A INTERTEXTUALIDADE NA ESCRITA FEMININA DE CONCEIÇÃO EVARISTO E ESMERALDA RIBEIRO

"A INTERTEXTUALIDADE NA ESCRITA FEMININA DE CONCEIÇÃO

EVARISTO E ESMERALDA RIBEIRO"

POR MARÍLIA P. CRUZ

INTRODUÇÃO

O enfoque deste trabalho firma-se na intertextualidade presente na escrita negra feminina do conto “Zaítaesqueceu de guardar os brinquedos” de Conceição Evaristo e do poema “Quem te ensinou” de Esmeralda Ribeiro.

Problematiza a estrutura social a qual essas mulheres estão inseridas e como elas quebram o silêncio através de sua escrevivência. Mulheres que além de sofrerem preconceito de gênero, sofrem o preconceito de raça e classe. Uma escrita diferenciada, pois resgata a ancestralidade e denuncia uma sociedade excludente que oprime mulheres, negros e pobres.

Essas escritoras tiveram que enfrentar e superar a pobreza, os estereótipos negativos e racistas, a desqualificação por serem mulheres enegras, a falta de condições materiais. Fizeram de suas experiências uma arma contra a sociedade capitalista e patriarcal, representando um coletivo que foi silenciado por séculos.

No conto de Conceição Evaristo e no poema de Esmeralda Ribeiro há uma intertextualidade na tessitura dos textos literários como também a dor da experiência transcrita em suas linhas.

São personagens que representam tantas outras crianças e mães que são obrigadas a viver em ambientes de pobreza e violência, crianças que todo dia têm suas vidas dizimadas pela violência e criminalidade, tipos que representam uma classe, uma raça e um gênero.

A INTERTEXTUALIDADE NA ESCRITA FEMININA DE CONCEIÇÃO

EVARISTO E ESMERALDA RIBEIRO

“A nossa escrevivência não pode ser lida como histórias para “ninar os da casa grande” e sim para incomodá-los em seus sonos injustos.” (CONCEIÇÃO EVARISTO)

O silêncio quando quebrado se torna uma ferramenta de transformação e ação na vida de indivíduos oprimidos, isso acontece quando se descobre o poder da fala para a cura e para a resistência. A mulher negra tem em sua escrita a própria experiência, podendo ser assim o fator catalisador da diferença de sua escrita.

Conceição Evaristo e Esmeralda Ribeiro possuem em suas escritas as próprias vivências organizadas biograficamente, a semelhança de suas experiências determinadas pela condição de serem mulheres e negras tem um significado amplo, elas tiveram que aprender a ter a força necessária para resistir à marca deixada pela escravização e o sexismo excludente do sistema patriarcal.

Essas escritoras conseguiram extrair a força necessária de situações vivenciadas por elas para criar suas obras, trazendo para sua escrita a dor, as desigualdades sociais e raciais. A marginalização como um tônico essencial para sua escrita literária, a qual denuncia e traz um apelo coletivo de mulheres negras submetidas a tais contextos.Como diz Côrtes:

“O silêncio transgressor traz a diversidade e a identidade junto dos seus conflitos para o espaço da escrita. Seu caráter é de denúncia e sua ferramenta é a experiência, pois nela há a possibilidade de leitura do que foi negligenciado” (CÔRTES, 2016, p.53).

Para exercer sua profissão de escritora, essas mulheres tiveram que enfrentar e superar a pobreza, os estereótipos negativos e racistas, também resistiram a desqualificação por serem mulheres e negras. Nesse contexto de humilhação social elas conseguiram forças para usar a suas histórias racionalmente para a reflexão do mundo literário, além disso, suas vivências e experiências foram um meio de dizer o que foram proibidas, assim quebrando o silêncio de uma categoria oprimida e silenciada.

A intertextualidade está presente nos seus textos literários, assim como também suas escrevivências. Essas semelhanças são notáveis no conto “Zaítaesqueceu de guardar os brinquedos” da escritora Conceição Evaristo e do poema “Quem te ensinou” de Esmeralda Ribeiro. Mas para entender essa intertextualidade se faz necessário compreender os contextos sociais e a estrutura de dominação e capitalista as quais elas foram submetidas.

A invisibilidade de ser escritora, mulher e negra

A invisibilidade de ser escritora, mulher e negra ainda é vigente no mundo todo, por mais que muitos obstáculos e preconceitos tenham sido derrubados pelos movimentos feministas e negro, a invisibilidade ainda é muito presente. As mulheres tiveram uma grande conquista no campo da escrita, foram muitas lutas e reivindicações constantes contra o sistema opressor capitalista patriarcal.

Mesmo com tantas lutas e conquistas, essas mulheres ainda tem, por vezes, sua escrita desdenhada e subjugada. A mulher negra enfrenta um problema ainda maior, pois além da opressão de gênero, o poder de fala, ela se depara com o preconceito de sua cor, preconceito racial esse que agrave seu processo de marginalização.

A falta de condições materiais e a marginalização as quais foram submetidas se originam de uma estrutura comprometida a oprimir e que tem como arma o sistema patriarcal tão presente na sociedade. Alguns impedimentos são determinantes para o não surgimento de mulheres escritoras, entre eles estão à dominação da mulher e sua falta de independência econômica.

Virginia Woolf escreveu, no livro Um teto todo seu, que para mulheres escrever ficção ela certamente precisaria de duas coisas: de um quarto para si (com chave e fechadura) e de dinheiro suficiente para se manter.

A invisibilidade de escritoras negras é perceptível na literatura, o cânone literário não da importância ou as reconhece como escritoras. Seus textos sofrem exclusão são relegados ao silenciamento.

Isso nos remete à Saffioti (2015), citado por Garcia (2013, p. 133, 134), que compreende que a discriminação contra a mulher baseia-se no patriarcado, no racismo e no capitalismo, isto é, o conjunto destes sistemas cultural e simbólico, o que significa um processo amplo de dominação social. Nesse sentido, os problemas fundamentais das desigualdades que atingem grande parcela da população, mas sobretudo a população negra e indígena no Brasil, podem ser compreendidos no processo histórico de introjeção da inferioridade imposta ao longo de gerações, impedindo o protagonismo de amplos segmentos sociais. Ora, a interiorização da ideologia dominante, da ideologia racial e sexual pelas classes subalternas favorece a persistência das desigualdades no Brasil [...].

Existe, porém, uma naturalização que implica uma dupla exclusão sofrida por mulheres negras. Além de serem marginalizadas e oprimidas, elas ainda sofrem o preconceito de gênero, raça e classe.

Michele Perrot (1979) lembra que as mulheres se afirmam por outras palavras, outros gestos. No que se refere à dimensão racial dos fenômenos urbanos, essa ausência se repete e impõe igualmente uma invisibilidade, sobretudo para as mulheres negras que são maioria nas periferias urbanas e maiores vítimas das péssimas condições de vida e serviços de consumo coletivo. Ou seja, de um lado os paradigmas tradicionais que procuram explicar os processos de urbanização excludente não deram conta do potencial transformador de mulheres e negros, e, de outro, mesmo os novos paradigmas não conseguiram explicar amplamente a pluralidade do social, embora haja muitos avanços acadêmicos e políticos nos últimos anos, resultantes das lutas feministas e negras, de múltiplos movimentos sociais e de cientistas engajadas(os). Se, de um lado, a ausência de mulheres e negros tanto nos marcos teóricos como nas pesquisas sobre as estruturas urbanas tem sido fator de invisibilidade dos problemas vividos por estes segmentos, de outro, seu protagonismo na luta pela implantação de políticas urbanas que provam o direito à cidade fica muito mais dificultado na medida em que os mecanismos de discriminação estão naturalizados nas políticas públicas, que não considerem central combater o racismo institucional e as estruturas sexistas das cidades (GARCIA, 2013, p. 130, 131).

Quando as mulheres se apropriaram da escrita literária, elas conseguiram derrubar alguns paradigmas institucionalizados pelo sistema capitalista patriarcal. A interseccionalidade se fez presente para explicar alguns fatores existentes nessa estrutura excludente, que a cor da pele implica privilégios.

A literatura negra apresenta um discurso diferenciado, ela tem como base as vivências, marcas da vida, experiências pessoais dessas mulheres que buscam se autorrepresentar, derrubando estereótipos criados ao longo dos séculos pelo racismo.

Essa escrita feminina negra baseia-se no movimento da memória, resgatando as vozes silenciadas, resgatando a história de sua ancestralidade e reafirmando a existência dessa mulher.

A conquista da autonomia da mulher negra através da escrita é notável, elas puderam avançar e serem reconhecidas em seu próprio contexto social, foram agentes de mudanças e abriram caminho para outras escritoras, dessa forma quebraram paradigmas que a sociedade impôs. Como diz Conceição Evaristo:

Essas escritoras buscam na história mal contada pelas linhas oficiais, na literatura mutiladora da cultura e dos corpos negros, assim como em outros discursos sociais, elementos para comporem as suas escritas. Debruçam-se sobre as tradições afro-brasileiras, relembram e bem relembram as histórias de dispersão que os mares contam, se postam atentas diante da miséria e da riqueza que o cotidiano oferece, assim como escrevem as suas dores e alegrias íntimas (EVARISTO, 2005, p. 204).

A escrita feminina negra traz em suas linhas vidas, vozes e histórias silenciadas. Essa escrita muda a forma de representação que sempre foi dada as mulheres negras nas literaturas, elas deixam de ser vistas como apenas as escravizadas, como coisa ou domésticas, passam a ser protagonistas com discursos fortes de mudanças e reafirmação identitárias.

A vida real exposta no conto “Zaítaesqueceu de guardar os brinquedos” e no poema “Quem te ensinou”

O conto “Zaítaesqueceu de guardar os brinquedos” de Conceição Evaristo e o poema “quem te ensinou” de Esmeralda Ribeiro são essenciais para entender como a escrita feminina negra apresenta a realidade vivida por mulheres negras em determinados contexto sociais. Existe uma intertextualidade presente na tessitura dos textos literários como também a dor da experiência transcrita em suas linhas.

O conto tem como protagonistas crianças em situações de vulnerabilidade social, vivendo em contextos de risco e de extrema pobreza. As desigualdades sociais são apresentadas criticamente na construção do conto, a mãe representando outras mães que vivem nesses ambientes e que precisam trabalhar por longas horas tendo que deixar seus filhos em casa sozinhos. O pai não está presente, assim como milhares de mulheres negras que precisam cuidar sozinhas de seus filhos. Essas mulheres que lutam pela sobrevivência e lamentam e se desesperam por não ter tempo de qualidade para seus filhos, nem para si próprias.

Conceição Evaristo apresenta um pano de fundo importante para problematizar a violência a que essas crianças pobres, moradoras de favelas são submetidas. Mostra em sua narrativa a privação, o abandono, a violência estrutural e intrafamiliar, as agressões físicas e psicológicas que essas personagens lidam todo dia.

Escrita de dentro (e fora) do espaço marginalizado, a obra é contaminada da angústia coletiva, testemunha a banalização do mal, da morte, a opressão de classe, gênero e etnia. E ainda se faz de porta-voz da esperança de novos tempos. A autora pontua poeticamente mesmo nas passagens mais brutais, e cada personagem tem a consciência de pertencimento a um grupo social oprimido (DUARTE, 2016, p.148).

Uma escrita que comove o leitor e o faz refletir sobre a estrutura social a qual essas mulheres vivem. Um retrato vivo em palavras.

Zaíta quase não tem convivência com sua mãe que necessita trabalhar, uma mulher que aos trinta e quatro anos já é mãe de quatro filhos e cuida deles sozinha. Mesmo cansada, essa mulher não pode parar de trabalhar por causa de sua condição miserável. Essa mãe que já sufocada da vida não tem paciência com seus filhos, ela se irrita ante a luta inglória e ante o medo do futuro, visto que vive em um ambiente violento, o qual determina o tempo de vida de seus moradores. Ambiente esse que corrompe seu filho e o leva a criminalidade.

É possível ver a infância sendo roubada dessas crianças que enfrentam cotidianamente a violência na favela. As mães que por excesso de trabalho acabam por se afastar de seus filhos por não se sentirem capaz, por se sentirem derrotadas. A culpa quando seus filhos são mortos e elas não tiveram controle para os proteger. A dor e o lamento da infância roubada. A morte sendo um vilão esperado a qualquer momento, em qualquer beco, em qualquer bala. Esse é um tema presente na escrita de mulheres negras, uma intertextualidade presente, como diz Paes:

Tema recorrente nas tessituras evaristianas, a Morte representa uma possibilidade de representação e enunciação do sujeito que não se cansa de encenar num eterno e dual jogo entre o existir e o fenecer. O grotesco também se infiltra pelas malhas evaristianas e não se solidariza com amenidades. A própria vida na tessitura em que emaranham as personagens não é abastecida com sutilezas. Vale sim o real, o nu, a crueza que se ilumina com a sua verdade em se mostrar sem subterfúgios e efemeridades (PAES, 2016, p. 274)

A morte da protagonista indica uma crítica social da vulnerabilidade que ela é submetida, pois basta uma distração dessa criança para que ela seja morta por bala perdida. Uma violência estrutural contra a criança que perde a vida e contra sua mãe que perde sua filhinha. Essa dor é presente no poema de Esmeralda Ribeiro que diz:

Menina-flor, não quero brincar de morta-viva-fria,

Brincadeira dolorosa para qualquer mãe

Sem calmaria, sem calmaria,

Memória-mãe guarda sua alegre infância vivida

Carrego flores úmidas de saudades.

[...]

Agora brincam com violentas balas

Adocicadas com chumbo fel.

Balas perdidas, mas se nos acham a gente jaz.

Agora brincam, brincam de batata quente,

Mas,

Muita gente lava as mãos.

Essas personagens representam tantas outras crianças e mães que são obrigadas a viver em ambientes de pobreza e violência, crianças que parecem adultos em miniatura aprendendo a conviver com a violência da favela. Tipos que representam uma classe, uma raça e um gênero.

CONCLUSÃO

A escrita feminina negra no conto “Zaítaesqueceu de guardar os brinquedos” de Conceição Evaristo e do poema “Quem te ensinou” de Esmeralda Ribeiro apresenta uma intertextualidade impressionante, isso ocorre por essas escritoras serem de um grupo que escreve utilizando suas vivências e experiências, além de serem mulheres, são negras, fator esse que determina suas experiências.

Elas trazem para o texto literário problemas que foram mascarados por muito tempo, derrubam estereótipos e quebram paradigmas, mulheres que se destacaram e transformaram a escrita feminina negra. Elas tiveram a coragem de quebrar o silêncio imposto pela sociedade capitalista patriarcal, trazendo para suas obras um grito de denúncia de muitas outras mulheres.

A literatura também pode ser uma forma de denunciar e resgatar a dignidade dos oprimidos, a ficção apresenta a experiência, uma escrevivência, a realidade nua e crua. Não se pode negar que no mundo todo, em todas as estruturas sociais, a mulher ainda é inferiorizada e inviabilizada. Porém, existem movimentos que estão se articulando e buscando modificar essas desigualdades. Isso é notável através da escrita de Conceição Evaristo e da escrita de Esmeralda Ribeiro.

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