INTERIOR DO BRASIL

Há tempos neste meu país surgiram Academias de Letras do interior. Me foram proporcionadas participações em duas delas. Seguindo o sábio conselho de minha mãe: "Pense antes de fazer." entrei em duas delas. Na medida do possível, vou cumprindo os compromissos que tais admissões me sobrepõem. Estou aqui para falar com sinceridade. Acho-me um pouco vaidoso por ser acadêmico do interior. Não há porque negar. Mas não quero fazer disso o teor principal deste artigo. O que me move principalmente é a existência de Academias do Interior. Existem muitas. Qualquer ser humano cuja tendência seja escrever pode consultar a Internet. E encontrará alguma Academia em que possa se inserir.

Não estou dizendo que basta querer e lá estará o interessado admitido na agremiação literária. Não, porque cada Academia expõe quando é possível os requisitos exigidos para a admissão. Claro, o principal destes atributos que o interessado deve possuir é aptidão para fazer boa literatura.

Para muitos de meus confrades nas duas Academias a que participo, o sentimento de glória não é passageiro. Pense-se no sentimento de glória. Imagine um músico que é muito aclamado depois de uma apresentação, ele é se sente nos céus.

Agora, os textos dos acadêmicos do interior podem ser lidos por este país afora. E o ser humano que é autor do escrito, descansará em paz no seu lar, e poderá se quiser imaginar em quantos leitores conquistou.

Agora, esqueçamos de mim autor. E lá vai uma informação mais ou menos seguro. Estas Academias estão associadas a editoras também localizadas no interior. E, claro, o escritor do interior tem lá suas ambições.

Por uma ambição literária o preço pago é a qualidade do texto. E se o texto é bem escrito o nome do autor fica conhecido. É o que se chama fazer nome.

Tem-se muitas outras visões sobre pertencer a uma Academa de Letras. Vou dar uma destas visões, testemunhadas por mim, como experiência pessoal. A sensação de prestígio por participar do quadro acadêmico, é compensatória. Não se exige que o então autor prestigiado por pertencer a um quadro social destas Academias, seja um ricaço. No sentido do ter para poder, não. Eu trabalhei e estudei e li, e aqui estou escrevendo isto, Um artigo que poderá ser lido como misto de testemunho e relato.

Não sei se mereço agradecimentos, mas não foi por isso que vim aqui e escrevi. É que eu queria falar sobre a literatura do interior, e as Academias de Letras que se disseminam pelo interior dos estados da federação, detêm muito mais saber sobre isto que o articulista de pouco talento que ora lhes escreve. E se quiserem os leitores deste artigo, procurem obter os livros editados pelo interior do Brasil afora. E os leiam.

Aristides Dornas Júnior
Enviado por Aristides Dornas Júnior em 28/05/2023
Reeditado em 28/05/2023
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