O que sinto ao escrever meus sketches e como eles podem ser identificados.(Artigo 2)
2. O que sinto ao escrever meus sketches e como eles podem ser identificados.
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Escrever para teatro para mim é absolutamente incrível. Para mim é o melhor gênero a se escrever, e como estou me preparando para entrar em um gênero desconhecido e que depois falarei qual será esse gênero, eu escrevo sempre para o teatro. Os personagens, as falas, a época, tudo no teatro me deixa totalmente maravilhado em escrever para esse gênero. Eu confesso que se eu começar a escrever uma peça, é capaz que eu perca a vontade de escrevê-la, por muitos motivos, por isso crio sketches e alguns dramas mais curtos, mas ainda assim escrever para teatro já faz parte da minha vida há muitos anos.
O primeiro sketch realmente escrito para dar continuidade ao gênero foi Dez Experiências. Dez Experiências é uma obra muito boa, um pouco diferente dos sketches que estão por aí, mas nem por isso ele deixa de ser interessante. Um homem chamado Adriano está em viagem astral e ele começa a viajar através do tempo para vários períodos. Com essa temática, eu iniciei os meus sketches. Desde então, já há mais de cento e setenta e para ser franco, eu não decorei nem metade dos nomes dos personagens que dei, mas os últimos sketches que fiz são todos baseados em muitas temáticas.
Escrever para o teatro para mim é algo totalmente solene, magnífico, uma apoteose de emoções que devem ser usadas, re-usadas e que sempre me deixam de certa forma surpreso como os personagens podem se sair em cenas. O que eu quero dizer é que escrever para teatro é uma experiência espiritual. Eu o sinto em menor grau quando escrevo poesia e quando escrevo meus curtas para cinema(e agora também para tv), contos, frases, etc, mas o teatro em si é uma experiência mística, transcendental.
Irão reconhecer meus sketches, pois a maioria deles se passa no passado, na Europa(Estou pensando em escrever mais sketches na Ásia), e também pelo simples fato de que meus personagens não comem. Quando eles vão comer, eles desistem da ideia e essa é uma característica para reconhecer um sketch meu de outro.
Eu também não gosto de criar situações do cotidiano nos meus sketches. Creio que não tenho talento para o que os americanos chamam de "small talk" e situações parecidas.
Não, os meus sketches são calcados no imaginário, na intuição, na fantasia. Eles poderiam se passar por peças simbolistas ou mesmo peças de escrita criativa. Para aqueles que já leram mais de um sabem que é o que realmente acontece.
Mas eles serão algum dia reconhecidos, eu tenho certeza que alguns de meus sketches podem ter até mesmo subido à cena sem que eu saiba e talvez eu vá descobrir apenas depois de muitos anos.
Escrever para o teatro é incrivelmente catártico, belo e espiritual. Eu não me imaginaria mais sem escrever pelo menos um sketch para o teatro, e posso lhes dizer que vou escrever dramas curtos e talvez até longos. Quem viver, verá. E espero que meus textos teatrais possam trazer alegria e imaginação para as mentes e corações das pessoas.