PROCESSO DE ESCREVER
Processo de escrever
Sempre haverá algum fato que passa por uma mente sadia ou conturbada, alguns fatos balançam o pensamento de forma que se quer questionar e como questionar se os pensamentos aparecem e se vão e caso não seja gravado de alguma forma será como se nunca tivesse existido.
Desta forma nascem as invenções, só se for registrada, produzida um protótipo, ou se for feito um áudio, um vídeo ou um manual/texto explicativo da criação.
Se não se fizer registrado nada ocorreu, nada aconteceu, nada foi criado.
É certo que mesmo que as criações/invenções sejam boas dificilmente se torna usável no dia a dia da vida das pessoas que tiveram contado com as mesmas.
As pessoas no dia a dia interagem muito com muitas informações, tem um excesso de informação de entrada e dificilmente tem tempo para incorporar no seu dia a dia as coisas boas, até por que estas pessoas também já criam o tempo todo e ainda tem seus costumes incorporados de sua própria vida.
Assim os textos, artigos, crônicas, seja de que natureza for, se for até 4 linhas, alguém lerá, acima disso necessitará de tempo e paciência do leitor, ou algum interesse especial para que possa continuar, contudo os textos curtos também tem a desvantagens no introdutor da mensagem de não marcar o leitor, que absorve centenas de pequenos trechos diários e não tem como registrar esse mais um, contudo um texto maior quando levar o leitor a ler até o final marcará com certeza a passagem do leitor pelo texto, e como ler um livro, quanto maior, se for bom o suficiente para atrair o leitor para a leitura até o final sempre deixará registrado no leitor a realização de ter dispêndio tempo em algo que é maior, marcará então o leitor, e se o conteúdo de alguma maneira for importante para a vida do leitor com certeza fará parte de sua vida.
É certo que quem emite um pensamento, uma ideia, um texto, nunca terá certeza que conseguiu interagir com uma pessoa ou com dezenas, centenas ou milhares de pessoas.
O ibope das transmissões pessoais tem difícil controle, é certe que os canais de tv ou rádio me parece tem medidor eletrônico de contagem, como alguns aplicativos também tem contagem de quantos pessoas viram o texto, imagem, etc., mas mesmo assim estes medidores com certeza não têm como certificar se houve interação, absorção, ou se os aparelhos apenas foram ligados e abandonados ligados sem ninguém ter assistido ou realmente interagido, se as pessoas entenderam e absorveram o conteúdo.
Recentemente acompanhei a contagem de rádios importantes e não tão importante e as contagens me surpreenderam, pois programas bons como da radio terra tinham acesso de menos de 500 pessoas por dia, e isto em um universo do sinal a uma população de mais de vinte milhões de pessoas, e vi rádio local com acesso de apenas vinte pessoas dia, e vi outras com acesso de 1 pessoa dia, e ainda este acesso não tem garantia que foi uma passagem de segundos sem nada ouvir ou ver do conteúdo do programa.
Um livro impresso quando distribuído as vezes poderá ter mil aquisições, contudo qual a garantia que estas mil pessoas leram, interagiram com o conteúdo escrito, poderá que somente duzentas abriram o livro, ou então o contrário, pode ser que passaram a frente, ou foram para biblioteca pública e dezenas de pessoas retiraram cada um deles e absorveram o conteúdo.
Assim interação com o conteúdo da criação é difícil medir, as vezes se percebe que determinado texto caiu no conhecimento geral, como a oração do “pai nosso”, que temos certeza que a maioria das pessoas já tiveram contado com o conteúdo do texto, isto é, é conhecido por muita gente.
Uma amiga Betty, grande escritora, profissional do ramo da literatura, grande criadora, premiada e tudo, disse recentemente que não tinha mais estimulo de escrever, porque as pessoas não estão lendo mias, muitas poucas pessoas estão em busca de um livro, embora veja a mesma escrevendo o tempo todo, debatendo por escrito centenas, milhares de assunto e percebes que ela tem um público embora pareça pequeno que interage, respondendo, comentando, talvez cinco a dez vezes mais pessoas acompanham sem comentar.
Afinal ser um Paulo Coelho com a sorte de vender milhões de livros é uma coisa quase impossível de ver acontecer, e um fato em milhões e milhões de escritores.
Mas que escreve com certeza simplesmente escreve, escreve, não importando se uma, nenhuma, ou centena de pessoas irão ver, interagir com o conteúdo criado.
Neste momento, estou com fone de ouvido, absorvendo músicas de cantadores que me agradam, coisa rara de acontecer comigo, parar para ouvir música, contudo quando estou escrevendo aproveito para apreciar as músicas que gosto, então anda escreve “à toa”, sem se preocupar para que servirá o que foi escrito.
Escreve no computador, diferente da máquina que gastava papel e que ocupava espaço, no computador fica mais fácil o compartilhamento e não ocupa espaço algum e com certeza é um ambiente que estimula a escrever mesmo “à toa”.
Esta frase “à toa”, tem me marcado por minhas caminhadas pelo triangulo Mineiro, onde um amigo sempre fala andar “à toa”, como uma crítica com quem deixa as atividades do dia a dia e que trará prejuízo, como uma crítica ao fato de andar “ à toa”, contudo muitos fazem deste fato de andar “à toa”, como uma coisa boa, meu pai dizia que quem não movimenta vira arvore, cria raiz, não acessa as informações do mundo, da região, e pra quem gosta de barganhar, fazer brick, catira, andar “à toa”, poderá implicar em possibilidades.
O viajante, turista na maior parte do tempo estará viajando “à toa”, mas com certeza muitos estarão saboreando pela visão, tato, cheiro absorvendo as coisas boas e ruins deste mundo, estarão acrescentando a mente conteúdo mil.
A 50 anos a população do brasil era 95% rural, sem tv, sem acesso a comunicação de jornal, etc, assim quando tinha a oportunidade de ter acesso a algum texto, embora 90% eram analfabetas, mas mesmo assim pedia pra alguém ler, então as produções de texto circulavam mais, até por que eram poucos que produziam; hoje a população rural é 5% e a urbana é 95%, e todos com tv, celular, rádio, acesso a jornal escrito e eletrônico, e então a população de São Paulo que era em 1900 de menos de 100 mil pessoas, hoje o estado tem mais de 60 milhões de pessoas e todos com os diversos instrumento de acesso a informações e texto.
Também é certo que a 100 anos poucos escreviam, pelo menos de forma a expor o seu texto a diversas pessoas, hoje milhões e milhões de pessoas como eu agora, estão produzindo, escrevendo, congestionando o “espectro” com mais uma criação, e então como fazer com que este congestionamento de produções de texto, ideias e conteúdo possa interagir com muitas pessoas assim naquela época a profissionalização de distribuição de informações fazia a diferença, hoje também com certeza fará; Assim é que a Amazon empresa trilhardária tem em seu site milhões de livros eletrônicos para vender até a 2 reais cada um, produzir ficou barato, distribuir também, mas mesmo assim aqueles que quiserem atingir um determinado número de público, terá que saber distribuir, pois se escrever e pôr no cesto de lixo com certeza virará lixo, e será como se nunca tiver produzido.
É certo que muitos produzem muito, lembro dos livrinhos de “bang bang”, faroeste americano, tinha um brasileiro que chegava a escrever diversos livros por dia.
Vejo alguns escritores de livro de conteúdo de mais de 100 páginas, alguns até com 400 páginas, que escreveram e produziram em uma vida mais de 200, 400 livros em uma vida de 20 a 40 anos, ou seja, produziram mais de um livro por mês, isto é alta produção, e alguns deles conseguem vender todos os livros e fazerem todos serem conhecidos por um grande público de leitor, digo público de leitores, pois este público também é pequeno, e com a mudança da net, cada vez é menor.
Sempre fui no passado tímido em expor o que havia escrito então além de registrar a criação em meu computador, publicava alguma coisa de forma anônima sites como recanto das letras, e é interessante lá ver que alguns conseguem criar e publica 3 texto por dia, mais de 1000 texto por ano, e em dez anos mais de 10000 mil criações, e obter leitura total as vezes baixa, eu mesmo já consegui em 10 anos mandar pra lá uns 150 textos e obter em torno de 10.000 acessos, que parece pouco, e também em pagina de escritores do mundo do face deixar lá registrado, forma de tirar do meu computar pessoas e tornar público para algumas pessoas os conteúdos, e assim obter mais de 1 leitura.
Vejo as vezes pessoas super animadas com a aquisição de um único livro, a leitura de um texto, ou a oitiva de uma pessoa de uma música, e é logico que quem produz e expõe a sua criação tem que ficar realmente feliz por ter tido interação, afinal foi para isto que expos. 31/12/19