Histórias da Horta
Depois de um mês, aquela senhora de cabelos brancos e seu marido retornam à horta. Da primeira vez, ela contou que ele estava com dor nos rins, dificuldades para urinar e que “disseram” que cavalinha era “bom para isso”. Confirmei que se, de fato, o problema fosse esse, já havia comprovação científica de que a cavalinha poderia ajudar. Então ela me pediu um pouco da erva fresca. Sugeri ao seu marido que fosse ao médico e, que se quisesse, poderia comprar um pacote da erva desidratada na farmácia de manipulação.
Agora, ao retornar, ela me informou que seguiram as minhas sugestões, mas que o problema continua. Ele sente dores. Na frente do marido, ela explica que o médico mandou que ele tomasse 3 a 4 litros de água por dia, mas que ainda resistia. E o próprio paciente confirma que tem dificuldades para tomar água. Acostumou-se a não fazer isso e estava incomodado com a exigência. Agora sua esposa vinha com uma pequena folha santa (saião!). Alguém disse que “é bom”.
- A senhora tem esta?
Expliquei que não tenho confirmação de que “é bom”, e que no momento não tenho quantidade suficiente para atendê-los. Ofereci mais um punhado de ramas de cavalinha e de cana do brejo para fazerem dois litros de chá.
Comentou: “Disseram” que ora pro nobis é “bom” também.
- A arruda está bonita. Quanto lhe devo?
- Nada. É gratuito.
Foram embora!
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08/02/2023