Comunistas saquearam a Petrobrás
No governo do general Arthur da Costa e Silva (1967-1969), em 1968, comandada por Wladimir Palmeira, a União Metropolitana de Estudantes (UME), no Rio de Janeiro, promoveu a passeata dos Cem Mil que se alastrou pelo país. Surgiram greves de trabalhadores e comandos revolucionários passaram a assaltar agências bancárias para alimentar a guerrilha.
Em 17 de abril foram estabelecidos 68 municípios como zonas de segurança nacional, dentre eles, a cidade de Itapiranga, em Santa Catarina. Em discurso na Câmara dos Deputados, Márcio Moreira Alves conclamou o povo a não aderir ao desfile militar programado para o dia 7 de setembro desse ano.
Como na reunião do dia 12 de dezembro o Congresso Nacional não atendeu à solicitação do governo militar para processar o parlamentar, na calada da noite do dia seguinte, foi baixado o Ato Inconstitucional n° 5 (AI-5), restabelecendo o poder presidencial para cassar mandatos, demitir e aposentar juízes e funcionários, acabar com a garantia de habeas corpus e aquecer a repressão militar. Nesse período, os militares criaram a pena de morte e o banimento para guerrilheiros comunistas “da guerra psicológica adversa, ou revolucionária ou subversiva”.
Com a morte do general, uma Junta Militar governou o país de 31/8/1969 a 30/10/69, período em que comandos revolucionários comunistas, da Aliança de Libertação Nacional (ALN) e do Movimento Revolucionário 8 de Outubro (MR-8), no Rio de Janeiro, sequestraram o embaixador norte-americano Charles Durke Elbrick, que posteriormente, foi trocado por 15 presos políticos, dentre os quais o jovem comunistas, José Dirceu, que, décadas depois, ocupou o cargo de ministro-chefe da Casa Civil, na gestão do presidente comunista Lula da Silva.
José Dirceu de Oliveira e Silva, vulgo General Stalinista, nasceu em Passa Quatro, Minas Gerais, no dia 16 de março de 1946. Esse advogado exerceu a função de deputado estadual em 1987 e de deputado federal em 1991, 1999 e 2003.
Líder estudantil de 1965 a 1968, no ano de 1968 foi preso na cidade paulista de Ibiúna, por ocasião do XXX Congresso da União Nacional dos Estudantes (UNE), em uma operação policial comandada pelo delegado do Departamento de Ordem Política e Social (DOPS), José Paulo Bonchristiano.
Logo, no ano seguinte de 1969, com mais outros 14 guerrilheiros comunistas, foi trocado pelo embaixador estadunidense Charles Burke Elbrick. Deportado para o México, em seguida seguiu para Cuba, onde aprendeu táticas de guerra de guerrilha.
Em 1971 retornou ao Brasil após fazer cirurgia plástica, mudou de nome e viveu na clandestinidade em São Paulo e em cidades do Nordeste. Sentindo-se ameaçado, seguiu para Cuba, e em 1975 regressou ao Brasil, fixando-se na cidade paranaense de Cruzeiro do Oeste. O comunista costumava se apresentar como Carlos Henrique Gouveia de Melo, cidadão paulista de Guaratinguetá.
No ano seguinte, o revolucionário casou-se com Clara Becker. Da união nasceu José Carlos Becker de Oliveira e Silva. E quando o filho tinha apenas um ano de vida, o agente comunista deixou a família e regressou a Cuba.
No ano de 1979, com a decretação da Lei da Anistia, esse agente guerrilheiro fez mais uma cirurgia plástica, passou a usar seu verdadeiro nome, retornou ao Brasil, fixou residência na cidade de São Paulo, e contraiu casamento com a socióloga Maria Rita Garcia. Em março de 2003, sua nova esposa foi nomeada para ocupar o cargo de assessora da presidência da Escola Nacional de Administração Pública.
O guerrilheiro foi preso em maio de 2017, por prática de corrupção e lavagem de dinheiro, acusado de haver recebido propina da empresa Apolo Tubulars, que fornecia tubos para a Petrobrás, no período 2009 e 2012.
Em 2018, após julgamento do recurso impetrado, o comunista retornou à prisão, sendo que, em junho desse ano, a Segunda Turma do Supremo Tribunal Federal (STF) mandou que o réu fosse posto em liberdade, até que o recurso fosse julgado pelo Superior Tribunal de Justiça (STJ). Pelo fato do STF acolher um habeas corpus, o réu recebeu uma tornozeleira eletrônica para ser monitorado seus passos.
O suposto agente cubano José Dirceu estava recolhido no Complexo Médico-Penal da cidade de Pinhais, situada na Região Metropolitana de Curitiba, no Estado do Paraná, desde o mês de maio de 2019, quando foi posto em liberdade, na noite do dia 8 de novembro desse mesmo ano, por determinação da juíza Ana Carolina Bartolamei Ramos, da 1ª Vara de Execuções Penais de Curitiba.
Finalmente, no dia 19 de abril de 2022, uma terça-feira, a 5ª Turma do STJ manteve a condenação do réu “em processo que apurou condutas ilícitas, cometidas pelo General Stalinista, na Petrobrás, no âmbito da Operação Lava Jato.”
O Ministério Público o denunciou de fazer uso de sua influência política, como ministro da Casa Civil, para indicar e manter apadrinhados nos quadros da Petrobrás, em troca de receber propina em contratos que a Engevix Engenharia firmaria com a Estatal de petróleo.
Em seu voto, o desembargador Jesuíno Rissato, apoiado em documentos constantes do processo, informou que “Dirceu teria recebido mais de R$ 15 milhões a título de propina e lavado mais de R$ 10 milhões.”
Apesar dos fatos, até hoje, julho de 2022, o recurso do réu nunca foi julgado pelo STJ, pois, autoridades continuam surfando nas ondas da Agenda 2030.
A Operação Lava Jato especializou-se em investigar esquemas criminosos que envolveram corrupção, desvio de dinheiro público, como lavagem de dinheiro praticado por funcionários da Petrobrás, além de diretores de corporações privadas prestadoras de serviços para a Estatal. E, “de acordo com o laudo de perícia criminal” que a Polícia Federal anexou ao processo enviado à Operação Lava Jato, o esquema criminoso causou cerca de 42,8 bilhões de reais aos cofres da Petrobrás.
Para saquear a Estatal, as empreiteiras montaram um cartel para, unidas, vencer licitações e, por meio de aditivos, aumentar o valor dos contratos firmados com a empresa petrolífera. O esquema criminoso costumava pagar “propina a diretores e gerentes” da empresa pública, como a políticos de partidos políticos do “PP, PT e PMDB por meio de doação eleitoral”.
Na entrevista que concedeu à emissora Jovem Pan, em fevereiro de 2022, registrou o periódico “O Debate Diário Macaé”, o presidente Jair Messias Bolsonaro informou “que o rombo deixado pelo [governos] do PT”, tanto na Petrobrás como no BNDES, “daria para pagar 100 transposições do Rio São Francisco”, pois, estaríamos falando de valores na casa de quase 200 bilhões de reais.
A grande maioria do povo brasileiro entende que não é preciso privatizar empresas públicas brasileiras rentáveis. Todavia, face à roubalheira que se tem agigantado nas últimas quatro décadas, em renomadas empresas públicas, o normal seria o Governo Federal estabelecer leis rígidas para punir todo ladrão de dinheiro público.
Contudo, mesmo que leis rígidas sejam aprovadas, em um curto espaço de tempo, essas leis poderão ser lançadas na lata de lixo, pois, transformaram o Brasil na nação que reúne o maior número de ladrão por metro quadrado. É sabido que até mesmo na Arábia Saudita, país árabe onde funciona a Sharia, que manda cortar a mão de ladrão, a roubalheira não foi totalmente eliminada.
Por outro lado, empresas públicas criadas no período do Governo militar, como Eletrobrás, Embratel, Telebrás, dentre outras, como a Petrobrás, é como muito bem diz o coronel Enio Gomes Fontenelle, essas corporações já exerceram sua função de alavancar a economia e o poder tecnológico da nação brasileira. E assim, infelizmente, podem ser descartadas.
Então, para se castrar a sanha daqueles que amam saquear dinheiro público, a solução é transferir corporações públicas para a iniciativa privada, e assim sepultar a ação maléfica de saqueadores da nação brasileira.
Cobiça estrangeira
Raimundo Nonato Freitas de Cerqueira
Florianópolis, Santa Catarina, Brasil, 20.06.2022
Ainda não editada