NO AFÃ DE ESCLARECER

Escrevi um artigo que intitulei A ESCRITA E O SOCIAL. Pequei por não me alongar. Claro que nele não disse tudo sobre o prestígio que uma pessoa pode conseguir como escritor/escritora. A minha pretensão naquele artigo era me deter apenas no

prestígio que a escrita pode conseguir. Nunca me passou pela mente estar relacionado com pessoas as bem situadas na sociedade. Não digo que não possa acontecer com quem escreve. Se o escritor/escritora tem em mente frequentar, conseguirá, não é difícil. Mas, quanto ao prestígio puramente literário é bem mais difícil. E, este, não depende de maquinações, nem de movimentações políticas no seio do mundo editorial. No mundo editorial, se o autor/autora consegue prestígio: escreve que é uma maravilha, ou escreve que me seduz ou me emociona, certas facilidades ele/ela conseguirá.

Mas, o prestígio social enquanto escritor/escritora, não se deve ter em mente isto enquanto se escreve. Talvez eu não tenha me expressado bem.

O que eu considero escrita artística, está ao alcance dos escritores/escritoras. Mas no artigo a que me refiro, de minha autoria, eu deixei escrito que o autor/autora despenderá tempo. Pode ser que o seu capital inicial sejam outros livros que ele/ela consultará. A fim de tomar conhecimento de que recursos ele se utilizará.

Pode-se imaginar a partir do exemplo acima, que um livro de ficção que receberá a láurea de livro artístico dará trabalho na sua confecção. Daí pode ser que o livro resultante de muito trabalho seja arte. O prestígio que o autor/autora ganhará certamente advirá do resultado de tanto trabalho. O livro que ele/ela escreve assim, estará no mercado. Mas quem assegura que o autor estará frequentando as altas rodas, ou que estará se enriquecendo? Pensem nisso. Claro que o homem social é o homem que vive na sua sociedade.

Mas, nem por viver na sua sociedade, ele é sociável. Pode ser um DOM CASMURRO redivivo.

Aristides Dornas Júnior
Enviado por Aristides Dornas Júnior em 26/03/2023
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