:
Christal Fraga Borges
Marina Araújo Borges.
TROVA HOMENAGEM:
ENTRE OS VULTOS DE VITÓRIA,
SEM MEDO DE DESPAUTÉRIO,
QUEM TERÁ LUGAR NA HISTÓRIA
É O AMIGO POETA CLÉRIO.
TROVA DO SAUDOSO PROFESSOR
FRANCISCO FILIPACK, DE CURITIBA/PR
BIOGRAFIA RESUMIDA:
Clério José Borges é Escritor, Historiador, Poeta, Comendador e Trovador Capixaba e nasceu no dia 15 de setembro de 1950, no antigo Patrimônio Quilombola de Aribiri, bairro do Município de Vila Velha, ES, na antiga Rua São José, atual Rua Ramiro Leal Reis, ao lado do Campo do Santos Futebol Clube, no Município de Vila Velha, Estado do Espírito Santo. Filho do Estivador Manoel Cândido de Sant Anna e da Costureira Lyra Borges de Sant Anna.
Clério José Borges trabalhou profissionalmente, como Jornalista do Jornal "A Tribuna", de Vitória, ES. Foi Jornalista iniciante (Foca) e promovido, em seguida, a Repórter e depois a Redator, chegando a função de Chefe de Reportagem, com Carteira Profissional assinada de 01/08/69 a 11/02/70 e de 01/03/71 a 05/07/72. No Jornal A Tribuna, além de Repórter, Redator e Chefe de Reportagem foi comentarista de Cinema. Trabalhou com os consagrados Jornalistas da Imprensa Capixaba, Marien Calixte, Plínio Marchini, Rubinho Gomes, Paulo Bonates, Sérgio Egito, Nelson Serra e Gurgel, Marcelo Rossoni, Maura Fraga, Paulo Maia, Pedro Maia e Vinicius Paulo Seixas e Cláudio Bueno Rocha. Depois teve uma ligeira passagem pelo Jornal O Diário, (já extinto), também de Vitória, ES.
Fundou e preside desde 1º de julho de 1980 o Clube dos Trovadores Capixabas CTC, que em Assembleia Geral Extraordinária realizada no sábado, dia 18 de novembro de 2017, em Eurico Salles, no Município da Serra no Espírito Santo foi transformada em Academia Capixaba de Letras e Artes de Poetas Trovadores, de sigla ACLAPTCTC. Clério é líder na realização de eventos culturais no Estado do Espírito Santo, promovendo anualmente, desde 1981, os Seminários Nacionais da Trova, atualmente denominados Congressos Brasileiros de Poetas Trovadores. Foi fundador e primeiro Presidente da Academia de Letras e Artes da Serra, ALEAS, fundada no dia 28 de agosto de 1993.
É morador do Município da Serra, ES, desde o dia 20 de fevereiro de 1979, data em que se mudou de Vila Velha para o bairro Eurico Salles, Distrito de Carapina, Serra, ES. É cidadão Vilavelhense por nascimento, cidadão Serrano desde 26 de dezembro de 1994 e cidadão da cidade de Cariacica, ES, desde o dia 14 de julho de 2022.
Funcionário Público Estadual Aposentado tendo atuado na área da segurança pública estadual, exercendo o cargo de Escrivão de Polícia Civil durante 35 anos, onde foi premiado com Elogios e as Medalhas de Bronze, Prata e Ouro da Polícia Civil Capixaba devido à excelência nos serviços prestados em prol da sociedade capixaba. Durante sua vitoriosa carreira policial, Clério José Borges trabalhou em várias Delegacias e exerceu vários cargos de chefia, de modo especial o cargo de chefe de Apoio Administrativo do Departamento de Polícia Judiciária da Serra. Durante seu trabalho como Escrivão de Polícia, anotou gírias e jargões que serviram de base para o lançamento em 2012, de um Livro com cerca de 10 mil Gírias e Jargões da Malandragem.
Foi Conselheiro Titular do Conselho Estadual de Cultura do Espírito Santo, durante quatro anos, de 04/01/1989 a 18/02/1993, onde foi eleito e atuou como Secretário e Vice-presidente do CEC-ES. A designação em 04/01/1989, Decreto Nº 08-P, de 04 de janeiro de 1989, publicado no Diário Oficial do E. Santo foi assinada pelo Governador do Estado, Dr. Max Freitas Mauro, com duração até 1991. Nova nomeação pelo Governador do Estado, como Conselheiro Titular da área de Literatura, representando o CTC, Clube dos Trovadores Capixabas, em 1991, com duração até 18/02/1993. Conselheiro Suplente de 1994 a 1997. Após 1997 e até o ano 2000, passou a pertencer à Câmara de Literatura do referido Conselho, CEC-ES. Durante o período de atuação no CEC como Conselheiro Titular por quatro anos, exerceu a atividade de Secretário do Plenário e foi eleito, Vice-Presidente por votos dos Membros do Colegiado. Membro da Câmara de Literatura do Conselho Estadual de Cultura do Estado do Espírito Santo. Na Câmara e no CEC, fez parte de várias Comissões criadas, apreciando processos, emitindo pareceres e participando de Tombamentos históricos, como o Tombamento das ruínas da Igreja de São José do Queimado e tombamento da Mata Atlântica do Espírito Santo.
Clério José Borges foi nomeado pelo Decreto 9905/97, de 24 de setembro de 1997, para compor o primeiro Conselho, como Conselheiro Titular da Área de Literatura, ficando como suplente o Escritor Valdemir Ribeiro Azeredo. A lei que instituiu o Conselho de Cultura da Serra foi de autoria da então Vereadora Márcia Lamas e foi sancionada pelo Prefeito da Serra da época, João Baptista da Motta. Foi do Conselho Municipal de Cultura da Serra, de 24/09/1997 a 20/07/2012, ou seja, durante o período de 14 anos, 09 meses e vinte dias. É Senador da Cultura, título recebido pela Sociedade de Cultura Latina do Brasil, com sede na Cidade de Mogi das Cruzes, São Paulo. É Mestre da Cultura Capixaba desde 30 de setembro de 2023, título recebido em evento folclórico realizado na Praia da Costa em Vila Velha, ES.
Depois de cinco anos de pesquisas, em 1998 publica o Livro "História da Serra", contando a verdadeira história da colonização do município da Serra, com a chegada dos Índios Temiminós do Rio de Janeiro sob o comando do cacique Maracajaguaçu e que, em 1556, se une ao Padre Jesuíta, Braz Lourenço e funda a Aldeia de Nossa Senhora da Conceição, que dá origem a atual cidade da Serra. A 1ª Edição do Livro foi eleita em abril de 1999, como o Melhor Livro do ano de 1998, publicado em prosa no Brasil e a cerimônia oficial de premiação foi realizada sob a presidência da Professora e Acadêmica, Maria Aparecida de Mello Calandra, IWA, Presidente da Sociedade de Cultura Latina do Brasil em Mogi das Cruzes, São Paulo no dia 08 de maio de 1999, no Teatro Municipal Paschoal Carlos Magno, localizado na Rua Dr. Corrêa, 515, Centro Histórico, na Cidade de Mogi das Cruzes, no Estado de São Paulo.
No dia 15 de setembro de 2005 Clério José Borges foi homenageado como historiador do Município da Serra em solenidade realizada na Sala de Reuniões Flodoaldo Borges Miguel, no Plenário da Câmara Municipal da Serra. Na ocasião Clério recebeu uma Placa Especial, Diploma de Honra ao Mérito, Historiador Serrano. No dia 10 de fevereiro de 2007, em pleno Carnaval Capixaba, Clério José Borges foi homenageado, no Sambão do Povo, em Vitória, ES, como Historiador, pela Escola de Samba, Rosas de Ouro, do Município da Serra, Espírito Santo, presidida pelo Carnavalesco, Marcos Caran. Clério desfilou como Destaque num Carro alegórico pois o enredo "Serra 450 anos de Fundação”, foi baseado no Livro História da Serra, de Clério José Borges.
Pertenceu a Pastoral Familiar (preparação de noivos para o casamento) da Comunidade Católica São Paulo Apóstolo, da Paróquia São José Operário de Carapina, Serra, ES, junto com sua esposa Zenaide Emília Thomes Borges e, a vizinha e amiga, Magnólia Pedrina Sylvestre. Serviu na Pastoral Familiar de 19 de março de 2005 até o dia 19 de agosto de 2022. Foi Ministro da Palavra, comentando, ou seja, partilhando a palavra do Evangelho nas celebrações que são realizadas em substituição a Missa, na Comunidade Católica São Paulo, Paróquia São José Operário, de 05 de agosto de 2008 até o dia 19 de agosto de 2022.
A Igreja Católica possui o laicato, que é presença de pessoas não ordenadas que substituem os Padres em ações dentro da Igreja, dirigindo celebrações, partilhando o evangelho e exercendo algum tipo de serviço engajado nas pastorais e ministérios. A função dos leigos foi ampliada por ocasião do Concílio do Vaticano II (1962-1965), quando os leigos passaram a ter uma atuação mais ativa na Igreja, por causa da falta de padres em muitas comunidades. Para ser habilitado como Ministro da Palavra teve uma formação ministrada pelo Padre Comboniano, o Italiano Pedro Settin.
Envolvido em lutas comunitárias desde o dia 22 de abril de 1979, participando da fundação do Movimento Comunitário do bairro Eurico Salles, na Serra ES, tendo sido o primeiro Vice-Presidente. Clério possui pouco mais de quinze livros publicados, sendo alguns individuais e outros como organizador de Coletâneas e Antologias, destacando-se as obras, “Serra, Colonização de uma Cidade” e o livro “Dicionário Regional de Gírias e Jargões" e a mais recente obra, “A Mulher Heroína do Queimado, Aisha Keto Korowe Detokumbo, Benedita Torreão, Princesa que veio de além-mar.”
Sua formação inicial foi no Colégio Nossa Senhora da Penha, dos Irmãos Maristas, da Cidade de Vila Velha onde estudou o então os Cursos Primário, Ginasial e Científico, que em 2024 correspondia aos Cursos de 1º e 2º graus. No Colégio Maristas, Clério foi também Redator Chefe do Jornal Estudantil O PIONEIRO, em 1967. A Edição do Jornal O PIONEIRO, setembro do mesmo ano de 1967, consta uma reportagem Especial de Clério Borges, com o Título “O Velho Matias”, sobre a descoberta de Petróleo em São Mateus – ES. Como Diretor de Jornalismo do Grêmio Estudantil “Nossa Senhora da Penha”, do Colégio Marista de Vila Velha, organizou o Concurso Nacional Literário “Padre Champagnat” que recebeu de 1º de julho a 15 de outubro de 1967, (dia dos 70 anos da chegada dos Maristas no Brasil), mais de 3 mil redações de aluno Maristas de todo o Brasil. Formou-se em Técnico em Contabilidade. Estudou Direito e Pedagogia na UFES - Universidade Federal do Espírito Santo. Em 1975 classificou-se em 11º Lugar no Exame Vestibular de Direito da UFES, onde haviam cerca de 300 inscritos e apenas 80 vagas. Já em 1979, classificou-se em 21º Lugar no Exame Vestibular de Pedagogia.
No dia 18 de junho de 1987, Clério José Borges concedeu inclusive entrevista a Lúcia Leme, em Rede Nacional, no programa "Sem Censura" da TV Educativa do Rio de Janeiro. O programa Sem Censura começou a ser exibido em 1985 pela antiga TVE, do Rio de Janeiro. É um programa de entrevistas, exibido à nível Nacional, antes pela TV Educativa e depois pela TV Brasil, exibido de segunda a sexta-feira, no período da tarde. O programa já foi apresentado com Lúcia Leme de 1986 a 1996; Leda Nagle, de 1996 a 2017, sendo depois de 2017, apresentado por Vera Barroso. Em 26 de fevereiro de 2024 estava sendo comandado pela apresentadora Cissa Guimarães. Beatriz Gentil Pinheiro Guimarães (Rio de Janeiro, 18 de abril de 1957), mais conhecida como Cissa Guimarães, é uma atriz e apresentadora brasileira.
Em 1987, o CTC, Clube dos Trovadores Capixabas completava sete anos de fundação. Em 1984, por causa da fundação do CTC, o Escritor Eno Teodoro Wanke fundara a FEBET, Federação Brasileira de Entidades Trovistas, reunindo em um único órgão, os vários Clubes e Associações fundados no Brasil, seguindo a estrutura do CTC. O Escritor Eno logo publica um livrote (livro de poucas páginas) denominando o movimento que se iniciava no Brasil em torno da Trova de Neotrovismo. A ida de Clério José Borges no dia 18 de junho de 1987, saindo da cidade da Serra até os estúdios da TV Educativa no Rio de Janeiro, segundo o próprio escritor e historiador da Trova no Brasil, Eno Teodoro Wanke marca e consolida o início do movimento do Neotrovismo no Brasil.
Para divulgar e defender o movimento em torno da Trova no Brasil, denominado Neotrovismo, no ano de 1990, Clério José Borges participa como Convidado Especial, representando o Estado do Espírito Santo, do 1º Congresso Brasileiro de Poesia e Encontro Latino de Casas de Poetas, nos dias 20 a 22 de abril de 1990, na cidade de Nova Prata, interior do Rio Grande do Sul. Clério José Borges proferiu palestra junto com os Escritores: a) Eno Theodoro Wanke (RJ), do Rio de Janeiro; b) Antônio Juraci Siqueira, do Estado do Pará; c) Cláudia Alencar, poeta e atriz de novelas da Rede Globo de Televisão; d) Aracy Balabanian, atriz de novelas da Rede Globo de Televisão; e) Ronaldo Cunha Lima, então Governador da Paraíba e Poeta. A organização do Congresso foi do Escritor Ademir Antonio Bacca, com o apoio do Poeta Nelson Fachinelli.
Clério José Borges pertence ainda as Academia de Letras de Marataízes, Academia de Letras da Cidade de São Mateus, Academia de Letras de Vila Velha, Academia de Letras de Cachoeiro de Itapemirim, Academia de Letras da cidade de Iúna, na região do Caparaó. É Associado do Instituto Histórico e Geográfico do Espírito Santo e do Clube de Intelectuais Franceses. Pertence ainda ao Movimento Poético Nacional, MPN, com sede no Estado de São Paulo; Sociedade de Cultura Latina do Brasil, com sede em Mogi das Cruzes, SP; Casa do Poeta Brasileiro, Poebras, de Porto Alegre, RS; Academia Petropolitana de Letras, da Cidade de Petrópolis, (RJ); Academia Brasileira da Trova, com sede no Rio de Janeiro e Academia de Letras, Ciências e Artes do Amazonas, ALCEAR, bem como inúmeras outras entidades, Associações e Academias no Brasil e no Exterior.
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