O TEMPO QUE O TEMPO TEM
Somos escravos do tempo. O nosso tempo é curto e dependemos dele para tudo.
Corremos contra o tempo, atrás do tempo, sem tempo e sempre nos perdemos nos seus labirintos, que não são poucos.
Um ano se vai, chega outro, com os primeiros raios do amanhecer e mesmo assim, consideramos que um novo tempo surgiu, mas os problemas continuam tão velhos quanto antes, e com eles, se alinham outros e outros, formando um novelo de caminhos enroscados, que dificilmente se acha o inicio.
É comum dizermos "estou sem tempo para isto, não tenho tempo para aquilo" e com essas desculpas esfarrapadas, vamos levando o tempo na conversa. Se pensamos que com isso nos livramos das tarefas, das contas, dos problemas, que bobos somos.
O tempo não se deixa enganar. Quando nos damos conta, já se passaram meses, contas se acumularam, tarefas nos esperam e, o que é pior, estamos mais velhos e não aproveitamos o tempo que tivemos à nossa disposição. Somos escolados em driblar o tempo, mas, pensar assim é perda de tempo.
Sempre que tentamos trilhar essa tortuosa estrada, entramos em atalhos por demais densos, que nos conduz rapidamente à realidade da vida. Não tem conversa ou fórmula mágica que nos faça ganhar essa corrida contra o Mestre Tempo.