O petróleo jorrou parte 03

Rosário de desgraças

Reservas de gás

Registros mostram que o petróleo tem sido elemento gerador de muitos conflitos armados. A ganância pelo domínio de bacias sedimentares tem levado a elite financista da Cabala Negra, que controla os deuses de Washington, a que estes invadam militarmente nações detentoras de fontes de óleo negro. Para dominar as reservas de petróleo do Mar da China, o Vietnã foi invadido, depois, foi a vez do Iraque, em três ocasiões distintas, no espaço de vinte e três anos e, agora, com o Plano Colômbia, supostamente, planeja ocupar a Amazônia Continental, formada por nove nações latino-americanas. E tudo isso ocorre, porque essa elite banqueira exerce fascinação pelas imensas reservas de energia fóssil e natural da região de florestas monumentais amazônidas.

É de conhecimento geral que as reservas de petróleo norte-americanas não são suficientes para alimentar o consumo interno por muitos anos. Além de não possuir reservas suficientes, é a maior consumidora do produto. Ela, que representa 4% da população mundial, consome 33% do petróleo do planeta, o que a coloca totalmente dependente da fonte de combustível para alimentar seu parque industrial e sua máquina de guerra.

Nos dias em que o Brasil foi colônia de Portugal, pelo abominável Tratado de Methuen, firmado no dia 17 de dezembro de 1703, o monarca lusitano entregou reservas auríferas brasileiras a banqueiros britânicos controlados pela Linhagem Rothschild, cabeça das Treze Famílias Illuminati. Hoje, mais de três séculos depois, uma casta neoliberal, interna, passou a doar reservas brasileiras de ouro negro a banqueiros estrangeiros. O tempo passa, mas, governantes submissos à Agenda 2030, continuam praticando os mesmos crimes de outrora.

Antes da criação da Petrobrás, as multinacionais Esso e Shell, que aqui operavam, costumavam dizer que a plataforma continental nacional não possuía reservas petrolíferas; e, se caso houvesse, seria em escala não-comercial e de má qualidade. E quando estourou a Segunda Guerra Mundial, quase todo o combustível que essas corporações importavam, para consumo brasileiro, foi todo ele usado para abastecer a máquina de guerra estadunidense, e o brasileiro ficou chupando o dedo.

Tem sido dito que o Século XX foi a Era do Petróleo, e que o Século XXI será a Era da Energia. E por estar focada nessa visão futurista, a Petrobrás criou, em 2000, a Diretoria de Gás e Energia, sintonizada com o Protocolo de Kyoto, desenvolvendo atividades que visam reduzir emissão de gases na Atmosfera.

Para refinar óleo cru, a Estatal fenomenal possuía onze refinarias no Brasil e duas na Bolívia. O complexo Petrobrás conta com as subsidiárias Transpetro, Refap S/A, Petrobrás Distribuidora, Gaspetro e Petroquisa, operando do poço ao posto, e numa visão integrada com o meio ambiente. Sua pujança a tornou uma corporação energética internacional, com atividades na África e em oito países da América, administradas pela Área de Negócios Internacionais.

Por muitos anos o gás, um elemento integrante do óleo cru, foi considerado produto inferior, mas a partir da Guerra do Yom Kippur, em 1973, o produto passou a ser utilizado como combustível alternativo, devido à crise que foi gerada pela alta do preço do barril do petróleo no mercado consumidor.

Com atuação no campo do gás, a estatal utiliza reservas de gás natural dos campos petrolíferos do Vale Urucu-Juruá para gerar energia elétrica que abastece várias localidades da região Amazônica, cortando a selva de árvores gigantescas.

Um gasoduto de 280 km de extensão abastece a cidade de Coari, no estado do Amazonas; um gasoduto com 429 km fornece energia a Manaus, capital do Estado do Amazonas; e para levar energia a Porto Velho, capital do Estado de Roraima, a Estatal construiu um gasoduto de 500 km, na selva emaranhada.

Ela executou o Gasoduto Brasil-Bolívia, com 3.150 km, atravessando os estados brasileiros de Mato Grosso do Sul, São Paulo, Paraná, Santa Catarina e Rio Grande do Sul, para fornecer 30 milhões de metros cúbicos de gás natural.

Com a implantação do Centro de Pesquisa, a Estatal construiu parques de lubrificantes que eliminaram a importação do produto refinado; e, com a produção de gás de cozinha (GLP), contribuiu para a preservação do meio ambiente, preservando a derrubada de matas para a produção de lenha de cocção.

Até o ano de 2001 o Brasil produzia 33 milhões de metros cúbicos de gás natural, um combustível fóssil, mas o governo neoliberal, Fernando Henrique Cardoso, assinou contrato com corporações norte-americanas para transportar milhões de metros cúbicos de gás da Bolívia.

Em abril de 2003, na Bacia de Santos, a estatal descobriu 400 bilhões de metros cúbicos de gás natural, que, somados às reservas de 200 bilhões, saltaram para um montante, até esse momento, de 500 bilhões de metros cúbicos do produto.

Na gestão do governo neoliberal de Fernando Henrique Cardoso, o Brasil assinou documento com o governo boliviano para importar 30 milhões de metros cúbicos diários de gás natural, um produto que era explorado pelas multinacionais norte-americanas, Shell e Standard Oil, menina dos olhos de Cabala Negra, que então operavam na Bolívia. Nessa ocasião, não havia mercado consumidor boliviano para o produto. Então, o objetivo foi atender interesses dessas corporações, e a Petrobrás foi envolvida no negócio para atender interesses de Washington.

Gasoduto Brasil-Bolívia

O engenheiro argentino, Victor Bravo, estimou em 900 bilhões de metros cúbicos de gás natural, as reservas dos campos bolivianos. Durante a gestão do presidente Fernando Collor de Mello (1990 a 1992), o neoliberal procurou importar gás boliviano, com a falsa promessa de que iria colocar um produto muito barato para o povo brasileiro consumir.

Posteriormente, durante o governo Itamar Franco (1992 a 1994), foi assinado contrato com a YPF Boliviana. E, no governo Fernando Henrique Cardoso (1995 a 2002), o consórcio estrangeiro Booz Allen foi contratado para projetar a viabilidade financeira do Gasoduto Bolívia-Brasil, e Petrobrás ficou obrigada a construir o gasoduto, cujas obras construtivas tiveram início em 1995.

Conforme Fernando Siqueira, o então presidente da Aepet, a Petrobrás foi obrigada a arcar com o risco cambial do gás importado, com o volume de 60 milhões de dólares anuais, para subsidiar a British Oil, e sempre que o dólar sofresse processo de valorização frente ao real, o governo teria que elevar a tarifa do gás para honrar a cláusula-ouro do contrato assinado para vigorar durante o tempo de 15 anos. O governo brasileiro assumiu pagar uma “tarifa de US$ 2,581 por milhão de BTUS (Unidade Térmica Britânica) tendo como base a cotação do dólar a R$ 2,016”. Siqueira estimou que a Petrobrás teria prejuízo anual de 60 milhões de dólares, devido às futuras variações cambiais que a moeda brasileira sofreria.

A Petrobrás foi forçada a importar gás boliviano, explorado por multinacional estrangeira, e para o qual não havia mercado consumidor para esse país latino-americano. Enquanto o governo brasileiro se esforçou para atender determinações de Washington, os campos petrolíferos da Bacia de Campos, no Estado do Rio de Janeiro, e da Bacia Urucu-Juruá, na Amazônia, produziam gás natural o suficiente capaz para abastecer o mercado nacional.

Foi assim que, contrariando interesses nacionais, o neoliberal importou um gás sem mercado, produzido pelas corporações norte-americanas Shell e a Standard Oil, e levou a Petrobrás amargar prejuízos com a operação, observou Argemiro Pertence.

Em 2002, no último ano de governo do neoliberal, FHC, foram importados 14 milhões de metros cúbicos/dia, mas a Estatal brasileira teve que pagar, em dólar, o valor correspondente ao volume de gás constante na cláusula firmada. Com a obrigação de importar o produto boliviano, em dólar, e distribuí-lo em real, a Petrobrás passou a amargar enormes prejuízos.

No final do mês de abril de 2003, uma comissão constituída pela ministra de Minas e Energia, pela secretária de Petróleo e Gás e pelo diretor de Gás e Energia da Petrobrás, esteve na Bolívia tratando a respeito das cláusulas lesivas aos interesses nacionais, contidas no contrato assinado pelo governo FHC para a construção do Gasoduto Bolívia-Brasil.

A comissão não conseguiu obter do governo boliviano a remoção da cláusula que obrigava o governo brasileiro pagar, pelo gás que não consumia, como se houvesse consumido. Segundo informações da Aepet, a importação do gás boliviano, devido ao contrato lesivo assinado, a Petrobrás amargou prejuízo líquido de 1,5 bilhão de reais.

Devorador da Petrobrás

No mês de dezembro de 1902, a Alemanha, a Inglaterra e a Itália convocaram um bloqueio aos portos da Venezuela, e este devia perdurar até o dia em que o presidente e general Cipriano Castro concordasse em pagar todas as dívidas que corporações dessas nações, que operavam nessa nação sul-americana sofreram, durante a Guerra Civil.

No dia 20 de dezembro de 1907, uma frota anglo-alemã, composta por 15 navios de guerra, bloqueou os portos venezuelanos e no ano seguinte, em 1908, um golpe de estado derrubou o general Cipriano Castro, porque, durante seu governo, entre 1899 e 1908), ousou desafiar o capital monopolista de corporações britânicas, alemãs e italianas que controlavam as reservas petrolíferas da plataforma venezuelana.

Após o golpe de Estado, por 27 anos, o general golpista, Juan Vicente Gómez Chácon, que governou de 1908 a 1935, foi apoiado pela multinacional petrolífera britânica Royal Dutch Shell.

No México, por haver nacionalizado as reservas petrolíferas da nação azteca, em 1938, o presidente e general Lázaro Cárdenas, que governou de 1933 a 1940, foi duramente perseguido; e, na queda de braço com corporações internacionais que exploravam o produto, o nacionalista enfatizou:

“As companhias petrolíferas têm dinheiro, armas e munições para as revoluções. Dinheiro para a imprensa anti-patriótica que as defende; dinheiro para enriquecer os seus incondicionais defensores; porém para o progresso do país, para encontrar uma justa compensação do trabalho, elas não têm dinheiro.”

Enquanto isso, o presidente Getúlio Dornelles Vargas, por haver nacionalizado as reservas petrolíferas brasileiras, no ano de 1953, que estavam prestes a serem doadas a banqueiros da Cabala Negra, supostamente, deve ter sido eliminado.

Arthur da Silva Bernardes, mineiro de Viçosa, governou o Brasil (1922/1926) nos dias da Velha República. Por aderir à Revolução Constitucionalista de 1932, foi preso e exilado em Portugal. Em 1935, ao retornar, elegeu-se deputado federal e, dois anos depois, foi destituído do cargo pelo Estado Novo. Em 1945, voltou a participar de atividades políticas; e, em 1954, chegou a ser eleito de deputado federal.

Esse senhor café-com-leite, agora, na condição de nacionalista, passou a defender veementemente as jazidas petrolíferas brasileiras, tanto em palestras no Clube Militar quanto junto às “vozes roucas das ruas”, como um vigoroso tribuno da soberania nacional. E da tribuna do Congresso Nacional, o nacionalista bradou:

“Já tive o ensejo de dizer desta tribuna que uma das tarefas mais árduas para o político no Brasil é defender as riquezas naturais do país. Estrangeiros se mancomunam contra elas e conseguem, não raro, aliciar nacionais para trair sua pátria.”

A tentativa de desmanche da Petrobrás, por gestores neoliberais, tem sido uma grandeza. Na gestão do francês Henri Philippe Reichstul (1999/2001) e do brasileiro Francisco Gros (2002), este, executivo do Morgan Stanley, presidentes da Estatal fenomenal, vários foram os incidentes estratégicos que surgiram para denegrir a imagem da Empresa junto à sociedade. Com o francês importado, ocorreram vazamentos de óleo nas águas do mar e, com o executivo da corporação estrangeira controlada por banqueiros da Cabala Negra, a elevação do preço do botijão de gás de cozinha foi fantástica.

Nessas gestões neoliberais, a Estatal vendeu 36% de suas ações a banqueiros estadunidense, e trocou 10% das reservas petrolíferas do campo de Albacora Leste, avaliadas em 2,2 bilhões de dólares, pela sucateada e endividada Refinaria de Baía Blanca, na Argentina, propriedade da corporação espanhola Repsol. Essa rainha da sucata foi avaliada em 170 milhões de dólares, mas nenhuma sindicância foi aberta para investigar a negociação nebulosa.

Na gestão do francês Reichstul, houveram 65 acidentes com derramamento de óleo no mar, sendo 9 em 1999, 34 em 2000 e 22 em 2001.

A tentativa de desmanche da petrolífera de renome mundial vem de longa data. No governo de José Sarney (1985-1989), o maranhense foi instado pelo banco norte-americano, Crédit Suisse First of Boston, a incluir, o mesmo que entregar, subsidiárias da Petrobrás no bojo do pacote de medidas do famigerado Plano Verão, aquele que contribuiu para empobrecer e levar muitos brasileiros a se suicidarem. Por ocasião da Assembleia Nacional Constituinte de 1988, a sociedade se mobilizou para manter o controle do petróleo sob o controle da União.

Com o governo Fernando Collor de Mello (1990-1992), no curto período de dois anos no poder, o neoliberal mudou 6 presidentes e 26 diretores da Petrobrás, na tentativa de desmanchar a famosa corporação de renome mundial. Posteriormente, no governo de Fernando Henrique Cardoso, dos 60 mil funcionários qualificados, cerca de 26 mil foram demitidos, e cerca de 116 mil terceirizados, estadunidenses, foram devidamente incorporados.

Bailando no som emitido pelo Consenso de Washington, arapuca controlada pelas Treze Famílias Illuminati, quando a estatal argentina de petróleo foi privatizada por Carlos Saúl Menem, dos 37 mil funcionários da Yacimientos Petrolíferos Fiscales (YPF), um total de 30 mil foram desempregados. Posteriormente, muitos deles foram contratados pela nova gestora, ganhando metade do salário e sem nenhuma garantia social.

A Petrobrás operava em parceria com cerca de 5 mil empresas que prestavam serviços de projetos, inspeção e manutenção de suas instalações industriais; mas, com a queda do monopólio e a criação da Repetro, pelo governo FHC, isentando corporações estrangeiras de recolher impostos sobre a importação de produtos, cerca de 4.995 delas faliram, e com elas a bagagem de conhecimento nacional adquirido ao longo dos anos.

Petrobrax do devorador

Aproveitando a virada do ano de 2000, Reichstul, o gringo parisiense colocado na presidência da Estatal petrolífera, planejou tirar do nome da estatal “o sufixo Bras e as cores verde e amarelo do logotipo da empresa”. Ao ser questionado pelos meios de comunicação da artimanha arquitetada pelo gibeonita encomendado, o sujeito importado declarou: “Somos uma empresa moreninha. Mas queremos ser universal”.

Em um documento assinado por 50 civis, 24 oficiais generais, 174 oficiais superiores, 9 capitães e tenentes, componentes do Grupo Guararapes, condenaram a ação do banqueiro francês que planejou mudar o nome da estatal, de Petrobrás para Petrobrax, e alfinetaram o seu chefão nebuloso, postado na penumbra, para não mostrar a cara avermelhada:

“O cara faz o que quer, dobra o próprio salário, culpado de gravíssimos desastres ambientais, inventa essa logomarca maluca da Petrobrax escamoteando milhões de dólares e o seu patrão balança a cabeça com sinal de aprovação conivente. [...] Francamente, não dá para engolir tanto abuso.”

Cerca de 135 membros da Frente Parlamentar Nacionalista condenaram a loucura do gringo que aplicou 50 milhões de dólares para tentar mudar o nome da Estatal, na tentativa de tornar a Petrobrás palpável a banqueiros judeus cabalistas que constituem as Treze Famílias. Somente em publicidade, o antigo financista francês da American Express gastou 1,6 milhão de reais. Em repúdio, a Frente Parlamentar requereu junto ao Tribunal de Contas da União (TCU) uma auditoria para investigar todo o processo de gastos do agente parisiense, e lançou o seguinte manifesto:

“...a Petrobrás é produto da nação brasileira... É um grande marco da realização do país em áreas estratégicas mundial. Subsiste até hoje por este vínculo. Ainda não foi destruída porque é o Brasil. Procurar distanciá-la do Brasil, como ficou expresso, é colocá-la fora das pilastras de sua sustentação.

“O nome Petrobrás é uma marca construída há quase 50 anos que só júbilo, orgulho e glória propiciou ao país. É reconhecida internacionalmente como empresa sólida e como detentora de alta tecnologia, por dois prêmios internacionais que conquistou, que coloca a empresa e o Brasil na vanguarda da tecnologia mundial.

“É o símbolo do país da capacidade de seu povo de dominar a fonte principal de energia que é o petróleo. Que o X no lugar do S transmite tecnologia chega ao ridículo. A imagem da tecnologia são os prêmios que a Petrobrás conquistou, fruto de uma longa trajetória e pesados investimentos.”

O surto endêmico de privatização dos elementos estruturais da economia da nação tem a função específica de destruir o sentimento de nacionalismo do povo brasileiro. E, para concretizar o sonho de Estado Mínimo, obra prima montada pela elite banqueira do Consenso de Washington, neoliberais no poder são usados para a implantação de uma série de sabotagens em estatais produtivas, porquanto visam jogar a sociedade contra elas, exatamente, para colher os loiros do sucesso.

Os vazamentos de óleo cru no meio ambiente, a demissão de funcionários capacitados, a proibição de investir recursos e o afundamento da Plataforma P-36 foram atos de sabotagens plantados para afetar a imagem da menina-dos-olhos do povo brasileiro.

Plataforma P-36

Na madrugada de uma quinta-feira, dia 15 de março de 2001, a Plataforma P-36, operando nas águas da bacia petrolífera da cidade de Campos, no Estado do Rio de Janeiro, sofreu vários abalos, causados por explosões violentas. Desde março do ano anterior, a plataforma, avaliada em 1 bilhão de reais, operava no campo petrolífero de Roncador, extraindo óleo a uma profundidade de 1.360 a 1.853 metros. Considerada a maior plataforma do mundo, tinha uma capacidade de produção de 180 mil barris, comportava 7,5 milhões de metros cúbicos diários de gás, e até o momento das explosões, produzia 80 mil barris diários de 21 poços submarinos.

Para o presidente do Sindicato dos Petroleiros do Norte Fluminense, Fernando Carvalho, a sequência de três explosões deveu-se a vazamento de “gás passando em uma das colunas de sustentação” do equipamento. Após as explosões, a estrutura metálica ficou 24 graus inclinada, até imergir para o fundo do Oceano.

Na visão do engenheiro e ex-presidente da Aepet, Fernando Siqueira, as explosões resultaram da compra apressada de um equipamento para entrar em operação e, posteriormente, ser vendida ao “cartel das seis irmãs a preço irrisório”. Ele alegou que o tempo de nove meses de pré-operação do equipamento foi reduzido para seis meses, o que também contribuiu para o incidente ímpar na estatal.

Indignado com o sucateamento dos segmentos produtivos do país, o general de brigada, Durval Antunes Nery, presidente do Movimento Soberania e Autoestima, em entrevista a um determinado periódico, observou que o equipamento foi construído na Itália para perfurar poços, todavia, foi desviado de sua função para extrair petróleo.

Numa operação de extração, a torre metálica fica quase na extremidade da plataforma, porque por ali passam as tubulações condutoras do gás que sofre o processo de queima. Porém, desviada da função de perfuração, fizeram adaptações inadequadas para a plataforma desenvolver atividades de extração de petróleo. Com a adaptação indevida, a queima do gás, no interior do poço, se processava no centro do equipamento.

Assim, com esse erro técnico criminoso e perverso, a temperatura ambiente se tornou altíssima. Relatórios efetuados por computadores da empresa Estatal registraram vazamento de gás em uma das colunas flutuadoras do equipamento, e até mesmo funcionários chegaram a detectar vazamento de gás.

Ainda pesam acusações contra a presidência da Petrobrás, acusada de haver substituído mão-de-obra especializada, própria, por empresas prestadoras de serviços para executar atividades que exigem elevada especialização. A terceirização dos serviços de manutenção, inspeção e operação tem sido acusada de estar por detrás de uma série de ocorrências que enxovalharam a boa imagem da Estatal.

Cerca de cinco anos antes do acidente, enquanto as atividades de produção começaram a aumentar substancialmente, em sentido inverso, o quadro de funcionários da Estatal foi reduzido para 36 mil, e milhares de estrangeiros foram importados para ocupar as vagas deixadas por esses petroleiros brasileiros.

Então, funcionários experientes, treinados, capacitados, concursados e gabaritados foram demitidos, para que o comunista de casaca, terceirizasse áreas de segurança. Num período de três anos de gestão do presidente do Brasil, FHC, 32 trabalhadores brasileiros foram mortos nos 99 acidentes registrados em plataformas da Estatal, fato que levou o general Durval Nery a declarar: “A atual diretoria está levando a Petrobrás a um nível baixo de qualidade.”

A P-36 tinha capacidade para acomodar 115 pessoas, no entanto, haviam 175 funcionários operando. Após as explosões em uma das colunas de sustentação, o equipamento começou a afundar. Houve tentativas para resgatar a plataforma, com bombeamento de nitrogênio e injeção de ar comprimido por empresas especializadas.

Não houve um único trabalhador estrangeiro morto com as explosões. O número inicial de 11 mortos, eram todos eles trabalhadores brasileiros.

Irritado com o rosário de desgraças orquestrado na Estatal, o brigadeiro Ércio Braga não se conteve, ao chamar o banqueiro francês importado de “competente porque está atingindo os objetivos deles: destruir, destroçar, para então, justificadamente, vender a preço vil o que está sobrando da Petrobrás.”

O então Conselho Regional de Engenharia, Arquitetura e Agronomia (Crea), regional do Rio de Janeiro, encaminhou documentação ao Congresso Nacional, em outubro de 2001, pedindo abertura de uma Comissão Parlamentar de Inquérito para proceder investigação sobre o acidente com a plataforma que rolou para o fundo do Oceano.

O Crea alegou que houve falhas no equipamento de perfuração transformado em plataforma de produção. Ainda, alegou erro de projeto com a instalação de um “tanque de drenagem de emergência” em uma das tubulações da estrutura do equipamento. Essa adaptação, segundo o Crea, foi responsável pelo acúmulo do gás que gerou as explosões que matou petroleiros e afundou a plataforma bilionária. O documento alegou que houve omissão no relatório da Petrobrás porque eles responsabilizaram o mau funcionamento de peças, mas não apontaram os verdadeiros culpados pelo acidente.

Ao contemplar o rosário de desgraças que se abateu sobre a Estatal federal, o ex-capitão do Exército e deputado federal, Jair Bolsonaro, irritado com o desmanche da Petrobrás, externou que a estatal “está nas mãos de um francês, do bando do Fernando Henrique, que está dilapidando o patrimônio público para entregar a estatal a multinacionais a preço vil. Esse cara tem que ser decapitado, junto com seu chefe.” A plataforma havia sido adquirida sem licitação.

Relatório da Procuradoria Especial da Marinha de Guerra, órgão responsável pela investigação de desastres nas águas da soberania nacional, acusou a “Petrobrás de privilegiar o lucro em sacrifício da qualidade das operações.”

Apoiada em fatos, a procuradora Teresa Cristina Beviláqua entrou com uma representação junto ao Tribunal Marítimo, apontando a direção da Petrobrás como responsável pelo acidente da plataforma.

Prejuízos orquestrados

Vista como empresa de ponta, uma série de acidentes pontuais, a partir do ano de 2000, começaram a desfilar na ordem do dia, supostamente, para lançar a sociedade contra a famosa Estatal de pujança mundial.

Quanto mais prejuízos, melhor para justificar o sucateamento da empresa petrolífera fenomenal. O ataque à Estatal ocorreu em duas frentes de combates. Uma, de dentro para fora; e outra, de fora para dentro. O ataque externo, com a venda de ações ordinárias; e, internamente, com a demissão do quadro de funcionários especializados, prejuízos abestados, e sucateamento da estatal de renome mundial.

Em 18 de janeiro do ano de 2000, um total de 1,3 milhão de litros da Refinaria de Duque de Caxias, no Estado do Rio de Janeiro, vazou nas águas da Baia de Guanabara. No dia 11 de março, mais de 18 mil litros de óleo vazou nas águas do balneário de Tramandaí, no Estado do Rio Grande do Sul, enquanto 7 mil litros de óleo foram derramados nas águas do Canal de São Sebastião, no Estado de São Paulo. Esses vazamentos, supostamente, compuseram o plano de desmoralizar a empresa junto ao povo brasileiro.

Na visão de Hélio Luiz Seidel, então presidente do Sindicato dos Petroleiros, esses acidentes vieram para levantar a sociedade contra a estatal, ao enfatizar:

“FH colocou na direção da Petrobrás uma pessoa que era do American Express, que fazia avaliação para o Bndes. Ele está trabalhando rumo à privatização. A preconização nas condições de trabalho, nos equipamentos, fazia parte de uma política que visa colocar a opinião pública contra a Petrobrás. Foi assim com as telecomunicações, com outras estatais privatizadas.”

No dia 16 de julho de 2000, devido ao rompimento de uma tubulação na Refinaria Getúlio Vargas, na cidade de Araucária, no Estado do Paraná, cerca de 4 milhões de litros de óleo negro vazou para as águas do rio Iguaçu. Cerca de dois anos antes, em 1998, o presidente da Estatal havia desativado o posto avançado de óleo, instalado no local do vazamento, o que poderia ter impedido a tragédia que matou milhares de peixes, aves, contaminou a vegetação, afetou a agricultura e a ecologia da região. Esse foi o sétimo acidente, somente nos últimos sete meses, fruto do sucateamento criminoso da Estatal.

O Palácio do Planalto havia cortado investimentos, promovido a demissão de funcionários de áreas estratégicas, e desmontado serviços de manutenção de equipamentos da empresa. Enfim, era a mão peluda de “Caim” atuando para matar a Estatal de inanição, para, então, de mão beijada, entregá-la a banqueiros da Cabala Negra, que trabalham para ter dominação única global.

Em meados do mês de maio de 2002, devido à falha em uma válvula do navio petroleiro Brotas, mais de 10 mil litros de óleo vazaram para as águas da Baía da Ilha Grande, em Angras dos Reis, famoso litoral do Estado do Rio de Janeiro.

Meses depois, devido a uma pane no sistema elétrico da Plataforma P-34, ocorrida no dia 13 de outubro de 2002, provocou o adernamento, o mesmo que inclinação, do equipamento que operava na Bacia de Campos, litoral fluminense. Ela produzia diariamente 39 mil barris de petróleo, tinha valor de mercado de 200 milhões de dólares, e encontrava-se ancorada a 120 quilômetros do litoral, numa lâmina de água de 860 metros de profundidade. A P-34 resultou de um navio petroleiro, fabricado em 1950 e adaptado em 1994, para operar como unidade de produção.

No dia seguinte, começaram os serviços de salvamento do equipamento, com o bombeamento de milhões de litros de água do mar para dentro dos tanques de armazenamento vazios da embarcação náutica. Ela ficou inclinada 32 graus em seu lado esquerdo, devido ao deslocamento dos milhões de litros de óleo armazenados nos tanques do lado direito. Cerca de 30 dos 76 operadores se jogaram ao mar, e nadaram durante 40 minutos até chegar ao navio-rebocador mais próximo, e assim conseguiram salvar a plataforma de despencar para o fundo do Oceano.

O Alvará de funcionamento, de agosto de 2001, estava vencido há mais de um ano, no entanto, a empresa não havia regularizado a atividade do equipamento junto ao órgão público. O Sindicato dos Petroleiros do Norte Fluminense entrou com uma representação, junto ao Ministério Público do Estado, solicitando a abertura de inquérito para apurar a eventual responsabilidade por “crimes de exposição a perigo grave e inutilização de material de salvamento.”

Conforme levantamento efetuado pelo Sindicato de Oficiais da Marinha Mercante, havia apenas um único oficial da Marinha operando na P-34, quando o ideal seria, no mínimo, dois em cada plataforma extratora de petróleo.

Para o engenheiro Ricardo Maranhão, membro da Aepet, uma das causas do acidente teve origem em ações de demissões incentivadas, aposentadorias antecipadas, não realização de concursos públicos, quadro de funcionários com idade superior a 40 anos de atividades, e número superior a 100 mil trabalhadores terceirizados.

No programa de televisão, Debate Brasil, o então presidente da Aepet, Fernando Leite Siqueira, salientou que, durante toda a existência da famosa Estatal, a média anual de acidentes não passava de um. No entanto, durante a gestão de 2 anos e meio do banqueiro francês parisiense, Henri Philippe Reichstul, ocorreram 62 acidentes, com mais de uma dezena de vítimas fatais. Posteriormente, no comando do banqueiro Francisco Roberto André Gros, os acidentes saíram da ordem do dia. Foram substituídos pela elevação constante dos preços do botijão de gás e do litro da gasolina.

Os Estados Unidos da América, vendo-se num futuro próximo sem reservas de petróleo para ativar a economia e alimentar sua gigantesca máquina de guerra, montou um plano diabólico para se apoderar da biodiversidade, do mercado, de empresas estatais, de reservas de água doce, de recursos minerais estratégicos, como de reservas petroquímicas e petrolíferas latino-americanas, asiáticas e africanas. A prova foram invasões ao Iraque, Líbia, Vietnã...

O petróleo tem sido o combustível que move o mundo. Nos dias da Segunda Grande Guerra, o Brasil planejou se aliar à Alemanha para lutar contra o opressor Império Britânico que havia saqueado quase todo o ouro extraído do subsolo brasileiro, e somente não o fez porque as reservas petrolíferas brasileiras eram insuficientes. A gasolina que o brasileiro usava era importada.

Nos dias do Brasil, colônia de Portugal, devido ao Tratado de Methuen, nossas reservas de ouro foram parar em bancos britânicos do judeu Rothschild.

Agora, três séculos depois, o Tratado de Methuen tomou a forma de privatizações impostas por banqueiros judeus cabalistas que comandam a Nobreza Negra, o novo modelo de saque a nossas riquezas.

Num vergonhoso gesto de lavar as mãos em águas turvas de sangue, o neoliberal Fernando Henrique Cardoso nomeou um banqueiro francês para administrar a Estatal do petróleo, pois, o alvo era desmanchá-la para então privatizá-la.

Nesse cenário maquiavélico pútrido, o cidadão José Zeferino da Silva, desempregado, residente na cidade de Duque de Caxias, no Estado do Rio de Janeiro, foi preso por fiscais do Ibama quando vendia um casal de pardais na feira pública da cidade. O também desempregado, José da Silva, foi preso por descascar parte de uma árvore para fazer chá caseiro. Eles foram acusados de haverem cometido crime contra o meio ambiente; e este, inafiançável. No entanto, o responsável pelo derramamento de milhões de litros de óleo cru, que matou milhares de peixes, aves, vegetação, agricultores e empesteou o meio ambiente, nada lhe aconteceu. Vive fora das grades.

Vazamento de óleo e gás

Como resultado dessa Babel neoliberal, em abril do ano de 2001, um caminhão-tanque que transportava óleo para ser embarcado em um navio fundeado no porto de Paranaguá, no Paraná, bateu em um caminhão e tombou na pista, e cerca de 30 mil litros do produto vazaram para os rios dos Padres e dos Pintos, afluentes do Nhundiaquara, o curso de água que abastece a cidade de Morretes. O óleo da Petrobrás era transportado por uma empresa terceirizada, que fazia o percurso Refinaria Getúlio Vargas, em Araucária, ao porto de Paranaguá, no litoral paranaense.

Pouco dias depois, em maio de 2001, ocorreu o rompimento de um oleoduto que passava dentro de um condomínio residencial de luxo da cidade de Barueri, no Estado de São Paulo. Devido ao desgaste da tubulação, afetada pela corrosão e, não localizada pela empresa terceirizada, o conjunto residencial ficou inundado pelos 200 mil litros de óleo negro que jorrou da tubulação de 38 centímetros de diâmetro.

No dia 15 de junho de 2001 houve vazamento de gás GLP em uma tubulação ao longo da Rodovia Castelo Branco, próximo à cidade de São Paulo. E, no dia 21, o senador Geraldo Cândido declarou que a série de incidentes era “resultado de uma política de sabotagem” que visava a privatização da empresa de renome internacional. Dona de um quadro de pessoal altamente capacitado, no entanto, o banqueiro francês importado contratou empresas terceirizadas para a prestação de serviços de manutenção de plataformas, refinarias e tubulações da estatal.

O senador enfatizou ainda que não se podia “alegar surpresa com tais acidentes, pois vêm ocorrendo ao longo dos 6 anos e meio do mandato de um homem que pretendia ser o novo Juscelino Kubitscheck, que preconizou o fim da Era Vargas e que estava levando o país ao tempo das lamparinas e lampiões” a querosene.

Na manhã do dia 18 de outubro desse mesmo ano de 2001, uma quinta-feira, o navio Norma bateu em uma pedra e ficou encalhado na saída do canal do porto de Paranaguá, no Estado do Paraná. Um dos tanques da embarcação rompeu, e despejou uma enorme quantidade de nafta nas águas do mar. Por ser a nafta um combustível de elevado poder inflamável, o espaço aéreo foi fechado e a circulação de barcos na região foi proibida.

O risco de explosão era enorme. O navio da Petrobrás transportava 20 milhões de litros de nafta para o Terminal Almirante Dutra, em Tramandaí, no Estado do Rio Grande do Sul. Com o vazamento, emissoras de comunicação passaram a orientar os cerca de 7 mil moradores da região ribeirinha a não acenderem fósforos, ou mesmo acionar aparelhos elétricos, até o controle total da situação desagradável.

Mas, o rosário de desgraças não parou. Em 24 de novembro, ocorreu mais um vazamento de óleo na Refinaria de Manguinhos, e contaminou as águas da Baía da Guanabara e faixa litorânea da cidade de Niterói, região metropolitana do Estado do Rio de Janeiro.

Devido a uma série de dardos desferidos conta a Estatal fenomenal, esta, ficou classificada como vice-campeã mundial em fomentar a morte de petroleiros, porque, no topo da desgraça, ficou uma empresa petrolífera da Nigéria, que a superou na competição. Finalmente, no dia 6 de dezembro, uma terça-feira, a imprensa publicou que o presidente da Petrobrás, o banqueiro parisiense, Henri Reichstul, foi vomitado do cargo. A passagem do cargo ocorreu no dia 2 de janeiro de 2002.

Pulverização de ativos

O zelo da Petrobrás por seu nome era uma coisa tão fantástica, que não se admitia estrangeiro(a) comprar ações da empresa, e nem mesmo brasileiro(a) casado(a) com estrangeira(o) podia também fazê-lo. Mas, neoliberais palacianos, iluminados pelo Consenso de Washington, mudaram as regras, supostamente, para colocá-la no colo de banqueiros da Cabala Negra, que trabalham para estabelecer um império único planetário.

O general Leônidas Cardoso muito lutou para criar a Petrobrás; no entanto, seu filho, Fernando Henrique Cardoso, trabalhou tenazmente para privatizar a Estatal. Para acabar com o monopólio do petróleo, esse presidente neoliberal, enviou ao Congresso Nacional cerca de seis emendas à Constituição Brasileira, e numa delas constou a quebra do monopólio da União exercido pela Petrobrás.

Em agosto de 1997, esse presidente, neoliberal de carteirinha, sancionou a Lei 9.478/97, e esta acabou com o monopólio da Estatal que seu pai e seu tio, ambos generais, tanto trabalharam para criá-la. Conforme o Artigo 26 dessa Lei neoliberal, a empresa que extrair petróleo, em solo brasileiro, torna-se proprietária desse petróleo, como pode exportá-lo para onde quiser.

Ficou de fora da Lei 9.478/97 o controle das jazidas constantes das 88 áreas ofertadas nos leilões das quatro rodadas realizadas em seu governo.

Na caminhada de privatizar a Estatal de renome mundial, a Lei sancionada pelo neoliberal a fatiou em várias unidades de negócios, e dos 90 mil funcionários, altamente capacitados, 54 mil deles foram demitidos.

No ano de 1998, em sua caminhada para desmanchar a menina-dos-olhos do povo brasileiro, o neoliberal colocou quatro empresas estrangeiras e duas nacionais no 12º andar do edifício sede da Petrobrás, na cidade do Rio de Janeiro, e as corporações tiveram “acesso a dados técnicos, financeiros, econômicos, estratégicos e sociais” da Estatal. A serviço do Bndes, esse consórcio de empresas empreendeu uma avaliação patrimonial da Petrobrás, exatamente, para atender à intenção do governo neoliberal de vender ações da petrolífera nacional.

Com a quebra do monopólio, a União passou a deter, na Estatal, o lote de ações correspondente ao controle mínimo do capital mais uma (51%), e as demais ações, sob controle da União, ficaram estruturadas para serem vendidas a banqueiros da Nobreza Negra que comandam a política de Washington.

Essas corporações penetraram, inclusive, numa área restrita a uma grande maioria de funcionários. O servidor que ali penetrasse, sem a devida autorização, era punido severamente. Gerentes e técnicos da estatal que penetrassem nessa área, “sob pena de punição”, tinham que responder a uma enormidade de questionários; e, ao deixar a sede da estatal, essas empresas reuniam, em mãos, todo um “tipo de informação relativa a projetos, planos estratégicos e segredos empresariais”. Enfim, se apropriaram de segredos industriais fenomenais.

Bautista Vidal e Gilberto Vasconcellos, no livro, Petrobrás – um clarão na história, registraram que, ao assumir a presidência do Brasil, em 1995, o neoliberal Fernando Henrique remeteu uma carta a José Sarney, então presidente do Senado, declarando que a Petrobrás, jamais, seria privatizada.

Para manter a primeira-ministra britânica Margareth Thatcher no poder, a linhagem banqueira judaica-britânica Rothschild preparou o ambiente para fomentar a Guerra das Malvinas. De um lado estava o banqueiro britânico preparando o terreno, do outro, o inquilino da Casa Branca incentivando o general argentino, Leopoldo Fortunato Galtieri Castelli, a proceder a invasão do Arquipélago das Malvinas, como “prometendo-lhe neutralidade” no conflito armado.

A vitória britânica levantou o povo a manter Thatcher no poder para concretizar as privatizações. Pulverizar a posição acionária do Estado na bolsa de valores foi a técnica que Thatcher usou para privatizar estatais inglesas. Com as privatizações, a Linhagem Rothschild e seus associados assumiriam o controle acionário, comprando percentagens do capital votante. Vitoriosa na Guerra das Malvinas, Thatcher ganhou mais quatro anos de governo. Nos 12 anos que passou no poder, concluiu todo o processo de privatização.

No Brasil, a Linhagem Rothschild comprou a Companhia Siderúrgica Nacional, a Vale do Rio Doce, a Comgás e, associado a espanhóis e portugueses, comprou o sistema telefônico, e tem seus olhos voltados para a Petrobrás, Banco do Brasil e Caixa Econômica Federal, comprando ações ordinárias com direito a voto.

Em fevereiro do ano 2000, uma comitiva da Agência Nacional do Petróleo (ANP) esteve em Londres para participar de uma segunda rodada de licitações para exploração de petróleo brasileiro. Essa rodada incluiu reuniões com a Sociedade Britânica de Geólogos do Petróleo e com representantes de 700 indústrias do setor petrolífero britânico.

Segundo o cientista baiano, Bautista Vidal, ao assumir a direção da ANP, David Zylbersztajn, então genro do presidente FHC, dirigindo-se a uma plateia de empresários estrangeiros, declarou: “O petróleo agora é vosso.”.

A venda de ações sinalizava a privatização da Estatal. Em agosto desse ano, o trabalhador brasileiro foi incentivado a usar recursos do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço para adquirir ações da Petrobrás. O valor arrecadado de 8,5 bilhões de reais foi usado para pagar juros da dívida pública contraída junto a banqueiros judeus cabalistas que comandam o Banco Mundial.

Por contas do desmanche para doar nossas reservas de petróleo, na Bolsa de Valores de Nova Iorque foram vendidas 31,70% das ações ordinárias da Estatal, que seu pai ajudou a criar, para doá-la a banqueiros que trabalham para estabelecer um governo único planetário.

O ex-diretor da Petrobrás, Ildo Sauer, afirmou na quinta-feira, dia 4 de setembro de 2008, que em maio do ano passado, quando o governo comunista Lula da Silva tinha conhecimento sobre as descobertas de petróleo na camada pré-sal, apresentou ao ministro da Fazenda, Guido Mantega, um projeto para a recompra de 30% do capital da empresa negociado em Nova Iorque por meio das ADRs (American Depositairy Receipts).

Na ocasião, esse ex-diretor da Petrobrás registrou: “A Petrobrás tem 30% de seu capital que foi vendido, em agosto de 2000, pelo governo Fernando Henrique Cardoso, por US$ 5 bilhões. Hoje, isso deve estar valendo US$ 70 bilhões. Chegou a valer US$ 120 bilhões. Ano passado valia US$ 30 bilhões. Eu disse: ‘Mantega, pega US$ 30 bilhões lá de fora. Você está perdendo dinheiro, porque você paga juros de 7% a 10% aqui dentro’. Não foi feito porque não quiseram”, afirmou Sauer, referindo-se às reservas brasileiras em dólar.

No dizer de Argemiro Pertence Neto, então vice-diretor de comunicações da Aepet, FHC “começou a sabotar a Petrobrás quando colocou na direção da empresa o banqueiro Henri Philippe Reichstul [ligado ao grupo American Express] e na direção da Agência Nacional de Petróleo seu [ex] genro David Zylbereztain.”

Segundo Argemiro Pertence, o início do desmanche continuou com a doação do lote de 28,48% das ações ordinárias da Estatal colocadas na Bolsa de Valores de Nova Iorque. E sua espetada foi ainda mais violenta, ao mapear o tamanho da doação das reservas de petróleo do povo brasileiro a banqueiros da Cabala Negra que controlam Washington:

“O Bndes [Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social] colocou para avaliar os lotes destas ações seis empresas de consultoria, sendo quatro estrangeiras dentro da Petrobrás. Eles ficaram lá seis meses, registrando informações técnicas, investimentos, perfil geológico, número de empregados, salários, etc. Além disso, a Lei 9478/97 obrigou a Petrobrás a transferir dados geológicos e técnicas, que está disponível para quem a ANP quiser fornecer. Então, já há como obter conhecimentos fantásticos sobre a estrutura da empresa e seu now-how.”

O então presidente da Associação dos Engenheiros da Petrobrás (Aepet), Fernando Siqueira, enfatizou que 18% das ações da estatal, avaliadas em 90 bilhões de dólares, por profissionais da Aepet, foram vendidas pela bagatela de 8 bilhões de reais, conforme uma avaliação efetuada pela Merril Lynch. Essa corporação ianque havia passado um ano na sede da Petrobrás, por Henrique Cardoso, e teve acesso a todas as informações da Estatal.

A venda de ações teve a função, não somente de desmanchar a Estatal, mas também de reunir dinheiro para pagamento de juros ao FMI.

Problemas ecológicos

Há quase um século, o Brasil vinha efetuando pesquisas geofísicas na Amazônia, e foi assim que, na região do Rio Juruá-Urucu foi descoberta uma reserva de 500 milhões de metros cúbicos de gás e 500 milhões de barris de petróleo. No dia 12 de outubro de 1986 foi efetuado o primeiro furo na região do Rio Urucu.

Nesse santuário ecológico e, em condições de difícil acesso, a estatal encontrou petróleo ultraleve de elevado valor comercial. Sem agredir o meio ambiente, o produto vem sendo extraído de forma sublime, tanto que recebeu o certificado ISO-14.000. Assim, a estatal vem extraindo ouro negro no coração da selva, em harmonia ecológica compartilhada com o meio ambiente, com a flora, com a fauna e com o habitante da floresta.

A mistura de sais minerais a produtos químicos, usados na perfuração de poços de petróleo, forma a chamada lama de perfuração. E caso a empresa petrolífera não tenha compromisso algum com o meio ambiente, mas, o compromisso de gerar lucro para seus investidores, essa lama de perfuração irá se acumular em lagoas de decantação, que, além de empestear o meio ambiente, vegetais, animais e seres humanos, escoará para rios da região, poluindo-os com resíduos ácidos letais.

Esse fato foi muito bem especificado pelo engenheiro Argemiro Pertence, sócio da Aepet, ao registrar:

“A Nigéria é um país pobre que exporta muito petróleo, talvez por isso seja muito pobre. Quem estava lá era a Shell, havia 30 anos, em torno do Rio Níger. Os colonizadores viveram em mar de petróleo. A Shell derramou tanto óleo lá que os nigerianos dessa região não conseguem mais criar gado ou plantar milho, e o índice de doenças coronárias é altíssimo, porque a Exxon e a Shell queimavam o gás excedente em plena praça pública, nas vilas, aldeias, em regiões habitadas. Há pessoas que têm doenças respiratórias. Quando o óleo acabou, a Shell foi embora. [...] A Shell largou a Nigéria imunda, vendeu sua preciosa riqueza, tornou seu solo imprestável até para o plantio. Ou seja, a Nigéria ficou muito mais pobre.”

Os graves problemas ecológicos causados pela petrolífera estadunidense Chevron ao meio ambiente equatoriano, evidenciam o risco causado por exploração predatória de corporações que visam exclusivamente gerar lucro para seu quadro de acionistas. Entre 1967 e 1990, a multinacional explorou petróleo nas províncias de Sucumbias e Orellana, lançando a lama de perfuração sobre o solo da região. Com o tempo, os dejetos lançados a céu aberto infiltraram para rios e riachos da região.

Segundo pesquisas do Instituto de Epidemologia e Saúde Comunitária Manuel Amunarriz, várias comunidades passaram a correr risco de contrair graves enfermidades, porque “os rios habitualmente utilizados pelos moradores estão contaminados com petróleo em proporção 200 a 300 vezes acima do limite permitido para a água de consumo humano.”

No dia 22 de agosto de 2003, mais de 50 mil equatorianos entraram com uma ação judicial contra a corporação petrolífera Texaco, que é propriedade do banco JP Morgan Chase, e que pertence ao grupo Rockfeller, acusada de haver lançado no solo e nos rios da Bacia Amazônica, cerca de 18 bilhões de galões de lama de perfuração, elemento tóxico que matou animais, vegetais, poluiu cursos de água e gerou surto de câncer em camponeses.

Devido aos danos causados ao meio ambiente e a seres humanos, os promotores exigiram uma indenização de 1,5 milhão de dólares, além do pagamento de 10% do montante para indenizar habitantes da região. Exigiu-se que a multinacional efetuasse a limpeza dos 351 poços de petróleo que explorou, dos rios, dos pântanos e dos tanques artificiais que contaminou. Acusou-se a empresa de focar, apenas, em dar lucro ao quadro de acionistas; portanto, sem compromisso com humanos, animais, vegetais, cursos de água e meio ambiente.

Como o rosário de desgraças não se cala, fruto de corporações que visam apenas gerar lucro para seu quadro de investidores, no dia 2 de abril de 2004, a multinacional Royal Dutch Shell Group foi denunciada por crime ambiental, pela Procuradoria da República, acusada de ter contaminado a Vila Carioca, um bairro da Zona Sul da cidade de São Paulo, causando danos diretos ao meio ambiente e à comunidade de 30 mil habitantes. A multinacional tinha uma base de operações instalada na região.

Inspeções efetuadas dois anos antes, pela Companhia de Tecnologia de Saneamento Ambiental (Cetesb), geraram auto de infração com aplicação de penalidades de advertência. E, apesar de haver assinado um Termo de Compromisso de Reparação, a empresa não cumpriu as exigências solicitadas. Mesmo sendo multada quatro vezes, a multinacional não tomou nenhuma providência para sanar o problema ambiental.

Os relatórios da Cetesb registraram que moradores sofriam com odor desagradável de gás, gasolina, combustível e óleo no ar que respiravam, principalmente durante a noite. A ANP foi também denunciada por haver emitido um relatório atestando a normalidade das atividades da corporação, que, há dezenove anos, operava sem Alvará de Funcionamento .

Em 2011, a Chevron Corporation enfrentou cerca de 20 bilhões de dólares em ações cíveis por causar vazamento de 3,5 mil barris de petróleo na bacia de Campos, numa demonstração de desleixo com o meio ambiente.

Na extração de gás natural por meio de fraturamento hidráulico, o processo começa com uma perfuração até a camada rochosa de xisto. Após atingir uma profundidade de aproximadamente 1,5 mil metros, uma bomba injeta água com areia e cerca de 600 produtos químicos em alta pressão. A pressão aumenta a concentração de metano na água potável em locais próximos ao poço, o que causa aumento de fissuras na rocha, e isso permite libertar o gás aprisionado que flui para a superfície.

Numa película de Hollywood, Terra Prometida, um rebanho morreu após beber água contaminada por produtos químicos resultantes de faturamento hidráulico.

Segundo especialistas e organizações defensoras do meio ambiente, dentre a gama nociva de principais impactos ambientais, encontra-se a contaminação de cursos de água, do solo, riscos de explosão com a liberação de gás metano, consumo excessivo de água para provocar o fracionamento, a utilização de substâncias químicas para alimentar a exploração, como o surgimento de movimentos tectônicos geradores de terremotos.

O processo de fraturamento hidráulico é proibido na França e na Bulgária, enquanto Irlanda, República Tcheca, Romênia, Alemanha e Espanha declararam a essa técnica de extração, para efetuar uma análise mais aprofundada sobre os impactos ambientais.

Em experiências realizadas nos Estados Unidos da América, devido a presença de gás resultante do processo de faturamento de rochas, a rede hidráulica de edificações ficou contaminada com produtos químicos. No Estado do Texas, cerca de 30 cidades ficaram sem água potável, e a contaminação atingiu animais da região.

Quando uma empresa tem compromisso com o meio ambiente, as coisas caminham normalmente. Apesar do santuário ecológico amazônida apresentar condições de difícil acesso, a Petrobrás encontrou petróleo ultraleve, de elevado valor comercial. E, sem agredir o meio ambiente, o petróleo vem sendo extraído de forma sublime; tanto que recebeu o certificado ISO-14.000. A namoradinha do povo brasileiro vem extraindo ouro negro no coração da selva, de forma compartilhada com o meio ambiente, com a flora, com a fauna, com os cursos de água e com o habitante da floresta.

A mistura de sais minerais a produtos químicos usados na perfuração de poços de óleo e gás, forma a chamada lama de perfuração, que se acumula em lagoas de decantação. Com o passar do tempo, a lama vai paulatinamente poluindo o solo, o ar, os vegetais, os animais, o ser humano, os cursos de água, enfim, o meio ambiente com resíduos tóxicos.

A Petrobrás, por ser uma empresa pública, está revestida de todo esse cuidado, o que não ocorre com uma empresa voltada, exclusivamente, para dar lucros a seu quadro de acionistas; e tais atitudes poderão afetar o meio ambiente com os leilões que estão sendo ofertados pelo governo brasileiro, desejoso de arrecadar recursos para formar superávit primário.

Raimundo Nonato Freitas de Cerqueira

Florianópolis, Santa Catarina, Brasil, 18.11.2014

Ainda não publicado

RNF Cerqueira
Enviado por RNF Cerqueira em 21/05/2022
Reeditado em 03/06/2022
Código do texto: T7520756
Classificação de conteúdo: seguro
Copyright © 2022. Todos os direitos reservados.
Você não pode copiar, exibir, distribuir, executar, criar obras derivadas nem fazer uso comercial desta obra sem a devida permissão do autor.