PROVOCAÇÃO

Provocar a reflexão sobre como podemos atingir a qualidade na vida é investir na importância dos atos, tomar coragem e se empoderar, para superar o medo nos desafios diários. Mário Faustino revela, “Eu quero uma coroa que não esmague a cabeça”.

Contrariar e mostrar o outro lado pode desfazer a imagem de conservadorismo e, ao mesmo tempo, revelar o quanto podemos crescer cuidando dos detalhes rotineiros e ter uma vida mais equilibrada; aprender e ensinar a ir devagar sem desanimar; experimentar a desconstrução e a reconstrução do viver, a ser convertido em algo bom e justo para todos. Mário Faustino questiona, “Que pé terá batido esse compasso, / que água suavizou vossos gorjeios?” e “... Que vale o lenço impuro de elegia / sobre teu rosto, lúcida alegria?”.

A pluralidade nas provocações são características marcantes, para se alcançar o resultado no conjunto variado da diversidade do pensamento em seus paralelos históricos. Em Clarice Lispector, “Somos criadas para competir, mas juntos somos mais fortes”.

A provocação é válida para a mudança, como defesa e proteção no cotidiano, em contraponto ao ódio implantado como linguagem. Ao buscar tal determinação, descubro quem está perto e quem poderá se juntar aos nossos esforços por uma vida digna.

O desejo de mudar para o que considero essencial é provocado pelo olhar para fora, que nos permite a visão interior e serve para refletirmos pela ordenação do “caos” e, assim, poderemos melhorar o mundo. Mário Faustino declara, “... O mundo que venci deu-me um amor / Amor feito de insulto e pranto e riso //... Amor que dorme e treme. Que desperta / E torna contra mim, e me devora / E me rumina em cantos de vitória.../ As trêmulas imagens de seus anos...”.