A ARTE LITERÁRIA

A arte literária se pratica usando de certa matéria prima. Escreve-se um conto, um poema e se faz teoria literária sobre eles. De toda maneira se nos inspiramos para um poema numa flor, o resultado se faz sentir na leitura. Nossa leitura é o que nos aproxima primeiramente da crítica àquele poema. Mas, mas não mergulhemos no espinhoso mar da crítica. Eu agora quero falar só da matéria prima literária.

Meu primeiro contato com a litertura foi o da leitura de livros de estórias que certas professoras infantis nos doaram, a mim e a meus irmãos quando crianças. Daí nasceu a minha paixão pelos livros, tanto os de contos, poemas, romances quanto os de teoria. Claro que a minha vida eu a consumi até os dias de hoje em espaços de tempo do trabalho para o sustento meu, e de estudo e leitura.

Não quero aqui me colocar como um modelo a seguir. Porém sigam-me os que assim quiserem. Estou aqui exposto no que escrevo.

Mas voltemos à arte literária. Quando comecei este artigo, eu tinha em mente escrevê-lo dizendo-me inspirado pela cidadezinha onde moro. Mas me desviei do caminho a que me propus. Agora tenho que me virar. Escrever literatura é assim, ao menos para mim. E antes de continuar, vou contar que no meu primeiro emprego o meu chefe, depois de me receber bem, me disse:

- Agora, se vira.

E foi assim que aprendi a trabalhar. Datilografava, digitava, e escrevia à mão relatórios. Gostei demais do ato de escrever. Chegava em casa, e depois de um bom banho, mergulhava na leitura de livros meus, novos e antigos.

Muitas vezes pensava: "Vou escrever um conto". E a caneta ou a máquina de escrever me traíam. E saía um artigo. Ou um poema.

Li muitos livros de crítica literária, mas me desviei do caminho de ser um crítico. Os críticos têm sob os seus ombros imensas responsabilidades. E eles sabem que o destino de muitas obras literárias depende deles. Vejam, isso é responsabilidade.

Agora, por último, vamos à matéria literária. Eu só vejo um caminho: ver e imaginar depois de ver. Se vejo uma mosca, penso em A MOSCA AZUL de MACHADO DE ASSIS. E disse isso só para ilustrar. Podemos hoje escrever contos, poemas e romances a partir de uma simples observação. Creiam-me ou não. Mas, antes de tudo, devemos ler bastante.

Aristides Dornas Júnior
Enviado por Aristides Dornas Júnior em 10/05/2023
Reeditado em 10/05/2023
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