O Trono Branco

Introdução dos fatos Apocalipse 20.1-3

As trevas serão banidas

Numa ordem cronológica de fatos escatológicos registrados nas páginas da Constituição Divina, a Bíblia Sagrada, e aqui mencionados nesta obra literária, teremos, logo, logo, o Arrebatamento (I Tessalonicenses 4.13-18), que, numa linguagem militar, será a remoção de cidadãos do ambiente terreno, antes que ocorra um bombardeio divino sobre aqueles que forem deixados para trás. Em seguida, ocorrerá uma ação divina comparada ao Desembarque Aliado nas praias da Normandia, no chamado Dia D, que se deu em 6 de junho de 1944.

No segundo após o Arrebatamento, terá início a Grande Tribulação para a comunidade global; esta, a ser comandada por um banqueiro cabalista, gestor de um reino único planetário, politicamente conhecido como Nova Ordem Mundial, e cuja duração será de 7 anos de terror (Daniel 9.27).

A Grande Tribulação terá seu final com a vinda de Jesus de Nazaré, que virá para tomar posse do planeta esbulhado pelo Homem do Pecado. Na gestão do Embaixador Divino, que será de extensão global, o planeta Terra começará a ser restaurado, e sua administração terrena irá durar mil anos (Apocalipse 20.1-3).

Esses fatos cronológicos, finalmente, terão seu ocaso com o Trono Branco, o qual será comandado por Aquele que foi crucificado, que ressuscitou dentre os mortos, que ascendeu ao Céu, e que virá para condenar, à perdição eterna, a todo aquele que vive como se o Eterno não existisse. De maneira que, finda a consumação da Criação e da Redenção, terá início a Eternidade.

Quando do início e fim do Milênio, somente aqueles seguidores de Jesus de Nazaré, mortos durante a Grande Tribulação, irão ressuscitar; isso, para que possam reinar com Cristo ao longo de sua gestão milenar (I Coríntios 15.42).

Enquanto uns irão deixar a tumba úmida para reinar, Satanás e seus anjos decaídos serão aprisionados por um agente divino, e na prisão permanecerão durante todo o período milenar.

Esse ser angelical virá revestido de poder e autoridade suficiente para prendê-lo, para encarcerá-lo e para colocar um selo na prisão, e assim garantirá segurança total ao ambiente carcerário.

Os justos ressuscitados serão aqueles seres humanos que serão executados pelo Messias Andrógino durante o período da Grande Tribulação (Apocalipse 20.4b). Esses humanos, ao ressuscitarem, irão receber um corpo incorruptível, e participarão do governo do Messias, como juízes (Apocalipse 20.4a; Filipenses 3.20-21).

Ao terminar a gestão milenar, o Eterno irá permitir que Satanás e seus Anjos Decaídos deixem a prisão, por um curto período de tempo; e, uma vez livres, passarão a fazer aquilo que é sua especialidade maléfica – mentir, enganar, matar, roubar e destruir.

Nesse curto período de tempo, Satanás fará uso de sua lábia para arrebanhar multidões de humanos na última e decisiva batalha, na qual julga sair vitorioso para se tornar senhor de tudo e de todos; esse sempre foi e continua sendo seu único sonho; o sonho de um derrotado que nunca se firmou na verdade (Apocalipse 20.7-9).

Durante o período de 3 anos e meio, Judas Iscariotes conviveu com seu Mestre, o Senhor Jesus de Nazaré; e, com seus olhos, contemplou inúmeras maravilhas que se processaram pelas mãos de seu Mestre. Todavia, apesar de participar de toda essa experiência sem par, não pestanejou em vender seu senhor por 30 míseras moedas de prata, preço equivalente ao valor de uma jornada diária de trabalho.

A exemplo de Iscariotes, muitos humanos que atravessarem o Milênio, e que contemplarão a gestão terrena do Messias, também, apesar das inúmeras maravilhas que o Enviado divino fará, irão cair na lábia do Diabo, para engrossarem suas fileiras infernais.

Nesse curto período de tempo, Satanás, dando asas a seus sonhos de dominação irrestrita, irá comandar um numeroso exército de rebelados, e marchará contra Jerusalém, a capital do reino do Messias prometido pelas Sagradas Escrituras, mas será fulminado pelo poder que emanará do Eterno.

Nessa batalha final, o Senhor Jesus Cristo fará uso de um potente armamento que lançará fogo para devorar as tropas invasoras. Mais uma vez derrotado, Satanás, seus Anjos e Humanos rebelados serão relegados ao sofrimento eterno, conhecido biblicamente como segunda morte (Apocalipse 20.10).

Finalmente, o Eterno irá estabelecer o chamado Trono Branco, em ambiente terreno, e dará início ao Juízo Final. Ante esse tribunal divino comparecerão todos os humanos ímpios, na condição de réus, desde Adão até esse dia, não, para serem julgados, mas, para conhecerem o teor da sentença condenatória; e não haverá apelação alguma, porquanto rejeitaram o perdão divino que lhes foi gratuitamente ofertado pelo Cordeiro de Deus pendurado no madeiro (Apocalipse 20.11). O Tribunal de Cristo será infalível, inflexível e sem apelação, porquanto a sentença dada será a última.

Aqueles humanos que tiverem seus nomes inscritos no Livro da Vida, de seu Senhor ouvirão a mensagem: “Vinde, benditos de meu Pai, possuí por herança o reino que vos está preparado desde a fundação do mundo”; e os que tiverem seus nomes inseridos no Livro da Morte, do Juiz divino receberão a informação: “Apartai-vos de mim, malditos, para o fogo eterno, preparado para o Diabo e seus anjos (Mateus 25.34,41).”

Nessa ocasião, um decreto divino será emitido para dar cabo à morte física; este, o último inimigo a ser derrotado (I Coríntios 15.26). Após esse decreto, não mais haverá morte alguma.

Com o término do grande Trono Branco, símbolo de pureza absoluta, e cuja duração não tem sido mencionada, será consumado o século da Criação e da Redenção, e terá início a Eternidade.

Findo o Julgamento Final, o planeta Terra sofrerá uma radical transformação física, efetuada pelo Eterno, de maneira que não mais haverá raiz de maldade nem gérmen algum de destruição (Apocalipse 22.3-5).

O destino de justos e injustos

O humano pecador que aceita a Jesus Cristo como o Messias prometido pelas Escrituras, após a morte física, será contemplado com a Coroa da Justiça, conforme a promessa de seu Senhor e Salvador contida no Evangelho de Mateus (Mateus 25.31-34).

Pelo fato de haver aceitado a promessa de perdão de uma dívida contraída em seu passado pecaminoso, o pecador arrependido não será julgado por um tribunal divino, porquanto será justificado pelo Eterno (João 5.24).

Conforme padrão divino, todo humano que cravar as estacas de sua fundação sobre a Rocha Eterna, que é Jesus de Nazaré, ao falecer, irá se tornar cidadão do reino celestial; e, portanto, não passará por ambiente de purgação, nem tampouco por processo de reencarnação, como criminosamente ensina a Maçonaria, o Romanismo, o Budismo, o Espiritismo e demais correntes religiosas ocultistas (Lucas 16.19-31).

E todo aquele que não acatar a oferta divina de perdão, encontra-se em estado de rebelião; e, no momento de sua partida terrena, como salário pelo trabalho que prestou ao pecado, padecerá perdição eterna (Romanos 6.23).

Segundo a Justiça divina, com a morte física esgota-se toda e qualquer oportunidade de perdão de dívida; ou seja, não haverá mais possibilidade de arrependimento, de perdão, de salvação, de resgate eterno (Lucas 13.5).

Assim, aquele que rejeitar o resgate de dívida, gratuitamente ofertada por Jesus de Nazaré, ao partir de sua jornada terrena, jamais poderá ser perdoado, e responderá, ante o tribunal divino, pelos crimes que cometeu (João 3.36).

Totalmente destituído de princípios bíblicos, porém, cheio de filosofias criadas por sua capacidade mental, o ícone religioso nipônico Shoko Asahara doutrinou seus seguidores, da Verdade Suprema Aum, com ensinamentos de que o fim do mundo iria ocorrer entre os anos de 1997 e 2000, e que esse fim viria por meio de uma gigantesca nuvem de gás sarin que mataria a todos os habitantes do planeta, com exceção dos adeptos de seu movimento religioso.

Então, iluminados por uma aura nebulosa, na manhã do ensolarado dia 20 de março de 1995 a nação japonesa ficou estarrecida com o surgimento do perigoso gás sarin no Metrô de Tóquio. Apesar do material haver sido descoberto a tempo, mesmo assim o gás venenoso chegou a matar 10 pessoas e contaminar mais de um milhar de outras. A ação terrorista foi desencadeada por seguidores de Shoko.

O famoso Thomas Scott (1746-1824), antigo presidente da Câmara Alta britânica, em sua partida terrena enfatizou :

“Até este momento pensei que não havia nem Deus, nem Inferno. Agora sei e sinto que ambos existem e estou entregue à destruição pelo justo juízo do Todo-Poderoso.”

Interpretação dos fatos Apocalipse 20.7-15

O livro do Apocalipse é uma obra literária que tem o formato de uma carta, de um drama, de uma profecia ou de uma revelação que penetra nas profundezas da fé cristã para expor ao mundo a vitória do Cordeiro de Deus sobre o pecado, sobre a morte, sobre o inferno, sobre o Diabo. Nos dias do discípulo João, filho de Zebedeu, “a literatura apocalíptica” era muito popular entre gentios e judeus desse período histórico.

Esse movimento apocalíptico surgiu tão logo ocorreu o declínio de profetas veterotestamentários, e vigorou durante três séculos, do segundo século antes de Cristo ao primeiro século depois de Cristo. Tanto que os escritos dos 4 Evangelhos do Novo Testamento expressam um forte conteúdo apocalíptico.

Geralmente, esse tipo de escrito sempre surgiu em um período de perseguição política, ou religiosa, ou de derrota no campo de batalha.

O livro do Apocalipse foi escrito no ano 95 d.C., durante a gestão do imperador romano de nome Tito Flávio Domiciano (24.10.51 a 18.9.96), que, por ser uma pessoa devota aos deuses do panteão greco-romano, mandou construir templos, e estes ostentavam o seu nome. Em sua gestão infame, os cristãos foram duramente perseguidos e executados, pelo simples fato de se recusarem prestar culto de adoração ao imperador romano.

Foi durante sua gestão que João, filho de Zebedeu, pescador e discípulo de Jesus Cristo, já em idade avançada, foi exilado na Ilha de Patmos para trabalhar na extração de rochas. Seus escritos tiveram a função de exortar os cristãos a permanecerem firmes na fé em Cristo, ante a ameaça de adoração aos deuses.

O filho de Zebedeu registrou que, por ocasião da vinda do Nazareno, para estabelecer o Milênio, um ser angelical, munido de todo o poder celestial irá aprisionar o Diabo e a seus agentes terroristas, e encerrá-los no Poço do Abismo, onde permanecerão por mil anos, para que não possam enganar os habitantes do planeta durante a gestão terrena do Cordeiro de Deus.

E uma vez findo o Milênio, Satanás e seus Anjos decaídos serão postos em liberdade, isto, por um curto período de tempo, podendo ser por alguns dias, semanas ou meses. Nessa ocasião, esses seres demoníacos deverão provar a fé daqueles que viveram durante o Milênio, como o fizeram com Eva no Jardim do éden. E muitos serão atraídos pela lábia de Satanás (Apocalipse 20.1-3).

Por ocasião do Milênio haverá duas ressurreições de seres humanos justos. A primeira, no início, daqueles que foram executados durante a Grande Tribulação, por permanecerem firmes na fé em Cristo Jesus; e a segunda, ao final do Milênio (Apocalipse 20.4,5).

Conclusão dos fatos

Finda a curta soltura de Satanás e de seus Agentes de destruição, esses seres malignos serão novamente aprisionados e lançados no Inferno definitivo (Apocalipse 20.7-10). E uma vez banidos para uma eternidade sem volta, será estabelecido o Trono Branco, tendo o Cordeiro de Deus como gestor do Tribunal Divino. A esse infalível Tribunal comparecerão todos os humanos ímpios, desde os dias de Adão a esse dia glorioso, após ressuscitarem da tumba úmida, apenas, para que tomem conhecimento da sentença condenatória, pelo simples fato de viverem como se o Deus Eterno não existisse.

De pé, postados diante do Juiz Supremo, ímpios ressuscitados terão seus nomes verificados se constam nos livros de registros divinos, antes de serem lançados no Inferno definitivo, onde o bicho nunca morre e o fogo nunca se apaga (Apocalipse 20.11-15). A Morte e o Hades tipificam estado de rebelião da Criatura para com seu Criador (Mateus 25.41).

Com o término do Trono Branco, terá início a Eternidade, quando justos passarão a viver em constante contato com seu Criador, fato que assemelha o contato diário que Adão mantinha com seu Criador, até o dia em que caiu em desgraça (Gênesis 3.8-10).

Questionário dos fatos

1.Quanto tempo irá durar a curta soltura de Satanás e de seus agentes de destruição?

A Bíblia Sagrada não revela nada a esse respeito, se a duração será de dias, semanas, meses ou anos.

2.O que o Diabo e seus demônios farão durante esse curto tempo de soltura?

Assim como Adão e Eva foram testados pela Antiga Serpente e fracassaram, humanos desse período, também, serão testados pelo Adversário, e muitos cairão em sua lábia endiabrada.

3.Os justos comparecerão ante o Grande Trono Branco?

Não. Trono Branco é para ímpio, que a ele comparecerá, não para ser julgado, mas, para que tome conhecimento da sentença condenatória. E não será julgado, nessa ocasião, porquanto já foi, anteriormente, pelo fato de não reconhecer a Jesus de Nazaré como seu único senhor e salvador (João 12.57,48).

4.Qual a diferença entre justos arrebatados e justos ressuscitados?

Os Justos Arrebatados reinarão com Cristo ao longo do Universo, enquanto Justos Ressuscitados reinarão sobre o planeta Terra restaurado, uma semelhança ao que ocorreu com Adão e Eva, antes de fracassarem.

Vida eterna - volume 2

Apocalipse 20.7-10

pr. Raimundo Nonato Freitas de Cerqueira

Florianópolis, Santa Catarina, Brasil, 16 de julho de 2022.

Ainda não editada nem revisada

RNF Cerqueira
Enviado por RNF Cerqueira em 16/07/2022
Reeditado em 01/09/2022
Código do texto: T7561100
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