CEGUEIRA SOCIAL. PASSIONALIDADES. GREGARISMO. ISENÇÃO CIENTÍFICA.
A agregação dos seres humanos em comunidades, desde os rudimentos do aparecimento da sociedade, para organizarem suas defesas contra a natureza ou outros grupos, foi caracterizada pela exclusiva razão de que sua conduta recíproca devia ser regulamentada.
A Suíça, conheço presencialmente quase toda, cabe dentro do Espírito Santo com sobras, é realmente fantástica para viver em paz, é cantada em prosa e verso por seu harmonioso convívio, o que se dá por todos conhecerem todos nos “cantões”, redutos de pequeníssima população, onde não há possibilidade de surpresa, pois todos que caminham inclusive ao seu lado são previsíveis por serem conhecidos. É o famoso "princípio da confiança".Não há surpresas.
Todos os seres humanos sabem, uns por dever de ofício, outros pela representação política que se dá através de regimes plurais, sendo seu elemento essencial o sufrágio universal, voto - exceção feita às tiranias - que a ciência do direito é definidora das normas de convívio, traçando padrões a serem observados por todos.
Como sustentação da sujeição às normas, desponta a coerção, a sanção, conhecida popularmente como punição, ou seja , a obrigação da sujeição àquela conduta imposta, sem o que se abaterá sobre o desvio de conduta a pena, seja civil, criminal, política ou administrativa. Os bens de todas as espécies estão tutelados pela lei e ameaçados ou violados demandam sanção, punição.
A agregação dos seres humanos em comunidades, foi caracterizada pela exclusiva razão referida, para preservação dos bens, vida, área de caça, defesa da integridade de suas mulheres, etc. A conduta recíproca é regulamentada.Abriu-se mão da liberdade total, matar, assediar mulheres de outros, invadir áreas de caça, etc em prol da harmonia do GRUPO, que juntos se defendiam melhor de outros grupos e de animais selvagens.
A sociedade é o ordenamento da convivência dos indivíduos, como singela, objetiva e profundamente nos passa Hans Kelsen, o arquiteto do direito objetivo. O direito é luta, permeado de mudanças.
O diagnóstico dessas mudanças resulta da visão histórica da luta pelo direito.
Na formação voluntária do processo natural, consciência da população, espreita e se manifesta a todo instante, o “gregarismo sociológico”.
Gregarismo, passando por todos os dicionaristas exemplares da língua até o mais aplaudido na atualidade, Houaiss, já falecido, “é a aglomeração de indivíduos da mesma espécie”.
Sociologicamente, como leciona Joaquim Pimenta em sua “Enciclopédia de Cultura Sociologia e Ciências Correlatas”, gregarismo “é a submissão automática ou cega fidelidade a uma crença, seita ou partido, obliterando a faculdade de livre exame de senso crítico, de autonomia mental”. Chamemos quando a teoria é invasora de direitos naturais universais de cegueira. Diversa da venda de Temis, Deusa da Justiça, cegueira filosófica que não entendem os menos versados, cega para o poderosos. Evidentemente relativa a proposição filosófica dessa ceguidade, pois os juízes são homens. Padre Vieira situa bem essa ceguidade da justiça.
Essa subjugação da vontade referida, que afasta o livre exame, origina-se no que Joaquim Pimenta rotula de ”meneurs”, os líderes seguidos cegamente na busca de propósitos que seriam válidos e que têm de ser atingidos; DE QUALQUER FORMA.
Embora essas passionalidades, supunha-se, já não caibam em nossos dias, li com surpresa entrevista no jornal O Estado de São Paulo, já faz certo tempo, dada pelo respeitadíssimo sociólogo Alain Touraine, figura das letras na cena mundial, afirmando que “Ninguém acha que o Presidente (HOJE EX-PRESIDENTE) não estava a par do que acontecia no PT. Ele deixou isso ser feito porque precisava da maioria. Isso foi demonstrado. Se descobriu.” É a opinião por ele declinada então.
Deixa nas entrelinhas que se nada ocorreu foi legítimo o fim atingido.
Discordo veementemente, a equação maquiavélica, "fins autorizando meios" foi revelada por um juiz de primeiro grau, por circunstâncias que poucos conhecem,calcada na conexão processual, pois lavava-se dinheiro do tráfico da cocaína e também das propinas e desvios da Petrobras no mesmo posto de combustíveis em Curitiba, através do mesmo doleiro, DAÍ LAVAJATO. E esse mesmo juiz deu conotação diversa ao instituto da "prisão preventiva", enfrentando relator do STF de "habeas corpus" requerido pelo primeiro diretor preso da Petrobras, primeiramente concedido, oficiando e dizendo que deveria também soltar todos os traficantes. O habeas corpus foi recolhido pela atuação do juiz Moro. Deve-se muito a esse movimento judicante e seus desdobramentos. E poucos sabem. E mais de dezena de juízes dos tribunais confirmaram a decisão de abertura, fruto de "colaboração premiada" do novo instituto processual. Nasceu um novo Brasil. Ou todos esses juízes concursados e sem manchas nas togas de tribunais recursais, são políticos ou estão a serviço da CIA como mentecaptos exortam? Aos idiotas o silêncio.Aos analfabetos seguidores do absurdo diante de inesgotáveis provas,pelo analfabetismo evidente e declarado, exculpados por tanto, a indiferença. Seguem os "meneurs" sectários,patológicos. É o "estouro da boiada" desavisada e desinformada. Pelo voto foram para o melhor destino.
Ao valor de absoluto contrapõe-se o de relativo. Esse pêndulo cristalizou-se nos sistemas de filosofia de Kant, criticismo, de Comte, positivismo e no evolucionismo de Spencer.
Os fins justificam os meios? Formulou Maquiavel a indagação. Pergunta-se permanentemente. Sob o enquadramento do valor pensante mais alto da dogmática, a crítica, que estuda e analisa o que se põe face ao seu exame, devolve-se a pergunta. Quais fins e através de que meios buscados?
Há um eixo operacional a que todos se curvam nas indagações valorativas. O mal não é necessário! E O MAL AFLOROU E SE VIU SEU GIGANTISMO PARA A NAÇÃO, bombardeada e exaurida pela corrupção, só não esvaída pelo acolhimento de uma nova república de povo consciente. Mudou, mudando pelo voto. Por isso os "PREJUDICADOS" que participavam do "BUTIM", mídia da grande imprensa, artistas, empresários que superfaturavam preços para desviar para partidos, etc, etc estão nessa cruzada para que o mal maior volte. E brigam com a evidência; e por isso estão mortos, aguardem-se as eleições municipais. E a consolidação, pelo voto, da atual república em valores se dará, por VINTE ANOS. Registre-se. Pelo voto posso antever inclusive quais as chapas.
A máxima, o pregão que atravessa os tempos, sem censuras, nos vem do tomismo, do venerável gênio aquiniano de São Tomás de Aquino, o filósofo dos filósofos; o mal não é necessário. Se não usufruímos o maior dos bens na gestão atual, demos um grande passo afastando O GIGANTESCO MAL. E muito de positivo foi feito, contado nessa equação a conscientização popular que se esclareceu, também os enganados néscios. Mesmo os que recebiam migalhas para celebrar a grande mentira que o roubo encobria.
Doutrinas exóticas as mais diversas, servem ou desservem os rumos do homem na história da sociedade; vestem ou desnudam vestígios de civilização, massacram por vezes esteios sacramentados na conquista da seleção natural para melhor, como nos ensinou Spencer.
ESTÃO AÍ OS EXEMPLOS, CONTRA FATOS NÃO EXISTEM ARGUMENTOS, VENEZUELA E CINQUENTA ANOS DE ESCRAVIZAÇÃO DOS ILHÉUS CUBANOS. É O QUE QUERIAM PARA O BRASIL. NÃO CONSEGUIRIAM, CLARO. ALGO BARRARIA; 1964 está na memória.
Abordaremos duas dessas elaborações que se tocam pelo absurdo, ambivalentes no demérito, distantes no tempo, embora atuais, e se igualam no gregarismo, pondo de lado as conquistas que privilegiam consensos para enaltecer e exaltar o bem, o melhor para a humanidade, o que é ético e não abre as portas ao mal.
Malthus, em período longevo, em seu famoso ensaio sobre o princípio da população, entendia que enquanto a população cresce em progressão geométrica, os meios de subsistência (víveres) cresciam em velocidade aritmética.
Criou o Malthusianismo, doutrina segundo a qual, para prevenir ou evitar as consequências fatais e inexoráveis de uma ação direta da natureza, aconselhava a que se praticasse o sacrifício ou o constrangimento moral, sobretudo, entre as classes pobres, ou antes nas classes trabalhadoras, de reduzirem ao mínimo, o mais possível, a procriação, de não aumentarem a prole, predestinada a não encontrar lugar vazio, como ele nominava “no grande banquete da natureza”.
Pregava, pois, o extermínio dos indesejados nascimentos. Diga-se que Malthus era pastor inglês, além de economista. Sua teoria abriu sérios debates. Parecia estar antevendo os dias atuais quando tanto se fala em falta de grãos por motivos diversos, inclusive destinação energética e ambientalismo.
A propalada falta de alimentos que se afirma para o futuro, faz coro com a teoria. E se falta ou faltará, é por boas razões.
Na China come-se carne, um luxo para quem passou severa fome nos anos sessenta e setenta.
Na China, puniu-se severamente os excedentes aos dogmas regulamentares do Estado, relativamente aos controles populacionais.
As meninas nascidas como excedentes sofreram muito.
Esses fins, é claro, ético e moral, não justificam os meios; o mal não é necessário!
O que isto tem em intimidade com o Brasil e sua atualidade?
A ausência de análise crítica por ausência de educação, muito mais quando mentes privilegiadas como a de Touraine, ostentam princípios de Maquiavel, fins justificando meios reprováveis; responde-se.
Malthus e Touraine têm em suas crenças, umas mais subjetivas que outras, embora ambas busquem objetividades, o anátema, o estigma,pior, diga-se, a marca repulsiva da ausência de ética, e formam o gregarismo; formam e formaram súditos, discípulos, muitos integrando o “mandonismo” opinioso em altos escalões de governos. E até hoje, está presente aqui nesse site, alguns sem nenhuma estrutura pensante razoável, onde militam os totalmente sem alfabetização primária.E o povo conhece pouca história e está ausente dos pilares socais em conhecimentos mais reveladores. O povo sempre esteve à margem. Pensa só na sobrevivência, mínima. Sob trocos e migalhas, ficam satisfeitos, não conhecem direitos maiores sacralizados.
Fico com São Tomás, sou tomista por formação. O mal não é necessário.
Maquiavel vendeu-se aos príncipes, Touraine fez observação pontual como sociólogo, aceita-se o último, mas não se pode aceitar o mal revelado, de forma alguma, é a subversão dos valores conquistados, o homem erra, reprova-se o primeiro, negociar ideias para sobrevivência e enriquecimento sem causa, e compreende-se o último.
A fusão de ideias onde o melhor para a humanidade deve prevalecer, seja qual for a coloração ou inclinação política, é o grande norte a ser alcançado. E assim como dizia Spencer, aos poucos, vamos caminhando para o melhor.É a seleção natural , o que vem ocorrendo, sem cegueiras de seitas fundamentalistas para proveito próprio como os tribunais deixaram claro através de sólidas e fartas provas. Irrespondíveis para quem saiba ao menos ler, desnecessita ser jurista ou ter completado o primeiro grau.