O “ESPÍRITO” (DO TEMPO) E A TECNOLOGIA DA CRIAÇÃO —XXXVII—

O “ESPÍRITO” (DO TEMPO) E A TECNOLOGIA DA CRIAÇÃO —XXXVII—

Os espíritos, desde que o mundo é mundo, desde a criação física do casal adâmico, se ferram, se combatem, se matam, se exploram incestuosamente e se agridem, matando-se mutuamente. A história bíblica de Caim e Abel está em nosso ADN. Do Paraíso Perdido aos nossos dias, não paramos de nos matar às centenas, aos milhares, aos milhões. Leia-se as estatísticas de mortandades das guerras internas, continentais, mundiais.

Famílias costumam controlar os espíritos dos filhos incentivando neles relações incestuosas. De modo que criam complexos de culpa a partir dos quais podem controlá-los mais facilmente. Religiosos fazem a mesma coisa: padres, pastores, adultos sem controle sobre seus mais baixos instintos. Se as principais autoridades dos países, dão o exemplo da incestuosidade e da violência homicida, que dizer daqueles que lhes estão abaixo na hierarquia amoral na sociedade da Aldeia Global???

Quem, em sã consciência poderá dizer que a sociedade, dita humana, é guiada por orientações do espírito das Escrituras??? A comunidade humana não pode continuar-se deteriorando impunemente. O fim da espécie sapiens em extinção está com seus dias contados. Não há como reverter a pusilanimidade desse processo globalizado de desordem emocional, financeira, econômica, jurídica, social.

O Espírito do Tempo, o ecossistema emocional, o Inconsciente Coletivo da Humanidade está de tal forma contaminado por relações deletérias, que formam e determinam o presente ambiente cultural e intelectual de maneira regressiva, infecciosa, doentia, patogênica, que não mais é possível estabelecer uma política social que possa reverter esse meio ambiente deteriorado das relações ditas humanas.

A hipocrisia e a morbidez estão de tal forma incrustradas, sedimentadas, cristalizadas nos espíritos e corpos, dito humanos, que não há como reverter a pulsional idade desse processo inconsciente de regressiva energia espiritual internalizada no comportamento dos indivíduos de todas as gerações. Mesmo as decisões geradas por consenso de autoridades formatadas no espírito de estudos acadêmicos, orientadas por instituições governamentais, não podem senão simular por fingimento, que suas deliberações poderão ter um resultado satisfatório quando implementada nas comunidades nas quais simulam ter influência educativa, didática, pedagógica.

As forças inconscientes que movimentam os seres, ditos humanos, de dentro para fora de seus casulos mentais, espirituais, emocionais, ganharam uma autonomia no mundo físico de tal relevância e gravidade, que não mais é possível reverter os elementos instrutivos que formatam o ambiente cultural e intelectual, no mais profundo recesso dos seres cristalizados pelas influências históricas que os vêm condicionando em suas ações e reações ambientais há séculos.

A energia espiritual pulsional que direciona, do lugar arquetípico mais profundo da psiquê dita humana o “Espírito do Tempo” ... Do tempo presente no âmago do Inconsciente Pessoal e Coletivo Universal, não mais permite que sejam reconsideradas essas forças, ou suspensas a ruptura dos paradigmas que as sustentam: as representações de problemas podem ser dramatizadas, questionadas no campo teórico, mas não solucionados na prática dos eventos que ganharam força e pulsão de irreversibilidade.

Estas realidades pessoais e sociais baseadas em evidências, estão intimamente associadas ao “espírito do tempo” (Zeitgeist). Foram formatadas no decorrer das eras, nas formações das camadas de influência às quais podemos denominar de “geologia da alma”. Formações estas denunciadas pelas obras de arte, pelas descobertas científicas, pela nostalgia de um tempo utópico (Paraíso Perdido) que existiu apenas na imaginação.

A imaginação nos protegeu, e ainda nos protege, através dos ciclos históricos, nos quais vivenciamos fatos e realidades humilhantes, degradação existencial e social indescritíveis, que, sem elas, superstições, crendices, ilusões e utopias folclóricas, não teríamos como nos proteger de uma angústia existencial de tão intensas e horríveis consequências PSI, que esses filmes de horror que vemos na Tv não passariam de entretenimento da Disneylândia e metáforas tipo “A Revolução Dos Bichos” de Orwell.

DECIO GOODNEWS
Enviado por DECIO GOODNEWS em 28/01/2022
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