Escrita e saúde mental
Escrever e fazer uma leitura leve pode auxiliar muito no dia a dia. É um processo de autoconhecimento: por meio da escrita, entramos em contato com as nossas emoções e conseguimos organizar os pensamentos, aliviando as tensões reprimidas. É uma ferramenta terapêutica acessível: basta ter uma folha e caneta, ou ainda um celular ou computador.
Quando escrevemos, encontramos uma forma de expressão, uma válvula de escape e respiro em meio ao caos. Transformamos em texto o que não conseguimos verbalizar. Por isso, é importante ter sempre por perto um caderno ou documento editável, para reunir ideias que surgirem.
Um lembrete: a escrita não é só dom, é treino. Indico começar aos poucos, tentando pequenos exercícios com as palavras. Escritos são gritos silenciosos mas que ecoam na alma. Não é necessário ter metas de páginas diárias ou compartilhar os textos com outras pessoas — é uma vivência sua. A palavra transforma e abre caminhos. Como escrevi no meu poema “Protagonista”: “Se for preciso, chora! Coloca pra fora. Anota, transborda. Só não vá embora de si”.
Nós temos o costume de pensar nas metas a alcançar, mas nem sempre lembramos dos passos que já demos, sejam grandes ou pequenos. Essas recordações nos fortalecem na jornada. Também podemos escrever sobre o que acreditamos, o que gostamos, nossos pontos fortes.
Quando comecei a ter acompanhamento profissional, consegui desenvolver ainda mais a minha criatividade, respeitar meus limites e me expressar de maneira mais assertiva. A escrita aliada à terapia pode potencializar os benefícios. “Saúde mental é coisa séria e deve ser cuidada. A mente pode ser nossa amiga ou nos armar uma cilada”, como recito no poema que faz parte do meu livro “Celebre a poesia que existe em você”. Pensemos em nós mesmos com um olhar generoso e gentil.
Artigo publicado no Jornal de Brasília
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