A maçonaria do rei Agripa
Introdução aos fatos
01. O discípulo Simão Pedro, filho de Jonas, foi duas vezes preso por ordens do Sinédrio judaico, devido a uma ferrenha perseguição religiosa comandada pelo sumo sacerdote que presidia a Suprema Corte de Justiça, devido ao crime de doutrinar o povo com os ensinamentos que aprendera com seu mestre Jesus de Nazaré.
02. No ano 37 a.C., devido à grande influência política do general Júlio César, o Senado Romano nomeou Herodes como rei da Judeia, fato que o levou a se tornar conhecido como Herodes, o Grande. Apesar de contar com o apoio de tropas judaicas na Batalha de Accio, travada no ano de 30 a.C., o general Marco Antônio foi derrotado. Nessa ocasião Otávio Augusto esteve em Jerusalém, e Herodes se aliou ao imperador romano, contra o qual havia lutado.
03. Alvo de várias tentativas de ser deposto, no ano 6 a.C., Herodes mandou matar Aristóbulo, filho que teve com a rainha hasmoneana Mariana. Encontrando-se presente ao julgamento, e temendo que o garoto Agripa tivesse o mesmo destino dado a seu pai, ao retornar a Roma, o imperador Otávio o levou consigo, sendo criado e educado no palácio junto com Cláudio César e Caio Calígula.
04. Com uma excelente formação secular e com uma enorme influência política, quando Caio Calígula se tornou imperador romano, nomeou seu amigo Agripa rei sobre as tetrarquias de Herodes Filipe e Lisânias, no ano 37 da Era Cristã. E, no ano 41 d.C., ao assumir o cargo de imperador romano, Cláudio César, acrescentou-lhe os territórios da Judeia e de Samária. Com esse apoio, Agripa se tornou senhor de quase toda a Palestina. Pelo fato de ser da linhagem dos hasmoneus, o rei judeu buscou exercer um governo bem popular, e contou com apoio total dos fariseus.
Interpretação dos fatos
Palácio de Jerusalém
01. Ao se tornar um governo popular, o rei Agripa I, ao entender que nem Herodes, o Grande, nem Herodes Arquelau, nem Herodes Antipas, e nem o Sinédrio haviam conseguido extirpar o Cristianismo, tomou para si a responsabilidade de matar a todo judeu que se tornasse seguidor de Jesus de Nazaré.
02. Então, no dia 24 de junho do ano 43 da Era Cristã, em uma sessão secreta realizada em uma das instalações do Palácio de Jerusalém, Hiram Abiud, conselheiro do reino, apresentou-lhe o plano para a fundação de uma sociedade secreta que extirparia o Cristianismo, com a matança de todos seus seguidores, por meio de uma força misteriosa.
03. Na segunda reunião, que ocorreu no dia 25, que contou com a presença dos conselheiros, Hiram Abiud e Moab Levy, o monarca fez a abertura da sessão, na qual trataram de encontrar um meio eficaz de matar os seguidores do movimento cristão que crescia enormemente.
04. Após ouvir as explanações dos dois conselheiros, o monarca fez a escolha dos nove nomes que comporiam os quadros da sociedade secreta, os quais foram agraciados com o título “irmãos”. Na sessão que ocorreu no dia 26 ocorreu o juramento de cada membro que comporia a sociedade secreta criminosa A Força Misteriosa.
05. No dia 4 de novembro, data em que ocorreu a primeira reunião oficial, e da qual participaram os nove membros-fundadores, em um ambiente subterrâneo e secreto do Palácio de Jerusalém, o Presidente de A Força Misteriosa outorgou a cada membro-fundador o título de grau 33; e por Hiram ser órfão de pai, desde a infância, a Sociedade, para honrá-lo, passaria a ser, também, chamada de “A Viúva”. Tudo foi aprovado e devidamente registrado. A partir dessa decisão, os membros-fundadores seriam chamados de “Os Filhos da Viúva”, porque “a viúva sempre precisa de ajuda e amparo”. Os 33 graus foram criados para simbolizar, ao longo dos séculos, os 33 anos do Senhor Jesus de Nazaré, a quem o monarca se referia como “a idade do Impostor”.
06. Após os nove membros-fundadores firmarem suas assinaturas, o rei tomou um exemplar da Bíblia Hebraica, a Torá, no formato de pergaminho, a colocou sobre a mesa, e disse: “Façam o que eu fizer”. Em seguida, pôs a mão direita sobre a Bíblia, e todos os membros fundadores fizeram o mesmo, e com a outra mão seguraram o pergaminho do Juramento Geral.
07. Agripa teve a primazia de ser o primeiro a fazer o juramento, vindo os demais em seguida. Terminado o juramento, o monarca informou-lhes que, até o intervalo da próxima sessão, os membros deveriam extrair uma cópia do documento tenebroso.
08. No prefácio da edição inglesa, de A Força Misteriosa, em poder do judeu-russo Joseph Levy, constava o texto original do manuscrito hebraico que havia sido herdado de seu ancestral Moab Levy, um dos nove membros-fundadores da sociedade secreta.
09. Então, depois de vários séculos de penumbras, o elo da corrente sucessória foi rompido, e tudo se tornou exposto ao mundo, exatamente, no momento em que uma cópia do documento original não foi deixado para o filho do filho, mas, para o filho de sua filha. E foi assim que um descendente dessa filha traduziu o documento secreto para o idioma francês.
10. Conforme o texto sagrado contido no livro de Eclesiastes (12.14), “...Deus há de trazer a juízo... tudo o que está encoberto...”, é enfático ao declarar que tudo o que o ser humano fizer, às escondidas, um dia, será exposto aos raios luminosos do Sol.
11. Advogado e político de Piracicaba, o candidato do Partido Republicano, Prudente José de Moraes e Barros, foi eleito primeiro presidente civil brasileiro, em março de 1894.
Sendo amigo do judeu Lawrence George Samuel Lawrence, o apresentou a seu secretário, o maçom libanês Awad Khoury; este, no ano de 1897, traduziu o manuscrito hebraico, Dissipando as Trevas, do idioma francês para o árabe.
12. Com a tradução do manuscrito para o francês, uma cópia ficou com Awad e a outra com Lawrence. No ano de 1898, o libanês retornou a seu país, levando consigo a cópia do documento que o considerava “um tesouro indescritível e uma relíquia inestimável”. Além de secretário do presidente brasileiro, Awad era comerciante no Rio de Janeiro.
13. O judeu protestante, amigo do presidente Prudente de Moraes, e último descendente de sua linhagem, foi um dos proprietários do manuscrito Dissipando as Trevas, o documento que expôs ao Sol a organização secreta criada por judeus cabalistas para matar a todo judeu-cristão, como a de tornar o Judaísmo religião mundial única .
14. O judeu Nathan Levy (1717/1810) casou sua filha, Ester Levy (1753/1793), com o judeu Samuel Lawrence (1742/1795), que não era da dinastia Levy. Como Nathan Levy não teve herdeiro do sexo masculino, nem parente próximo, entregou a História (cópia do Estatuto Original de A Força Misteriosa), a seu neto James (Jonas) Levy, filho do casal Ester/Samuel; ou seja, para alguém que não era herdeiro legal da Associação (A Força Misteriosa), o que caracterizou ilegalidade do princípio estabelecido pelos nove membros-fundadores.
15. Posteriormente, James Levy (1775/1825) se casou com a protestante britânica Janet (1785/1854), filha de John Lincoln. Foi James quem traduziu a História para o idioma português, dividindo-a em duas partes, com acréscimo de material colhido em pesquisas e investigações que empreendeu. Todavia, sem condições de publicar a obra literária, o casal protestante deixou a árdua tarefa para seus descendentes executá-la.
O martírio de Tiago Atos 12.1-5
01. Após a criação da sociedade secreta criminosa, e lançar mão de um ato que se tornou muito popular entre a liderança religiosa judaica, o monarca Herodes Agripa I manou prender ao discípulo Tiago, filho de Zebedeu, e o matou, dando assim início à organização que, por dezessete séculos matou a todo judeu-cristão, não somente em Israel, mas em toda nação onde funcionou uma colônia judaica estabelecida.
02. Sentindo que fariseus e saduceus, que constituíam a nata dominante da sociedade, se alegravam com a perseguição religiosa comandada pela monarquia, o rei mandou prender a Pedro, líder máximo do Cristianismo, no início dos festejos da Páscoa do ano 43, e o colocou na prisão, tendo pés e mãos algemadas, o qual era dia e noite vigiado por quatro equipes de quatro soldados cada. Uma vez findos os sete dias dos Pães Ázimos, o prisioneiro seria degolado, para alegria do Sinédrio judaico.
03. Nessa época, o Estado de Israel era colônia do Império Romano, e este costumava dividir as doze horas da noite em quatro vigílias de três hora, sendo que quatro guardas montavam cada vigília da noite, ou seja, o prisioneiro era vigiado durante as 24 horas do dia. Sua execução deveria ocorrer após a Páscoa, pelo fato de o monarca não desejar “violar os costumes” do povo judeu. Entretanto, durante os dias em que Pedro permaneceu preso, um grupo de cristãos, em Jerusalém, se reunia para interceder junto ao Eterno, pois, se mantinha esperançoso de uma intervenção divina.
Pedro foi resgatado Atos 12.6-11
01. Precisamente na madrugada que antecedeu a manhã do dia em que o prisioneiro seria apresentado aos membros do Sinédrio para ser sacrificado, um ser angelical foi enviado à prisão, onde o condenado se encontrava acorrentado, dormia o sono da morte entre dois soldados, e mais dois outras sentinelas encontravam-se protegendo a porta de acesso do cárcere.
02. O ambiente escuro da prisão, inesperadamente, ficou iluminado por uma luz resplandecente. Nesse momento, o anjo tocou em seu dorso, Pedro despertou, levantou-se depressa, as cadeias foram removidas, vestiu sua túnica, colocou as sandálias nos pés, cobriu-se com sua capa, e seguiu o personagem que o despertou, sem ter a mínima consciência do que estava acontecendo.
03. Após passar pela primeira e pela segunda sentinela, a porta de ferro do presídio se abriu, sem que alguém a tocasse, e chegaram a uma das ruas da cidade, momento em que o anjo desapareceu repentinamente. E foi somente nesse momento que Pedro tomou consciência de que havia sido resgatado por uma intervenção divina.
04. Durante o curto período de resgate, o prisioneiro encontrava-se entorpecido, ou seja, se comportava como alguém que sonhava sobre o que lhe acontecia. Uma vez livre da prisão na Torre Antônia, e ter os sentidos recuperados do torpor, o cristão se dirigiu em busca de amigos.
Pedro na casa de Maria Atos 12.12-17
01. Livre das algemas, o pregador dirigiu-se à casa de Maria, mãe de seu colega João Marcos, sem saber que um grupo de cristãos estavam reunidos em intercessão por sua libertação. Ele bateu no portão do pátio da residência, e a criada Rode foi verificar quem era a pessoa que, a essa hora da madrugada, causava tamanho barulho. Ao reconhecer que a voz era de Pedro, ao invés de abrir o portão, tomada por um enorme entusiasmo, retornou ao ambiente interno da residência, e avisou a todos que era Pedro quem estava batendo no portão de entrada do imóvel.
02. Aqueles que intercediam pela sua soltura, a tomaram com alguém que estava fora de si, e não acreditaram no que a criada lhes dizia. E como Pedro continuava a bater insistentemente no portão, este foi aberto e a pessoa que o abriu, ao ver que era Pedro quem ali estava, ficou pasmada. Pedro descreveu aos presentes tudo o quanto lhe havia acontecido, alegrou a todos, e em seguida tratou de escapar para um local de segurança. Tem sido dito que nunca mais se soube o exato lugar para onde Pedro se dirigiu, por questão de segurança.
03. Estima-se que a casa de Maria funcionava como centro de reuniões regulares da Igreja Cristã, e que nela foi realizada a Última Ceia que o senhor Jesus Cristo ministrou a seu seleto grupo de discípulos antes da crucificação. Quando a governanta Rode anunciou que Pedro batia no portão, os cristãos reunidos na casa de Maria criam que não era Pedro quem ali se encontrava, mas “seu anjo da guarda”. Segundo a crença judaica dessa época, “supunha-se que o anjo da guarda de uma pessoa se parecesse com a pessoa que ele protegia”.
04. A partir dessa data, Tiago, filho de José e Maria, tornou-se o líder da Igreja Cristã de Jerusalém.
Conclusão dos fatos
A morte de Agripa Atos 12.18-23
01. Quando amanheceu o dia, o monarca mandou buscar a Pedro no cárcere para ser apresentado a uma elite de fariseus e saduceus, antes de ter seu pescoço decepado, mas ficou profundamente irritado ao ser informado que o prisioneiro havia escapado. O monarca mandou instaurar um inquérito, e em seguida os guardas foram executados. Conforme um costume adotado pelos romanos, o soldado que tivesse um prisioneiro sob sua custódia respondia por sua vida, caso esse escapasse.
02. No ano de 44, estando em sua residência oficial na cidade litorânea de Cesareia, o monarca se reuniu com autoridades fenícias das cidades de Tiro e de Sidom, para tratar de assuntos comerciais pendentes.
03. Pouco tempo depois, o monarca organizou jogos solenes em honra ao imperador romano Cláudio César, e convidou a nobreza e os grandes de seu reino para o evento festivo. No segundo dia dos jogos, compareceu de manhã ao teatro portando uma vestimenta provida de um forro de prata trabalhado com esmerada arte. E no momento que os raios do Sol incidiam sobre suas vestes resplandecentes, o reflexo causado pela sua roupagem levava a plateia a se sentir tomada por um enorme estado de temor.
04. Nesse momento de euforia, seus admiradores passaram a dizer que, até então, o tinham visto como um ser humano, mas, que a partir de então, deveriam reverenciá-lo como um deus, e rogaram-lhe que se lhes mostrasse favorável a respeito, e o monarca deu-lhes a devida permissão.
05. Devido a essa autorização insana, o Rei e Venerável Mestre da Maçonaria soltou um profundo suspiro, e passou a sentir algo estranho corroer suas entranhas. E não deu outra. Juízos desabaram sobre o chefão da organização criminosa, criada, exclusivamente, para matar seguidores de Jesus de Nazaré .
06. O membro-fundador de A Viúva, Hiram Abiud, comentou a morte estranha do Presidente de A Força Misterioso e monarca judeu, declarou que no exato momento em que as diversas Lojas Maçônicas se encontravam no auge da matança de cristãos, o presidente e rei “contraiu uma doença nos olhos e ficou cego” durante cinco dias, e em seguida ficou paralítico.
07. Exatamente, por não haver repreendido a multidão, e por não rejeitar o título divino que lhe deram, é que a mão do Eterno pesou sobre o chefão da Maçonaria, que, além de passar quase uma semana sofrendo amargas dores estomacais, ficou cego, paralítico, e seu corpo foi devorado, quando ainda vivo, por vermes, no ano 44 da Era Cristã. Foi brincar com o Eterno e sofreu as consequências de suas desobediências.
Questionário dos fatos
01. Após a partida de seu mestre Jesus de Nazaré, os discípulos foram bem recebidos pela liderança religiosa-política do Estado de Israel?
Não, não foram. Pelo contrário, foram perseguidos, presos e ameaçados de morte, caso continuassem doutrinando o povo com a mensagem de seu Mestre.
02. O que fizeram a Monarquia e o Sinédrio para extirpar o movimento cristão em Israel?
O rei Herodes, o Grande, tentou matar a criança que havia nascido em uma manjedoura de Belém, na Judeia, mas não conseguiu realizar o crime. Com sua morte, seu filho, o rei Herodes Arquelau, como seu filho, o governador da Galileia, Herodes Antipas, assim como a liderança do Sinédrio, não conseguiram dar cabo ao avançar do Cristianismo, que crescia enormemente, em número, em Jerusalém. O Sinédrio, por duas vezes, chegou a manter o discípulo Pedro, na prisão, mas o soltou posteriormente.
03. E o que ocorreu quando o rei Herodes Agripa I, que era neto de Herodes, o Grande, assumiu o poder?
Esse monarca, de mãos dadas ao Sinédrio, criou uma sociedade secreta para matar, sem dó e piedade, a todo judeu-cristão, não somente em Jerusalém, mas por todo o Israel, como em todas as nações onde houvesse uma colônia judaica; e é claro, filiais da Loja Maçônica de Jerusalém foram instaladas em todas essas regiões do extenso império romano. Essa matança se estendeu até o Século Dezoito, quando o Estatuto Original de A Força Misteriosa foi reformado, e seu nome foi alterado para Franco-Maçonaria. A partir dessa data, a matança do Cristianismo passou a operar por dentro.
Vida eterna, volume 2
pr. Raimundo Nonato Freitas de Cerqueira
Florianópolis, Santa Catarina, Brasil, 04.05.2022