O NOVO E O VELHO
Estava aqui cismando sobre os literatos. Sempre considerei a classe do fazer que mais cordial consegue ser na sua convivência. Claro, toda regra tem suas exceções. Mas, religioso que sou, digo: somos imperfeitos, não podemos exigir perfeição dos que trabalham com coisas nossas afins. Eu pessoalmente tomo cuidado para não ferir colegas. Colegas meus, hoje em dia, são os escritores. Mas não faço isto para dar exemplo. Então, o que faço? Procuro ter responsabilidade e cuidado com o que escrevo. Não me dificulta nada o viver enquanto escrevo. Mas vamos ao ponto. Dizia eu, abro-me ao novo. Acho belíssimo o surgimento de um fazer diferente nas letras. É um dizer de maneira nova, às vezes, coisas que estavam lá no mundo grego antigo.
Jà ouvi canções demais na minha vida. E uma letra de música cujo verso era assim: "o velho e o novo sentam na mesa de bar". Quem cantava era EGBERTO GISMONT. E me metendo com os livros, tenho nas estantes (não para esnobar), livros escritos há muitos anos e livros mais recentes.
De modo que em literatura, sempre estaremos em contato com o novo e velho. Eu não sou crítico literário, mas às vezes leio uma crítica literária. Me ajuda. Creio até que ajuda os novos escritores. Não digo nunca que um escritor tem valor ou não tem. Muitas vezes o leitor erra, dizendo que aquele artista da palavra é um picareta. Assim também o crítico literário condena ao limbo uma obra, que poderá ser redescoberta no futuro.
Não sei se estou indo no caminho certo. Discernir o verdadeiro do falso em literatura é muito difícil. Nem sei se é possível. Mas deixemos isso para os que se aprofundam muito mais.
Eu me detenho é no terreno do gosto. Mesmo porque não tenho uma fortuna para gastá-la com livros. E vou lendo o que posso, sinto um prazer imenso em ler.
E nas minhas estantes, na minha pequena biblioteca, novos escritores convivem com velhos escribas. Até logo.