A Igreja de Sardes

Introdução dos fatos

Capital da província romana da Lídia, região da Ásia Menor, Sardes distava cerca de 50km de Tiatira, abrigava um potente setor comercial e industrial, e era alimentada por cinco estradas romanas, as quais escoavam produtos industriais que usavam a lã como matéria-prima. Vários templos religiosos haviam nesse ambiente urbano, sendo que o culto à deusa Cibele era o mais destacado. Quanto ao culto do imperador, este não causava problemas à comunidade cristã da localidade.

Cibele era a esposa de Saturno e mãe de Júpiter; e o culto a essa deusa era recheado de orgia sexual e homossexualismo.

Filho de um tribuno da 13ª Legião romana, Caio Suetônio Tranquilo (69 a 141 d.C.), cidadão nascido em Roma, e que se dedicou às armas e às letras, escreveu a obra literária “Vidas dos Doze Césares”. O romano registrou que a maioria dos primeiros imperadores era homossexual, e que o imperador Júlio César “...era o homem de toda mulher e a mulher de todo homem.”

Enquanto isso, em sua obra “Sátiras”, o poeta e retórico Juvenal, nascido no ano 55 depois de Cristo, na cidade de Roma, revelou que o erotismo podre empesteava a sociedade romana com práticas abomináveis.

Atualmente, a prática sexual, homem com homem, vem crescendo assustadoramente com a introdução da Ideologia de Gênero na rede de ensino do Brasil, como de nações outras. Esta trabalha a mente da garotada imberbe para absorver a prática de comportamento condenável pela Bíblia Sagrada. Foi devido a esse abominável tipo de comportamento sexual que, por volta do ano de 2080 a.C., a fértil região do Vale de Sidim, composta pelas cidades de Sodoma, Gomorra, Admá, Zoar e Zeboim, foi divinamente bombardeada pelo fogo, enxofre e abalos sísmicos tão violentos, que a implodiu, a uma profundidade de 20 metros. Hoje, essa área ainda permanece ocupada pelas águas do Mar Morto. A sentença foi cobrada no seu devido tempo. Todavia, o ser humano é tão profano, que tenta viver como se o Deus Eterno não existisse (Levítico 20.13).

Enfim, a Ideologia de Gênero, joia da coroa das Treze Famílias da Sinagoga de Satanás (Apocalipse 3.9), também, tem como objetivo levar a população global a um estado de passividade tal, exatamente, para que esta não venha causar resistência alguma, quando um banqueiro judeu cabalista, de comportamento sexual andrógino, for estabelecido como governante único globalizado.

Apesar de edificada sobre uma colina quase inexpugnável, a cidade de Sardes foi tomada de assalto por tropas invasoras, em duas ocasiões, por fracassar em vigiar sua muralha protetora. Foi conquistada pelos persas do rei Ciro, no ano de 549 a.C., e em 218 a.C., por Antíoco III, imperador selêucida, que governou de 223 a.C. a 187 a.C.

Da dinastia Mermnada, Creso foi o último monarca da Lídia. Tornou-se um personagem rico e famoso, pelo fato de comercializar areia aurífera que extraía do Rio Pactolo. Preocupado em deter o avanço de tropas persas do rei Ciro II, o monarca de Sardes viajou para se consultar com a pitonisa guardiã do Oráculo de Delfos (Êxodo 22.18), e dessa deusa das trevas exteriores recebeu o conselho: “Se atravessares o Rio Halys (Hális), destruirás um grande império”, disse-lhe a pitonisa. Iluminado pelo GPS da divindade nefasta, firmou uma aliança militar com o Império Babilônio de Nabonido, com o Império Egípcio do faraó Amósis II e com o rei de Esparta. Derrotado na Batalha do Rio Hális, no ano de 549 ou 547 a.C., foi preso e seu império esboroou-se em fracasso.

Durante o período de 14 dias, soldados persas não conseguiram romper a barreira armada pelas tropas de Sardes, e assim ficaram sem conseguir achar uma entrada para a cidade protegida por um penhasco vertical de aproximadamente 500 metros de altura

Contudo, um certo dia, um guarda, por descuido, teve seu capacete despencado penhasco abaixo. E quando desceu a escarpa vertical para apanhá-lo, um espião persa observou o trecho íngreme que o soldado percorreu. Ao escurecer, os persas trilharam o caminho avistado, e assim tomaram a cidade de assalto.

E foi por conhecer esse detalhe, que, divinamente informado, ao dirigir a carta pastoral à igreja cristã local, seus membros foram exortados a serem vigilantes, para não deixar o capacete da fé despencar pelo despenhadeiro da idolatria e das orgias sexuais cultivadas pela comunidade. No Século XVII a cidade foi destruída por um violento terremoto.

Interpretação dos fatos

Comunidade cristã contaminada

A expressão joanina “sete espíritos”, contida na carta enviada à igreja cristã de Sardes, reflete uma linguagem sublimar que faz referência ao Espírito Santo, e a expressão “sete espíritos” se refere à autoridade de Cristo sobre a igreja, não somente à igreja local, mas sobre todas elas.

O rebanho local, o mesmo que membresia, tinha uma aparência de sadio, mas, na verdade, encontrava-se contaminado com costumes pecaminosos que haviam sido introduzidos por seus membros. Daí a repreensão divina de que essa igreja se encontrava morta, apesar de aparência de viva.

Essa comunidade cristã foi exortada a se arrepender de sua vida pecaminosa, a manter vigilância constante para não ser conquistada por tropas infernais, e a não manchar suas vestes brancas, caso desejasse caminhar diariamente ao lado de seu Senhor e Salvador.

O arrependimento traria a promessa de que o vencedor sobre o pecado seria divinamente recompensado com vestes brancas, que têm o significado de pureza e de vitória (II Coríntios 5.1,4; Daniel 7.9,13), e seu nome seria inscrito no Livro da Vida, como reinaria com Cristo ao longo da eternidade. E caso não se arrependessem, ao fim da jornada terrena seriam lançados nas trevas exteriores, onde o fogo nunca se apaga e o bicho nunca morre.

Culto à deusa Cibele

A comunidade de Sardes prestava adoração a Cibele, conhecida como “Mãe dos Deuses”, era uma deusa originária da Frígia, cujo culto era recheado de sexo e homossexualismo. No culto a Cibele, as mulheres, sem distinção alguma, deviam fazer um sacrifício sexual à deusa, e caso fosse casada e o marido protestasse, o protesto seria reputado como uma ofensa muito grave.

O culto pagão, não somente em Sardes, era recheado de idolatria, comida sacrificadas aos deuses, bebidas alcoólicas, danças sensuais e orgias sexuais. Nessa época de trevas espirituais, os antigos entendiam que os deuses eram os verdadeiros donos de seus bens e de suas propriedades, daí se afundarem em idolatria, sexo e práticas homossexuais, julgando que, com tais práticas, aplacavam a ira desses seres abomináveis.

Na segunda quinzena de março a cidade recebia devotos para as cerimônias festivas dedicadas ao casal padroeiro Átis e Cibele. O tronco de um pinheiro, tido como sagrado, após ser envolto com tecido negro, para simbolizar a morte do deus Ápis, era transportado em procissão ao templo da deusa Cibele. No dia seguinte, tinha início os festejos para comemorar a ressurreição do deus padroeiro da comunidade. No templo da deusa da fertilidade eram realizados excessos sexuais, os quais eram tidos como sacrifício oferecido ao casal de deuses nefastos. Nesse templo, as jovens mais ricas e mais belas serviam com sacerdotisas sagradas, daí o culto ser adornado com orgias sexuais e homossexualismo desenfreado (Levítico 19.29).

Numa sociedade degenerada, os apetites sexuais eram uma normalidade, a cobiça era uma constante, os nascimentos decresciam, os casamentos se tornaram uma coisa incomum, o lar tornou-se um ambiente de concupiscência, e o divórcio crescia enormemente.

Muitos foram os intelectuais desse período histórico que protestaram contra a corrupção sensual reinante. Plutarco defendeu o regulamento do matrimônio; Ovídio condenou a prática do aborto, como também o fizeram Tácito, Epiteto e Sêneca.

A comunidade cristã de Sardes sofreu muito com esse ambiente de pecaminosidade, pois, muitos foram aqueles que enlamearam suas vestes brancas no templo da deusa da sexualidade irrestrita. Substituíram Jesus por Cibele. E o autor do livro do Apocalipse registrou que as vestes enlameadas eram avistadas por Jesus de Nazaré, aquele que se diz as sete estrelas e os sete espíritos do Senhor o Todo-poderoso. E sua advertência foi clara: “...o que vencer será vestido com vestes brancas”, uma linguagem subliminar para simbolizar estado de pureza espiritual.

Conclusão dos fatos

Sardes não ficou somente no passado, também, está aqui e agora. Conforme matéria de O Jornal Batista de 28 de julho de 1991, o pastor José dos Reis Pereira resumiu um relatório a respeito da sexualidade masculina que, após a assembleia anual da Convenção do Sul, seria apresentado à Presbyterian Church dos Estados Unidos. No documento constava a ordenação de ministros homossexuais, sexo antes do casamento para jovens, e sexo livre para adultos, solteirões e viúvos.

Um jovem lhe havia dito que, em sua igreja, cerca de seis casamentos foram celebrados nos últimos meses de 1991, nos quais as noivas se encontravam grávidas, e se casaram de véu e grinalda.

Em uma pesquisa que realizou, quando preletor em um congresso de jovens, o pastor batista, Paulo Solonca, observou que cerca de 60% dos jovens evangélicos defenderam relação sexual antes do casamento. Também, informou que, em uma pesquisa efetuada pela Junta de Mocidade da Convenção Batista Brasileira (JUMOC), 9% dos jovens evangélicos se posicionaram a favor do sexo pré-marital, e que 6,5% apoiavam a prática do aborto.

Ainda, certo jovem empresário, filho de pastor, que por muitos anos pertenceu a uma igreja evangélica, contou a Samuel Barreto que muitos jovens de sua denominação costumavam manter relações sexuais com jovens da mesma igreja, pois, segundo esses jovens, as irmãs deviam satisfazer sexualmente os irmãos, e que essa prática não era pecado.

Nosso adversário, o Diabo, vive dia e noite tentando encontrar uma brecha em nossa encosta espiritual, e o faz para tomar de assalto nossa fortaleza inexpugnável. E devido a essa falta de vigilância, muitas têm sido as posições espirituais tomadas de assalto por hordas infernais comandadas por Satanás.

Em uma evangélica da Zona Sul do Rio de Janeiro, registrou Samuel Barreto, após o culto, costumava afastar o mobiliário para transformar o ambiente sagrado em discoteca alimentada pelo som de música rock. E muitas são as denominações, de variados matizes, que estão substituindo a pureza do Evangelho pelas orgias da deusa Cibele, o que é lamentável.

Questionário dos fatos

1.A comunidade cristã de Sardes substituiu Cristo por Cibele?

Infelizmente, uma grande parte da membresia cristã abandonou sua posição em Cristo para se envolver com o pecado no templo de Cibele, a deusa frígia da prostituição.

2.Qual foi a mensagem do Senhor Jesus Cristo a essa igreja?

Sua mensagem exigiu arrependimento e manter suas vestes brancas, condição única para que recebessem a honra de governar, com ele, ao longo da eternidade. E aqueles que preferiram se vender aos encantos da deusa Cibele, após a partida terrena, jamais veriam o Sol nascer.

A Igreja de Sardes

Apocalipse 3.1-6

Florianópolis, Santa Catarina, 13.02.1994, 08.12.2011, 22.08.2022

Fonte: Vida eterna, volume II

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RNF Cerqueira
Enviado por RNF Cerqueira em 23/08/2022
Reeditado em 11/10/2023
Código do texto: T7589003
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