PAI E FILHO – VISITA À AUTORA
                                             Ler um livro é para o bom leitor conhecer a                                                   pessoa e o modo de pensar de alguém que                                              lhe é estranho. É procurar compreendê-lo e,                                         sempre que possível, fazer dele um amigo."                                                                                                (Hermann Hesse)

 
Era mais um final de tarde movimentado no Espaço do nosso “Micro Ecossistema Urbano”. Eu limpava e reorganizava as caixas de doações, que ficam ao lado da calçada, e atendia uma visitante que queria mudas de carqueja e jurubeba, quando apareceu aquele senhor moreno de barbas espessas. Cumprimentou-nos, avisou-me que ia apanhar o filho no colégio, na rua interna da Quadra, e voltaria em seguida para conversar comigo.
O Sr. Wilson – este é o nome dele – mora em uma área rural no Sobradinho dos Melos (perto de Planaltina). Conversa vai conversa vem, ele me lembrou que já nos conhecíamos. De fato, esteve visitando-me com sua esposa e o casal de filhos, logo que foram divulgadas as recomendações feitas pelo escritor Ignácio de Loyola Brandão e pelo Ministério do Meio Ambiente ao meu primeiro livro “Animais que plantam gente” (esgotado). Eles agendaram uma visita para que as crianças conhecessem a escritora e adquiriram o livro autografado.
Naquela época conversei com muitas pessoas. Havia me esquecido dessa honrosa visita, mas eles não. O filho do Sr. Wilson – Carlos Eduardo – já é quase um rapaz aos doze anos de idade. Crescido, cursando o 7º Ano, é muito bom em Matemática e já obteve êxitos em certames escolares. Conversa com adultos feito gente grande educada. Sabe ouvir, opinar e se portar como poucos na sua faixa etária. O pai, orgulhoso do filho, contou sobre sua performance estudantil, especialmente que ele esteve muito perto de ingressar no Colégio Militar de Brasília, através de concurso civil. Então lembrei-me do tempo em que a Mariana esteve nesse impasse – classificada, mas fora das vagas. Felizmente no caso da nossa menina houve desistência e ela conseguiu ocupar uma das minguadas 15 vagas abertas aos civis. Mas Carlos Eduardo está estudando em um ótimo Colégio agora. Tem pela frente à sua disposição o que há e haverá de melhor no mundo. Espero poder acompanhar e aplaudir algumas de suas vitórias em futuras visitas com o pai amoroso, que bem o acompanha e orienta.

Bsb, 01/03/2020
 
 
Sandra Fayad Bsb
Enviado por Sandra Fayad Bsb em 01/03/2020
Reeditado em 27/06/2020
Código do texto: T6877881
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