Judeus oficializaram a Maçonaria
O Sinédrio deu cria ao extermínio
Herodes, o Grande, até que tentou, mas não conseguiu matar o Messias que se manifestou a seu povo no tempo determinado pelo profeta Daniel . E como os monarcas Arquelau, e posteriormente, Herodes Antipas, nada fizeram para dar cabo ao Enviado divino, a Suprema Corte forçou e conseguiu que o governador romano autorizasse a morte do Homem de Nazaré.
Todavia, como sua morte não foi suficiente para deter a mensagem de vida eterna, a matança de judeus cristãos se intensificou ainda mais. A mensagem de que o defunto havia ressuscitado, dentre os mortos, aterrorizou ainda mais membros do Sinédrio judaico.
E quando a mensagem boca a boca de que o Messias havia ressuscitado dentre os mortos se espalhou por todo o Estado de Israel, os membros do Sinédrio enlouqueceram, e estabeleceram um clima de guerra sem quartel. Era preciso matar, agora, os seguidores do defunto que havia ressurgido do túmulo frio.
Por ocasião de uma grande festa a que todo judeu do sexo masculino devia comparecer ao Templo de Jerusalém, o judeu-cristão Estevão esteve dialogando com judeus africanos e asiáticos, presentes ao evento, mostrando-lhes, pelas Escrituras Sagradas, que Jesus de Nazaré era o Messias prometido.
Enraivecidos com a posição do evangelista, esses cabalistas o acusaram de blasfemar contra os ensinos de Moisés, e até subornaram terceiros para testemunharem contra o cristão honrado. O evangelista Estevão foi preso, julgado e sentenciado a morrer apedrejado. O evento macabro foi comandado por Paulo de Tarso, um jovem fariseu procurador do Sinédrio judaico. A Maçonaria, que ainda não havia sido oficializada, começava a derramar sangue de judeu-cristão .
O judeu Paulo nasceu em Tarso, uma cidade asiática da região da Cilícia, então, Província romana da Ásia Menor, com uma população de 300 mil habitantes e dotada de um excelente porto marítimo.
Cursou educação básica na Sinagoga local, e em Jerusalém recebeu educação superior com o renomado rabino Gamaliel. Poliglota, dominava o grego, latim, hebraico e aramaico. Foi membro da seita dos Fariseus, membro do Sinédrio, advogado brilhante, doutor da Lei Mosaica, e cidadão romano. Ele comandou o apedrejamento de Estevão. Seu milionário pai havia comprado a cidadania romana para todos os membros de sua linhagem.
Acompanhado de uma força militar, o jovem fariseu costumava arrombar casas residenciais de judeus-cristãos de Jerusalém para os conduzir a tribunais forjados, o que levou inúmeros seguidores de Cristo a fugir para as mais distantes regiões do Império Romano .
Revestidos com a mensagem de que Jesus de Nazaré havia ressuscitado dentre os mortos, e cheios do poder recebido do Espírito Santo da promessa, os seguidores do Nazareno não se calaram, partiram para cima, e o número de conversos cresceu enormemente, o que deixou enlouquecidos membros cabalistas do Sinédrio.
Em um desses dias de chumbo, os discípulos Pedro e João foram ao Templo de Jerusalém, às 15 horas, e se depararam com um coxo de nascimento, colocado junto à Porta Formosa, para pedir esmolas a transeuntes que se dirigiam à unidade religiosa.
Pedro lhe disse que não tinha nem prata nem ouro, mas o que tinha lhe daria, e realmente deu-lhe a bênção que emana do Messias assassinado por hienas cabalistas que comandavam o antigo Sinédrio judaico. Tendo seus movimentos totalmente restaurados, o esmoler entrou no Templo, saltando e glorificando a Jesus de Nazaré, o que deixou em palpas de aranha a elite cabalista dominante.
O fato foi tão fantástico, que toda a comunidade se deslocou para verificar, de perto, o ocorrido. Não podendo desmentir a cura, e não podendo matar os discípulos, por causa da multidão que os apoiavam, a equipe de maçons que compunha o Conselho Superior do Sinédrio mandou a guarda prendê-los para interrogá-los. No dia seguinte, após ameaçá-los a não mais mencionar o nome Jesus Cristo, foram postos em liberdade .
O Sinédrio entendia que, eliminando o Messias, sua obra se findaria, porém, a mensagem deixada pelo Embaixador Divino crescia ainda mais entre o povo sedento de verdade. E foi por causa desse crescimento retumbante, que o Venerável Grão-Mestre, que comandava o Sinédrio, mandou apertar, ainda mais, o garrote em torno do pescoço de judeus-cristãos de Jerusalém, para tentar silenciá-los.
Devido ao intrépido evangelismo desenvolvido por discípulos do Nazareno, no Templo de Jerusalém, o chefão do Sinédrio mandou prender, novamente, a Pedro e a João, e pretendia matá-los, caso não houvesse a intervenção do doutor Gamaliel, que também era membro do Sinédrio. Os discípulos do Nazareno foram chicoteados e postos em liberdade . Tendo mãos, mente e corpo encharcados com sangue de judeu-cristão, a cúpula cabalista da Suprema Corte estendeu a perseguição, até, a um país estrangeiro.
Por volta do ano 34 da Era Cristã, com a idade de 28 anos, munido de um documento emitido pelo Sinédrio, o competente advogado fariseu, Paulo de Tarso, respirando ódio incontido a judeus-cristãos, empreendeu uma viagem a Damasco, na Síria, que dista cerca de 200 km de Jerusalém, para prender e conduzir à sua cidade, todo judeu seguidor do Messias crucificado .
Todavia, ao longo do caminho, teve um encontro pessoal com o Nazareno, a quem o perseguia, e, de perseguidor, passou a ser perseguido pela camarilha que o havia revestido de autoridade para derramar sangue de judeu-cristão.
Paulo entendeu que o cumprimento da Lei Mosaica não é o ódio, mas o amor que procede da fonte divina. Em meio a essa surpreendente conversão, membros da Loja de Damasco, em aliança com o governador local, passou a vigiar todas as saídas da cidade, pois, Paulo devia ser assassinado .
Paulo declarou ao monarca Herodes Agripa I que, munido de uma autorização do Sinédrio judaico, havia empreendido uma ferrenha perseguição a todo judeu cristão em sinagogas de Israel, como até havia se deslocado até Damasco, na Síria, com ordens para prender a todo judeu-cristão da sinagoga dessa cidade, tal o ódio que nutria aos ensinos de Jesus de Nazaré.
E dessa data até o ano de 66, quando foi decapitado por uma espada romana, nos dias do imperador Nero, tornou-se uma pessoa perseguida pela Maçonaria; esta, já oficializada pelo monarca judeu Herodes Agripa I, que, aliado ao Sinédrio, empreendeu uma caça ferrenha a todo judeu seguidor do Nazareno.
Após escapar, dentro de um cesto, pela muralha da capital da Síria, aquele que foi doutrinado nas tradições de seus antepassados seguiu para a Arábia, e, depois de álbum tempo, retornou a Damasco. Posteriormente, cerca de três anos depois, viajou a Jerusalém e conheceu a Pedro e a Tiago, este, filho de José e Maria. Ao tomar conhecimento que o antigo matador de cristãos havia sido ameaçado de morte por judeus-helenistas, em trânsito na cidade de Jerusalém, e aos quais havia mostrado que o Nazareno era o Messias anunciado por Moisés, a liderança cristã o conduziu a Cesareia, e depois o enviou a Tarso, sua cidade natal. Nesses dias de chumbo grosso, o ar encontrava-se irrespirável com o assassinato de judeu-cristão .
O plano de extermínio
Como nem o Sinédrio e nem o monarca Herodes, o Grande, conseguiram dar fim aos seguidores do Messias crucificado, o rei Agripa I, de mãos dadas ao Sinédrio, assumiu a tarefa de extirpar o Cristianismo.
O Senado Romano nomeou Herodes, o Grande, como rei da Judeia, no ano 37 a.C. Cerca de sete anos depois, com a derrota de Marco Antônio, a quem o monarca judeu o apoiou na Batalha de Accio, travada no ano 30 a.C., o imperador romano Otávio Augusto esteve em Jerusalém, e Herodes, na ocasião, se aliou ao imperador romano.
Décadas depois, temendo ser alvo de um Golpe de Estado, Herodes mandou matar Aristóbulo, filho que teve com a judia hasmoneana Mariana. O imperador romano esteve presente ao julgamento e, temendo que o garoto Agripa, filho de Aristóbulo, tivesse o mesmo destino, ao retornar a Roma, o levou consigo e o criou no palácio, junto com Cláudio César e Gaio Calígula.
Agripa foi nomeado rei sobre as tetrarquias de Herodes Filipe e Lisânias, pelo imperador Gaio Calígula, em 37 da Era Cristã. Posteriormente, o imperador Cláudio César acrescentou-lhe os territórios da Judeia e de Samaria, e assim governou a região do ano 41 a 44 depois de Cristo. Nessa ocasião, o monarca destituiu o carrasco José Caifás, aquele que mandou crucificar o Nazareno, do cargo de Sumo Sacerdote.
Para limpar seu reino da influência dos seguidores do Messias crucificado, no dia 24 de junho do ano 43 da Era Cristã, em uma sessão realizada no Palácio de Jerusalém, Hiram Abiud, conselheiro do rei Herodes Agripa I, apresentou-lhe um plano para a fundação de uma sociedade secreta que exterminaria a todo judeu seguidor de Jesus de Nazaré :
“Majestade! Já foi confirmado diante de Vossa Excelência e diante de todos que aquele Impostor, Jesus, tem conquistado, com seus ensinamentos e seus atos (ambos enganadores), os corações de parte do vosso povo, os judeus, e que é óbvio que seus partidários se multiplicam dia após dia.
“Desde seu aparecimento e sua morte, e da sua morte até os dias de hoje, também é evidente que não sabemos como atacar com eficiência aqueles a quem devemos chamar “nossos inimigos”, nem temos sido capazes de eliminar do coração simples das pessoas todos aqueles falsos, corruptos e incalculáveis ensinamentos contrários à nossa religião.
“Embora isso nos aflija, temos de reconhecer que foram inúteis as muitas perseguições realizadas contra o Impostor e a sujeição dele à justiça, condenando-o e crucificando-o. Sem dúvida, nossos pais lutaram incansavelmente. Acreditamos no sucesso que eles tiveram nas batalhas, mas não temos obtido nem percebido um indicativo sequer de êxito. Nós contemplamos, perplexos, que, quanto mais árdua for nossa batalha contra os partidários dele, maior é o número dos seus seguidores, e o número de simpatizantes da religião estabelecida por ele está aumentando. Parece que há uma mão, uma força secreta e misteriosa que nos pune sem que sejamos capazes de oferecer resistência. Parece que estamos perdendo toda a nossa força para defender nossa religião e nossa própria existência.”
O conselheiro Abiud comunicou a seu senhor que não havia outro recurso de exterminar os discípulos do Messias sacrificado, se não fosse estabelecida uma força misteriosa, porquanto, entendia que o movimento cristão cresceu enormemente devido ao poder misterioso que o Defunto havia deixado a seus seguidores, e que ninguém, além do grupo palaciano seleto, deveria tomar conhecimento a respeito da fundação, princípios, decretos e ações criminosas da sociedade secreta em formação. Ao tomar conhecimento da explanação de seu subordinado, o monarca judeu a aprovou na íntegra:
“Fique sabendo, ó Hiram, que sua ideia é magnífica e digna de uma inteligência privilegiada, que só podia ter vindo do seu coração ardente e do seu zelo religioso, ó gênio de profundo julgamento!”
A discussão do plano de extermínio
Na segunda reunião, que ocorreu nas instalações do Palácio, em Jerusalém, dia 25 de junho desse mesmo ano, e que contou com a presença de Hiram Abiud, conselheiro do rei, e de Moab Levy, primeiro conselheiro do monarca, Herodes Agripa I fez a abertura da sessão, dizendo ser necessário encontrar um meio de atacar os evangelistas do Homem de Nazaré, ao qual o chamava de “Impostor”.
Acrescentou que, apesar de pequeno, o movimento cristão era composto por seguidores destemidos que evangelizavam com devoção e coragem, e que a propagação dos ensinamentos do Nazareno crescia enormemente.
E que, para deter o crescimento do movimento cristão, tornava-se necessário a criação de uma organização secreta que incorporasse o pensamento da nação judaica de esmagar totalmente a “mão misteriosa e criminosa que guiava o movimento”. Após a palavra de Levy, Abiud transmitiu aos membros do grupo seleto seu pensamento :
“Que Deus prolongue os dias de Vossa Majestade, o Rei. Todo mérito pertence a Vossa Majestade. A nação inteira é agraciada com a vossa nobre origem. Tudo de bom que a nação possui vem das suas bênçãos.
“Rogo a Vossa Majestade, o Rei, que selecione nossos irmãos e companheiros para formar a Sociedade.”
Os componentes do plano de extermínio
Ao ouvir Abiud e Levy, coube ao rei Agripa fazer a escolha das pessoas que iriam compor a sociedade secreta, como deu ordens a que anotassem o nome dos nove membros fundadores: Rei Herodes Agripa, Hiram Abiud, Moab Levy, Hohanan, Antipas, Jacob Abdon, Solomon Aberon, Adoniram e Ashad Abia. E em uma outra reunião, presidida pelo monarca e com a presença dos fundadores, o monarca declarou :
“Caros Irmãos: vocês não são homens do Rei, nem seus colaboradores. Vocês são a base do Rei e da vida do povo judeu. Até aqui, vocês têm sido seguidores fiéis. A partir de agora, vocês serão irmãos do Rei.”
Além de dar aos fundadores o título de “Irmãos”, o monarca acrescentou que o Senhor Jesus Cristo, ao qual se referia como “aquele homem”, havia espalhado falsos ensinamentos ao povo, era um ser indigente, uma pessoa de grande poder, um indivíduo pobre e “impostor”, que havia sido concebido pela ação do Espírito Santo, que havia nascido de uma virgem, e que o crescimento de seus seguidores ameaçava “destruir as bases da nossa religião e demoli-la.”
O monarca e seu grupo de misteriosos declararam nunca reconhecer o Nazareno, como o Messias prometido pelas Escrituras Sagradas, e nem sua divindade, porque o verdadeiro Messias, disse o rei Agripa, ainda não havia se manifestado ao povo, que não havia chegado o tempo de sua vinda, e que nenhum sinal foi externado para indicar seu aparecimento.
Salientou que o Homem de Nazaré havia sido julgado, condenado, açoitado, ferido e condenado a morrer crucificado, mas que, para espanto seu e de todos seus inimigos, o condenado “suportou tudo com uma paciência extraordinária”.
Apesar de haver sido crucificado, de morrer, de ser enterrado pelo povo judeu, o governador romano, a pedido do Sinédrio, colocou legionários para vigiar o túmulo no qual foi sepultado, mas, observou o monarca, ninguém do Sinédrio, nem do palácio, nem da guarda romana, conseguiram descobrir nada a respeito do defunto haver ressuscitado dentre os mortos, apesar de todo o aparato destacado para guardar o túmulo, que se quedou vazio, mantendo apenas o lenço dobrado.
Comentou que seus seguidores afirmavam que seu Mestre havia ressuscitado, que estava vivo, que ascendeu ao céu, e que retornaria posteriormente para julgar vivos e mortos, e que o túmulo vazio “foi um golpe decisivo para os seus opositores. Foi um meio poderoso para provar a divindade dele”, fato que motivou seus discípulos a continuar levando avante sua mensagem de esperança.
O monarca levou a seu grupo de iniciados a informação de que foi um golpe duro para as hienas cabalistas que comandavam o Sinédrio judaico, e que seus seguidores estavam disputando, com a autoridade religiosa judaica e com a autoridade palaciana, a luta para dar cabo ao Judaísmo e à Monarquia.
Confessou que seus pais haviam atacado o Cristianismo, e que sua sociedade secreta continuaria atacando seus seguidores. Tinha informações de que os discípulos do Nazareno haviam sido muitas vezes ameaçados por sacerdotes, escribas, fariseus e saduceus, mas nenhuma ameaça foi suficiente para imobilizá-los.
Para o monarca, desde o momento em que o jovem Homem de Nazaré começou a percorrer as estradas empoeiradas da nação judaica, as autoridades sacerdotais impostoras, que tinham pleno conhecimento do fato, costumavam se reunir nas instalações do Templo de Jerusalém para deliberar o que fazer com o pregador que representava perigo para a religião judaica.
Jurou pela sua existência terrena que envidaria esforços para concretizar o objetivo de esmagar a todo seguidor do Nazareno, e que era necessário abrir em cada cidade e em cada vilarejo uma sociedade secreta.
O conselheiro do monarca, Hiram Abiud, encarregado de registrar, em ata, tudo o que foi dito na reunião para a criação da sociedade secreta que daria cabo a todo judeu seguidor de Jesus de Nazaré, ao tomar a palavra e se dirigir aos presentes ao evento secreto, consultou o rei Herodes Agripa I se este aprovaria o nome da instituição criminosa, “União Fraternal Judaica”, mas o monarca respondeu-lhe :
“Não, Hiram. Ontem, preparei outro nome: “A Força Misteriosa”. Todos vocês estão de acordo? Todos responderam: Certamente, nós aprovamos”.
Tão logo ocorreu o encerramento da sessão secreta, o monarca convocou os iniciados para a nova reunião que iria ocorrer no dia seguinte, 26 de junho do mesmo ano, quando fariam o juramento de iniciação na sociedade secreta e criminosa.
Com a presença de todos os membros fundadores da sociedade secreta, denominada “A Força Misteriosa”, o monarca, ao se dirigir aos presentes, declarou que havia elaborado o texto, ao qual denominou Juramento Assustador, e que ele seria o primeiro a fazer o juramento :
“Eu, (John Doe, filho de John Doe), juro por Deus, pela Bíblia [a Torá] e pela minha honra que, ao me tornar um membro dos nove fundadores da Sociedade “A Força Misteriosa”, comprometo-me a não trair meus irmãos, os membros, em qualquer coisa que possa prejudicá-los, nem transgredir qualquer coisa relativa aos decretos da Sociedade. Comprometo-me a seguir seus princípios e a realizar o que está proposto nos decretos aprovados pelos nove fundadores, com obediência e rigor, com zelo e fidelidade. Comprometo-me a trabalhar para o aumento do número de membros. Comprometo-me a atacar qualquer seguidor dos ensinamentos do impostor Jesus e a combater os homens dele até a morte. Comprometo-me a não divulgar nenhum dos segredos guardados entre nós, os nove, tanto entre os de fora quanto entre os membros filiados.
“Se cometer perjúrio e for confirmado que eu revelei segredo ou algum artigo dos decretos preservados entre nós a nossos herdeiros, esta comissão de oito companheiros terá o direito de me matar usando qualquer meio disponível.”
Tão logo ocorreu a mensagem do monarca, Abiud pediu a palavra para informar que esse Juramento era exclusivo para os membros Fundadores, e que um Juramento Geral deveria ser composto para afiliados, e alegou que ninguém, além dos Fundadores, deveria tomar conhecimento dos segredos da organização secreta, o que teve a total aprovação do monarca. E até hoje, a quase totalidade dos maçons não têm a mínima noção de que foram judeus cabalistas quem oficializaram a Maçonaria. É com bem disse Albert Pike: “o maçom é enganado e merece ser enganado”.
Abiud, ainda, acrescentou que o Juramento que assinariam era terrível e assustador, o que prendia o Fundador aos princípios fundamentais da sociedade que exigia obediência a princípios, regras e cumprimento de todo o seu teor, que o membro ficava obrigado a atacar e matar a todo judeu-cristão, a guardar os decretos da instituição secreta, como ficava obrigado até a sacrificar tudo em defesa dos princípios da religião judaica.
Cada fundador deveria entender plenamente o Juramento que deveriam firmar, porque este se estenderia a filhos, netos e descendentes. Após firmar o Juramento, cada iniciado ficaria obrigado a não voltar atrás, como ficaria responsável pela Lei Interna a ser sancionada no dia seguinte, e cujo conteúdo seria exclusivo aos membros fundadores da organização secreta.
Essa lei seria patrimônio sucessivo dos herdeiros, até que todo judeu-cristão fosse totalmente eliminado, e que ninguém, além dos fundadores e de seus herdeiros, deveriam saber nada a respeito dos segredos internos, nem dos objetivos fundamentais de A Força Misteriosa (o mesmo que Associação). Cada membro, antes de deixar o ambiente palaciano, deveria fazer uma cópia do documento secreto para examiná-lo, antes de assiná-lo :
“E que fique claro que a primeira pedra do nosso edifício será este terrível Juramento. Vocês estão liberados e, depois de amanhã, virão para decidir se o Juramento terá esse teor ou se o texto deve ser mudado.”
O juramento do plano de extermínio
Então, no dia designado teve início a reunião para firmar o documento secreto e abominável, e que contou coma presença dos nove fundadores ao evento, o monarca declarou aberta a sessão, como pediu a opinião dos membros a respeito do Juramento que firmariam. Ao se posicionarem a favor e assinarem o documento secreto, a fundação da Sociedade foi aprovada, por unanimidade, e devidamente registrada. Estava criada a sociedade secreta com a função específica de matar a todo judeu seguidor do Messias prometido pelas Sagradas Escrituras.
Após firmarem suas assinaturas, o rei tomou um exemplar da Bíblia Hebraica, a Torá, no formato de pergaminho, a colocou sobre a mesa, e disse: “Façam o que eu fizer”. Em seguida, pôs a mão direita sobre a Bíblia, e todos os membros fundadores fizeram o mesmo, e com a outra mão seguraram o pergaminho de Juramento.
Agripa teve a primazia de ser o primeiro a fazer o juramento, vindo os demais em seguida. Terminado o juramento, o monarca informou-lhes que, até o intervalo da próxima sessão, os membros deveriam extrair uma cópia do documento tenebroso.
A loja central do extermínio
Nessa sessão, presidida pelo rei Agripa I, Presidente da sociedade secreta, este informou aos membros que a matriz seria a Loja Central a ser localizada “em um corredor escondido” do Palácio de Jerusalém, onde ninguém deveria vê-los nem ouvir os decretos a serem emitidos. Não é por acaso que, na Maçonaria, tudo jaz escondido.
Para tornar a organização bastante excitante e respeitável pelos futuros afiliados, destes deveria ser escondida a data da fundação e o nome de cada um dos nove fundadores. O segredo deveria ser guardado a sete chaves, e somente poderia ser informado a um de seus filhos, o mais sério e o mais discreto, quando esse filho, que o sucederia na sociedade secreta, alcançasse 21 anos de idade.
Fazendo uso de um bolsão de mentiras criminosas, o Presidente os orientou a que repassassem aos futuros afiliados, que a Associação era muito antiga, que ninguém tinha informação sobre a data de sua fundação, e que havia sido “dissolvida e morta até pouco tempo atrás.”
Para aqueles futuros afiliados mais inquiridores, a informação a ser repassada era a de que o rei Herodes Antipas havia encontrado antigos documentos, símbolos e leis, no tesouro de seu pai, Herodes, o Grande, os quais atestavam a existência de que a Associação era bem antiga. E, com essa lenda mentirosa, o grupo original esconderia a data e os objetivos da sociedade secreta. O ocultismo foi o disfarce para esconder os segredos, até daqueles afiliados que chegassem ao mais algo grau da organização; ou seja, o grau 33. Enfim, A Força Misteriosa foi criada com uma mentira.
A respeito dos graus, Agripa, Moab e Hiram constituíam o trio encarregado de criar os graus, e estes deveriam permanecer ocultos a todos os futuros afiliados :
“Haverá outros segredos, secundários, que o irmão poderá conhecer apenas depois de fazer o Juramento Geral, cujo texto estudaremos na próxima sessão. O Juramento o obrigará a guardar segredo.”
O juramento geral do plano de extermínio
Na sessão aberta do dia 10 de agosto desse ano, administrada pelo Presidente, e com a presença dos membros-fundadores, Agripa apresentou o texto do Juramento Geral aos presentes. Após aprovado, o documento seria decretado e registrado, e este é seu teor :
“Eu, John Doe, filho de John Doe, juro por Deus, pela Bíblia e pela minha honra que, uma vez tendo sido aceito como afiliado e membro da Sociedade “A Força Misteriosa”, não trairei meus irmãos (membros) em nada que possa prejudicá-los e não revelarei nenhum segredo para ninguém. Se eu quebrar este juramento, minha garganta será cortada e estarei sujeito a todo tipo de morte.
“Irmãos: se o afiliado for judeu, contaremos a ele a verdade, ou seja, que o objetivo da Sociedade é a coligação judaica. E, se ele não for judeu, não permitiremos que saiba nada, mas antes devemos nos assegurar de que não estamos lidando com um espião ou partidário dos nossos inimigos. Quando progredir nos graus da Sociedade, ele avançará pouco a pouco no conhecimento dos objetivos primordiais e, em momento oportuno, será revelado a ele que o objetivo fundamental é matar os partidários de Jesus e preservar a religião judaica. E então não haverá necessidade de obrigá-lo, pois ele fará com todo o entusiasmo.
“Não vamos esquecer que o principal dos segredos fundamentais, perfeitamente guardados, é a data de fundação e os nomes dos fundadores. Se nos perguntarem, devemos esconder a verdade, mentir, mentir pelos interesses da Sociedade, pela religião e pela nação judaica.”
Nessa reunião secreta, Hiram Abiud informou aos presentes que os futuros afiliados deveriam ver a Associação como uma organização de enorme prestígio, que deveriam preservar a memória de seus ancestrais fundadores, como as relíquias encontradas no tesouro de Herodes, e como também deveriam temê-la. E assim, até hoje, continuam enganando e mentindo para os iniciados.
O presidente foi de opinião, também, que os olhos dos futuros postulantes deveriam ser vendados, para que nada pudessem enxergar até o momento de fazer o Juramento Geral. Após a remoção da vedação, o Postulante deveria ser conduzido, pelo Porteiro, até seu Padrinho, e este o conduziria até o Presidente da Loja.
Nesse momento, o Padrinho deveria falar ao ouvido do Postulante, que o iniciado deveria dar três passos à frente, começando com o pé direito, e o faria caminhar entre duas colunas, como símbolo de que o Iniciado se encontrava nas trevas e, ao se juntar à Associação, era transportado do reino das trevas para a luz (a luz seria a religião judaica). Ao recitar o Juramento, o Presidente tinha em suas mãos uma espada apontada para sua cabeça, e na sua frente o Padrinho portava um exemplar da Torá (Bíblia Hebraica) nas mãos.
Finalizado o processo enganoso e criminoso, o Padrinho colocaria um pequeno avental no Iniciado, para simbolizar sua filiação ao grupo, e assim o maçom passaria a trabalhar na edificação das paredes do edifício místico, que é a religião judaica. Após a explanação, os demais membros-fundadores aprovaram a proposta do Presidente, e assim foi elaborada a anotação das tratativas e seu devido registro.
As tarefas dos fundadores
Na sessão que tratou da questão de futuros afiliados, Johanan, no posto de Vigilante, propôs que, para imortalizar o Templo de Salomão, a loja fosse chamada de Templo Central de Jerusalém, o nome do local em que se reuniriam.
Por sua vez, o Presidente foi de parecer que fossem erguidas duas colunas no Templo , sendo uma à direita (= Boaz) e outra à esquerda (= Jaquim), como símbolos das colunas que haviam no Templo de Salomão, no Templo de Zorobabel, e no Templo reformado e ampliado por Herodes, o Grande. Até hoje, para alimentar essa farsa, toda Loja da Maçonaria mantém duas colunas em sua instalação civil.
O Templo de Salomão foi edificado pelo engenheiro judeu-fenício, Hiram Abiff, por volta de 952 a.C., e destruído em 586 a.C. por tropas do general e príncipe caldeu Nabucodonosor, filho do imperador caldeu Nabopolassar.
O Vigilante ainda acrescentou, para reforçar o engano, que a Maçonaria fizesse uso do Esquadro, do Compasso, da Colher de Pedreiro, da Trena, do Martelo e demais ferramentas usadas na construção, todos, em madeira, como elementos simbólicos, e que a fachada do Templo estivesse voltada para o Oriente. Todas essas ferramentas são mantidas em toda Loja, e assim os iniciados continuam sendo descaradamente enganados, por gregos e troianos.
Essa ferramenta de construção, o Esquadro, é usado na Maçonaria para simbolizar o órgão sexual masculino, ou linga, e o Compasso como símbolo do órgão sexual feminino. E pior, colocar essas ferramentas de trabalho sobre um exemplar da Bíblia Sagrada de uma Loja, constitui prova de que essa Agência Ocultista é templo de bruxaria.
A Linga é a representação do órgão sexual masculino, como é símbolo do deus Xiva, uma divindade nefasta cultuada na Índia, na qualidade de princípio criador.
Os Misteriosos costumam chamar a Bíblia, o Esquadro e o Compasso de as três grandes luzes da Maçonaria. A representação gráfica do Compasso, colocado acima do Esquadro, simboliza o Sol que engravida a Terra com seus raios luminosos; e quanto à letra G, estampada dentro do Compasso, ela é inserida para representar o “princípio regenerativo”, o deus Sol cultuado pelos faraós do antigo Egito.
O Falo era adorado no Antigo Egito, e representado artisticamente por meio de uma escultura. E a Maçonaria abraçou essa simbologia por meio de um Esquadro, que é símbolo do Lingam, um dos deuses da Bruxaria, e do Compasso que simboliza o órgão sexual feminino, conhecido como “yoni ou shakti”, representação de uma deusa esotérica.
Maçons cristãos estadunidenses, diz Schnoebelen, costumam se orgulhar dos alfinetes providos da estampa de um taco de golfe provido de duas bolas que portam em suas gravatas, no culto de domingo em suas igrejas. Mas, não sabem que o objeto de enfeite representa adoração ao Falo, o deus do sexo de ordens ocultistas da antiguidade.
Os nove membros-fundadores de A Força Misteriosa, na tentativa de anular a influência do Messias, a quem esses iniciados o chamam de “Impostor Jesus”, fosse adotado símbolos inspirados em corpos celestes, tais como: estrelas, Sol e Lua, como forma de levar o iniciado a entender que a Sociedade havia sido criada em um período bem antigo. Devido a essa enganação, toda Loja tem representado os elementos celestes no teto da edificação civil. Aprovadas as propostas, por unanimidade, a sessão foi encerrada e os registros foram efetuados.
As ferramentas e símbolos da enganação
No interior do Templo Central de Jerusalém os nove membros-fundadores abençoaram as colunas e as ferramentas, como também acrescentaram, ao sistema mentiroso, o Galo, a Espada, a Luz, as Trevas e o Martelo, como símbolos da enganação criminosa. O Martelo, por ser o instrumento usado para fixar os cravos nas mãos e pés de Jesus de Nazaré, aquele a quem a elite maçônica judaica o chama de Impostor.
Por constituir um importante símbolo da Maçonaria, o Martelo é utilizado para a abertura dos trabalhos em um Templo, o mesmo que Loja, com o toque de três batidas consecutivas. A partir dessa data, os toques do Martelo seriam usados, através dos séculos, para que, na mente do maçom, fique gravada a mensagem de que a Monarquia e o Sinédrio judaico crucificaram a Jesus de Nazaré. Agora, como é possível imaginar um membro ou um pastor evangélico participar de uma instituição que perpetua esse tipo de abominação ao Eterno. É que esses discípulos de Judas Iscariotes continuam vendendo a seu Mestre por 30 moedas de prata.
O Presidente ainda observou que as três Estrelas, instaladas no Templo Central de Jerusalém, simbolizariam os três Cravos que fixaram o corpo do Messias na cruz do Calvário. E que as Estrelas poderiam ser trocadas por três pontinhos, mas o significado continuaria sendo o mesmo. No piso do Templo maçônico seriam instalados três degraus, elementos simbólicos para ridicularizar “a blasfêmia de que Deus é Pai, Filho e Espírito Santo, com ele [Jesus] afirmando ser o Filho.”
Na oportunidade, Herodes Agripa, Moab Levy e Hiram Abiud criaram os 33 graus da Sociedade para simbolizar “a idade do Impostor”, como também criaram o nome de cada grau e símbolos análogos.
Segundo o Presidente Agripa, o Martelo seria usado como símbolo da morte do Enviado divino. Então, toda vez que os três toques de Martelo derem início aos trabalhos de uma Loja, esses toques se prestam para lembrar de que judeus cabalistas assassinaram a Jesus de Nazaré :
“Vamos nos alegrar! Vamos começar a marcha rumo ao triunfo! Vamos dar nossos primeiros passos! Vamos bater três vezes com este martelo da vitória, símbolo da morte do nosso inimigo Impostor, símbolo do estabelecimento dos honoráveis princípios que fixamos com os pregos da fraternidade e da união! Vamos exclamar com alegria: Rumo à Vitória!”
A inauguração do templo central
No dia 4 de novembro desse ano ocorreu a primeira reunião oficial, e dela participaram os nove membros-fundadores, em um ambiente subterrâneo e secreto do Palácio de Jerusalém. Na ocasião, o Presidente outorgou a cada membro-fundador o grau 33; e por Hiram ser órfão de pai, desde a infância, a Sociedade, para honrá-lo, passaria a ser, também, chamada de “A Viúva”. Tudo foi aprovado e devidamente registrado. A partir dessa decisão, os membros-fundadores seriam chamados de “Os Filhos da Viúva”, porque “a viúva sempre precisa de ajuda e amparo”.
Com exceção do Presidente, os demais membros de A Viúva saíram pela cidade coletando nome potencial de pessoas conhecidas, as quais foram iniciadas sem custo algum. De forma mentirosa, após fazerem o Juramento Geral, os membros-fundadores não informaram aos iniciados “os verdadeiros objetivos”, que eram de dar cabo aos seguidores do Homem de Nazaré. Apenas, tomaram conhecimento de que A Força Misteriosa era uma organização bem antiga, e que foi reavivada “por ser o único meio potente de derrotar os inimigos da religião judaica, que estão em plena atividade e espalhados por toda parte.”
Nessa caminhada, uma parte dos membros-fundadores permaneceu em Jerusalém iniciando interessados, e a outra se espalhou pelo interior da nação abrindo filiais. No curto período de dois meses, cerca de dois mil iniciados portavam o título “Misteriosos”, e em quatorze meses cerca de 45 filiais foram instaladas; todas, subordinadas ao Templo Central de Jerusalém.
Aos iniciados foi-lhes recomendado que não considerassem, como religião, a sociedade fundada pelo “Impostor Jesus. Nunca o chamem de Messias.” Com o aumento de iniciados e a criação de filiais pelo país, Hiram fez um balanço das ações realizadas pelos membros-fundadores para exterminar os seguidores do Ungido, cujo número de seguidores crescia enormemente :
“Muitas vezes nós os capturamos com armadilhas e redes, matando aqueles que conseguíamos. Eles fugiam de nós como ovelhas fugindo de lobos ferozes. Mas eles cresciam firmemente na fé da sua nova religião, à medida que nós os perseguimos. Eles aumentaram em número e perseverança. Parece que não tinham medo de nós. É óbvio que uma força oculta os sustentava, apesar da nossa perseguição. Por este motivo, nós trocamos ideias, renovamos nossas forças e fortalecemos nossa Sociedade, pois era o único jeito de realizar completamente nosso objetivo. Baseado nisto e no nosso solene juramento, foi inevitável que encarássemos a força que, no começo, pensávamos ser fraca. Decidimos encarar a morte, caso fosse necessário. Dedicamo-nos a aumentar nossas forças convocando mais recrutadores.”
A matança de judeus-cristãos continuou
Tão logo A Força Misteriosa foi oficializada, o rei Herodes Agripa I, presidente da Loja instalada no Palácio de Jerusalém, a agência assassina de judeus-cristãos mandou prender vários membros da comunidade cristã dessa cidade. Além desses, Tiago, irmão do discípulo João, filho de Zebedeu, foi preso, julgado e decapitado .
Como a matança agradou aos maçons-fundadores, durante a Festa dos Pães Ázimos o Presidente mandou prender a Simão Pedro, e o colocou na prisão, aguardando terminar os festejos, que se iniciaria no dia após e duraria sete dias, para matá-lo. Por questão de máxima segurança, foram designados quatro grupos de quatro soldados, cada, para vigiá-lo. O prisioneiro foi aprisionado com correntes de ferro em cada perna e braço .
Os romanos costumavam dividir as 12 horas da noite em quatro vigílias de três horas, cada. Pedro foi metido na prisão, supostamente, na Torre Antônia, e acorrentado a dois soldados, e duas outras sentinelas guardavam a porta de acesso da cela.
Contudo, na madrugada do dia em que o Presidente, Grão-Mestre Venerável, iria apresentar o prisioneiro ao povo, um Agente Divino foi enviado para comandar a intervenção que libertou Pedro das correntes e das grades metálicas. Ao deixar a prisão, por questão de segurança, nunca mais se soube o paradeiro do apóstolo da Galileia. Supõe que tenha se refugiado em Antioquia, na Síria, ou no Egito .
Profundamente irritado com a fuga do prisioneiro, o monarca Presidente da Loja descarregou todo seu ódio sobre os guardas, que foram sumariamente executados. De acordo com as leis de Roma, o guarda que tivesse um prisioneiro, sob sua custódia, devia responder, com sua vida, pela fuga do custodiado. E o monarca Agripa fez isso.
A mão divina sobre Agripa e Hiram
Após os festejos da Páscoa, o monarca retornou a sua residência oficial na cidade litorânea de Cesareia. Pouco tempo depois, organizou jogos solenes em honra ao imperador romano Cláudio César, e convidou a nobreza e os grandes de seu reino para o evento festivo.
No segundo dia dos jogos, compareceu de manhã ao teatro portando uma vestimenta provida de um forro de prata trabalhado com esmerada arte. No momento que os raios do Sol incidiam sobre suas vestes resplandecentes, o reflexo de sua roupagem levava a plateia a se sentir tomada por um enorme estado de temor.
Nesse momento de euforia, seus admiradores passaram a dizer que, até então, o tinham visto como um ser humano, mas, que a partir de então, deveriam reverenciá-lo como um deus. Rogaram-lhe que se lhes mostrasse favorável, e o monarca deu-lhes a devida permissão.
Devido a essa autorização insana, o Rei e Venerável Mestre da Maçonaria soltou um profundo suspiro, e passou a sentir algo estranho corroer suas entranhas. E não deu outra. Juízos desabaram sobre o chefão da organização criminosa, criada, exclusivamente, para matar seguidores de Jesus de Nazaré .
O membro-fundador de A Viúva, Hiram Abiud, comentou a morte estranha do Presidente de A Força Misterioso e monarca judeu, ao declarar :
“Nessa altura da batalha, enquanto nós, os nove, e os outros membros do Templo central e dos outros Templos estávamos no auge da luta, nosso presidente, o Rei, contraiu uma doença nos olhos e ficou cego após cinco dias. Depois foi atacado no corpo, e ficou completamente paralisado. Mas, apesar do sofrimento, ele continuou firme em nos animar para permanecer na batalha.”
Exatamente, por não haver repreendido a multidão, e por não rejeitar o título divino que lhe deram, é que a mão do Eterno pesou sobre o chefão da Maçonaria, que, além de passar quase uma semana sofrendo amargas dores estomacais, ficou cego, paralítico, e seu corpo foi devorado, quando ainda vivo, por vermes, no ano 44 da Era Cristã. Foi brincar com o Eterno e sofreu as consequências de suas desobediências.
O ramo de acácia no caixão
No ano 44, com a morte do Presidente Agripa, numa eleição que ocorreu posteriormente, os oito membros-fundadores foram unânimes em eleger a Hiram Abiud como novo Presidente do Templo Central de Jerusalém e Presidente Geral da Associação A Força Misteriosa.
E uma das primeiras medidas de sua gestão, sugeriu que o nome Templo Central de Jerusalém fosse mudado para A Grande Estrela do Oriente, isso, para simbolizar que essa é a verdadeira Estrela que ilumina e guia os maçons, e não aquela que os Magos haviam afirmado tê-la guiados, desde o Oriente, para visitar o bebê numa manjedoura de Belém, um povoado da Judeia. Em Sippar, na antiga Baixa Mesopotâmia havia uma escola de astronomia e, supostamente, esses Magos (astrônomos) devem ter vindos dessa região.
Na condição de Presidente de A Viúva, o mesmo que Venerável Mestre, Abiud deu ordens para que a Estrela do Oriente fosse desenhada sobre a parede situada no fundo do Templo, e que ficasse bem posicionada, bem atrás da cabeça do Presidente, quando sentado, e que fosse rodeada pela expressão, em púrpura: “A Grande Estrela do Oriente”. Essa sua tomada de posição veio para estampar, na mente do Iniciado, que essa é a verdadeira estrela que guia e ilumina, e não aquela decantada pelos sábios mesopotâmios. Não é por acaso que toda Loja se encontra voltada para o Oriente, e tem estampada uma Estrela sobre a parede onde se posta o tal “Trono de Salomão”, aquele no qual se posiciona o Venerável Mestre.
Uma Loja Maçônica costuma simbolizar a Estrela do Oriente por meio de uma estrela invertida de 5 pontas, ou de 5 vértices, conhecida na filosofia da bruxaria como Pentagrama, um dispositivo mágico muito poderoso, para a perdição eterna, no Satanismo. Tanto a Igreja de Satanás como o Templo de Set costumam fazer uso de um pentagrama invertido como símbolo de suas instituições religiosas. Essa estrela invertida, também, tendo a imagem de um bode inserida em seu interior, encontra-se estampada na capa da Bíblia Satânica. O Templo de Set é uma sociedade ocultista californiana.
Na planta baixa de uma Loja, é de praxe seu leiaute apresentar uma Estrela Flamígera estampada bem no centro do piso cerâmico de formato quadriculado, na tonalidade preta e branca. E edificação tem uma única porta de acesso, o chamado “Trono de Salomão”, ou Trono do Venerável Mestre, encontra-se localizado junto à parede dos fundos, mais precisamente, no Oriente, e o teto é artisticamente decorado com diversos astros do Universo.
Numa Faculdade de Arquitetura, todo aluno é ensinado a orientar seu projeto voltado para o Leste, o mesmo que Oriente. E, segundo a filosofia maçônica, o “Trono de Salomão” deve estar voltado para o Oriente, pelo fato de os Misteriosos entenderem que, assim como o Sol desponta no Leste para governar as atividades da jornada terrestre, o Venerável Mestre, o deus Sol, levanta-se para administrar os negócios místicos da Loja. E não é por acaso que os antigos faraós exigiam, de seus súditos, serem chamados de Filho de Hórus, o deus Sol daquela sociedade mística.
E quando uma Loja, a exemplo de templos de antigas religiões de mistérios, tem o Venerável Mestre assentado em seu trono voltado para o Oriente, a linguagem subliminar é a de que ele é o Sol que deve ser cultuado por seus Misteriosos. Os templos de antigas religiões de mistérios eram voltados para o Oriente, uma forma de prestar culto de adoração ao Sol, que diariamente desponta no Horizonte.
Como Presidente da Loja Central de Jerusalém, cujo nome foi alterado para A Grande Estrela do Oriente, Hiram Abiud, implementou uma enorme campanha para fundar mais filiais e dar cabo aos seguidores de Jesus de Nazaré. Pessoalmente, viajou para fundar templos pela Judeia, e chegou até Sidon, na antiga Fenícia, nome do atual Líbano. Estando nesse país, recebeu o apoio de Moab Levy, que lhe enviou dois auxiliares.
Então, os três missionários da matança se dividiram para perseguir judeus-libaneses cristãos, em vários vilarejos da região. A partir dessa data, o Grão-Mestre desapareceu, e várias foram as tentativas de encontrá-lo. De Jerusalém seguiram outros maçons para encontrar o Presidente que havia desaparecido em meio a um rigoroso inverno numa região habitada por lobos.
Finalmente, o corpo dilacerado de Abiud foi encontrado debaixo de uma árvore, que se supõe, uma acácia. Foi reconhecido por causa do manto que usava e do anel de prata que tinha estampado um martelo nele gravado. Retornaram a Jerusalém com seus restos mortais: a roupa, o anel e alguns galhos de acácia.
Com a morte de Abiud, que viajou para matar judeu-cristão, mas que teve seu corpo devorado por um lobo faminto, Moab Levy foi eleito Presidente, e imediatamente determinou que o velório fosse lembrado por todos os maçons, enquanto a Associação existisse, e suas ordens foram devidamente registradas.
Como o Presidente Herodes Agripa I havia dado ao Terceiro Grau o nome “Grau Mestre Hiram”, para completar a homenagem, o Presidente Moab Levy determinou que, toda vez que um Iniciado chegar ao Terceiro Grau, um velório deveria ser realizado, isso, para manter viva a memória do defunto matador de judeu-cristão. E essa prática perdura até nossos dias.
A partir de então, todo Iniciado que chegar ao Terceiro Grau, um ramo de acácia, a roupa e o anel de Hiram devem ser colocados em uma sala secreta da Loja, com a porta de acesso mantida aberta. Então, dois iniciados devem andar de um lado para outro procurando os restos mortais do defunto, e retornam lamentando não os haver encontrado.
O mesmo trajeto deve fazer outros cinco iniciados, e retornam chorando. Enfim, todos devem realizar a procura até encontrar seus restos na sala secreta. E uma vez encontrados, seus restos mortais devem ser colocados dentro de um caixão funerário coberto por um manto preto.
Em seguida, o caixão deve ser transportado ao Templo, tendo, no manto estampado, as palavras “morto” e “vivo”, e os iniciados devem chorar e pronunciar frases de tristeza. Nesse cenário, três velas devem ser acesas, sendo duas acima da cabeça do defunto, apontando para a Estrela do Oriente, e uma a seus pés, para simbolizar os três cravos fincados no corpo do Nazareno pendurado na cruz do Calvário.
Nesse momento de falso pesar, o Presidente deve ler algumas orações em prol da alma criminosa do defunto. Após, o caixão deve ser aberto, e o Presidente dirá: “Fale, Hiram! Conte-nos sobre sua batalha e diga quem o matou! Ouvimos dizer que você não morreu de morte natural”. Finalmente, o Presidente se ajoelhará perto da cabeça do defunto e proferir um discurso.
Ainda hoje, quando da morte de um maçom, os iniciados ficam ao redor do caixão, levam um ramo de acácia ao nariz, e em seguida o lançam dentro do utensílio funerário.
O Messias está voltando
Raimundo Nonato Freitas de Cerqueira
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Florianópolis, Santa Catarina