Abrir o terceiro olho

Em sua juventude Adolf Hitler usava seu tempo em estudos sobre religiões orientais, yoga, ocultismo medieval, hipnotismo, astrologia, magia e gnosticismo. Também, examinou histórias místicas do povo germânico, lendas nórdicas de uma civilização que substituiu a cruz cristã pela suástica e que praticava rituais de magia negra misturada com perversões sexuais.

Hitler se aprofundou nos estudos sobre os ensinos da Nova Era e da Sociedade Teosófica, sociedades comandadas pelas líderes teosóficas Elena Blavatskaya (1831-1891) e Alice Bailey (1880-1949). Foi assim que o líder nazista absorveu o néctar de que os judeus constituem um povo de raça inferior. Alimentado por esses escritos, despertou em Adolf Hitler ódio aos judeus, daí a Solução Final que o nazista implantou anos depois.

A literatura ocultista que absorveu conduziu Hitler aos princípios filosóficos da Nova Era, da Nova Ordem Mundial, da reencarnação, do Santo Graal, da Lança do Destino, da prática de meditações e do uso de drogas alucinógenas para abrir a glândula pineal, aquela que, segundo satanistas do misticismo oriental, abre o terceiro olho; ou seja, agrega mais conhecimento e poder temporal.

Devido a seus estudos sobre hipnotismo, o líder nazista costumava levar seus adversários a uma sala particular para dominá-los com facilidade, encarando-os profundamente, como o fez com Arthur Neville Chamberlain (1869-1940), então primeiro-ministro britânico.

Hitler herdou do compositor alemão Wihelm Richard Wagner (1813-1883) a expressão Solução Final, e de Friedrich Wilhelm Nietzsche (1844-1900) a mensagem de que os princípios cristãos deveriam ser substituídos por valores do reino das trevas.

Na condição de uma pessoa estudiosa do sistema ocultista, o líder nazista foi membro da Sociedade Thule, da Sociedade Teosófica e da Sociedade Vril.

Dietrich Eckart (1868-1923) nasceu em Neumarkt, na Alemanha, filho de um conceituado conselheiro jurídico. Aos 10 anos perdeu a senhora sua mãe, e seu pai faleceu anos depois, em 1895, deixando-lhe uma boa herança, mas o jovem a gastou rapidamente.

Eckart começou a estudar Medicina em Munique, mas abandonou os estudos (1891) e passou a trabalhar como poeta, dramaturgo e jornalista; e ao fixar residência em Berlim, em 1899, escreveu várias peças artísticas, mas nunca chegou a ser um artista de renome. O jovem antissemita assumido, fascinado por crenças maias, desenvolveu a ideologia de “gênio humano superior”, ao inspirar-se nos escritos do jornalista austríaco Jörg Lanz von Liebenfels (1874/1954).

Posteriormente, ao regressar a Munique, o alemão irrequieto filiou-se à Sociedade Thule, no ano de 1913, e na qual atuou ativamente. E cerca de dois anos depois escreveu a peça Heinrich der Hohenstaufe, na qual defendeu o direito de o povo alemão estabelecer uma Nova Ordem Mundial. Entre os anos de 1918 e 1920 Eckart editou a revista antissemita Auf gut Deutsch. Esse antissemita, um ferrenho crítico da República de Weimar e do Tratado de Versalhes, culpou o povo judeu pela derrota da Alemanha na Primeira Guerra Mundial.

O ferrenho nacionalista publicou o jornal nazista Völkischer Beobachter, criou o texto da canção Deutschland Erwache (Alemanha Acorda), aquela que se tornou o Hino do Nazismo, fundou a Sociedade Vril, e foi o primeiro a usar o termo Terceiro Reich. Hitler e a cúpula do Partido Nazista se afiliaram a essa sociedade secreta, e chegou ao cargo de Grão-mestre.

Ao lado de Gottfried Feder e de Anton Drexler, Eckart fundou o Partido do Trabalhador Alemão. Segundo o escritor Siegfried Ellwanger Castan, o mecânico de ferrovias, Drexler, e seus colegas reuniram-se no mês de setembro de 1919, na cidade de Munique, para criar o revolucionário Partido Nazista. Numa outra data desse mês, Adolf Hitler foi convidado para comparecer a uma reunião do partido, ocorrida em uma instalação da cervejaria Sternecker Brau, no evento que reuniu aproximadamente vinte simpatizantes.

Dois dias após ao convite, Hitler filiou-se ao partido e, algum tempo depois, como líder do movimento, mudou o nome do segmento político para Partido Nacional-Socialista do Trabalhador Alemão, como também criou a bandeira suástica. Essa cruz gamada, símbolo do nazismo, no idioma sânscrito significa “Vida Feliz”.

Finalmente, na reunião pública que reuniu dois mil simpatizantes, foram aprovadas as vinte e duas teses do Partido. Essa reunião ocorreu no salão de festas da cervejaria Hofbrauhaus, em Munique, em 24 de fevereiro de 1920. As teses do Partido Nazista apregoavam:

-Os homens não devem se preocupar tanto na seleção de gatos e cavalos, mas sim em levantar o nível racial do próprio homem;

-Não se deve conceder a qualquer degenerado a possibilidade de multiplicar-se;

-A mistura de sangue estranho é nociva à nacionalidade;

-Povos de um mesmo sangue correspondem a uma pátria comum...; e

-Quem não está disposto a lutar por sua existência ou não se sente capaz de fazê-lo, é porque já está predestinado a desaparecer.

Em 14 de agosto de 1919 Eckart conheceu Adolf Hitler, quando este discursou para membros do Partido Nazista. Cerca de quatro anos depois foram presos e metidos na Prisão de Lanasberg, exatamente, no dia 9 de novembro de 1923, ao falhar o golpe de Estado que o Partido Nazista deu para tomar o controle da região da Baviera, cuja capital é Munique. O incidente bélico ficou conhecido como Putsch da Cervejaria.

Fisicamente muito debilitado, devido à dependência de morfina, Eckart foi solto dias depois, e faleceu de ataque cardíaco em Berchtesgaden, dia 26 de dezembro desse mesmo ano. Hitler dedicou-lhe o primeiro volume de sua obra literária, Mein Kampf, e ao anfiteatro Waldbühne, em Berlim, o nome Dietrich-Eckart-Bühne, por ocasião da abertura do Jogos Olímpicos de 1936.

O ser humano que passou a maior parte de sua existência terrena entrando e saindo de sanatórios, inspirado em profecias enunciadas por videntes mediúnicas da Sociedade Vril, Eckart declarou ser o João Batista que apresentou ao povo alemão o Messias (Hitler) que iria comandar o governo mundial único.

Com sede em Munique, a Sociedade Thule muito contribuiu para a criação do movimento político nazista. Ela usava o símbolo de uma suástica, o qual posteriormente foi adotado pelo Partido Nazista. O vocábulo Thule deriva da Ilha Thule, também conhecida como Marshall Island, de formação vulcânica, situada no extremo sul das Ilhas Sandwich do Sul, uma região inabitada chamada Thule.

Com mais de 1.200 anos de existência, essa sociedade ocultista costuma promover estudos voltados para antigas tradições religiosas europeias, tais como Druidismo, Vanatru, Asatru, Wotanismo e Woragsmo. Desde sua fundação, era dirigida por Druidas e Ghodis, no cargo de Grão-mestre e Venerável.

Adolf Hitler, Rudolf Hess, Alfred Rosenberg e tantos outros membros da cúpula do Partido Nazista foram iniciados nessa sociedade secreta ocultista, sendo que Hitler chegou a ocupar o posto de Grão-mestre Cátaro.

O jornal desse movimento religioso de magia chamava-se Münchener Beobachter (Observador de Munique), sendo posteriormente seu nome alterado para Völkischer Beobachter (Observador do Povo). Foi Dietrich Eckart quem deu treinamento especial a Adolf Hitler em ritos e rituais de magia negra , técnicas ocultistas que haviam sido aperfeiçoadas dez séculos antes, e as quais foram posteriormente ressuscitadas pelo líder satanista britânico assumido, Aleister Crowley.

Essas técnicas envolviam práticas sexuais sádicas, sacrifício de animais, orgias sexuais, açoites até sangrar e sodomia, rituais que se prestavam para despertar a visão penetrante de poderes mágicos. Esses rituais de magia negra deixaram Hitler incapaz de manter uma relação amorosa normal com uma mulher, daí a expressão “ficar macio entre as pernas”. As práticas de magia negra, perversão sexual, poderes mediúnicos e clarividentes transformaram o líder nazista no monstro maçom que exterminou milhões de seres humanos.

Treinado por Eckart em relações amorosas sádicas e masoquistas, Hitler costumava ir ao distrito vienense Luz Vermelha, na Áustria, sua terra natal, e se deixava amarrar e ser chicoteado, até sangrar, por uma prostituta contratada para fazer o serviço. E somente após esse ritual macabro é que o demônio, que ocupava seu corpo físico, o liberava para sentir prazer sexual. Certamente que sua amante Eva Anna Paula (Eva Braun – 1912/1945) se especializou em surrar o nazista, para que esse pudesse se satisfazer sexualmente.

Hitler se aprofundou tanto em seu relacionamento com valores luciferianos, que, em 1938, declarou: “Eu me encontrei com o Anticristo... Ele é cruel e intrépido... me atemorizou .”

No leito da morte, Eckart incentivou seus discípulos ocultistas a seguir o líder nazista: “Sigam Hitler! Ele dançará, mas eu o iniciei na ‘Doutrina Secreta’, abri seus centros de visão e lhe dei os meios para se comunicar com os Poderes [do Inferno]. Não chorem por mim, pois influenciei a história mais do que outro alemão .”

Na condição de experiente e um dos mais destacados satanistas europeus, Eckart costumava dizer a seus discípulos da Thule haver recebido uma mensagem satânica de que encontrava-se “destinado a preparar o vaso do Anticristo, o homem inspirado por Lúcifer para conquistar o mundo e levar a raça ariana à glória ”. É como diz o texto sagrado : “...se não crerdes que eu sou, morrereis em vossos pecados.”

Cada iniciado precisa estudar, com esmero e dedicação, a matéria relacionada ao grau que deseja alcançar, como pagar a taxa correspondente para que possa se submeter a uma espécie de vestibular que o levará ao degrau ascendente da escada que o conduzirá ao grau 32. E para chegar ao próximo degrau, o grau 33, o último da escada que o “iluminará” para se tornar seu próprio deus, torna-se necessário que o iniciado reúna conhecimento abrangente sobre as mais variadas obras ocultistas, como se dedicar a desenvolver atividades na Loja onde está afiliado, para que ganhe o direito de alcançar essa graduação.

E Hitler, que era maçom aplicado, investiu energias e dedicação para chegar ao grau 33, porque desejava desenvolver o terceiro olho, e assim receber mais poder liberado por Lúcifer, que o tornaria um ser ultrapoderoso. E como era preciso pagar o preço, a Lúcifer, para dele receber a “benção” prometida, passou a consumir drogas alucinógenas.

Tanto Hitler quanto toda a cúpula do Nazismo eram afiliados à sociedade Thule, consumiam bastante droga alucinógena para abrir o terceiro olho, aquele que lhes garantiria o recebimento de poder militar, político e sexual ofertado pela Antiga Serpente do Éden.

O jornalista alemão, Norman Ohler, teve acesso a documentos da era nazista, e assim reuniu informações de que a cúpula do Nazismo consumia muita estricnina, e que esse consumo aumentou substancialmente com o avanço do Exército Vermelho para colocar fim ao Terceiro Reich. O doutor Morell, médico particular do Fuhrer, costumava misturar uma variedade de drogas injetáveis, em Hitler e em Eva Braun, sua amante de 19 anos.

Quando o marechal de campo Von Manstein, no dia 4 de janeiro de 1944, pediu a Hitler a retirada das tropas nazistas do front, na chamada “curva do Dnieper”, seu médico ministrou-lhe Eukodal, uma injeção tranquilizante derivada da morfina. Nesse dia de forte tensão, o Exército Vermelho avançava e penetrava na Polônia.

Menos de uma semana depois, o chefão nazista recebeu uma forte dose de Opioide. Enquanto Hitler costumava receber doses de química inorgânica para aumentar seu volume de testosterona, outras substâncias eram ministradas para estancar o estado de menstruação de sua amante. E para renovar as forças e eliminar o cansaço físico e mental, costumava receber uma injeção de Vitamultin.

Com o término da guerra, Morell prestou a informação de que, na casa de campo de Obersalzberg, onde o casal se refugiava para descansar, Hitler costumava cancelava “exames médicos para esconder ferimentos” em seu corpo, devido ao “comportamento sexual agressivo” de sua amante, nas relações sexuais.

Drogas e mais drogas eram ministradas a inúmeras autoridades do reino nazista. Enquanto Eva Braun costumava fincar suas unhas no antebraço e morder os lábios até sangrar, devido à enorme tensão resultante do consumo de drogas e do avanço das tropas Aliadas, Hitler não mais conseguia segurar sua xícara de chá, e esta batia constantemente contra o pires.

Apesar de tomado por um enorme estado de cansaço, pelo fato de não poder tirar, sequer, uma soneca, mesmo assim o médico tinha que aplicar doses inorgânicas, tais como supositórios de morfina e injeção de Vitamultin em Mussolini, Alfred Krupp, generais da Wehrmacht, Himmler, Von Ribbentrop, Speer, general Hiroshi Oshima embaixador japonês, e na esposa de Göring. Até o médico Morell caiu na farra da droga.

Por ocasião da comemoração da festa de aniversário de 55 anos, o Fuhrer recebeu de seu médico particular um poderoso coquetel de injeções contendo a mistura de Vitamultin, cânfora, estrofantina e, na manhã seguinte, mais uma injeção de prostophanta, glicose intravenosa e mais Vitamultin. No jantar, além dos alimentos vegetais e barrinhas de Vitamultin, Hitler recebeu pílulas de Euflat para espantar cólicas estomacais.

O estado físico-mental do Fuhrer, em frangalhos, que o forçava a andar encurvado, piorou ainda mais quando tropas soviéticas desencadearam a Operação Bagration na Polônia e na Biolorrússia.

Para disfarçar sua curvatura física, costumava dizer que assim se posicionava pelo fato de carregar um pesado molhe de chaves no bolso. Os joelhos do chefão nazista “tremiam intensamente”, sempre que se colocava de pé. Hitler se tornou um farrapo humano. Na manhã do desembarque das tropas Aliadas nas praias da Normandia, na madrugada de 6 de junho de 1944, o Fuhrer ficou tão agitado, que precisou receber uma injeção para tranquilizar os nervos em frangalhos.

Fatos demonstram que Hitler foi um iniciado no Rito Paladium, porquanto consumia drogas, se comunicava com o Diabo e, para ter pleno prazer sexual, tinha que deixar seu corpo sangrar.

Platão, famoso filósofo da Grécia Antiga, foi um forte defensor de que os governantes devem fazer uso constante de “mentiras úteis” para manipular as massas: “...é possível que nossos governantes tenham de fazer uso frequente da mentira e do engano no interesse de seus governantes...”.

E, inspirado nesse filósofo grego, o chefão nazista Adolf Hitler externou uma de suas máximas, ao declarar: “Fanatizei as massas para poder utilizá-las como instrumento da minha política...” de destruição das massas.

O escritor estadunidense, William Schnoebelen, que passou 16 anos na bruxaria e 9 anos na Maçonaria, descreveu sobre os paladianos Albert Pike (1809/1891) e Giuseppe Mazzini (1805/1872). O general de brigada Confederado, Pike, exerceu tanta influência ideológica na Maçonaria quanto o judeu-alemão Adam Weishaupt (1748/1830).

Pike, maçom grau 33, impulsionou o Rito York, escreveu o livro Moral e Dogma, considerado a Bíblia da Maçonaria, tornou-se conhecido como o “Platão da Franco-maçonaria”, era um dedicado estudioso de antigas religiões de mistérios, e servia a Lúcifer como o verdadeiro criador de todas as coisas.

Mazzini, que era maçom grau 33 e general de brigada italiano, criou a sociedade Oblonica, que significa “Conto com um punhal”, na Sicília. Por volta do ano de 1860, no bojo dela se formou um grupo de elite maçônico denominado Máfia, que significa “Mazzini autoriza roubos, incêndios e envenenamentos”. As atividades da Máfia, no submundo, se tornaram identificadas com a estampa da palma da mão posicionada para a frente, tendo os cinco dedos estendidos, numa referência à Lei dos Cinco princípios criados por Weishaupt para o estabelecimento de um governo mundial único. Na Máfia há juramento de sangue para iniciados, como código de silêncio absoluto sobre suas atividades, chamado Omertã.

A exemplo de seu colega italiano, Pike teve participação na criação da Ku Klux Klan, uma sociedade secreta com a finalidade de garantir aos Confederados, casos fossem derrotados na Guerra Civil estadunidense, a permanência ativa na luta contra a liberdade de negros nos estados do sul.

Pike e Mazzini criaram o Rito Paladium para que seus afiliados se comunicassem com Lúcifer, e Hitler era adepto desse rito diabólico.

CERQUEIRA, Raimundo Nonato Freitas de. A Babel Cabalista. Florianópolis, Santa Catarina, 2020. Ainda não editado.

RNF Cerqueira
Enviado por RNF Cerqueira em 05/06/2020
Reeditado em 19/11/2020
Código do texto: T6968753
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