A Loja do Éden
As Sagradas Escrituras têm a finalidade de mostrar ao ser humano o caminho que o leva a ter novamente comunhão com seu Criador. Em rápidas pinceladas, a Bíblia Sagrada faz referência a um Querubim Ungido criado e colocado num Éden Primitivo, em ambiente terreno, como administrador de uma sociedade angelical.
No livro que escreveu, o profeta Ezequiel usa a figura do “Rei de Tiro” para revelar as extraordinárias qualidades desse administrador nos negócios a ele confiados. Também, o profeta Isaías usa a figura do “Rei de Babilônia” para se referir a esse fenomenal superintendente angelical.
Ele havia sido dotado, por seu Criador, de elevado grau de sabedoria, beleza e capacidade administrativa para liderar a sociedade angelical, e assim levou seu reino a uma enorme prosperidade material. Devido a sua enorme sabedoria e capacidade de gerir negócios edificou uma sociedade próspera em ouro e prata.
Entretanto, a riqueza material do reino que administrou elevou tanto seu coração, que esse administrador angelical chegou ao cúmulo de externar seu ambicioso plano de usurpação : “Eu sou um deus, na cadeira dos deuses me assento...”
Nesse seu desejo incontido e profano, tentou dar um Golpe de Estado, e foi assim que começou sua queda e desgraça (Isa 14.12-19; Eze 28.11-19)
O projeta Ezequiel refere-se a esse administrador como aquele que liderou a civilização angelical com perfeição, “desde o dia em que foi criado”, até o dia em que, nele, “se achou iniquidade” . Sua ambição por poder levou o planeta Terra a ficar “sem forma e vazia.”
Essa pequenina pincelada se presta para externar o quadro dos juízos severos que foi enviado como punição por seus crimes de ambição. Com os juízos, o Éden Angelical foi destruído e os elementos físicos do Planeta arrasados, daí a expressão “sem forma e vazia”.
Também, o profeta Isaías se refere ao Querubim Ungido em seu ambicioso desejo de ser o próprio Deus : “e serei semelhante ao Altíssimo”, como a sua perniciosa estratégia de levar seu plano de rebelião à esfera cósmica: “subirei acima das alturas.”
Os juízos que arrasaram a sociedade angelical arruinaram o planeta. Tempos depois, o Criador restaurou o ambiente terreno e fez dele um Jardim do Éden, sobre o qual colocou o casal Adão e Eva para administrá-lo, e aqui tem início a sociedade humana.
Uma vez fracassada a tentativa de Golpe de Estado para desbancar o Criador, o então administrador angelical deixou de ser Querubim Ungido para se tornar Satanás, o mesmo que Adversário.
E ao abraçar a prática de cultivar augúrios vaticinadores, o Adversário planejou tomar do primeiro casal de humanos o direito de administrar o planeta Terra restaurado.
Sabedor que o elemento feminino era a parte mais fraca da administração, enquanto Adão cuidava de suas atividades, de forma secreta, incorporado em uma víbora faladora, o Adversário se manifestou a Eva, o que certamente deve ter causado admiração a essa gestora. Dotado de uma lábia diabólica, induziu o elemento feminino a duvidar de seu Criador, como também induziu a mulher a entender que poderia ser tão perfeita, obedecendo a seus conselhos, que não mais iria depender daquele que a criou.
Enfim, no Éden Adâmico, Satanás, ao assumir a figura de Venerável Mestre, iniciou Eva em uma sociedade secreta, e assim inaugurou a Primeira Loja da Maçonaria, em ambiente terreno. Aqui começa a desgraça da humanidade, com a implantação da filosofia ocultista entre humanos, e esse vírus se espalhou por todos os grotões do ambiente terreno.
A Maçonaria é um sistema religioso ocultista que tem a função de levar seu iniciado a entender que, seguindo a seus ritos, pode se tornar um ser tão perfeito, quão perfeito é o Eterno. E, nessa filosofia luciferiana, desvia a Criatura de seu Criador.
Banido da presença do Eterno, Satanás, para se vingar de seu Criador, instalou a Loja do Éden com o firme propósito de levar nossos primeiros pais ao erro.
O livro Gênesis é prova textual da implantação da Maçonaria (A Viúva) no Jardim do Éden. E a função de Satanás tem sido a de levar o ser humano a entender que é um ser perfeito, e por isso não deve depender de seu Criador, pois, pode se tornar seu próprio deus (Gen 3.1-7).
A intervenção do Adversário gerou grandes pesadelos ao ser humano: primeiro, induziu a Criatura a ser igual a seu Criador; segundo, gerou derramamento de sangue; terceiro, introduziu a desobediência; quarto, iniciou humanos na Maçonaria; quinto, destruiu a inocência do ser criado; sexto, tornou-se o pai da rebelião; sétimo, semeou o engano e a mentira.
E ao se sentir nu, o casal tomou um avental vegetal para cobrir suas vergonhas, ante a presença majestosa do Eterno que os visitou durante a viragem do dia. A Maçonaria tomou para si uma réplica do Avental da Rebelião, e assim cobre a vergonha de seus afiliados, numa prova textual de seu relacionamento com o ato criminoso.
E esse sistema abominável irá perdurar até o dia em que o Eterno retornar para tomar posse do planeta que vem sendo destruído por esse Anjo Decaído.
Raimundo Nonato Freitas de Cerqueira
Sinagoga do Diabo
Florianópolis, Santa Catarina, Brasil, 9 agosto 2019.