Experimentações literárias com as misturas estéticas de Josette Lassance
A destacada escritora paraense, Josette Lassance, conterrânea e minha amiga de longa data, resolveu se enveredar pelos caminhos da ficção. Sua obra mais recente, “A solidão em Dallas” (Amo! Editora), reúne textos escritos em muitos lugares por esse Brasil afora, por onde a autora passou e, até mesmo, no exterior.
Trata-se de uma obra cercada de misturas estéticas em suas experimentações literárias, como ela mesma define. Escrever é sua forma de fugir da opressão e resistir aos dias amargos que estamos passando. O livro possui vários textos inéditos, escritos inicialmente em seus cadernos artesanais.
Como autora “autobiográfica”, Josette Lassance faz de “A solidão em Dallas” sua crítica a um futuro próximo em nos aproximar das características de uma “savana árida”, o que Belém está prestes a se transformar, onde Edward Hopper a inspirou inconscientemente com suas paisagens pintadas e sua imensidão colorida e solitária, característica de um isolamento circunstancial, bem como as fotografias de Alberto Bitar, citado no texto com seus esquecidos aviões.
Credenciais da autora
Josette Lassance é paraense de Belém. Além de escritora e poeta, formada em História e Artes Visuais pela UFPA e pós-graduada em Artes. Publicou os livros: “Vida de Bruxa” (1992); “Os Gatos Nus Passeiam Sobre os Telhados Sujos” (1994); “Galeria dos Maus” (1999); “O Prédio” (2002); “Os Cinco Felizes” (2010); “Crônicas, Sonhos & Cafés” (2010); e “Buen Camino (Relatos de Viagem)” (2019), lançado em Belém, Rio de Janeiro e Sárria, na Espanha, pela Editora Paka Tatu. Participou de várias antologias, entre as quais: “Di Letteratura” (Trento, Itália, 1997); “Revista da Literatura Brasileira” (São Paulo, 2003); e “Sintonias & Delicadezas – Poemas e Haicais“, com Guiomar de Grammont e Olga Savary (2019).