TEMPO
TEMPO
sábado, 16 de maio de 2020
O tempo. Sua leitura possui muitas vertentes. Tem a ver com as horas do dia. Tem a ver com os dias de um ano e também de nossas vidas. Também com o que fazemos e/ou deixamos de fazer. De bem e de mau. Mas que nestas opções só a primeira deve prevalecer em nossas ações.
Então, sabe-se muito bem que o tempo não para. Segue adiante, sem se deter a nada e nem a ninguém. É uma situação imperiosa. E é intrínseca à vida de todos. Até mesmo do mundo. Dentro e universo afora.
Muitos nascem e nem sabem se viverão por tanto ou muito tempo. Tais nuances criam em todos uma expectativa enorme. E a humanidade criou uma estrutura para que todos o consigamos viver muito. Mas mesmo assim isso pode não ocorrer. Porque a vida, dentro de seus infindáveis mistérios, nos coloca em situações diversas. Boas e más. E ele, o tempo, é quem determinará tudo.
Quando crianças não temos muita noção do tempo. Por questões óbvias. Mas com ele em movimentação constante e perene, ao crescermos, ficarmos adultos, adquiriremos tudo aquilo que precisamos para entender tais coisas. Mas existem uns que não o conseguem. Daí as dificuldades que encontrarão e atravessarão em suas vidas.
O modernismo desses tempos atuais dão a impressão de que tudo anda correndo mais do que deve e, principalmente, do que antes. As pessoas já vivem dizendo que não possuem tempo para nada. Mas isto possui uma explicação. Ou até mais de uma. Mas é necessário que todos as busquem. Parem um instante e percebam que o tempo em nossas vidas quem o faz somos nós mesmos.
A percepção do tempo ela é mais sólida para aqueles que já atravessaram um bom pedaço do seu viver. Quase sempre é na velhice que percebemos sua passagem. Mas que sempre nos mostrará algo. Positivo ou não. Porque se nessa faixa de idade a pessoa encontra-se em sua plenitude, física, mental, profissional e social, o percurso lhe foi amplamente positivo.
Mas sabemos muito bem que um contingente enorme de pessoas terá um sentimento de frustração. Até mesmo de derrota. Porque vivem de um modo para o qual não sonharam. Também não realizaram tudo aquilo que lhes pudesse fazer atingir uma vida, no mínimo, satisfatória.
O ruim é que atravessando sua existência e alcançando a idade avançada, em caso de infelicidades não poderá reverter tal quadro. Pelo menos para a maioria. Mas é fundamental não perder o equilíbrio, adaptando-se aos tempos, da melhor maneira que puder, para diminuir sofrimentos.
Os sentimento de frustração e derrota estarão sempre presentes ao final ou próximo disso, da vida. Imaginar quando criança, jovem ou adulto recém, uma proposta que não se realizou, e ver o tempo passado sem remédio ou conserto, é, sim, para muitos, um verdadeiro sofrimento.
Muitos desses se apegam à religião. Entregaram e entregam seus destinos, e seus desfechos, nas mãos da espiritualidade. Assim acreditam que possam diminuir suas dores. Mas será que isso ocorre realmente? Ninguém será capaz de dizer a verdade daquilo que sente em seu interior. Isso é quase que uma regra.
Mas como diz a sabedoria popular em um de seus ditados: "o que não tem remédio, remediado está". E vamos seguindo, todos, pra frente, porque atrás vem gente. E muitas delas, ainda.