O Messias estabelecerá harmonia ecológica
Para o salmista, o Messias reinará para extirpar o cativeiro de seu povo (Sal 53.6); e, segundo o profeta Ezequiel, o Messias virá para implantar a verdadeira Fome Zero, ao encher de frutos a face do planeta que habitamos (Eze 36.30; 47.12; Isa 27.6). Rejeitado pelo Sinédrio judaico, Ele virá para que humanos e animais vivam em perfeita harmonia (Isa 11.6-8; 65.25); tal afirmativa conta com o registro do profeta Oseias (Ose 2.18), e ainda tem a confirmação dos escritos de Moisés (Lev 26.6).
O Ungido virá para estabelecer as fronteiras do Estado de Israel, do Eufrates ao Nilo (Gen 15.1,18; 17.8; I Reis 4.21), para fomentar prosperidade material (Isa 27.6), e para extinguir as guerras (Isa 2.4). Ele virá, para que, sob seu comando, se cumpra a profecia de que o Evangelho será levado a todos os rincões do Planeta (Isa 11.9; Hab 2.14). Sim, somente no Milênio é que a mensagem do Evangelho será levada a todos os rincões do planeta.
E assim como coube ao rei Davi, e não ao general Joabe, a glória de ostentar a coroa do monarca de Amon, caberá também, ao Messias, fazer o coroamento de sua obra majestosa durante sua gestão terrena (II Sam 12.26-30).
O Messias virá para restaurar os desequilíbrios celestes e terrestres (Isa 65.17-19), e para irradiar luminosidade para todos os cantões do Planeta (Isa 24.23; Apo 22.5).
O Ungido virá para expulsar os indesejáveis de seu reino (Apoc 22.14-16); e, com isso, fazer do planeta Terra um novo Jardim do Éden (Isa 60.21-22), o que tem a confirmação do autor do livro do Apocalipse (Apoc 5.10).
O Messias virá para restaurar o clima (Gen 1.31; 3.17; 8.22). Como sabemos, o eixo terrestre é uma linha imaginária em torno da qual a Terra realiza o Movimento de Rotação.
No espaço cósmico havia um lençol de águas chamado Escudo Aerotelúrico (Gen 1.7). Então, quando esse suspenso lençol de águas desabou sobre o planeta Terra, gerou um gigantesco volume de águas, e cujo peso, ao se deslocar para os polos, inclinou o eixo terrestre. Esse gigantesco volume de águas deu origem ao Dilúvio, elevou o nível dos oceanos, e armazenou montanhas de gelo nos polos Ártico e Antártico do Globo Terrestre.
Essa inclinação gerou o ângulo de 23,5 graus que o Eixo da Terra forma com o Plano de sua Órbita em torno do Sol. E à medida que a Terra gira em torno de seu eixo, fica inclinada. Caso esse ângulo de inclinação fosse maior, os verões seriam muito quentes e os invernos muito frios. E se não houvesse tal inclinação, não haveria as estações do ano – Primavera, Verão, Outono, Inverno.
Esse eixo inclinado e o movimento de Translação formam as estações do ano; e, com isso, impedem que o vapor d’água dos oceanos se expanda para os polos. Essa inclinação causa tempestades, ciclones, frio extremo nos polos, e mudanças catastróficas, devido a potentes correntes de ventos gelados soprando nas regiões polares.
Temperaturas drásticas, nos polos, preservam formas de vida congeladas na glacial lama de paul, como é o caso do mamute siberiano, congelado em posição sentada, há milhares de anos, pelo lamaçal que o envolveu de forma repentina. Ainda havia vegetação em sua boca e estômago, e suas carnes podiam ser comidas, desde que fossem degeladas. O súbito congelamento dos polos deve ter provocado a inclinação do globo terrestre, sobre seu eixo, devido ao avanço desse gigantesco volume de águas para os polos.
Como até nos dias anteriores ao Dilúvio havia apenas um vapor que subia e regava a Terra (Gen 2.6), entende-se que a chuva somente começou a cair a partir desse juízo divino, porque havia, anteriormente, um Escudo Aerotelúrico que impedia a ação danosa dos raios cósmicos sobre o Planeta, e este possibilitava um bom sistema ecológico, boa qualidade de vida, e longevidade a humanos desse período histórico (Gen 5.5,27; 9.29); mas, com o Dilúvio, os anos de vida dos humanos foram encurtados (Sal 90.10). De maneira que o Ungido virá para corrigir essa inclinação, trazer de volta o Escudo Aerotelúrico e o clima ameno, que, no Princípio, havia de polo a polo.
Somente a partir do Dilúvio o ser humano passou a abater animais para se alimentar, mas o Messias virá para dar cabo a esse sistema perverso, e sangue algum, jamais, será derramado, quer de humanos ou de animais (Gen 9.1-5). Os sete dias da antiga consagração sacerdotal levítica (Lev 8.33) constituem figura do Rapto da Igreja (I Tess 4.15-17), dos sete anos de Tribulação (Dan 9.27), e das Bodas do Cordeiro (Apoc 19.7-9).
E o oitavo dia, quando os sacerdotes deixavam o Templo de Moisés (Lev 9.1), representa a figura da vinda gloriosa do Messias para tomar posse do Planeta esbulhado pelo Capeta (Heb 9.28). Cristo reinará sobre os que sobreviverem à Grande Tribulação (Apoc 20.4); e nessa ocasião Satanás e seus Anjos Decaídos serão aprisionados (Apoc 20.1-3). O Milênio será o cumprimento da promessa do Eterno, de que Israel será uma bênção (Isa 27.6), e Jerusalém a capital do planeta restaurado (Isa 2.3).
Raimundo Nonato Freitas de Cerqueira
Florianópolis, Santa Catarina, Brasil, 2018.