O cego de Jericó
Marcos 10.46-52; Lucas 18.35-43; Mateus 20.29-34
pr. Raimundo Nonato Freitas de Cerqueira
Florianópolis, Santa Catarina, Brasil, 09.06.2021
Introdução dos fatos
01. O evangelista Marcos narrou que após o encontro com o religioso judeu milionário, na Pereia, o Rabi da Galileia e seus discípulos atravessaram o Rio Jordão e deram início a uma caminhada ascendente de 25 quilômetros com destino a Jerusalém, onde participariam dos festejos da Páscoa, e foi acompanhado de uma multidão de adeptos. Ao longo do percurso, os discípulos tomaram conhecimento de que seu Mestre amado seria preso a mando do Sinédrio judaico, que o julgaria, o açoitaria, e o condenaria a morrer pendurado numa estaca.
02. A cidade de Jericó, também conhecida como Cidade das Palmeiras, estava situada na fronteira com a Pereia, pertencia à tribo de Benjamin, distava cerca de 25 quilômetros a nordeste de Jerusalém, situava-se ao norte do Mar Morto e do lado oeste do Rio Jordão, era uma das mais antigas cidades do planeta Terra, e quilômetro zero da ascendente estrada para Jerusalém. Além de centralizar todo o comércio da região, era um centro agrícola muito fértil, devido a plantações de palmeiras e de bálsamo. E por ser provida de clima quente, Jericó tornou-se capital de inverno do monarca Herodes, o Grande, que a ornamentou com edificações providas de uma arquitetura segundo o padrão construtivo romano.
Interpretação dos fatos
01. No momento em que a multidão se aproximou da periferia de Jericó, deparou-se com um mendigo deficiente visual sentado à uma das margens da estrada de acesso do município. Ao ouvir o enorme ruído causado pelas passadas e pelas vozes entoadas pela multidão, ao receber de alguém a informação de Jesus de Nazaré se encontrava dentre o povo, abriu sua boca e começou a gritar em alta voz pelo seu nome, como forma de atrair sua atenção: “Jesus, Filho de Davi, tem compaixão de mim!”
02. E quanto mais certo grupo dentre a multidão o repreendia para que se calasse, ainda mais incisivo continuou o mendigo a bradar, em alta voz, para atrair a atenção do Rabi, para que tivesse compaixão da situação miserável em que se encontrava. O mendigo deficiente visual não tinha emprego, nem assistência social, nem fundo de garantia de tempo de serviço, nem salário, nem conta bancária, nem bebia vinho envelhecido em barris de carvalho, e nem se alimentava de lagostas, selecionadas a dedo, para matar a fome que lhe devorava as entranhas.
03. Metido em uma fétida capa que nunca deve ter sido lavada, era diariamente levado por alguém à beira da entrada, para mendigar o pão de cada dia a transeuntes que, por essa região, circulavam diariamente. Essa foi a última e única oportunidade que teve para um encontro com aquele de quem ouvira dizer que realizava milagres fantásticos por toda a região da Galileia, curando enfermos, andando sobre as águas do Mar da Galileia, ressuscitando defuntos e libertando pessoas escravizadas pelo Diabo.
04. E ao ouvir da boca daquele miserável mendigo o tratamento messiânico de que Ele, Jesus de Nazaré, era o Filho de Davi que o povo judeu esperava, o jovem Rabi da Galileia parou, mandou que algum de seus discípulos o trouxesse a sua presença. Ao receber o convite que lhe foi dirigido, num salto, o mendigo se levantou, lançou fora a fétida capa de todos os dias, e foi alegremente ao encontro do Mestre amado, na firme convicção de que seria curado de seu miserável estado de mendicância e cegueira visual.
05. Frente a frente com o miserável esmoler, o Autor da Vida perguntou-lhe o que desejava receber, e o moribundo não pestanejou em pedir-lhe que sua visão fosse restituída. Seu pedido foi acatado, sua visão foi imediatamente restaurada, sua profissão de pedinte foi abandonada, e o filho de Timeu engrossou a multidão que seguiu a seu Mestre até Jerusalém. O mendigo teve sua visão restaurada, não porque fosse um marginalizado pela sociedade de consumo, mas porque reconheceu o Rabi da Galileia como o Messias prometido pelas Sagradas Escrituras.
06. A multidão que conduzia o Rabi Galileu a Jerusalém, para fazê-lo Rei, foi quem mandou o mendigo se calar, porquanto o tinha como um miserável marginalizado sem vez e sem voz. Para essa gente, o clamor do mendigo ao Filho de Davi não tinha importância alguma. E essa tentativa de calar o clamor do povo ao Filho de Davi continua ativa em várias partes do planeta Terra, e a China é uma delas.
07. Na China comunista o governo ditatorial fez uso de um exército de 6,4 milhões de aposentados, a soldo do Estado, e que, uma vez treinados, passaram a funcionar como espiões para dedurar a vizinhança de seu entorno. Essas Vovós Bisbilhoteiras costumam circular, de casa em casa, portando fotos de estudantes fugitivos, controlam os costumes da comunidade, interceptam qualquer estranho que penetre em sua área de atuação, espionam se alguém sem a devida autorização passa a noite nas imediações, como tentam convencer casais jovens a não ter mais de um filho. Esses espiões fazem uso do Código de Barras, da implantação de Chip subcutâneo, como extraem dados que o Twitter, Facebook, Stagram, Youtube, Google, Gmail e demais redes sociais, para a formação de um banco de dados, e assim exercer vigilância e censura de seus cidadãos, como prender o povo evangélico e derrubar templos religiosos.
08. Nascido em 1914, no Estado de Anhui, o casal chinês Allen e Alice Yuan costumava reunir diariamente cerca de 200 conversos em reuniões secretas que mantinha em sua residência. Foi assim que nasceu o movimento de igrejas domésticas clandestinas na China. No ano de 2013, essas igrejas secretas reuniam aproximadamente 100 milhões de cristãos. Quando da ocupação japonesa, que vigorou de 1942 a 1945, sua família foi presa e enviada a um campo de trabalhos forçados, pelo fato de exercer atividades evangelísticas em vários vilarejos de sua nação. Cerca de 13 anos depois, em 1958, o pastor Yuan continuou distribuindo folhetos e exemplares da Bíblia a camponeses, e por essa causa foi novamente preso, sofreu torturas físicas e psicológicas, e passou 21 anos e 8 meses metido numa cela fétida, trabalhando 9 horas diárias numa área rural. Após deixar a prisão continuou suas atividades evangelísticas, e até ao falecer, aos 91 anos, em 16 de agosto de 2005, o pai das igrejas subterrâneas chegou a batizar 800 conversos por ano. Ainda hoje, o sistema comunista chinês continua tentando extirpar o clamou de seu povo ao Filho de Davi.
09. Como o Cristianismo avança em todos os cantões do planeta Terra, deuses comunistas se levantaram para tentar silenciar o clamor do povo ao Filho de Davi, e um desses foi um italiano. Antonio Gramsci (Ales, 22.01.1891 – Roma, 27.04.1937) foi filósofo, marxista, jornalista, crítico literário e político italiano, escreveu sobre teoria política, sociologia, antropologia e linguística. Foi membro-fundador e secretário-geral do Partido Comunista da Itália, e deputado pelo distrito do Vêneto até ser preso pelo regime fascista de Benito Mussolini. Gramsci é reconhecido, principalmente, pela sua teoria da hegemonia cultural que descreve como o Estado usa, nas sociedades ocidentais, as instituições culturais para conservar o poder. Seu pai era de linhagem albanesa.
10. Conforme uma publicação do portal eletrônico “Corrente do Bem Pelo Brasil”, de 20 de outubro de 2017, o marxista italiano, tendo uma mente cheia de ódio pela sociedade ordeira, externou seu vômito asqueroso: “Nós vamos destruir o Ocidente, destruindo sua cultura. Vamos nos infiltrar e transformar a sua música, sua arte e sua literatura contra eles próprios. O mundo civilizado tem sido saturado com o Cristianismo por 2.000 anos, e um regime fundado em crenças e valores judaico-cristãos não pode ser derrubado até que as raízes sejam cortadas”, e a China segue à risca os princípios do comunista italiano para dar fim a mensagem do Cristianismo.
11. Ao restituir a visão e resgatar o cidadão das garras da mendicância, o jovem Rabi mostrou à multidão que veio para libertar o ser humano da condenação eterna (Mateus 1.21). A fama do Galileu era tão enorme, em todas as regiões de Israel, que, ao ouvir alguém dizer que este se encontrava presente, Bartimeu o tomou como sua “tábua de salvação”, e o reconheceu como o Messias que haveria de vir para seu povo.
12. E a exemplo de Bartimeu que lançou fora a fétida capa da mendicância para se encontrar com o Messias, o monge católico Martinho Lutero, também, teve que lançar fora a sacola de pedinte, com a qual recolhia esmolas pelas ruas da cidade alemã de Wartburgo. Foi nesse exato momento, que lhe fosse restituída a visão divina, e somente assim pôde compreender que a salvação é mediante a fé no senhor Jesus de Nazaré, o Messias, e não por meio de boas obras que praticava. E foi na firmeza de que a restituição da visão espiritual é por meio da fé, que travou inúmeros combates com deuses de batina, e no momento em que a Convenção de Worms o sentenciou a morrer queimado numa fogueira em chamas, o príncipe Frederico da Saxônia o recolheu a seu castelo nas montanhas da região. Lutero somente teve sua visão divinal restaurada quando lançou fora a fétida capa da idolatria que, por décadas, a acariciava.
Conclusão dos fatos
01. Desejoso de contemplar os raios luminosos do Sol, a iluminar o Universo fantástico e maravilhoso, levou Bartimeu a clamar ao Filho de Davi, e este lhe restituiu aquilo que o inundava em um mundo de densa escuridão. E foi seguindo o rastro deixado por Bartimeu, que o povo ordeiro do Brasil, pelas madrugadas, passou a clamar junto ao Filho de Davi, para que este atue junto ao Legislativo, levando Senadores e Deputados Federais a que votem a favor do Projeto de Lei de Voto Auditável, porquanto esse povo está cansado de viver na escuridão, ao depositar seu voto em alguém, e este, supostamente, ser transferido para outrem.
02. Estando em Miami, o presidente Jair Messias Bolsonaro fez uma declaração pública de ter consigo a prova de que foi eleito no primeiro turno das eleições presidenciais de 2018, que o pleito só não foi vencido pelo concorrente devido ao fato de haver recebido uma quantidade enorme de votos, e que estes não permitiram que o augorítimo dos computadores transferisse seus votos para seu adversário. Enfim, tal qual Bartimeu, o povo quer enxergar, à luz do dia, o destino dado a voto auditável.