TANGÊNCIA

Se ainda nos resta um pouco de amor próprio, por que não respeitamos as diferenças para com o próximo? Por que nos enredamos em teias que não nos levam a ter dignidade? Por que pensamos apenas em juntar dinheiro?

Com estas questões percebo que na vida o centro das atenções é guardar e investir dinheiro, para depois consumir.

Precisamos descartar as desculpas e passar concentrar na mesma tangente, atingindo o ponto de escolha, para nos relacionar com as pessoas. É necessário avaliar os benefícios em conjunto com os nossos valores, princípios e escapar das teias em que indevidamente nos enredamos.

A melhor ferramenta para viver está na comunicação, com ela podemos conquistar os objetivos e reconhecer a importância de quem está ao nosso lado e em sintonia conosco. Escreveu José Eduardo Degrazia, “... A vida é essa luz tão fria / que o coração alumia, / desta mão que aperta a tua / o calor que te percorre...”.

Este é o ponto em que duas tangentes se tocam para reconhecer os esforços e alcançar a realização vivencial; fortalecer os laços para alinhar a vontade e o entendimento em nossos momentos.

Sabemos ser difícil construir sozinho um mundo melhor; quanto precisamos do outro para enfrentar as palavras de ferro e fogo e superar a tensa vida em que estamos: somos vítimas fatais do Covid-19. Nas palavras de Degrazia, “Não perguntes sobre a vida / quando a morte se avizinha, / ela foi faca fina / que o teu peito acaricia...”.