O FANTASMA DA ÓPERA – UM MITO (01)
Irei reproduzir a palestra feita por Lucia Helena, voluntária da Nova Acrópole, que publicou instigante interpretação da obra O Fantasma da Ópera, que traz importantes reflexões para nossa vida cotidiana.
Mitos são necessariamente antigos? Não, mitos são necessariamente profundos. Porque um mito indica uma estrutura emocional, psicológica, espiritual, que aquele que a indicou tem que conhecer. Logicamente, quem indica um caminho para você tem que ter feito esse caminho, senão não tem muita autoridade moral, pelo menos ter feito parte dele, conhecer mais ou menos o mapa. Não tem autoridade moral para indicar alguma coisa que desconhece por completo.
Quando nós pegamos a mitologia antiga de qualquer civilização, nós vamos ver que eram homens muito especiais, que tinham um nível de conhecimento muito considerado dentro daquele contexto social como formadores e, portanto, tinham uma estrutura simbólica que indicava uma trajetória de ascensão da consciência humana em direção ao bem.
Fazer isso nos nossos tempos quando isso já não está incluído no nosso sistema educacional, significa que o homem tem muita profundidade para encontrar isso em si próprio. Isso não é impossível, mas não é tão comum quanto as pessoas pensam. Então, não e qualquer filme ou qualquer livro que foi lançado e está na moda que poderia ser classificado como um mito. As vezes tem certas distorções de trajetória que indicam mais a decadência da consciência que ascensão. Eu não vou entrar em detalhes, porque meu objetivo não é rotular nem desenvolver preconceitos, porque eu gostaria de desenvolver o discernimento que pudessem chegar a essa concussão sozinhos.
Um dos casos que eu considero como um mito moderno é o Pinóquio de Carlo Collodi. No livro você ver isso muito claramente, uma estrutura mítica profunda, as vezes com menções à tradições antigas, como planeta Vênus, a primeira estrela que vejo... tem muitas coisas fortes ali, interessantes.
E outro, que igualmente tem uma estrutura mítica indiscutível, bem recorrente nos mitos antigos, é o Fantasma da Ópera. O que eu acho particularmente importante no Fantasma da Ópera, é que nós podemos falar do livro de 1911 de Gaston Leroux, podemos falar do musical que é o maior da história, o maior espetáculo de entretenimento da história, décadas em cartaz e sempre cheio. E podemos falar do filme que foi feito em cima desse musical. E todos eles respeitam a trajetória mítica, muito intacta em muitos pontos. Particularmente gosto do autor de musicais Andrew Lloyd Webber, e particularmente nesse musical, eu devo dizer, ele fez letras de músicas muito pertinentes que casam muito bem com a estrutura mítica sugerida por Gaston Leroux. Isso é o que gostaria de passar para vocês. Não vou esgotar a obra nem vou falar verdades absolutas. A minha intenção é alfinetá-los e que pensem um pouco mais para que não assimilem simplesmente que o bonzinho é o mocinho bonitinho que está em primeiro plano. Que assimilem que ali é mais engenharia do que aparência, e tentem entender isso de maneira que seja útil para a trajetória de vocês, porque todos nós, de certa maneira, somos Christine, a heroína dessa saga.
Neste primeiro momento, a professora Lúcia Helena procura contextualizar o seu trabalho dentro do trabalho universal, na montagem de narrativas que possam levar o homem simples, que não tem condições ou oportunidades de aprofundar os estudos, em caminhar na direção do bem. Isso é de grande utilidade, pois vivemos cercados por falsas narrativas que parecem ser positivas, mas que na essência provoca o desvio do homem de sua caminhada natural. É essa tendência que sofremos de nos comportar como bois dentro de uma boiada, sem direito à crítica das ocorrências, e que devemos ser subservientes a quem nos traz algum benefício.
A leitura dos mitos nos traz energia moral, espiritual, para o enfrentamento das iniquidades que tentam nos corromper ou escravizar.
Irei reproduzir a palestra feita por Lucia Helena, voluntária da Nova Acrópole, que publicou instigante interpretação da obra O Fantasma da Ópera, que traz importantes reflexões para nossa vida cotidiana.
Mitos são necessariamente antigos? Não, mitos são necessariamente profundos. Porque um mito indica uma estrutura emocional, psicológica, espiritual, que aquele que a indicou tem que conhecer. Logicamente, quem indica um caminho para você tem que ter feito esse caminho, senão não tem muita autoridade moral, pelo menos ter feito parte dele, conhecer mais ou menos o mapa. Não tem autoridade moral para indicar alguma coisa que desconhece por completo.
Quando nós pegamos a mitologia antiga de qualquer civilização, nós vamos ver que eram homens muito especiais, que tinham um nível de conhecimento muito considerado dentro daquele contexto social como formadores e, portanto, tinham uma estrutura simbólica que indicava uma trajetória de ascensão da consciência humana em direção ao bem.
Fazer isso nos nossos tempos quando isso já não está incluído no nosso sistema educacional, significa que o homem tem muita profundidade para encontrar isso em si próprio. Isso não é impossível, mas não é tão comum quanto as pessoas pensam. Então, não e qualquer filme ou qualquer livro que foi lançado e está na moda que poderia ser classificado como um mito. As vezes tem certas distorções de trajetória que indicam mais a decadência da consciência que ascensão. Eu não vou entrar em detalhes, porque meu objetivo não é rotular nem desenvolver preconceitos, porque eu gostaria de desenvolver o discernimento que pudessem chegar a essa concussão sozinhos.
Um dos casos que eu considero como um mito moderno é o Pinóquio de Carlo Collodi. No livro você ver isso muito claramente, uma estrutura mítica profunda, as vezes com menções à tradições antigas, como planeta Vênus, a primeira estrela que vejo... tem muitas coisas fortes ali, interessantes.
E outro, que igualmente tem uma estrutura mítica indiscutível, bem recorrente nos mitos antigos, é o Fantasma da Ópera. O que eu acho particularmente importante no Fantasma da Ópera, é que nós podemos falar do livro de 1911 de Gaston Leroux, podemos falar do musical que é o maior da história, o maior espetáculo de entretenimento da história, décadas em cartaz e sempre cheio. E podemos falar do filme que foi feito em cima desse musical. E todos eles respeitam a trajetória mítica, muito intacta em muitos pontos. Particularmente gosto do autor de musicais Andrew Lloyd Webber, e particularmente nesse musical, eu devo dizer, ele fez letras de músicas muito pertinentes que casam muito bem com a estrutura mítica sugerida por Gaston Leroux. Isso é o que gostaria de passar para vocês. Não vou esgotar a obra nem vou falar verdades absolutas. A minha intenção é alfinetá-los e que pensem um pouco mais para que não assimilem simplesmente que o bonzinho é o mocinho bonitinho que está em primeiro plano. Que assimilem que ali é mais engenharia do que aparência, e tentem entender isso de maneira que seja útil para a trajetória de vocês, porque todos nós, de certa maneira, somos Christine, a heroína dessa saga.
Neste primeiro momento, a professora Lúcia Helena procura contextualizar o seu trabalho dentro do trabalho universal, na montagem de narrativas que possam levar o homem simples, que não tem condições ou oportunidades de aprofundar os estudos, em caminhar na direção do bem. Isso é de grande utilidade, pois vivemos cercados por falsas narrativas que parecem ser positivas, mas que na essência provoca o desvio do homem de sua caminhada natural. É essa tendência que sofremos de nos comportar como bois dentro de uma boiada, sem direito à crítica das ocorrências, e que devemos ser subservientes a quem nos traz algum benefício.
A leitura dos mitos nos traz energia moral, espiritual, para o enfrentamento das iniquidades que tentam nos corromper ou escravizar.