OCO QUE NEM BAMBU
OCO QUE NEM BAMBU
sábado, 2 de maio de 2020
"É coisa de quem não tem o que fazer!"
Poxa, como se ouviu isso em décadas passadas. Quase sempre se referindo à pessoas que estavam fazendo algo fora do normal. Mas antigamente o contingente disso era bem pequeno, diferente dos dias atuais.
E a coisa agravou nesses últimos dias com o surgimento do coronavírus, que até agora desnorteou mais do que outra coisa ao povão. Como se nessa vida nunca houvesse tido um vírus dos que sempre se chamou letal. Ora bolas!
A mediocridade anda destratado os velhos, os idosos, ridicularizando-os de todos os modos. Mas há que se dizer o seguinte: você, que faz isso, enxergue-se. Porque talvez muitos dos que são novos nesses dias atuais nem cheguem ao cinquenta, setenta ou mais anos de idade. Morram antes. Primeiramente de balas perdidas.
Quem teve coqueluche, sarampo, catapora, poliomielite, dentre outras quizumbas mais, tem é que morrer de rir do coronavírus. Porque conseguiram aterrorizar o povão mais novo, fazendo-os de brinquedo. Em minha infância, tive excelentes profissionais de medicina natural: Dona Emília, a rezadeira; dona Catita; Dona Palmira; Dona Dorotéia. Elas curaram pessoas e apararam crianças em partos por dezenas de anos. E todos os que passaram por suas mãos, ou morreram velhos, de causas naturais, ou estão vivos até os dias de hoje, que é o meu caso.
Então, já um coroa, tenho que aturar impertinências. E de gente oca, tal qual um bambu, que é oco por dentro e só possui casca. Mas que ele me desculpe por fazer essa comparação leviana com um humano moderno.
Felizmente estou fora e distante da irracionalidade. Pena é ver que mesmo de posse de recursos modernos, grande parte das pessoas ainda se deixam enganar. Paciência!