O soldado e a guerra...
O soldado com a incerteza,
Entra no campo de batalha,
Pra defender sua pátria, ele vai à guerra à luta.
Não sabe bem o por quê?
Que tem que lutar, matar;
Mais tenta se defender, ouvir, obedecer.
Ele é um soldado programado para lutar;
No campo de batalha, no meio do tiroteio,
Sonha com sua família; sua mulher amada.
Traz na carteira as fotos das crianças lindas;
Chora de saudade.
Só vê fumaça, armas soldados, vivos e mortos,
Desgraça para todos os lados.
O cheiro de mato queimado, de gente morta,
Sangue derramado.
O pó os estilhaços de granadas, bomba fuzis.
Estão todos armados.
Com o coração apagado, o sofrimento do soldado,
É mesmo um lamento.
Dor.
O seu semblante esta desfigurado,
Tanto tempo que já não sente,
O perfume do seu amor,
O mimo das crianças.
O desabrochar de um botão.
Um sorriso franco amigo acolhedor.
Não vê o sol nascer.
Uma tarde feliz olhando o horizonte, vendo a noite chegar,
A lua parecer, as estrelas.
Faz muito tempo que não sabe o que é amar,
Não é amado, olhado como um ser humano de verdade,
Com sentimentos, sendo respeitado escutado,
Com direito de ser um homem, com defeitos com acertos,
Limitações.
Já não era mais o mesmo.
Tantas coisas que vivia e o deixava feliz.
Os dias se tornaram sem motivos, sem novidades,
Porque tudo lhe devorava.
A guerra surda se tornara muda, cruel,
Aos apelos dos seus sentimentos.
O soldado já não tinha alento.
Tinha visões estava desequilibrado,
Doente da mente.
Na frente dos seus inimigos se deixa abater.
E assim morre mais um soldado,
Mais uma batalha perdida.
Cláudio D. Borges.