Tudo começa com os três passos - Maçonaria...
Uma instituição que tem por finalidade tornar feliz a humanidade pelo amor, pelo aperfeiçoamento dos costumes, pelo respeito à lei e às autoridades e à religião de cada um.
Eis uma das máximas da Maçonaria que nos envia mais responsabilidade, através desta Instituição Secular.
Eu, particularmente, defino como uma universidade de certo nível elevado, cujo fim principal é formar homens mais conscientes dos deveres e formá-los para gerir a sociedade, possuindo bagagem suficiente para tanto.
Salomão pregou que “a sabedoria é mais importante que a riqueza” e uma das melhores qualidades atribuídas ao maçom é a sabedoria. Entrementes a Maçonaria, quer queira quer não, formou políticos os quais, enraizados no poder, se esqueceram dos ensinamentos contidos na instituição, e se esqueceram de uma das instruções das lições da casa, combate a corrupção.
Salvaguardando estes acontecimentos, destarte ser a Maçonaria uma instituição de credibilidade nacional e internacional. Seria também espiritualista, cuja existência é vinculada à crença do GADU.
A seguir texto do Irmão Valdemar Salomão, editado na Revista Consciência edição 137 de 2018, como segue:
“A força da Maçonaria está no agrupamento de seus iniciados, que atuam isolada e conjuntamente, para “cavar masmorras aos vícios e erguer templos à virtude”
Desmitificação – Desfazer o mito da Maçonaria é tarefa ingente, uma vez que a instituição define-se no dia-a-dia, dentro e fora das Lojas. Sua definição mais comum pode ser: “instituição que tem por objetivo tornar feliz a humanidade pelo amor, pelo aperfeiçoamento dos costumes, pela tolerância, pela igualdade e pelo respeito á autoridade e á religião”.
É evidente que as virtudes nomeadas, em qualquer terreno, se prestam a redimir a humanidade.
No entanto, a definição é individual, vista por duas óticas: pelo próprio maçom procedendo a uma autocritica e pelos profanos diante do comportamento individual do maçom.
Para mim, maçom há 36 anos, concluí que a Maçonaria é uma associação fraterna usada para demonstrar que todos os homens podem conviver como se fossem Irmãos da mesma carne.
A Ordem abrange os maçons m vida e os que já se encontram no Oriente Eterno, ou seja, os que “partiram”, os que “desencarnaram”, os mortos. A Maçonaria aceita que o maçom, após sua morte física, adentra em um Oriente Eterno, local místico, situado em outro plano, totalmente desconhecido. No momento da desencarnação, havendo lucidez, o maçom deve aguardar com serenidade essa passagem de um estado de consciência para outro, mais real e mais sublime.
O importante é que cada um se mantenha vigilante nas atitudes que deve tomar diante de suas tendências negativas, para transformá-las e somá-las às positivas. Um deslize cometido pode comprometer a definição, uma vez que o profano não compreende a instituição como um todo.
Logo, a responsabilidade torna-se relevante, pois lhe liberta a mente de todos os tabus em matéria de crença religiosa, e cada maçom, por si, deve observar-se e conter os ímpetos distorcidos de seus Irmãos, demonstrando-lhes que o seu templo para o culto ao Grande Arquiteto do Universo é a sua consciência.
O homem é o que é, ou seja, o mesmo dentro e fora da Loja; firme em sua palavra, seguro em seu pensamento, honesto em seus atos, calmo na confiança em si mesmo. A dificuldade de se encontrar candidatos com esse perfil aumenta muito.
Simplificando: a Sublime Instituição é ampla; e não pode ser descrita inteiramente com precisão. Qualquer palavra que usemos para defini-la muito provavelmente limita e diminui a sua magnificência.
Iniciado – Ser maçom não é apenas ser membro de uma Loja, mas comprovar ter sido Iniciado. Em Maçonaria, o Iniciado é aquele que “viveu” a Iniciação; não basta “passar pela Iniciação”, mas, sim, ter consciência do que ela “despertou”, daquilo em que se constitui e de que, realmente, surgiu uma “nova criatura”, destinada a uma “nova vida”, ou “vivência”, entre Irmãos, ou seja, entre Iniciados. O Iniciado não pode viver isolado. Deve lembrar-se de que cada irmão de jornada é um amigo que o ajuda e que a quem também precisa ajudar; tem necessidade de manter contato com o grupo, pois tem deveres a cumprir em Loja, dentro do cerimonial. O Iniciado não permanece um “anônimo”; não se oculta, mas se sobressai pelas suas virtudes; ele difere do homem comum, uma vez que assumiu um novo modo de vida, uma nova filosofia de comportamento.
Toda vez que o maçom contatar com algo “maçônico”, deve se conscientizar de que é um Iniciado e atuar no meio de onde se encontra como tal, seguir sua trajetória, visto que o “novo princípio” conduz a realizações cotidianas; não basta deixar de praticar o mal; é preciso praticar o bem.
Liberdade é Igualdade, é Fraternidade, sublime trilogia que é o alicerce e a própria razão de ser da nossa Ordem.
Maçonaria é Liberdade! Em todos os tempos e em todas as partes do mundo, o homem sempre lutou, sofreu, suou e, não poucas vezes, morreu pela Liberdade. O verdadeiro maçom é, realmente, um homem “livre e de bons costumes”. A liberdade não é gratuita. Nada há mais perigoso do que esse conjunto de nove letras porque, frequentemente, em nome da liberdade cometem-se hediondos crimes. A liberdade exige um conjunto de ações complementares; a falsa liberdade oprime e desajusta, desequilibra e desilude. A opressão nunca conseguiu suprimir nas pessoas o desejo de viver em liberdade. O maçom deve apreciar essa conquista e contribuir para quem todos tenham a ampla liberdade desejada. Ou todos se envolvem ou não funciona.
Maçonaria é Igualdade! Igualdade é outra palavra cuja significação verdadeira vai muito além das definições ditadas pela Lei Fundamental e Suprema do Estado.
Há países que se proclamam livres. Mas onde “nem todos são iguais”, com as mesmas oportunidades. Nem toda a população em idade escolar pode usufruir do ensino; nem todos os enfermos, de atenções médicas; nem todos que desejam trabalhar, desfrutam empregos; o lazer e a diversão, não são distribuídos equitativamente; a igualdade fica na dependência dos recursos financeiros; assim, um pobre que apenas consegue subsistir porque ganha somente para a escassa alimentação, não pode fazer parte do maravilhoso preceito constitucional de igualdade!
Só uma Instituição que dá a justa medida à criatura humana, com a noção exata de que todos os homens são iguais, exatamente iguais, poderia oferecer tanto a todos e a cada um em particular.
Maçonaria é Fraternidade! O Ritual do Grau de Aprendiz afirma que “a Ordem maçônica é uma associação de homens sábios e virtuosos, que se consideram Irmãos entre si e cujo fim é viver em perfeita igualdade, intimamente unidos pelos laços de reciproca estima, confiança e amizade, estimulando-se uns aos outros na prática das virtudes”. Fraternidade pressupõe amor, abnegação, desvelo, compreensão e tolerância. Para vivê-la é indispensável que se tenha entrado nela com inteligência, fé, amor e vontade de aprender, sobretudo, “sem segundas intenções”.
O Candidato que passa pela Iniciação Maçônica ingressa após sua aclamação em Loja, nos seus vários aspectos e de modo permanente. A Fraternidade implica obrigações e direitos; a parte ética e de comportamento são muito importantes. São admitidas pequenas rusgas, como sucede dentro de uma família, mas com a obrigação de serem passageiras. O maçom tem o dever de tolerar esses incidentes e perdoar se eles tiverem sido mais intensos.
Tudo começa com os três passos – Após os trâmites da Iniciação, quando o maçom acompanha “passo a passo” todas as provas, e finda a cerimônia, terá diante de si um novo irmão. Partir e chegar são realmente importantes, mas muito mais importante é a estrada que deve ser percorrida.
O “primeiro passo” se liga ao signo de Áries que, influenciado por Marte, significa Luta.
O “segundo passo” – O signo de Touro tem a ver com o segundo passo que, sendo influenciado por Vênus, significa Perseverança.
O “terceiro passo” se correlaciona com o terceiro signo do Zodíaco – Gêmeos – que é influenciado por Mercúrio e significa Fraternidade.
Tendo isto em mira, Jules Boucher nos ensina que o primeiro passo indica o ardor, o segundo, a concentração e o terceiro, a
inteligência. Vê-se que Boucher usa o verbo indicar, uma vez que – repetimos – o primeiro passo significa Luta, o segundo, Perseverança e o terceiro, Fraternidade.
Concluindo – É o caminhar na busca dos conhecimentos que os símbolos e a filosofia maçônica colocam diante de nós, significa muito mais que o Chegar e o Partir. A grande caminhada em busca da cultura maçônica e do aperfeiçoamento espiritual. Caminhar é penetrar nos conhecimentos que a Arte Real nos propicia; não é possível parar. Caminhamos ou adormecemos vencidos pela preguiça, pelo fracasso e pela mediocridade.
O maçom não pode parar. Enquanto ele estiver caminhando, desbastando a Pedra Bruta aos poucos ao longo do caminho, sendo perseverante e nunca desistindo de investir em si mesmo e construindo um novo fim. Todos os dias o maçom agradece pela vida e roga a Deus que o guarde na fé e mantenha sua esperança e bom senso. Assim, a Maçonaria estará crescendo e fortificando-se.
Na balança divina, são iguais todos os homens; só as virtudes os distinguem aos olhos de Deus. São da mesma essência todos os Espíritos e formados de igual massa em todos os corpos. Em nada os modificam os seus títulos e os seus nomes. Eles permanecerão no túmulo e de modo nenhum contribuirão para que gozem da ventura dos eleitos. Estes, na caridade e na humildade, é que têm seus títulos de nobreza.