Lista de Sangue
Os Estados Unidos da América se tornaram uma potência mundial, e ao invés de ajudar as demais nações, algumas das quais em péssima situação, passaram a fazer justamente o contrário, lançaram-se a saqueá-las.
Em 1931, os japoneses invadiram a China com tropas mecanizadas. Dois anos depois, em 1933, Adolf Hitler assumiu o poder na Alemanha e dotou as Forças Armadas com uma sofisticada tecnologia mecanizada. Contemplando as tropas mecanizadas nipo-nazi em ascensão, o Ministério da Guerra do governo Franklin Delano Roosevelt resolveu entrar também para o clube mecanizado, e ao general Douglas MacArthur foi delegada a ordem de substituir a Cavalaria por tropas mecanizadas.
Um tenente recebeu ordem verbal do coronel comandante de uma fortificação militar do estado do Arizona para conduzir os 506 cavalos de guerra da guarnição a um local ermo do deserto para serem dizimados. O oficial e mais seis sargentos da Cavalaria conduziram os animais, em lotes de 100 unidades, a um local onde se encontravam integrantes da Artilharia mecanizada e tratores usados na escavação de fossos.
A primeira leva foi conduzida ao fosso aberto, ao redor do qual havia um ninho de metralhadoras. Emitida a ordem do capitão, as metralhadoras começaram a abater os animais, mas muitos deles continuaram vivos, apesar de varados por balas. Para silenciá-los, soldados munidos de rifles dispararam sobre os animais que se debatiam com a morte.
Apavorados com a matança, os membros da Cavalaria pegaram os 406 cavalos restantes e fugiram da carnificina atroz. Após percorrerem 3.200 km, em direção ao norte, apesar de perseguidos por tropas mecanizadas, atravessaram o rio Melk e entraram no Canadá, sendo recebidos pela Guarda Montada. Assediado pela imprensa e pela sociedade, o presidente Roosevelt assinou um indulto, anistiando os destemidos rebelados.
O holocausto foi tão macabro, que Hollywood montou uma produção cinematográfica para legar às gerações futuras o crime, em nome da mecanização de tropas regulares.
Décadas depois, o jovem revolucionário Fidel Castro derrubou o ditador Fulgêncio Batista e instalou um governo não alinhado à Casa Branca, fato que levou a elite banqueira illuminati a trabalhar para derrubá-lo. Então, a Agência Central de Inteligência foi usada para financiar, alimentar e treinar contrarrevolucionários cubanos, exilados em Miami, para trucidar o barbudo caribenho. A fracassada invasão à Bahía de Cochinos ocorreu porque não houve apoio aéreo ao desembarque de tropas mercenárias.
No dia anterior à audiência que a famosa atriz Marilyn Monroe forneceria à imprensa estadunidense, e na qual iria denunciar os mínimos detalhes da operação fracassada, a musa de Hollywood foi assassinada, para que os podres da operação não viessem ao conhecimento do povo. A “Garota de Ouro” foi assassinada aos 36 anos, com uma injeção hipodérmica. A deusa havia realizado 12 abortos e era amante de Robert Kennedy, aquele que conduziu a frustrada invasão cubana. Na entrevista coletiva com a imprensa, marcada para o dia 6 de abril de 1962, a musa iria revelar suas relações íntimas com John e Robert Kennedy, os amantes que a abandonou.
Algum tempo se passou, e o presidente John Fitzgerald Kennedy firmou um acordo secreto com o primeiro-ministro soviético Nikita Krushev, segundo o qual, o soviético suspenderia o envio de mísseis ao país caribenho, e o estadunidense não invadiria Cuba. Com o acordo fechado, Kennedy mandou fechar todos os campos que a CIA usava para treinar guerrilheiros cubanos, e suspendeu ajuda financeira e fornecimento de armamento bélico.
E, para tornar o ar ainda mais intolerável, Kennedy assinou um decreto que deu fim à Guerra do Vietnã. Com o plano de paz, Kennedy causou um enorme prejuízo aos banqueiros illuminati amantes da guerra, que faturavam bilhões de dólares anuais com armamento bélico. Daí, o assassinato de Kennedy ter sido encomendado.
Envolto em um nobre senhorio de deidade, o presidente Richard Milhous Nixon, o antigo executivo da Pepsi Cola Company, que, tempos depois, foi apanhado no Escândalo Watergate, desejoso de ver rios de sangue humano jorrar, mandou o Pentágono considerar a ideia de lançar uma bomba atômica sobre o Vietnã, um país agrícola que havia saído do terrível jugo colonial francês.
E por falar de paz a uma sociedade illuminati, sangue jorrou no dia 4 de abril de 1968, com o assassinato do pastor negro Martin Luther King, líder do movimento pela igualdade civil dos negros norte-americanos.
Cerca de dois meses depois, no dia 5 de junho, foi a vez do presidenciável Robert Kennedy, um sério candidato à Casa Branca, nas eleições de novembro. A elite espartana que comanda Washington não queria vê-lo reabrir o processo do assassinato de seu irmão presidente.
Em 1972, nos dias da Ditadura Militar, o espião Robert Hayes foi enviado ao Brasil com a missão de empreender uma série de atentados, os quais seriam creditados para incriminar organizações de esquerda em atividades.
O escritório da empresa de engenharia que montou na Avenida Paulista, na cidade de São Paulo, funcionava como fachada para espionar políticos, dirigentes sindicais e altos oficiais brasileiros. Seus serviços se prestariam para eliminar socialistas chilenos e cubanos que viviam na capital paulista. Assim, atentados foram bolados contra o consulado norte-americano, a Catedral da Sé e um teatro da cidade.
Todavia, o espião entrou em divergência com a CIA, negando-se a “detonar bombas pelo país”. Quatro anos depois, fugiu para o Paraguai, e de lá para os Estados Unidos da América. O agente se encontrava na Flórida quando concedeu entrevista a um periódico brasileiro. Em depoimento ao Senado estadunidense, onze anos após ter fugido do Brasil, Robert revelou que sua missão era praticar ações terroristas contra alvos estabelecidos, exatamente, para incriminar líderes opositores.
A ingerência estadunidense ao Chile ensopou o solo de sangue humano. Isso ficou evidenciado com o coronel-aviador Manuel Cambises Júnior, devido a documentos secretos divulgados pelo Congresso norte-americano. A CIA havia encomendado o assassinato do comandante do Exército, general René Schneider, para impedir que o presidente Salvador Allende fosse empossado.
Com a ascensão ao poder, o general Augusto Pinochet assumiu o comando da Junta Militar e, apoiado na elite banqueira que comanda a Casa Branca, prendeu, torturou e assassinou cerca de 35 mil adversários políticos, apenas, para defender interesses da política expansionista ianque.
Após a exploração das minas de nitrato de prata no Deserto de Atacama, os vilarejos de Arica, Quilagua e outros foram abandonados. Anos depois, nesses vilarejos fantasmas, onde não chovia durante anos, Pinochet instalou campos de concentração para prisioneiros políticos - professores, profissionais liberais, sindicalistas, socialistas e todos que pensavam de forma contrária à política expansionista da Casa Branca.
Nos dias em que Washington instalou generais ditadores no Cone Sul, a “Special Operation Forces (Operação Condor)” tinha sede no Panamá, país escolhido para funcionar como centro de repressão, e de onde era encomendado o assassinato de opositores, sindicalistas, socialistas e lideranças latino-americanas de oposição.
No dia 16 de agosto de 2000, a secretária de Estado, Madelaine Albright, em visita à Argentina, prometeu revelar documentos secretos da Operação Condor montada para assassinar opositores a esses governos militares.
Com a divulgação dos documentos secretos, a CIA confessou que encomendou o sequestro e a execução do general René Schneider.
Então, no dia 10 de setembro, a família do general chileno deu entrada em uma ação na corte federal de Washington contra Henry Kissinger, o secretário de Estado norte-americano que alimentou o golpe militar. Na petição, o antigo secretário foi acusado de planejar o assassinato do militar, cuja autorização recebeu do então presidente Richard Nixon.
Dois anos depois, em fevereiro de 2002, Kissinger cancelou uma viagem que faria ao Brasil, a convite do presidente Fernando Henrique Cardoso, temendo uma ordem de captura emitida pelo juiz espanhol Baltazar Garzón.
No mês de novembro, uma ação indenizatória de 11 milhões de dólares foi impetrada em um tribunal norte-americano, por familiares de presos políticos chilenos, vítimas da Ditadura Militar. Ela apontou os norte-americanos Henry Kissinger, ex-secretário de Estado, e Michael Townley, chefe da polícia secreta chilena (Dina), como responsáveis pela matança.
Enfim, ao longo de três séculos de matança, quer diretamente, ou por meio de golpes de Estado, greves, desabastecimentos e assassinatos encomendados, os banqueiros illuminati, condutores da política externa norte-americana, têm encharcado o solo com uma enorme quantidade de sangue humano derramado:
Afeganistão – invadido em 1998 e 2001, e exterminaram milhares de afegãos.
Argentina – invadida em 1890; e, com a Operação Condor, mais de 30 mil portenhos foram exterminados.
Bolívia – com a Operação Condor e apoio a ditadores militares, milhares de bolivianos foram exterminados.
Brasil – em 1894, com apoio ao governo contra a Revolta da Armada, e ao golpe de Estado de 1964, milhares de brasileiros foram exterminados.
Camboja – invadida em 1969, e mais de 600 mil cambojanos foram exterminados.
Chile – invadido em 1891; e em 1973, com o golpe de Estado contra Allende, mais de 37 mil chilenos foram exterminados, e milhares exilados.
China – invadida em 1945, e exterminaram mais de 85 mil chineses.
Colômbia – invadida em 1899, e milhares de colombianos exterminados.
Congo – invadido em 1964, e exterminaram centenas de milhares de congoleses.
Coreia – invadida em 1950, e exterminaram 5 milhões de norte-coreanos, além de mutilados e exilados.
Cuba – em 1898 os imperialistas transformaram a nação em colônia; sufocaram rebeliões em 1903, 1906, 1912, 1914, 1917, e milhares de cubanos foram exterminados.
El Salvador – invadido em 1980, e exterminaram dezenas de milhares de salvadorenhos.
Espanha – em 1898 os invasores tomaram as colônias de Guam, Ilhas Marianas, Cuba, Porto Rico e Filipinas, e milhares de espanhóis foram exterminados.
Filipinas – foi invadida em 1898, e exterminaram mais de 1 milhão de asiáticos, além de causar deformados e exilados.
Granada – invadida em 1983, e exterminaram centenas de granadenses.
Grécia – invadida em 1947, e exterminaram milhares de gregos.
Guatemala – invadida em 1954, 1960 e 1967, e exterminaram 200 mil guatemaltecos, além de 45 mil desaparecidos e 1 milhão de exilados.
Haiti – invadido em 1994 e 2003, e mataram muitos haitianos.
Indonésia – invadida em 1958, e exterminaram centenas de milhares de indonésios.
Iraque – invadido em 1991, 2003 e 2014, e exterminaram quase 2 milhões de iraquianos, além de causar deformados, exilados e espalhar munição cancerígena.
Irã – invadido em 1987, e exterminaram milhares de iranianos.
Iugoslávia – invadida em 1999, e exterminaram milhares de iugoslavos.
Japão – invadido em 1852 e 1945, e exterminaram centenas de milhares de nipônicos, além de casos continuados de câncer.
Laos – invadido em 1964, e exterminaram 350 mil civis.
Líbano – invadido em 1982, e derramaram sangue de milhares de libaneses.
Libéria – invadida em 1990, e derramaram sangue de milhares de liberianos.
Líbia – invadida em 1986 e 2011, e exterminaram milhares de líbios.
México – invadido em 1836 e 1914, e exterminaram centenas de milhares de mexicanos.
Nativos Americanos – foram exterminados mais de 10 milhões de nativos.
Nicarágua – invadida em 1854 e 1980, e exterminaram centenas de milhares de nicaraguenses.
Panamá – invadido em 1895, 1899, 1964, 1989, e exterminaram milhares de panamenhos.
Peru – invadido em 1965, e exterminaram muitos peruanos.
Porto Rico – invadido em 1898 e 1950, e derramaram sangue de milhares de porto-riquenhos.
República Dominicana – invadida em 1965, e exterminaram milhares de dominicanos.
República Federativa da Guiana – em 1953 e 1961 tropas ianques apoiaram a elite no poder, e muitos foram guianenses exterminados.
Rússia – em 1918 apoiaram o czar Nicolau, e exterminaram milhares de russos.
Samoa Americana – invadida em 1898, e derramaram sangue de muitos nativos.
Somália – invadida em 1993, e exterminaram milhares de civis somalenses.
Sudão – invadido em 1998, e exterminaram milhares de sudaneses.
Timor Leste – em 1975 apoiaram o indonésio Sukarno, e exterminaram milhares de timorenses.
Turquia – invadida em 1922, e derramaram sangue de milhares de turcos.
Venezuela – invadida em 1947 e apoiou golpes de Estado em 2002 e 2014, e milhares de venezuelanos foram exterminados.
Vietnã – invadido em 1961, com o extermínio de 3 milhões de vietcongues, milhares de deformados e casos de câncer.
No período de 122 anos, o Império Ianque invadiu e bombardeou 149 nações. No Século XIX, mais de 10 milhões de nativos foram exterminados e suas terras saqueadas; no Século XX, o “Grande Satã” teve seu curriculum vitae acrescido, com o extermínio de 8 milhões de seres humanos. Além da carnificina a céu aberto, especializou-se em operações secretas, golpes de Estado, alimentar ditadores e criar grupos terroristas a seu serviço.
Hoje, a nação mais populosa e outrora a mais rica, tem pobreza infantil acima de 22%, por não ofertar a seu povo acesso à saúde e nem subsídio a maternidade. Cerca de 16 milhões de crianças estadunidense, oriundas de famílias de quase nenhum poder econômico, são afetadas pela desnutrição. Elas desempenham piores resultados escolares, vão exercer piores empregos, não vão chegar à universidade, e, quando adultas, terão probabilidades de abraçar o crime organizado.
As prisões privadas estadunidenses, assemelhadas ao mercado de escravos do mundo antigo, foram transformadas num negócio de controle social da população, e alastram-se por todo o país. Os proprietários desse mercado escravo colocam seres desprovidos de liberdades em atividades trabalhistas em fábricas, pagando o serviço de 50 centavo de dólar a hora trabalhada.
Muitos municípios sobrevivem financeiramente, graças ao trabalho escravo desse exército de miseráveis metidos em penitenciárias privadas. Para alimentar esses antros carcerários, sentenças judiciais de até 15 anos de prisão são aplicadas para furtos. A comunidade negra, que compõe 40% da população, possui 13% de seus membros metidos em penitenciárias privadas.
Dos 50 milhões de estadunidenses sem condições financeiras para manter um plano de saúde, cerca de 125 morrem todos os dias sem atendimento médico.
Num período de 40 anos (1940/1980), o total de 40% de mulheres nativas foram forçadas a participar de um plano de esterilização determinado por Washington. A nativa que não colocasse uma cruz no formulário, escrito num idioma estranho, foi ameaçada com corte de subsídios e acesso a maternidades e hospitais.
Na nação dita a mãe da democracia, a universidade tem sido uma mina de ouro para banqueiros que as exploram. Para pagar os 80 mil dólares, o estudante toma empréstimo a uma instituição bancária, e leva 15 anos pagando a dívida, acrescida de juros. Muitos têm que refinanciar a dívida, a grande “bola de neve” dos banqueiros. Sem o conhecimento e consentimento do cliente, os bancos costumam vender as dívidas a outras casas bancárias, e a taxa de juros é diferente. No período de 13 anos, a dívida total da classe universitária chegou a 1,5 trilhão de dólares, o equivalente a 500%.
CERQUEIRA, RNF. Amazônia, Fascinação Illuminati. São Paulo: Editora Ixtlan.