O Exército do Requeijão
Segundo matéria do periódico R7, de 22 de março de 2022, o ex-governador do Estado do Paraná, Roberto Requião, aos 81 anos de idade, na sexta-feira, dia 18 de março, tendo militantes do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra, na plateia, e a seu lado, o pré-candidato a presidente da República Federativa do Brasil, Luiz Inácio Lula da Silva, no discurso que pronunciou ao visitar um assentamento de descamisados na cidade paranaense de Londrina, declarou que título de propriedade de terras, para ele, caso seja eleito para ocupar o cargo de Governador do Paraná, somente terá valor caso o documento contenha “a assinatura de Deus”. Ou seja, além de blasfemar contra o Deus Eterno, para esse político que, recentemente, se filiou ao Partido dos Trabalhadores, os demais registros de imóveis não devem ser respeitados, fato que insinua invasão de propriedades. Como de todos é sabido, o título de propriedade privada é constitucional, e deve ser respeitado. Isso é muito grave.
Tomo a liberdade de apresentar dois registros de personagens que, no passado distante, ousaram também desafiar ao Criador, e atraíram, para si as consequências de suas desobediências.
Ao longo da sofrida caminhada pelo deserto bravio, Moisés muito padeceu para conduzir os aproximadamente três milhões de ex-escravos israelitas com destino a Canaã, nome da atual Palestina. Em algum local bravio da jornada, o levita Coré, que era primo de Moisés, o acusou de se elevar, indevidamente, acima de todos os peregrinos, como também contou com o apoio de Datã, Abirão e Om, filhos da tribo de Rúben, como ainda de cerca de 250 levitas líderes tribais, e a situação se agravou. O Deus Eterno interviu imediatamente. O trecho de terra em que Coré, Datã, Abirão e Om se encontravam estremeceu, e os rebelados desceram vivos para o interior da Terra, cuja temperatura é elevadíssima, ao mesmo tempo que uma nuvem de fogo irrompeu sobre os 250 levitas, os quais morreram queimados pelo fogo que os envolveu.
Na verdade, esses revoltosos não desafiaram a autoridade que foi dada a Moisés, mas, Àquele que delegou tal autoridade a esse líder israelita e, por isso, pagaram o preço da rebelião que insuflaram (Números 16.1-35).
O segundo personagem é o imperador francês Napoleão Bonaparte (1769-1821). No ano de 1806, derrotada pela França, a Rússia firmou com esta nação europeia o Tratado Paz Tilsit. Nessa ocasião, o imperador francês, Napoleão Bonaparte, decretou o Bloqueio Continental, e todas as nações europeias foram obrigadas a fechar seus portos a produtos britânicos.
Em 1808, ao furar o decreto comercial imposto por Napoleão, a família real portuguesa fugiu apressadamente para o Brasil.
Todavia, em 1812, ao não renovar o Tratado de Paz, o imperador russo Alexandre I rompeu o Bloqueio Continental, o que levou Napoleão a enviar ao embaixador russo do czar, em Paris, a mensagem de que iria varrer o Império Russo da face da Terra. O diplomata russo se limitou a lhe responder: “O homem planeja e Deus maneja”. Indignado com tamanha afronta, o Arcanjo da Guerra, ao enviado do diplomata, replicou: “Diga a seu senhor que eu sou aquele que planeja e o que maneja!” Ou seja, Napoleão se julgava estar acima do Deus Eterno.
O imperador desafiou o Criador, e o fez para deixar bem claro quem era quem governava tudo e todos. O desafio foi aceito. Mas, nem por isso o Eterno precisou descer de seu trono. Limitou-se apenas a enviar o pequenino floco de neve para humilhar o arrogante general francês. Em pouco tempo o imperador chegou a Moscou. Sentou-se e ficou esperando o czar russo vir a seu encontro para assinar a rendição. E ao notar que os russos haviam deixado a cidade e queimado tudo, é que a ficha do Arcanjo da Guerra caiu, e assim se viu sem abrigo, sem condições de repor os suprimentos, e sem aquecimento para enfrentar o rigoroso General Inverno.
Num ato de loucura para um general tão experiente, no dia 24 de junho de 1812, cerca de 650 mil militares franceses experimentados invadiram a Rússia, em pleno inverno, e somente menos de 50 mil soldados esfarrapados retornaram, com vida, para casa.
Em pouco tempo, as tropas francesas chegaram a Moscou, mas os russos, antes de abandonarem a cidade, queimaram tudo o quanto deixaram para trás. Não restando alternativa, o exército invasor foi obrigado a retroceder debaixo do fogo de combatentes guerrilheiros cossacos, bem posicionados, que deixaram soldados e cavalos invasores sepultados em densas camadas de neve. Conforme dados oficiais do governo russo, foi contado o corpo inerte de 213.516 soldados e de 95.816 cavalos, todos, enterrados na neve das extensas campinas russas.
Com o insucesso francês na Batalha de Moscou, a Áustria e a Prússia se aliaram à Rússia para compor a Confederação do Reno, e na Batalha de Leipizig, travada no dia 31 de março de 1814, as reduzidas tropas de Napoleão foram derrotadas. O orgulhoso imperador foi exilado na Ilha de Elba, no Mar Mediterrâneo, da qual escapou em março de 1915.
Todavia, no dia 18 de junho, na Batalha de Waterloo, travada nessa aldeia da Bélgica, os 72 mil soldados franceses, recrutados às pressas, toparam com 68 mil combatentes ingleses, belgas e holandeses, que, posteriormente, foram reforçados por mais 45 mil soldados alemães, todos, liderados pelo general britânico Arthur Wellesley, que veio a ser duque de Wellington.
Derrotado, Napoleão firmou os termos de paz constante do Tratado de Paris, ocorrido em 30 de maio de 1814, e o ato final se processou cerca de nove dias antes da Batalha de Waterloo, em 18 de junho de 1815.
Ainda hoje permanece a dúvida se o marechal francês, Emmanuel Grouchy, se vendeu ou não. Supostamente, foi grandemente “iluminado com pepitas reluzentes” disponibilizadas pelas Treze Famílias Illuminati. Napoleão havia enviado o marechal com 30 mil homens para ocupar determinada posição no campo de batalha, justamente, para evitar que tropas prussianas se unissem aos ingleses. Ou seja, o imperador queria apanhar o inimigo em um cerco militar. Todavia, como Grouchy falhou, Napoleão é que ficou cercado por tropas inimigas. Todo o tempo Napoleão permaneceu esperando que o marechal viesse socorrê-lo. Entretanto, até hoje, o oficial ainda não chegou com seus homens. Derrotado, o imperador foi exilado na ilha rochosa de Santa Helena, na costa africana do Oceano Atlântico, na qual veio a falecer em 1821, aos 52 anos de idade.
Eu só tenho a lamentar a loucura do político Disque Quércia, do Partido dos Trabalhadores, que abriu a boca para afrontar ao Deus Eterno. Devo dizer a esse senhor que o Eterno já aceitou seu desafio, como, também, já colocou as tropas celestiais em marcha para o campo de batalha. E a exemplo do Exército do Arcanjo da Guerra, que foi exterminado, o Exército do Requeijão, também, terá seu “floco de neve” em ação. Delenda Est Communismi.
Raimundo Nonato Freitas de Cerqueira
Florianópolis, Santa Catarina, 24 de março de 2022.