Os 25 anos de A Pedra Filosofal

 

Mesmo de férias, não poderia deixar passar em branco essa data: o próximo domingo marca os 25 anos de lançamento da primeira edição do livro Harry Potter e a Pedra Filosofal, no Reino Unido (imagem abaixo). Tudo o que gira em torno da saga Harry Potter, de J K Rowling, é superlativo e descomunal. Um fenômeno literário e também cinematográfico extraordinário, de âmbito planetário. E pensar que a autora teve a ideia durante uma viagem de trem que atrasou... Imagina? Viva os trens atrasados!

 

Só fui tomar contato com a série do bruxinho no primeiro semestre de 2019, quando comprei a bela edição ilustrada (imagem acima, lançada em 2016 no Brasil) por Jim Kay do primeiro livro na Livraria Santos que ficava no Bonatto Center, em São Jerônimo. Como aprecio e coleciono gibis, costumo adquirir também algumas versões em quadrinhos de romances famosos e, ao ver essa maravilhosa versão ilustrada de A Pedra Filosofal, resolvi comprar. E, se comprei, então li. Realmente, a história é muito envolvente. Nem me darei ao trabalho de especular aqui sobre o motivo do texto de Joanne Rowling ter atingido um sucesso literário de proporção gigantesca, há muita coisa escrita sobre isso. O fato é que li o primeiro, atraído pela isca das lindas ilustrações de Jim Kay, e segui adiante, com os outros seis livros da série. Se não fosse assim, confesso, nunca teria comprado um livro de Harry Potter para ler. Considerava literatura juvenil, coisas que via minha filha apreciar desde 2009, lendo os livros e assistindo os filmes, mas que nunca despertaram meu interesse, mesmo com todo o alarido midiático sobre.

 

Entretanto, quando a gente lê os livros e depois assiste os filmes, entende como isso virou febre: é muito bom mesmo, mas bah. Primeiro lia o livro, depois via o filme respectivo. Os filmes são bons, claro, mas os livros são simplesmente maravilhosos. Harry Potter virou filme por já ser um fenômeno literário, mas parece que uma coisa passou a alimentar a outra a partir da chegada da personagem às telas de cinema. No conjunto, os livros venderam, até 2018, mais de 500 milhões de exemplares, sendo traduzidos para mais de 70 idiomas. Puxa vida, gente, isso é muita coisa!

 

O livro da série que mais gostei foi O Cálice de Fogo, o quarto. Inclusive, até ele, existem edições ilustradas por Jim Kay publicadas no Brasil (em 11 de outubro será lançada A Ordem da Fênix ilustrada, em inglês). Dentre muitas coisas nele presentes, achei muito interessante a personagem Hermione Granger criar o Fundo de Libertação dos Elfos Domésticos, que são os que trabalham duro na Escola de Magia e Bruxaria de Hogwarts, sendo, principalmente, os responsáveis pelos banquetes e festas que lá ocorrem - na verdade, isso é uma metáfora para a exploração do trabalho humano. Na versão cinematográfica, essa parte é totalmente omitida. É por essas e outras que prefiro sempre os livros.

 

O sucesso é tanto que, em Orlando, nos Estados Unidos, existem dois parques temáticos de Harry Potter, onde se pode visitar o Castelo de Hogwarts e a Vila de Hogsmead. Contudo, você não precisa economizar dezenas de milhares de reais para ir até os EUA, eis que Harry Potter está por toda a parte. Em Porto Alegre, por exemplo, tu podes se hospedar na Casa da Bruxa Philomena e comer e beber no Caldeirão Furado Café e Pub, ambos com temática potteriana. Na capital gaúcha também ocorre anualmente um encontro de fãs, a MagicCon - aliás, esses encontros, geralmente eventos de grande porte, ocorrem pelo Brasil e pelo mundo.

 

E era isso. Dia 21 de julho comemorar-se-á os 15 anos da publicação do último episódio da saga, As Relíquias da Morte e, dia 31 do mesmo mês, os 42 anos de Harry Potter - a personagem, nos livros, nasceu em 31 de julho de 1980. Os fãs não perdem data alguma que envolva o mundo de Harry Potter.

 

É legal ver a literatura, enquanto arte, gerar um fenômeno cultural de tamanha grandeza. Feito o registro.