Segunda viagem missionária
Segunda viagem missionária
Introdução dos fatos Atos 15,16,17,18
Após retornarem a Antioquia, cidade da Síria, após a Primeira Viagem Missionária, Paulo e Barnabé encontraram a igreja cristã local contaminada com a imposição de que os gentios amembrados deviam se submeterem à circuncisão do prepúcio e às práticas da Lei de Moisés, como condição de salvação eterna, e isso os deixou enfurecidos.
Para sanar a crise espiritual que contaminou o rebanho com a imposição introduzida por fariseus que haviam abraçado o Cristianismo, a liderança religiosa local enviou Paulo, Barnabé e líderes outros para tratar da questão junto à igreja mãe de Jerusalém, a qual era administrada por Tiago, filho de José e Maria.
Ao passar por cidades da Síria, da Galileia e de Samária, a dupla missionária narrou as atividades que haviam desenvolvido nas cidades da Galácia. E quando apóstolos e anciãos convocaram o Concílio de Jerusalém, as duas grandes questões eram se os gentios deviam se submeter à fé cristã, ou serem obrigados à circuncisão e à Lei de Moisés.
Após as tratativas que se processaram, ao final dos trabalhos, Tiago tomou a palavra para informar que o gentio cristão estava isento de se submeter a essas exigências judaicas, todavia, devia se abster de alimentos sacrificados a ídolos, cultivar fidelidade no casamento, como evitar vícios sexuais, uma prática comum a povos pagãos.
Ao retornarem a Antioquia, Paulo, Barnabé, Silas e demais autoridades eclesiásticas entregaram à igreja cristã, local, uma cópia da Ata lavrada sobre as decisões tomadas pelo Concílio de Jerusalém, realizado no ano 50 da Era Cristã.
Interpretação dos fatos
Visita às igrejas da Galácia Atos 15.36-41 e 16.1-4
Pouco tempo depois, Paulo e Barnabé planejaram visitar a região da Galácia, pois, desconfiavam que fariseus cristãos costumavam visitar igrejas da região exigindo obediência à Lei de Moisés e circuncisão do prepúcio, como condição de vida eterna.
E quando Barnabé mencionou que gostaria de levar consigo seu primo João Marcos, Paulo recusou seu intento, pelo fato irresponsável deste os haver abandonado anteriormente na cidade de Perge, como também estava receoso de que Marcos, por ser um judeu, poderia não se misturar com gentios cristãos. Barnabé, ao romper com Paulo, pegou seu primo e embarcaram para a Ilha de Chipre.
Ao escolher a Silas, que também tinha cidadania romana, Paulo montou o roteiro que fariam às igrejas que havia, juntamente com Barnabé, abertas anteriormente. Após recomendados, abençoados e financiados pela igreja cristã de Antioquia, os missionários deixaram a cidade síria e seguiram, por terra, para Tarso, na região da Cilícia, visitaram os membros da igreja, deixaram uma cópia da decisão tomada pelo Concílio de Jerusalém, atravessaram a Cordilheira de Taurus, no trecho denominado Portas Cicilianas, e chegaram a Derbe. (p.116)
Na igreja cristã da localidade, os missionários organizaram a membresia, a doutrinou, deixou uma cópia da Ata do Concílio de Jerusalém e seguiram para Listra, onde visitaram a igreja cristã estabelecida, a organizaram, doutrinaram a membresia, como deixaram uma cópia da Ata do Concílio.
Nessa cidade, Paulo se encontrou com o jovem Timóteo, filho de pai grego, de mãe judia, Eunice, e de avó judia, Lóide, ambas convertidas ao Cristianismo. De acordo com a Lei de Moisés, a judia Eunice não podia se casar com um gentio, porque seus filhos e filhas seriam considerados incircuncisos, o mesmo que seres imundos.
Apesar de Timóteo ser um judeu de boa reputação junto à comunidade de Listra e de Icônio, Paulo o levou a se circuncidar, pois, havia planejado que o jovem o acompanhasse na obra missionária. Acompanhados de Timóteo, os missionários seguiram viajando, por terra, ensinando nas igrejas abertas anteriormente, deixando uma cópia da Ata do Concílio, e assim chegaram a Icônio e Antioquia da Pisídia, onde passaram algum tempo.
A partir de algum momento Paulo tomou a decisão de seguir para a região da Bitínia, mas foi divinamente orientado a que fossem para a região litorânea de Trôade, uma colônia romana. Nela, o médico grego Lucas se juntou ao grupo missionário.
Paulo na Macedônia Atos 16.11-40
E após receber a visão de levar a mensagem do Evangelho ao povo da Europa, Paulo e sua equipe embarcaram em um navio e velejaram em direção à Samotrácia, e em seguida desembarcaram no porto de Neápolis, uma cidade da Macedônia, que ficava 130 milhas náutica de Trôade. Por terra, percorreram 14 quilômetros e chegaram a Filipos, que era uma colônia romana. O nome da cidade foi dado em honra ao rei Filipe, pai de Alexandre Magno. Essa cidade era banhada pelo Rio Gangites, e em suas terras eram exploradas minas de ouro.
A população aumentou substancialmente com a chegada de enormes contingentes de colonos romanos para cultivar o solo, explorar minas de metais preciosos e fomentar o comércio da localidade, uma decisão tomada após a Batalha de Filipos, travada no ano 42 a.C., na guerra civil entre os generais Marco Antônio e Otaviano Augusto contra os generais Bruto e Cássio.
Nessa época de trevas, a cidade de Filipos, que se tornara colônia romana com governo autônomo, havia dois tipos de pessoas, o senhor e o escravo, este, comprado no mercado. Nesse ambiente urbano havia uma jovem escrava que incorporava um espírito adivinhador, e assim dava muito lucro a seus senhores.
Depois de vários dias seguindo os passos do quarteto missionário, a vidente costumava chamá-los de “servos do Deus Altíssimo” que anunciavam a mensagem da salvação. Voltando-se para a jovem ocultista, Paulo ordenou que o espírito imundo, que ocupava seu corpo e sua mente, saísse dela, e a médium ficou liberta da escravidão espiritual.
Vendo que sua escrava havia perdido o espírito de adivinhação, e que essa foi a causa da perda de seus lucros, seus senhores acusaram a Paulo e Silas de haverem destruído a jovem que a explora comercialmente. Presos e conduzidos à praça principal da cidade, os missionários foram acusados pelo magistrado governante romano.
As vestes dos acusados foram rasgadas, seus corpos foram acoitados com varas, e em seguida metidos na prisão. O quarteto missionário costumava se dirigir ao rio que banha a cidade para estar em intercessão e comunhão com o Criador. E foi durante esse percurso diário, de ida e vinda, que a jovem pitonisa se manifestava ao grupo missionário.
É sabido que o espírito de Apolo Pitoniano costumava se corporificar em uma serpente no Santuário de Delfos, na Grécia Antiga. Esse deus-serpente costumava ministrar oráculos a sacerdotisas, e essa jovem escrava devia ter sido treinada, por mestres ocultistas, para consultar espíritos adivinhadores.
Exatamente à meia-noite, quando a dupla missionária orava, houve uma intervenção divina, e um abalo sísmico abriu as portas da prisão, os grilhões que prendiam os prisioneiros se soltaram de suas mãos e pés, e os prisioneiros foram postos em liberdade.
Ao ver os prisioneiros em liberdade, o Carcereiro puxou da espada para se matar, momento em que o apóstolo Paulo, em voz alta, bradou que não fizesse isso. Ante o testemunho dos missionários, o Carcereiro e sua família aceitaram a Jesus de Nazaré como único Senhor e Salvador.
De acordo com leis criadas pelos romanos, Valeriano e Porciano, nos anos 509 a.C. e 195 a.C., nenhum cidadão romano, podia ser açoitado nem crucificado. Mas Paulo e Silas, que eram cidadãos romanos, não fizeram uso dessa lei para incriminarem aquelas autoridades que autorizaram suas prisões e açoites públicos.
Em seguida, o grupo missionário se dirigiu à residência de Lídia para ministrar a mensagem de vida eterna a um grupo de conversos que costumava se reunir.
Lídia era uma empresária de sucesso da cidade de Tiatira, da Ásia Menor, a atual Turquia, que costumava empreender viagens a várias regiões, onde negociava vestes escarlate à nobreza dominante.
Viajando pela estrada Egnatia, que ligava Dirraquium, a oeste, a Neápolis, a leste, os pregadores chegaram a Anfípolis, que distava 53km de Filipos, e em seguida viajaram mais 48km para chegar a Apolônia. Dias depois, seguiram para Tessalônica, que distava cerca de 59km.
O nome original dessa cidade era Terme, sendo alterado em 315 a.C. pelo general Cassandro, em honra a sua esposa, que era meia-irmã de Alexandre. Com a morte desse imperador macedônio, seu vasto império foi dividido entre seus mais famosos comandantes de tropas, e ao comandante Cassandro coube a região da Macedônia e da Grécia.
Durante o período de 3 sábados consecutivos, como era seu costume, o apóstolo Paulo se dirigiu à sinagoga da localidade, e apresentava a Jesus de Nazaré como o Messias prometido pelas Escrituras Sagradas. Todavia, como a liderança religiosa judaica devia comandar uma filial da Loja Central de Jerusalém, começou a incitar a ralé da comunidade contra o trabalho do quarteto missionário.
Como a turba liderada pelo chefão religioso judaico não encontrou os pregadores do Evangelho, para matá-los, furiosos, atacaram a residência de Jáson, hospedeiro dos missionários, o prenderam e o entregaram às autoridades romanas para ser penalizado.
Entretanto, para livrar os pregadores de serem mortos pela liderança religiosa judaica da Maçonaria, ao anoitecer, conversos tessalônicos enviaram Paulo e Silas para a Bereia, viajando por terra, que ficava 80km distante, uma região bastante isolada, onde foram bem recebidos.
Paulo se apresentou na sinagoga bereana, e muitas mulheres gregas da comunidade abraçaram o Cristianismo. E quando a notícia circulou pelas redondezas, e a liderança judaica maçônica de Tessalônica tomou conhecimento do expansionismo cristão, aí é que endoidou de vez. Apressadamente, a corja judaica seguiu para Bereia no firme propósito de matar os pregadores do Evangelho.
E quando o serviço secreto cristão tessalônico tomou conhecimento do fato, e a mensagem chegou a bereanos conversos, estes, apressadamente, escoltaram a Paulo, por este ser o alvo principal da súcia maçônica judaica, até a cidade grega de Atenas. Posteriormente, Silas, Timóteo e Lucas se juntaram a Paulo nessa cidade grega.
Paulo na Grécia Atos 17 e 18.12-17
A partir do Quinto Século antes de Cristo, Atenas era o centro cultural e intelectual do mundo antigo, cidade que deu ao mundo artistas imbatíveis na escultura, literatura e oratória, e Sócrates, Platão, Aristóteles, Zenão e Epícuro se tornaram personagens famosos na filosofia. Enfim, era a sede da mais famosa universidade de então.
Nos dias de Paulo, Atenas era uma cidade livre com um governo autônomo, sendo a autoridade exercida pelo Areópago, o mesmo que Corte Suprema de justiça. Circulando pelas ruas desse centro urbano, Paulo ficou grandemente entristecido, ao contemplar uma enorme quantidade de estátuas erguidas ao panteão de deuses.
Durante o tempo que permaneceu na cidade, diariamente anunciava a mensagem da cruz ao povo grego reunido na Ágora, o mesmo que praça da comunidade, e na sinagoga evangelizava o povo judeu, que o recebeu com mansidão. Era costume de famosos filósofos gregos se apresentarem, na Ágora, para se dirigirem ao povo. E foi nela que Paulo se encontrou com alguns filósofos estóicos e epicureus, desejosos de conhecerem a mensagem que anunciava.
Fundada por Zenão, no Século IV antes de Cristo, a Escola Estóica ensinava que o Logos, o mesmo que a Razão, aquela mesma endeusada por enciclopedistas franceses que alimentaram a Revolução Francesa. Segundo ensina a filosofia estóica, cada ser humano carrega consigo uma fagulha do Logos, porém, essa centelha retorna para o mundo da alma.
Por sua vez, fundada por Epícuro, nesse mesmo Século, a Escola Epicureia ensinava “que os deuses se preocupam” com as atividades exercidas pelos seres humanos, e que, quando da morte, não haverá sobrevivência da alma, pois, retornava ao mundo dos átomos.
E quando esses filósofos estóicos e epicureus ouviram Paulo ensinando diariamente na Ágora, entenderam que o judeu cristão propagava deuses estranhos, razão pela qual conduziram Paulo ao Areópago, a assembleia judicial ateniense, situada em uma colina a oeste da Acrópole.
No Areópago eram tratados assuntos relacionados a leis, homicídio, imoralidade, religiosidade, como também mantinha uma “relação oficial com a educação” da comunidade.
Então, Paulo foi convidado, por esses filósofos, a se apresentar no Areópogo, pois, queriam extrair mais informações a respeito de seus ensinamentos doutrinários. Em seu discurso histórico, Paulo se baseou na apologia judaica helenista, focando seu alvo no Deus Desconhecido, aquele que os atenienses acreditavam existir.
O missionário judeu apresentou a pessoa do Deus Eterno como um ser único e criador do Universo maravilhoso, condenou o panteão da idolatria que cultivavam, ministrou que a partir da criação do primeiro casal humano o planeta Terra passou a ser povoado, e que o ser humano deve viver em comunhão constante com seu Criador.
E para alcançar essa comunhão, o ser humano precisa se arrepender de seus erros para alcançar uma nova revelação, esta, por meio de um Enviado divino, e que a prova de sua nomeação judicial reside no fato desse personagem haver ressuscitado dentre os mortos. Ao mencionar a ressurreição do corpo, um grupo de epicureus zombou do orador, porquanto não acreditavam na vida após a morte física.
A adoração dos atenienses aos deuses do panteão greco-romano era tão marcante que, em suas andanças pelo ambiente urbano de Atenas, Paulo se deparou com altares dedicados a vários deuses, e até mesmo um altar dedicado ao “Deus Desconhecido”. Em seu discurso, Paulo apresentou a estóicos e a epicureus, que o senhor Jesus de Nazaré era o Deus Desconhecido que os gregos cultuavam.
Ao terminar sua mensagem, dentre a plateia de ilustres presentes ao Aerópogo, alguns gregos aceitaram a mensagem do Evangelho, e dentre esses intelectuais, uma mulher de nome Dâmares, como Dionísio, um dos membros do Aerópago. Segundo Eusébio de Cesareia, Dionísio se tornou o primeiro bispo da igreja cristã de Atenas.
Paulo em Corinto Atos 18.1-11
Após Paulo deixar apressadamente a cidade macedônia de Bereia e seguir para a cidade grega de Atenas, poucos dias depois, Silas e Timóteo se juntaram a seu companheiro missionário. Supõe-se que, em Atenas, Paulo escreveu uma de suas cartas à igreja cristã de Tessalônica, e esta foi levada por Timóteo ou por Silas. Depois, Paulo seguiu para a cidade grega de Corinto, para estabelecer, nela, uma igreja cristã.
Quando os romanos começaram a expandir seus domínios, legiões comandadas pelo general Lúcio Mummius Acaico, em 146 a.C., invadiram a cidade de Corinto e a destruiu. Décadas depois, o imperador romano, Júlio César, reconstruiu a cidade, a embelezou e lhe deu a condição política de colônia, residência oficial do procônsul romano, e capital da província senatorial de Acaia, o mesmo que Grécia.
Corinto centralizava o “comércio entre o Oriente e Ocidente” por meio de Lechaeum, porto situado no Golfo de Corinto, e de Cencreia, porto localizado no Golfo de Sarona. A carga marítima descarregada nesses portos era transportada para ser consumida pelo comércio da cidade de Corinto, através do Istmo de Corinto. Esse comércio marítimo facilitava a circulação de povos estrangeiros, como gerava muita riqueza para essa sociedade grega.
Essa cidade grega abrigava templos dedicados a Afrodite, a Ísis, a Serápís, a Magna Mater e a Melcarte, como cultivava a promiscuidade sexual praticada em templos dedicados a um panteão de deuses.
Segundo Estrabão (63 a.C. a 23 d. C.), que era cidadão grego, historiador, escritor, geógrafo e filósofo, registrou que, em Corinto, funcionavam um suntuoso templo dedicado à deusa Afrodite, o qual era assistido por mil donzelas, escolhidas pela beleza, riqueza e posição social, as quais se apresentavam totalmente nuas para manterem relações sexuais com qualquer homem que se apresentassem no ambiente religioso.
Nessa sociedade de densa escuridão pecaminosa, entendiam os gestores que os deuses eram os verdadeiros donos de seus bens e propriedades e, que, para agradá-los, era preciso sacrificar a virgindade das donzelas para agradá-los.
E foi por causa do estado de promiscuidade sexual dessa comunidade, que, pouco tempo depois, o apóstolo Paulo dirigiu à igreja cristã dessa cidade, cerca de quatro cartas apostólicas, aconselhando seus fiéis a não se contaminarem sexualmente com os costumes pecaminosos nela praticados.
Ao chegar a Corinto, vindo de Atenas, o apóstolo encontrou o casal Priscila, uma cristã romana, e Áquila, judeu cristão, que haviam sido expulsos de Roma pelo imperador Cláudio. Esse trio cristão era constituído por profissionais fabricantes de tendas de couro, um produto muito procurado naqueles dias. Muitos rabinos exerciam essa profissão como forma de remuneração.
Enquanto fabricava tendas para se sustentar financeiramente, aos sábados, Paulo costumava, como sempre, frequentar a sinagoga local, onde dirigia a palavra aos presentes, mostrando-lhes que o senhor Jesus Cristo era um personagem judeu e rabi que exerceu seu ministério na Galileia.
E quando Timóteo e Silas chegaram a Corinto, Paulo abandonou a profissão de fabricante de tendas para se dedicar, exclusivamente, à pregação do Evangelho da graça divina. O trabalho evangelístico levou muitos judeus e gregos a aceitarem a mensagem do Evangelho, dentre os quais Crispo, que era o chefe da sinagoga, como membros de sua família, todos, sendo batizados por ele (I Coríntios 1.14).
Conclusão dos fatos Atos 18.12-23
Enfurecidos ao verem judeus e gentios se converterem a Jesus de Nazaré, a liderança que comandava a filial da Loja Central de Jerusalém, que devia funcionar em Corinto, prenderam a Paulo e o conduziram ao tribunal romano, acusando-o de ser um sedicioso que estava induzindo a comunidade a cultuar ao Deus Eterno, de modo contrário ao conteúdo da Lei de Moisés.
E mesmo antes que Paulo se defendesse, o procônsul romano, de nome Lúcio Júnio Gálio Ariano, expulsou o judeu maçom do tribunal, pois, o caso nada tinha a ver com a lei romana. Gálio havia sido nomeado procônsul da província da Acaia, pelo imperador Cláudio César, em julho de 51 d.C. O procônsul Gálio era irmão de Lúcio Sêneca, filósofo estóico e tutor de Nero César.
Após passar cerca de 18 meses na cidade de Corinto, Paulo, acompanhado de Silas, Timóteo, Lucas, Áquila e Priscila, seguiram ao porto de Cencreia, embarcaram em um navio e navegaram para a cidade de Éfeso, na Ásia Menor, território da atual Turquia. Em Cencreia, situada no Golfo de Sarona, Paulo raspou o cabelo, devido ao término do voto que fizera.
A convite da liderança religiosa judaica da sinagoga de Éfeso, o missionário destemido apresentou aos fiéis a mensagem de que Jesus de Nazaré era um rabi judeu atuante na Galileia. Depois de deixar o casal Áquila e Prisila cuidando da igreja cristã que ajudou instalar em Éfeso, Paulo e sua equipe embarcaram em um navio e velejaram com destino ao porto de Cesareia.
Em seguida, por terra, seguiram para Jerusalém, apresentaram relatório da obra missionária à igreja cristã, e em seguida Paulo desceu a Antioquia. A Segunda Viagem Missionária teve início em Antioquia, na Síria, no ano 50 d.C., e terminou em 53 d.C.
Questionário dos fatos
1.Quando começou e terminou a viagem missionária?
A Segunda Viagem Missionária começou no ano 50 d.C., logo após a Convenção de Jerusalém, e terminou no ano 53 d.C.
2.Qual foi o objetivo dessa obra missionária?
Durante três anos e meio o Senhor Jesus de Nazaré preparou um grupo de 12 discípulos, para que esses futuros líderes dessem continuidade à propagação de sua mensagem de vida eterna a todos os povos, tribos e nações.
E foi nessa missão que Paulo e Silas partiram para visitar igrejas abertas anteriormente em Derbe, Listra, Icônio e Antioquia da Pisídia. Em Listra, o jovem Timóteo seguiu com Paulo e Silas para Trôade, no litoral da Turquia. Além de abrirem uma igreja, encontrou-se com Lucas, filho de pai grego residente em Antioquia.
Lucas, que era médico, se somou ao trio missionário e navegaram para a Macedônia, desembarcando no porto de Neápolis. Por terra, viajaram para Filipos, Antípolis, Tessalônica e Bereia, cidades onde fundaram igrejas cristãs.
Depois, seguiram para a Grécia, e fundaram igrejas em Atenas, Corinto e Cencreia. Em seguida, navegaram para a cidade turca de Éfeso. Áquila e Priscila ficaram cuidando da igreja cristã local. Algum tempo depois, o trio missionário navegou para Cesareia, e por terra seguiram para Jerusalém. Logo, Paulo desceu à cidade de Antioquia.
3.Os missionários sofreram perseguição religiosa?
Sim. Na cidade macedônia de Tessalônica, perseguido por judeus maçons, Paulo se apressou em seguir para Bereia, onde foi bem recebido, porém, esses judeus maçons de Tessalônica seguiram para Bereia, determinados a matar o missionário destemido.
Também, na cidade grega de Corinto, judeus maçons da sinagoga local prenderam Paulo e o conduziram ante o tribunal romano, mas esses bodões maçons foram expulsos pelo procônsul romano de nome Gálio.
Vida eterna – volume 2
Atos 15-18
Raimundo Nonato Freitas de Cerqueira
Florianópolis, Santa Catarina, 16.05.2022